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Profa. Ma. Leonor Brandão UNIDADE II Comportamento Humano nas Organizações Os líderes nascem prontos ou podem ser desenvolvidos? O que torna as pessoas com características tão diferentes ou líderes? Existe um estilo de liderança apropriado? O que os líderes tem em comum? Comportamento meso-organizacional – Liderança Bergamini (1982) aponta dois aspectos comuns às definições de liderança: primeiro, que a liderança está ligada a um fenômeno grupal, isto é, envolve duas ou mais pessoas; segundo, que fica evidente tratar-se de um processo de influência exercido, de forma intencional, por parte dos líderes sobre os seus seguidores. Liderar é ter a capacidade de influenciar um grupo em direção à realização de metas, visto que a posição de liderança em um ambiente de trabalho está relacionada com o processo de interação entre as pessoas, as quais interagem para cumprir as metas e os objetivos. Por uma definição de liderança Etzioni (apud HERSEY, 1986) diferencia o poder pessoal e o poder de posição, e sustenta que o poder deriva de uma função organizacional, de influência pessoal ou de ambos, de maneira que a melhor situação para os líderes é quando possuem os dois tipos de poder: pessoal e de posição. Liderança e poder Poder de especialização Poder de referência Poder legítimo Poder de recompensa Poder coercitivo Poder de posição Poder pessoal Liderança bem-sucedida, eficaz e eficiente Fonte: Adaptado de: HERSEY, P.; BLANCHARD, K. H. Psicologia para administradores. São Paulo: EPU, 1986. p. 137. A B Liderança tentada Bem-sucedida Malsucedida Eficaz Ineficaz Autocrático – O líder decide e anuncia a decisão; Democrático – O líder decide com a participação das pessoas; Liberal – O líder define os limites e deixa com que as pessoas tomem a decisão. Estilos de liderança Estilos de liderança Fonte: Adaptado de: TANNENBAUM, R.; SCHIMIDT, W. H. How to choose a leadership pattern. Harvard Business Review, May/Jun. 1973. Centrado no líder Centrado no grupo Uso de autoridade pelo líder Área de liberdade do uso subordinado para tomar as decisões O líder decide e anuncia a decisão O líder vende a decisão O líder apresenta a ideia e solicita as perguntas O líder apresenta decisões provisórias sujeitas a mudanças O líder apresenta o problema, recebe as sugestões e toma a decisão O líder define os limites e os grupos tomam a decisão O líder permite que os subordinados funcionem dentro dos limites gerais Abordagens comportamentais: Estudos de Ohio State University (Universidade Estadual de Ohio) – anos 1940; Estrutura inicial ou estrutura de iniciação (orientado para a tarefa); Consideração (orientado para as pessoas). Estudos de Michigan University (Universidade de Michigan). Orientação para a produção. Orientação para o funcionário. Abordagens sobre a liderança Grade gerencial ou grid gerencial. Abordagem comportamental Fonte: Adaptado de: WAGNER III, J. A.; HOLLENBECK, J. A. Comportamento organizacional: criando vantagem competitiva. São Paulo: Saraiva, 1999. p. 251. 1.9 Gerência de clube de campo 9.9 Gerência em equipe 5.5 Gerência de organização humana 1.1 Gerência empobrecida 9.1 Obediência-autoridade Alto Baixo Baixo AltoPreocupação com a produção P re o c u p a ç ã o c o m a s p e s s o a s 9 8 7 6 5 4 3 2 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Modelo de Fiedler. Abordagem contingencial Fonte: Adaptado de: ROBBINS, S. P. Fundamentos do comportamento organizacional. São Paulo: Pearson, 2004. I II III IV V VI VII VIII Boa Boa Boa Boa Ruim Ruim Ruim Ruim Alta Alta Baixa Baixa Alta Alta Baixa Baixa Forte Fraco Forte Fraco Forte Fraco Forte Fraco Categoria Relação líder-liderados Estrutura da tarefa Poder da posição Orientada para a tarefa Orientada para o relacionamento Favorável Moderado Desfavorável D e s e m p e n h o F ra c o B o m Teoria trajetória-meta ou caminho-objetivo, de House: De acordo com Sobral e Peci (2013), o líder deve ajudar os funcionários a obter as recompensas individuais, abrindo os caminhos e/ou dando trajetórias