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Cronograma 4. Métodos de caracterização de catalisadores 4.1 Medidas de adsorção/dessorção de N2 3. Tratamento térmico 3.1 Secagem 3.2 Calcinação 3.3 Redução 2. Preparação dos catalisadores 2.1 Método de Precipitação 2.2 Método de Impregnação 1. Introdução 1.1 Breve histórico 1.2 Definição 1.3 O catalisador e a energia de ativação 1.4 Termos importantes Preferencialmente que sejam rápidas Catalisadores! O é uma Reação química? 1. Introdução Transformação de matérias primas Produtos. 1. Introdução 1. Introdução 1. Introdução O desenvolvimento da Catálise como Ciência autônoma passou por diversas fases desde que 1836, Berzelius inventou o termo “catálise”. “Força catalítica”! Pequenas quantidades de certas substancias originam extensas transformações químicas sem serem consumidas. 1836 Início século XX A natureza cinética do fenômeno foi reconhecida, após os trabalhos de Ostwald que definiu o termo catalisador como: “Substância capaz de alterar a velocidade de uma reação química sem aparecer nos produtos.” 1920 Aplicação da catálise em síntese orgânica e inorgânica. (SABATIER, IPATIEFF, HABER) Marca o inicio da moderna indústria química. Conceito importante de Sabatier! 1940 Era da adsorção: TAYLOR propõe a existência de “centros ativos” na superfície do catalisador. LANGMUIR apresenta a sua isoterma de adsorção. Surgimento de um método de determinação da área especifica dos catalisadores. 1950 Surgem novas interpretações da atividade catalítica, nomeadamente as “ teorias eletrônicas”. A partir de 1950 com o aparecimento de novas tecnologias experimentais, a catálise conhece um grande desenvolvimento. Descobriram-se novos processos catalíticos, que constituem a base da moderna indústria química e petroquímica. 1. Introdução Definição de catalisador, segundo Ostwald : “ Uma substância capaz de alterar a velocidade de uma reação química sem aparecer nos produtos.” Segundo a IUPAC (1976), a definição de Catálise é: “ Fenômeno em que uma quantidade relativamente pequena de material estranho à estequiometria – o catalisador- aumenta a velocidade de uma reação química sem ser consumido no processo” 1. Introdução Seja a reação: R P Cuja velocidade é pequena ou desprezável. Em presença da substancia X pode tornar-se possível um novo mecanismo reacional, envolvendo o intermediário RX: R + X RX RX P + X Se o processo é agora significativamente mais rápido, X é um catalisador!!! 1. Introdução O catalisador e a energia de ativação Complexo ativado Complexo ativado 1. Introdução Seletividade: É uma propriedade do catalisador usada para comparar as velocidades relativas de duas ou mais reações simultâneas. (Reações secundárias). A concentração dos reagentes e principalmente a temperatura afetam a seletividade. Termos importantes 1. Introdução S = velocidade de formação do produto desejado . Σ velocidades de formação dos produtos secundários Atividade do catalisador: A atividade do catalisador é uma propriedade pode exprimir-se pela velocidade da reação que ele catalisa. Em geral, os catalisadores sofrem uma perda de atividade ao longo da sua vida útil, isso pode acontecer devido a: Termos importantes 1. Introdução 1- Envelhecimento: mudança gradual na estrutura da superfície; 2- Envenenamento: deposição irreversível de uma substância no sítio ativo 3- Incrustação: depósito de carbonáceos ou de outros materiais na superfície inteira. Catálise homogênea: quando o catalisador e os reagentes estão dispersos na mesma fase. Catálise heterogênea: quando o catalisador constitui uma fase separada. Neste caso a reação química acontece na interface entre as fases, e sua velocidade será, em principio, proporcional à área respectiva. Em catálise heterogênea, são possíveis diversas combinações de fases, mas em geral o catalisador é sólido, enquanto que os reagentes e produtos se distribuem por uma ou mais fases fluidas. Catálise enzimática: tem caráter intermediário entre os dois anteriores. O catalisador é uma macromolécula ( enzima) que por um lado podemos considerar dispersa juntamente com os reagentes formando uma só fase, mas que já é suficientemente grande para se poderem considerar centros ativos na sua superfície. 