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PREPARATÓRIO PARA OAB por SANDRA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. A rescisão do contrato de trabalho é o encerramento formal da relação empregatícia entre o empregado e o empregador, podendo ocorrer por iniciativa de ambas as partes ou por determinação legal. Esse processo está sujeito a regras e procedimentos específicos estabelecidos pela legislação trabalhista, visando garantir os direitos e deveres de ambas as partes envolvidas. Existem diversas modalidades de rescisão do contrato de trabalho, sendo as principais: Rescisão por iniciativa do empregado (pedido de demissão): Nesse caso, o empregado manifesta sua vontade de encerrar o contrato de trabalho unilateralmente, sem necessidade de justificativa. O empregado deve comunicar sua decisão ao empregador por escrito, cumprindo o aviso prévio, se for o caso, e comparecendo ao trabalho durante esse período ou indenizando-o. Rescisão por iniciativa do empregador (demissão sem justa causa): O empregador pode rescindir o contrato de trabalho sem justa causa, ou seja, sem motivo específico, mediante aviso prévio ou pagamento de indenização substitutiva. Nesse caso, o empregado tem direito a receber as verbas rescisórias previstas em lei, como saldo de salário, férias proporcionais, 13º salário proporcional, aviso prévio, e saque do FGTS com multa rescisória. Rescisão por justa causa: A rescisão por justa causa ocorre quando o empregado comete alguma falta grave prevista em lei, como atos de indisciplina ou insubordinação, abandono de emprego, improbidade, entre outros. Nesse caso, o empregador pode rescindir o contrato imediatamente, sem pagamento de verbas rescisórias, e o empregado perde o direito ao aviso prévio, às férias proporcionais e ao saque do FGTS com multa rescisória. Rescisão por acordo entre as partes (dispensa sem justa causa com pagamento adicional): Prevista pela Reforma Trabalhista de 2017, essa modalidade permite que empregado e empregador rescindam o contrato de comum acordo, com pagamento de metade do aviso prévio e da multa rescisória do FGTS, e o saque de até 80% do saldo do FGTS, sem direito ao seguro-desemprego.