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alfabetização e socialização

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Rafaela Marques
Rafaela Marques é 
Doutora em Educação 
pela Universidade de 
Brasília (UNB) e Mestre 
em Educação pela 
Universidade Católica 
de Brasília (UCB).
Graduada em em
Pedagogia e Letras 
pelo Centro 
Universitário de Brasília 
(UniCEUB), tem Pós-
graduação lato sensu 
em Língua Portuguesa 
pela Universidade 
Salgado de Oliveira -
RJ. 
Rafaela Marques
Rafaela Marques
Rafaela Marques
Jean Piaget e Lev Vygotsky
A criança é vista, desde o momento de seu
nascimento, como construtora dessa
aprendizagem e de si, interagindo de formas
diferenciadas de acordo com o momento em
que está em seu desenvolvimento e as
oportunidades geradas que lhe oferecem para
a interação com os objetos de conhecimento.
Teorias Construtivistas e 
Interacionistas e sua relação
com a alfabetização
APRENDER = INTERAÇÃO EU-OBJETO, EU-OUTRO
Rafaela Marques
Rafaela Marques
5
A Emoção
Processo interacional 
ensino e aprendizagem
Quando interagimos 
estamos negociando as 
interpretações que 
fazemos do mundo, e a 
partir daí, confirmamos, 
negamos, 
complementamos o que 
sabíamos, transformando 
ou não as convicções que 
tínhamos sobre como a 
realidade é percebida 
(BRUNER, 1998).
Rafaela Marques
Socialização
Rafaela Marques
Socialização
As teorias sociológicas funcionalistas
(Durkheim e Parsons) tiveram um
importante papel ao associar o
conceito de socialização a uma
concepção de crianças como seres
passivos e a infância como um
período de passagem, sem
importância em si, mas no aguardo
pela vida adulta.
Populares nos anos 1950 e 1960, essas
teorias conceberam a socialização como
uma estratégia de treinamento para
assegurar a internalização de normas e
regras, de forma que as crianças se
tornassem integradas à sociedade, o
que colaborou para a construção
científica da irracionalidade, da natureza
e da universalidade da infância.
Rafaela Marques
Socialização
Reconstrução do conceito de socialização (Corsaro) - não se trata
unicamente de um problema de adaptação e internalização, mas
de um processo de apropriação e reinvenção
A partir de uma visão que considerou a importância do coletivo, de
como as crianças negociam, compartilham e criam culturas com
os adultos e com seus pares, o autor apresenta o conceito de
reprodução interpretativa.
Rafaela Marques
Socialização
Através do termo “reprodução”, Corsaro (1997, p. 18) explica que
crianças são constrangidas pela estrutura social que impõe a
internalização das regras sociais, mas, ao mesmo tempo, estão
ativamente contribuindo para a produção e mudança cultural.
O conceito de “reprodução interpretativa”, logo, compreende que
as crianças contribuem para a preservação, assim como para a
transformação da sociedade.
Rafaela Marques
Reprodução Interpretativa - Corsaro
William Corsaro, sociólogo norte americano, vê as crianças como
agentes sociais que contribuem para a reprodução da infância e da
sociedade através da negociação com adultos mas, principalmente,
através da produção criativa de culturas de crianças com seus pares.
Corsaro (2011) rompe com o
pensamento linear da sociologia
tradicional que considera a infância
como um período de dependência e
separada do mundo social.
Rafaela Marques
Reprodução Interpretativa - Corsaro
Para o autor, há diversas formas de socialização na infância
observadas nas relações sociais e na história dos grupos e pares.
Assim, as crianças produzem culturas e este processo não é somente
imitação do mundo adulto, mas apreensão criativa.
O autor desenvolveu o conceito de
reprodução interpretativa,
segundo o qual as crianças ativamente
contribuem para a preservação ou reprodução
e modificação da sociedade.