1. Introdução Termos importantes 4. Métodos de caracterização de catalisadores 4.1 Medidas de adsorção/dessorção de N2 3. Tratamento térmico 3.1 Secagem 3.2 Calcinação 3.3 Redução 2. Preparação dos catalisadores 2.1 Método de Precipitação 2.2 Método de Impregnação 1. Introdução 1.1 Breve histórico 1.2 Definição 1.3 O catalisador, ea energia de ativação 1.4 Termos importantes Cronograma As principais propriedades dos catalisadores (atividade, seletividade, estabilidade, resistência mecânica e condutividade térmica) estão intimamente ligadas à sua composição e tecnologia de preparação. Preparação dos catalisadores 2. Escolher o método de preparação 1.Seleção dos materiais de base 2. Preparação dos catalisadores Exemplo: Preparação de um catalisador de níquel suportado numa sílica-alumina. 2. Método de impregnação do suporte. 1.Seleção do sal precursor do níquel (nitrato, cloreto, sulfato, etc). Preparação dos catalisadores compreende diversas operações unitárias, no qual diferem-se conforme se trata de um catalisador mássico ou de um catalisador suportado. 2. Preparação dos catalisadores Catalisadores mássicos: Toda sua massa é constituída por substâncias ativas. Exemplo: óxido de bismuto e molibdénio para a oxidação de desidrogenante das olefinas, óxidos de cromo e zinco para a síntese do metanol, etc). Catalisadores suportados: Partículas de um material ativo, disperso sobre uma substância menos ativa, chamada de suporte. O suporte confere ao catalisador porosidade e resistência mecânica, podendo ser inativo (monofuncional) ou ativo (bifuncional). Exemplos: óxidos de cobalto sobre alumina (monofuncional) e platina sobre alumina clorada (bifuncional). Catalisadores podem ter também pequenas quantidade de ingredientes ativos adicionados, chamados de promotores, que aumentam sua atividade. Substância ativa pode ser um metal puro ou uma liga metálica. Os suportes mais utilizado são: Alumina, sílica , carbono e outros óxidos inertes. 2. Preparação dos catalisadores Quais os materiais devo utilizar para a preparação de um catalisador? Geralmente, são utilizados materiais orgânicos e inorgânicos solúveis. Dividem-se em cátions e ânions: Ânions Sulfatos do tipo: , não são fáceis de serem retirados na calcinação; Nitratos: São os mais solúveis, voláteis facilmente removidos durante o tratamento térmico, mas podem interagir com o suporte, deixando resíduos. Carbonatos: decompõe-se facilmente em CO2 durante a calcinação ou tratamento térmico, mas podem deixar como resíduo o carbono coque. (que só é eliminado sob condições especificas) Cloretos: Apresentam fortes ligações com o suporte, mas retém o cloro que interage com o suporte e é difícil de ser removido a baixas temperaturas. 2. Preparação dos catalisadores Suporte Os suportes são muito importantes, devem ter propriedades constantes e estáveis, resistentes a ataques de ácidos e da influência da temperatura. Naturais: diatomina, que tem como base a sílica e carbono (Carvão ativo e carvão natural); Sintéticos: Alumina (Al2O3), sílica (SiO2), MgO (óxido de Magnésio), ZnO (óxido de zinco) e etc. 2. Preparação dos catalisadores Quais os materiais devo utilizar para a preparação de um catalisador? Cátions , Íons amônio são solúveis e se decompõem facilmente em NH3 formando complexos. Íons de sódio ou potássio deixam resíduos no suporte e não são facilmente removidos. Método de Precipitação O objetivo da precipitação é obter um sólido a partir de uma solução líquida. Em geral, a precipitação leva a obtenção de precipitados cristalinos ou precipitados em forma de géis. Esteultimo pode ser amorfo ou pouco cristalino, hidrogel ou floco. A precipitação pode ser dividida em três etapas: Supersaturação: ocorre a precipitação devido a alguma perturbação (transformações físicas: mudanças na Tº; evaporação do solvente, adição de base ou ácido, etc) A formação da fase sólida ocorre em dois passos: Nucleação: Transição no qual acontece a formação de uma estrutura organizada para formar um centro ativo viável de crescimento, a partir do qual o cristal ira crescer. Crescimento: Crescimento dos núcleos cristalinos. 2. Preparação dos catalisadores Coprecipitação: No método da coprecipitação, tem-se um precipitado com duas fases ativas. Parte-se de dois precursores diferentes e um agente precipitante. Nesta técnica, um ou mais precursores (sais dos metais) na forma de soluções aquosas são misturados e precipitados na forma de hidróxidos ou carbonatos. Em seguida, o precipitado é lavado, seco e calcinado. 