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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed_Parte273

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274 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. 
Inibidores da DPP 4 
A dipeptidil peptidase 4 (DPP 4) 
é uma enzima presente em todas as su-
perfícies celulares e fluidos corporais, e 
um dos seus substratos para degradação 
é o GLPl. Vildagliptina e sitagliptina são 
novos fármacos que atuam por meio da 
inibição dessa enzima, com consequente 
inibição da degradação do GLPl e am-
plificação do efeito da insulina na gli-
cemia. Também há redução da secreção 
pós-prandial de glucagon. Assim, há me-
lhora do controle glicêmico no pré e pós-
prandial. 
A sitagliptina pode ser utilizada em 
monoterapia ou em combinação com 
metformina, glitazonas e sulfonilureias 
quando há falha primária no tratamento. 
Em paciente já utilizando metformina, a 
adição de sitagliptina apresenta redução 
semelhante na HbAl c em relação àquela 
de glipizida, porém com menor ganho de 
peso e menos hipoglicemia. 
A vildagliptina também pode ser uti-
lizada em monoterapia ou em associação 
com metformina, com melhor controle da 
HbAlc, da glicemia de jejum e pós-pran-
dial. Em comparação com a metfor111ina, 
a vildagliptina apresenta menor redução 
da HbAlc. Ainda aguarda liberação para 
uso comercial. 
A redução da HbAlc gira em torno 
de 0,5-0, 70/o com a monoterapia com sita-
gliptina e de 0,9-1,4% com a vildagliptina. 
A vantagem desses fár111acos é a via oral 
em dose única diária e a baixa frequência 
de efeitos gastrintestinais. Não há interfe-
rência sobre o peso corporal. 
Hipoglicemias são raras e ocorrem 
apenas quando a medicação é combinada 
com sulfonilureias. 
Com a vildagliptina, o Food and 
Drug Administration (FDA) aguarda mais 
informações para recomendações quanto 
à dose em pacientes com insuficiência re-
nal e hepática, já que a medicação apre-
senta depuração hepática (690/o) e renal. 
Em pacientes com cefaleia crônica e infec-
ções urinárias de repetição, a medicação 
deve ser evitada. 
A enzima DDP 4 atua em um grande 
número de peptídeos corporais, e a sua 
inibição pode atuar também em outros 
sistemas regulatórios. A interferência com 
o sistema imune é uma das preocupações. 
Dessa forma, a segurança desses fármacos 
ainda deve ser comprovada. 
Sitagliptina 
Nome comercial. Januvia®. 
Apresentação. Cpr de 25, 50 e 100 mg. 
Uso. DM2. 
Associação. Janumet® (sitagliptina + 
metformina: cpr de 50 + 500 mg; 50 + 
850 mg; 50 + 1.000 mg). 
Contraindicações. DMl, cetoacidose. Evi-
tar o uso em pacientes com cefaleia crô-
nica e infecções urinárias de repetição. 
Segurança e eficácia não estabelecida em 
menores de 18 anos. 
Posologia. 100-200 mg, 1 x/dia. Dose 
máxima: 200 mg, lx/dia. 
Modo de administração. VO, com ou sem 
alimentos. 
Parâmetros farmacocinéticos 
• Absorção: rápida. 
• Biodisponibilidade: 8 70/o. 
• Pico: 1-4 h. 
• Duração de ação: 24 h. 
• Ligação a proteínas: 380/o. 
• Biotransformação: minimamente meta-
bolizado, via CYP3A4 e 2C8 a metabó-
litos inativos (sugerido por estudos in 
vitro). 
• Meia-vida: 12 h. 
• Eliminação: urina (87%; 79% como 
droga ativa) e fezes (130/o). 
Ajuste para função hepática e renal. Em 
pacientes com IH leve a moderada (Child-
Pugh escore 7-9), não há necessidade de 
ajuste de dose. Em casos graves (Child-
Pugh escore > 9), a medicação não foi 
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