Rafaela Marques
Reprodução Interpretativa - Corsaro
A proposta de Corsaro de reprodução interpretativa vê a criança
como participante ativa na sociedade e reconhece a importância da
coletividade, da relação com os adultos e com os pares.
Para ele, o termo socialização é por demais
equivocado e deveria ser abandonado. A sua
noção captura a ideia de inovação e criatividade
na participação em sociedade (interpretativa) e,
ao mesmo tempo, a sua contribuição para a
reprodução cultural (reprodução).
Rafaela Marques
Culturas
Infantis
Com base nos estudos da criança, meninas e
meninos são sujeitos produtores de culturas, uma
vez que sua agência tem desdobramentos entre os
grupos de pares, via aproximações, amizades,
brincadeiras, empatia, conflitos.
Rafaela Marques
Culturas
Infantis
Todas estas interações possibilitam o desenvolvimento dos
processos de construção social de sentidos acerca do que as
rodeia (espaço, tempo, regras e saberes), o que é sempre
mais complexo do que eventualmente possamos pensar. O
adulto terá que adotar uma postura de observação,
questionamento e reflexão constantes para conseguir captar
esta produção cultural a partir deles.
Rafaela Marques
15
PROCESSO DE APRENDIZAGEM E 
DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS
Corsaro (apud LACASA, 2001, p.327) 
A criança é considerada 
como "descobridora" 
num mundo cheio de 
significados e 
começando sua vida 
em uma rede social.
Ela está exposta ao 
mundo de significados 
dos adultos que nem 
sempre consegue 
compreender, por isso 
são necessárias as 
rotinas e atividades 
comunicativas que 
mantêm com seus pares 
e a permitem enfrentar 
ativamente os 
problemas que surgem, 
as confusões etc.
A socialização na infância 
se define como um 
processo de produção e 
participação na cultura 
dos iguais, de onde as 
práticas e o 
conhecimento vão se 
transformando 
gradualmente até que a 
criança adquire aquelas 
que são necessárias para 
participar do mundo do 
adulto.
Rafaela Marques
Resumindo: A Socialização é...
“Processo de assimilação dos indivíduos aos grupos
sociais”, mas numa perspectiva interacionista que
salienta a dinâmica das interações na aquisição de
know-hows e insiste no vínculo entre conhecimento
de si e conhecimento do outro, construção de si e
construção do outro.
Essa concepção interacionista da noção de
socialização implica que se leve em conta a criança
como sujeito social, que participa de sua própria
socialização, assim como da reprodução e da
transformação da sociedade. Essa perspectiva é
totalmente inexplorada pelos sociólogos. A
sociologia da infância ainda está por inventar.
Rafaela Marques
De acordo com Colls (2004)
A socialização ocorre através de 3 processos:
Os processos condutuais de socialização – envolvem a
aquisição de condutas consideradas socialmente
aceitáveis, evitando-se as não aceitas.
Os processos mentais de socialização – correspondem ao
conhecimento dos valores, normas, costumes, instituições,
aquisição da linguagem e dos conhecimentos transmitidos
pela escola;
Os processos afetivos de socialização – manifestam-se por
meio da empatia, do apego e da amizade;
Rafaela Marques
Objetivo da Socialização:
Fazer com que a criança
aprenda o que é correto e o
que não é correto dentro
de seu meio social, ou seja,
que adquira um conjunto
de valores morais que
regem a sociedade da qual
faz parte.
Rafaela Marques
Socialização para Piaget (1977)
O indivíduo desenvolve suas próprias
crenças, através da interação com o
meio, a partir da formação de um
juízo moral que passa por uma fase
que ele chama de heteronomia
(quando não concebe as regras como
um contrato firmado entre as
pessoas), até uma fase de autonomia
(quando já compreende as regras
como esse contrato).