2. Preparação dos catalisadores Método de Precipitação 2. Preparação dos catalisadores Método de Precipitação : Coprecipitação Fonte: Silva (20013) As soluções de níquel, cobalto e as soluções contendo os sais para o preparo do suporte foram preparadas na composição mássica determinada. Solução precipitante (Hidróxido de amônio) Exemplo: Preparação de catalisadores de cobalto e níquel suportados em óxidos de zircônio, alumínio, cério e lantânio. 2. Preparação dos catalisadores Preparação de catalisadores de cobalto e níquel suportados em óxidos de zircônio, alumínio, cério e lantânio. Fonte: Silva (20013) Método de Precipitação : Coprecipitação Precipitação por deposição: Esse método permite obter fases superficiais homogêneas e altamente ativas. É um método hibrido conhecido como precipitação-deposição, utiliza-se suportes em pó que são adicionados a solução precipitante. Este suporte fica em suspensão sobre o qual será depositado o agente precipitante. Esta preparação depende de vários parâmetros como pH e principalmente da superfície externa do suporte. 2. Preparação dos catalisadores Método de Precipitação Parte-se de uma solução do metal com concentração suficiente para atingir determinado teor sobre um suporte, variando o tempo, a temperatura e o pH para adsorver a fase ativa, tal que após a secagem e calcinação o metal esteja fixado e estável. A deposição do precursor da fase ativa pode fazer-se por impregnação sem interação com o suporte ou com interação com o suporte. 2. Preparação dos catalisadores Suporte Método de Impregnação 24 Impregnação sem interação com o suporte: tem-se uma solução que contém a substância ativa e o suporte é inerte ou parcialmente ativo. A impregnação pode ser seca ou úmida. Impregnação com interação do suporte: Quando há ligações covalente e iônicas. 2. Preparação dos catalisadores Método de Impregnação Impregnação SEM interação com o suporte 2. Preparação dos catalisadores Impregnação seca: Neste caso a impregnação é feita com uma solução para o preenchimento dos poros, conhecendo-o previamente o volume dos mesmo. V poros = V solução Impregnação úmida: Quando o suporte é um material pulverizado (pó),o volume necessário é significativamente maior que o volume dos poros. V solução > V poros Método de Impregnação É o modo mais frequente de impregnação do suporte é com interação da substância ativa. Vários tipos de interações são possíveis: ligações de Van-der Waals, ligações covalentes e ligações iônicas. Sendo o caso mais frequente o das ligações iônicas. Permuta iônica clássica Coloca-se o sólido em contato com a solução aquosa de um sal metálico: Cátions A (solução) Cátions B (estrutura do sólido) Até atingir equilíbrio! Exemplo: preparação do zeólito Y na forma ácida a partir da forma sódio (contém 9,9% de sódio) com um sal de amônio. 2. Preparação dos catalisadores Método de Impregnação Impregnação COM interação com o suporte De um modo geral, na impregnação, os parâmetros mais importante são: 2. Preparação dos catalisadores Método de Impregnação Precursores; Concentração: Temperatura: Tempo de impregnação: Número de impregnações: Precursores: influenciam no tamanho de diâmetros e dispersão das partículas. 2. Preparação dos catalisadores Método de Impregnação Ex: Na preparação de catalisadores de paládio suportados em alumina, utilizam-se como precursores: Acetilacetonato de Paládio; Cloreto de paládio; Nitrato de paládio; Embora o teor de paládio e o suporte sejam os mesmo, as dispersões são diferentes: Facilitam a formação de partículas pequenas. Facilitam a formação de partículas grandes. Concentração: Há limites de concentração máxima depositada sobre um suporte. Dificilmente consegue-se impregnar alto teor de metal em uma única etapa. 2. Preparação dos catalisadores Método de Impregnação Número de impregnações: serve muitas vezes para aumentar a concentração do metal. Tempo de impregnação: influenciam na distribuição do metal. Temperatura de redução: Influência no tamanho dos poros, podendo aumenta-los e assim diminuir a dispersão. 4. Métodos de caracterização de catalisadores 4.1 Medidas de adsorção/dessorção de N2 3. Tratamento térmico 3.1 Secagem 3.2 Calcinação 3.3 Redução 2. Preparação dos catalisadores 2.1 Método de Precipitação 2.2 Método de Impregnação 1. Introdução 1.1 Breve histórico 1.2 Definição 1.3 O catalisador e a energia de ativação 1.4 Termos importantes Cronograma 3. Tratamento Térmico Secagem Durante a secagem eliminam-se os solventes e resíduos. Há perda de massa e esta depende da taxa de aquecimento. Quanto mais rápida a taxa, menor será o contato com a superfície , favorecendo partículas pequenas e, ao contrário, quanto mais lenta a taxa de aquecimento, maior o tempo de contato com a superfície e, consequentemente, formam-se partículas grandes Calcinação Durante a calcinação, há a decomposição dos hidróxidos, carbonatos para formar os óxidos ou reação química, transformando um composto em outros compostos. Os efeitos do processo de calcinação são significativos nas mudanças texturais e morfológicas, afetando a área superficial, o volume de poros e a estrutura. 3. Tratamento Térmico Redução A redução ocorre quando o elemento ganha elétrons e o seu número de oxidação diminui. A temperatura de redução pode afetar significativamente interação com o suporte, na transformação de fases, na interação metal-óxido e interação metal-suporte. Afetando o grau de redução, a dispersão de partículas e distribuição de partículas, distribuição de óxidos e segregação de fases. 3. Tratamento Térmico Catalisador comercial Ex: (TiO2) Impregnação por excesso de solvente (FeCl2) Na solução teremos íons Cl- e Fe+ TiO2 + Cl- + Fe+ Secagem – Retirar excesso de solvente Como não quero Cl-, Fazer a Calcinação (N2) para eliminá-lo. Calcinação A calcinação tem por objetivo a desidratação do sólido e a formação de óxidos metálicos e exerce grande influência sobre a dispersão final do agente ativo depositado sobre o suporte. Massa de catalisador Mufla Tº amb. T1 ºC (x horas) T1º C T2ºC ( y horas) T2 C T3 ºC ( z horas) T3 C T4 ºC ( w horas) METODOLOGIA: Temperaturas e minutos a determinar de acordo com a literatura. 3. Tratamento Térmico 3. Tratamento Térmico Catalisador comercial Ex: (TiO2) Impregnação por excesso de solvente (FeCl2) Na solução teremos íons Cl- e Fe+ TiO2 + Cl- + Fe+ Secagem – Retirar excesso de solvente Como não quero Cl-, Fazer a Calcinação (N2 ou Argônio) para eliminá-lo. TiO2 + óxido de Ferro 3. Tratamento Térmico Sim Ativação com Nitrogênio ou Argônio no próprio reator “ in situ”. TiO2 + óxido de Ferro Vou trabalhar com óxido de Ferro? Não Fazer a Redução 3. Tratamento Térmico Redução “In situ” “Ex situ” No Próprio reator por tempo determinado para a redução do óxido de Ferro para Fe. H2 + N2 Vapor d’água 4. Métodos de caracterização de catalisadores 4.1 Medidasde adsorção/dessorção de N2 3. Tratamento térmico 3.1 Secagem 3.2 Calcinação 3.3 Redução 2. Preparação dos catalisadores 2.1 Método de Impregnação 1. Introdução 1.1 Breve histórico 1.2 Definição 1.3 O catalisador e a energia de ativação o 1.4 Termos importantes Cronograma A caracterização é de grande importância para explicar e prever algumas propriedades dos catalisadores, tais como atividade, seletividade e estabilidade. Desta forma, faz-se então necessário caracterizar suas fases ativas, para melhor compreender o comportamento dos catalisadores durante a reação química. Método de adsorção/ dessorção de N2. Isoterma de adsorção Área superficial específica Volume dos poros (Vp) e diâmetro dos poros (dp) Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores O equipamento utilizado para esta análise é: Os dados coletados são analisados no software do próprio equipamento e também no Origin. Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores É um fenômeno físico que ocorre quando um gás entra em contato com a superfície de um sólido (o adsorvente). É um fenômeno reversível pois as forças e atração que agem entre a superfície exposta do sólido e as moléculas do gás são fracas. Neste processo o gás preenche a superfície do sólido camada por camada. Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores Funcionamento: Existem dois tipos de adsorção, suas características são mostradas na Tabela abaixo: Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores Características da Quimissorção e Fisissorção. Características Fisissorção Quimissorção Tipo de sólidos Ocorre com todos os sólidos Depende do gás Tipo de gás Ocorre com todos os gases Depende do sólido Temperatura Prox. a Te do gás Muito maior que a Te Cobertura Geralmente multicamadas Monocamada Reversibilidade Reversível Geralmente irreversível Energia de ativação Nula Maior que zero Calor de adsorção (kcal/mol) -0,5 a -5 -10 a -100 Fonte: SCHMAL (2011) Adsorção monocamada - Química Todas as moléculas adsorvidas estão em contato com a superfície do adsorvente. Adsorção multicamada - Física Uma camada de moléculas se sobrepõe à outra de modo que nem todas as moléculas adsorvidas estão em