Rafaela Marques
Socialização para Piaget (1977)
Essas fases seguiriam as mesmas
etapas do seu desenvolvimento
cognitivo, demonstrando que o
desenvolvimento das atitudes morais
pressupõe uma reorganização
sequencial relacionada com a idade
da criança. E é somente a partir dos 7
anos de idade, portanto na idade
escolar, que a criança começa a
evoluir para uma autonomia moral.
Rafaela Marques
Socialização para Piaget (1977)
Na escola, em contato com outras de
mesma faixa etárias, a criança
descobre que é necessária a
reciprocidade para agir conforme as
regras, na medida em que essas
regras somentesão efetivas se as
pessoas concordarem com elas.
Rafaela Marques
“A socialização é compreendida 
como a promoção de interações 
sociais entre as pessoas, sendo 
essencial promover interações 
construtivas entre as crianças nesse 
processo. Essas interações, que vão 
do conflito construtivo à 
solidariedade, são condição essencial 
para o desenvolvimento global da 
criança, o qual inclui múltiplos 
domínios como a psicomotricidade, 
a personalidade, o domínio 
socioemocional e cognitivo”
(Devries & Zan, 1998)
Socialização
Rafaela Marques
SOCIALIZAÇÃO E 
ESCOLA
A escola é o espaço no qual as crianças: produzem
seus conhecimentos sociais; começam a compreender
as características dos outros e de si mesmas;
estabelecem diferentes graus de relacionamentos;
necessitam absorver novas regras de funcionamento
diferentes do seu espaço familiar.
Rafaela Marques
SOCIALIZAÇÃO E 
ESCOLA
A escola é concebida como o lugar onde ocorre o processo
de socialização secundária, conforme os três aspectos
descritos por Colls: mental, com a aquisição de
conhecimentos; afetivo, com o estabelecimento de
relações de apego e amizade; condutural, desenvolvendo
novas condutas.
Rafaela Marques
SOCIALIZAÇÃO E 
ESCOLA
Ao chegar à escola, a criança traz consigo os aspectos
vivenciais familiares, mas o ambiente escolar será peça
fundamental no seu desenvolvimento.
Rafaela Marques
“Pensar na infância brasileira 
significa considerar que se trata de 
infâncias em uma sociedade 
multiétnica e desigual.” 
São muitas as infâncias, em seus 
mais variados contextos. As crianças
"não são apenas diversas como 
alunos e alunas, mas como infâncias" 
(ARROYO, 1988)
Diversidades
e Contextos 
Socioculturais
Rafaela Marques
Contextos diversos de desenvolvimento
Os contextos ou ambientes são espaços de 
negociação ou renegociação de significados 
que não são cristalizados, são polissêmicos, e 
precisam ser constantemente reinterpretados 
e negociados por seus participantes. 
( B R U N E R , 1 9 9 8 ; H A R R É & G I L L E T T, 1 9 9 9 
a p u d S A N TA N A ; O L I VE I R A , 2 0 1 6 , p . 1 4 )
CONTEXTO
Rafaela Marques
In
fâ
n
c
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ra
si
le
ir
a
s
Rafaela Marques
As propostas pedagógicas das instituições de 
Educação Infantil deverão prever condições
para o trabalho coletivo e para a organização
de materiais, espaços e tempos que 
assegurem: o reconhecimento, a valorização, o 
respeito e a interação das crianças com as 
histórias e as culturas africanas, afro-
brasileiras, bem como o combate ao racismo e 
à discriminação, a dignidade da criança como 
pessoa humana e a proteção contra qualquer 
forma de violência – física ou simbólica – e 
negligência no interior da instituição ou 
praticadas pela família, prevendo os 
encaminhamentos de violações para 
instâncias competentes 
(B RAS I L , 2010, p . 2 1) 
As
DNCEI
asseguram 
que:
Rafaela Marques
Primeira Infância –
Em termos de Políticas Públicas
É o período da vida que vai da gestação até os seis anos de idade.