contato direto com a superfície do adsorvente. Superfície do sólido Superfície do sólido Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores As medidas da quantidade de gás adsorvido/dessorvido em diferentes pressões parciais à temperatura constante geram um gráfico chamado de isoterma de adsorção/dessorção. Área superficial Preenchimento da monocamada Quantidade adsorvida (na) Pressão relativa (p/p0) Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores Isotermas de adsorção Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores microporos (diâmetro < 2nm), mesoporos (diâmetro na faixa de 2-50nm) macroporos (diâmetro > 50nm) Isotermas de adsorção I – Isoterma de Langmuir: característica dos sólidos microporosos com superfícies externas relativamente pequenas como carvões ativados e zeólitas. As forças de atração entre a superfície do sólido e as moléculas do gás são fortes. Quantidade adsorvida tende para um valor limite quando p/po 1. Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores Isotermas de adsorção II e III – A quantidade adsorvida tende para ∞ quando p/po 1, correspondendo à adsorção em camadas múltiplas sobrepostas, e ocorrem em sólidos não porosos o macroporosos. Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores Isotermas de adsorção IV e V – Correspondem respectivamente às isotermas II e III quando o sólido apresenta mesoporos. Nos quais ocorre o fenômeno de condensação capilar. A quantidade adsorvida tende para um valor máximo finito, correspondente ao enchimento completo dos capilares com adsorvido no estado líquido. Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores Isotermas de adsorção VI – Essa isoterma (em degraus) ocorre em superfícies uniformes não porosas, e representa uma adsorção camada a camada. As isotermas do tipo III e V são pouco frequentes! Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores Isotermas de adsorção Histereses: quando a curva de adsorção não coincide com a curva de dessorção, isto é, não há reversibilidade. Estas curvas podem apresentar diversos formatos, que muitas vezes estão associados a estruturas especificas dos poros. Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores Histerese: Poros Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores Adsorção de N2 N2 Dessorção de N2 Principais tipos de Histereses Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores Fonte: FIGUEIREDO (1945) H1 - Caracterizado por dois ramos da isoterma quase verticais e paralelos durante uma extensa gama de valores da ordenada. Normalmente associado a materiais porosos constituídos por aglomerados rígidos de partículas esféricas de tamanho uniforme ordenadas regularmente. Distribuição apertada dos tamanhos dos poros, pode-se utilizar um modelo de capilares cilíndricos para o calculo de distribuição dos tamanhos dos poros. Principais tipos de Histereses Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores Fonte: FIGUEIREDO (1945) H2 - Em que só o ramo da dessorção é praticamente vertical. Adsorventes porosos normalmente originam este tipo de histerese, que corresponde uma distribuição de tamanhos e formas de poros definidas. Não se deve usar o ramo de dessorção para o calculo de distribuição dos poros. Principais tipos de Histereses Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores Fonte: FIGUEIREDO (1945) H3 - Dois ramos da isoterma assimptóticos relativamente à vertical p/p0=1. Associado a agregados não rígidos de partículas em forma de placa, originando poros em fendas. No cálculo da distribuição de tamanhos de poros, utilizar modelo de fendas entre placas paralelas. Principais tipos de Histereses Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores Fonte: FIGUEIREDO (1945) H4 - Dois ramos da isoterma quase horizontais e paralelos durante uma extensa gama de valores da abcissa. Esse tipo está também associado a poros estreitos em fenda. Principais tipos de Histereses Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores Fonte: FIGUEIREDO (1945) Em muitos sistemas, particularmente os que apresentam microporos observa-se com frequência a histerese até baixas pressões (indicado com o tracejado). Este fenômeno está associado à expansão de estruturas porosas pouco rígidas, à adsorção irreversível de moléculas de tamanho próximo da largura dos poros ou a uma adsorção química irreversível. Determinação da área específica : Método B.E.T O método consiste em obter a capacidade da