Esse conceito está registrado no Marco Legal da Primeira Infância, lei
de 2016 que garante os direitos relacionados a essa etapa da vida.
Essa fase também pode ser subdividida em duas partes: a primeira
primeiríssima infância, que vai da gestação aos três anos de idade, e
o período que se estende entre os 4 e 6 anos.
Rafaela Marques
Diretrizes CURRICULARES E.I
Apresentam orientações às instituições para que elaborem suas
propostas pedagógicas a partir de dois eixos:
Por fim, temos a BNCC – Base Nacional Comum Curricular que trata dos
direitos de aprendizagem e dos campos de experiência relativos à E.I.
INTERAÇÕES BRINCADEIRAS
Rafaela Marques
Rafaela Marques
Rafaela Marques
CUIDAR EDUCAR
Rafaela Marques
Creches/Pré-Escola
CUIDAR? EDUCAR?
Rafaela Marques
CRECHES
Há ainda uma certa crença de que não
são lugares de aprendizagem e de
importância crucial no início da vida.
São consideradas ainda como locais de
guarda, proteção e cuidado enquanto os
pais trabalham.
Sua importância para o desenvolvimento
das crianças é cada vez mais
reconhecida no campo da neurociência
que aponta que nos primeiros anos de
vida de uma criança acontecem grandes
avanços no desenvolvimento cerebral e
que forma o alicerce de todo o
desenvolvimento.
Rafaela Marques
CRECHES
É de fundamental importância garantir
os cuidados essenciais para que ocorra o
movimento entre material genético,
ambiente e relacionamentos
interpessoais (afetos e estímulos com
adultos de referência) para que se
consolide e favoreça o desenvolvimento
pleno, ou seja, aquele que engloba e
entrelaça aspectos físicos, cognitivos,
emocionais e sociais.
Rafaela Marques
CRECHE
PRÉ-ESCOLA
Fonte: BNCC Educação Infantil, 2020
Bebês (Zero a 1 ano e 6 meses)
Crianças bem pequenas
(1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)
Crianças pequena
(4 anos a 5 anos e 11 meses)
Rafaela Marques
No que tange à Educação Infantil como
um todo e, especialmente a segunda
fase de 4 e 5 anos, os projetos
pedagógicos das instituições devem
estar atentos para as habilidades e
aprendizagens necessárias que visem a
garantir a continuidade do processo de
aprendizagem no Ensino Fundamental,
respeitando os tempos e especificidades
de cada faixa etária, conforme preveem
as DCNEI.
PRÉ-ESCOLA
Rafaela Marques
Desenvolvimento da fala;
Desenvolvimento da comunicação (não verbal e verbal);
Estímulo da criatividade;
Melhoria no aprendizado;
Troca de informações;
Troca de afeição e relacionamento interpessoal;
Socialização e Alfabetização
Rafaela Marques
Perda da timidez;
Fortalecimento de valores;
Respeito aos espaços;
Respeito o tempo do outro;
Senso de comunidade e muito mais!
“E essa socialização é graças à escola?” Não, os pais
também têm papel fundamental nesse momento.
Socialização e Alfabetização
Rafaela Marques
Segundo a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), o processo de
alfabetização infantil deve se iniciar
no 1ª ano do Fundamental, por volta
dos 6 anos de idade. Espera-se que a
alfabetização integral dos estudantes
seja finalizada até o 2º ano do Ensino
Fundamental.
E A ALFABETIZAÇÃO? COMEÇA QUANDO?
Rafaela Marques
PNE-META 5 - Alfabetizar todas as
crianças, no máximo, até o final do 3º
ano do Ensino Fundamental.
E A ALFABETIZAÇÃO? COMEÇA QUANDO?
A alfabetização começa
o quanto antes.
Rafaela Marques
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	Slide 5: 
	Slide 6: Socialização
	Slide 7: Socialização
	Slide 8: Socialização
	Slide 9: Socialização
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	Slide 27: 
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 30
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