monocamada, nam , a partir da isoterma de adsorção física, determinada experimentalmente. Obtém-se geralmente uma isoterma do tipo II ou IV, á qual se pode aplicar a equação de B.E.T.. y = ax + b na : Quantidade total adsorvida p/p0 : Pressão relativa c : é a constante de BET que é calculada c=exp (H1-H2)/RT nam : capacidade da monocamada H1= Entalpia de formação da primeira camada H2= Calor de condensação do gás T = temperatura do sistema R= constate dos gases Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores y = ax + b Obter valor de nam , que é a quantidade de adsorvido necessário para cobrir a superfície com uma camada monomolecular, a área específica do sólido será: S= nam N am nam : Capacidade da monocamada (mol/g); N : Númerodo Avogadro (6,02 x 10^23 mol-1) am: Área ocupada por uma molécula de adsorvido. * Valor de am pode calcular-se a partir da densidade do adsorvido no estado líquido, ρl Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores Determinação da área específica : Método B.E.T y = ax + b Este método com esta equação é bem aplicado quando há isotermas de adsorção do tipo II ou IV. Quando há materiais microporosos e combinações de micro, meso de macroporos , como zeólitas, carvão ativado entre outros, aplica-se o método t-plot. Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores Determinação da área específica : Método B.E.T O Volume especifico de poros Vp, pode calcular-se a partir das isotermas de tipo IV pela aplicação da Regra de Gurvitsch: = Quantidade adsorvida na saturação (mol/g) = Volume molar do adsorvido no estado líquido (cm³/mol). Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores O Volume especifico de poros Vp, pode calcular-se também a partir de picnometria de hélio e mercúrio. Determinação do volume de poros e distribuição de tamanho de poros. Método de adsorção/ dessorção de N2. 4. Métodos de caracterização de catalisadores O quociente Vp/S (volume dos poros/área especifica) dá uma indicação sobre a estrutura porosa do sólido. Se todos os poros fossem cilíndricos de raio r, teríamos: Para poros com outra secção, mas todos do mesmo tamanho, r seria um raio equivalente. Do mesmo modo, Vp e S permitem tirar algumas conclusões: S grande e Vp pequeno: r deve ser pequeno há uma grande proporção de poros pequenos. S pequeno e Vp grande: r é grande uma grande fração do volume de poros corresponde a macroporos. Para ir além destas estimativas , utiliza-se a equação de Kelvin para a determinar a distribuição de tamanhos de poros ou a picnometria de mercúrio e Hélio. Determinação do volume de poros e distribuição de tamanho de poros. Definição de catalisador: “Uma substância capaz de alterar a velocidade de uma reação química sem aparecer nos produtos.” Termos importantes: Seletividade, atividade, catálise homogênea, catálise heterogênea, catalise enzimática. Preparação dos catalisadores: Método da precipitação e método da impregnação Tratamento térmico: Secagem, calcinação e redução. Métodos de caracterização dos catalisadores: Adsorção e dessorção de N2. Obtém : Isoterma de adsorção -> Calcula-se a área específica (método B.E.T.) Volume dos poros e diâmetro dos poros. Conclusão FIGUEIREDO, José Luis; RIBEIRO, F. Ramôa. Catálise Heterogênea. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1945. 347 p. MAGALHÃES, Dulce. Síntese, Caracterização e Aplicação de Sílica Mesoporosa Esférica como Adsorvente. 2011. 97 f. Tese (Doutorado) - Curso de Química, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. FAJARDO, Humberto Vieira. Síntese seletiva da metil vinil cetona usando catalisadores de SnO2 E MgO. 2004. 100 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Química, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004. SCHMAL, Martin. Catálise Heterogênea. Rio de Janeiro: Synergia, 2011. SILVA, Sirlane Gomes da. Estudo do efeito do suporte em catalisadores de Cobalto e Níquel para obtenção de Hidrogênio a partir da reforma a vapor do etanol. 2013. 85 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências na área de Tecnologia Nuclear, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. MACIEL, Cristhiane Guimarães. Estudo de catalisadores de cobre suportados para a reação de oxidação preferencial do CO. 2010. 165 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia Química, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2010. Referências
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