para que as metas sejam atingidas, ou seja, os funcionários são motivados pelo líder e há a influência do comportamento do líder nas expectativas dos funcionários. O líder precisa escolher entre 4 estilos de liderança: liderança diretiva; de apoio; participativa ou orientada para a realização. Para definir o estilo de liderança o líder deve considerar as seguintes variáveis contingenciais: Fatores ambientais – Exigências da tarefa; Características dos seguidores – Conhecimento, experiência. Abordagem contingencial Modelo de liderança situacional de Hersey e Blanchard. Segundo Hersey e Blanchard (1986), a liderança situacional baseia-se numa inter-relação entre: A quantidade de orientação e direção (comportamento e tarefa) que o líder oferece; A quantidade de apoio socioemocional (comportamento de relacionamento) dado pelo líder; O nível de prontidão (maturidade) dos subordinados no desempenho de uma tarefa, função ou objetivo específico; Maturidade: capacidade (conhecimento, experiência) e disposição (motivação, segurança) em relação a uma tarefa. Abordagem contingencial Modelo de liderança situacional, de Hersey e Blanchard Fonte: Adaptado de: HERSEY, P.; BLANCHARD, K. H. Psicologia para administradores. São Paulo: EPU, 1986. p. 200. O comportamento do líder(Alto) (Baixo) (Alto) (Comportamento de apoio) Comportamentos de relacionamentos Comportamento voltado para a tarefa (orientação) Direcionado ao seguidor Alta Moderada Baixa M4 M3 M2 M1 Capaz e com disposição ou seguro Capaz, mas sem disposição ou inseguro Incapaz, mas com disposição ou confiante Incapaz e sem disposição ou inseguro Presteza do seguidor Direcionado ao líder Compartilha ideias e facilita a tomada de decisão Explica as decisões e dá oportunidade para esclarecimentos E3 E2 E4 E1 Dá instruções específicas e supervisiona o desempenho de perto Transferência de responsabilidade para as decisões e a implementação Considerando os estudos sobre a liderança analise as afirmações: I. Liderança é o processo de exercer a influência sobre um indivíduo ou um grupo, nos esforços para a realização de um objetivo em determinada situação; II. Liderança democrática é aquela na qual o líder não se envolve com as atividades de áreas de seus funcionários e exerce pequenas influências, sendo conhecido como “deixa rolar”; tem, portanto, menor visibilidade por parte dos funcionários; III. Liderança situacional baseia-se em o líder ser capaz de escolher o estilo de liderança mais adequado à situação. Tendo como referência as afirmações anteriores está correto o que consta, apenas, em: a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III. Interatividade Considerando os estudos sobre a liderança analise as afirmações: I. Liderança é o processo de exercer a influência sobre um indivíduo ou um grupo, nos esforços para a realização de um objetivo em determinada situação; II. Liderança democrática é aquela na qual o líder não se envolve com as atividades de áreas de seus funcionários e exerce pequenas influências, sendo conhecido como “deixa rolar”; tem, portanto, menor visibilidade por parte dos funcionários; III. Liderança situacional baseia-se em o líder ser capaz de escolher o estilo de liderança mais adequado à situação. Tendo como referência as afirmações anteriores está correto o que consta, apenas, em: a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III. Resposta A palavra “comunicação” vem do latim communicare, que significa tornar comum, “trocar experiência por meio de ideias, sentimentos e emoções”. Segundo Griffin e Moorhead (2006), a comunicação é um processo noqual duas ou mais partes trocam informações, e compartilham significados. “As atividades da linguagem não servem, apenas, para comunicar a informação, mas, também, para exprimir aquele que fala.” (GRIZE, 1990, p. 6). Comportamento meso-organizacional – Comunicação Processo de comunicação Fonte: Adaptado de: GRIFFIN, R. W.; MOORHEAD, G. Fundamentos do comportamento organizacional. São Paulo: Ática, 2006. p. 193. RuídoRuído Ruído RuídoRuídoRuído Ambiente de A Ambiente de B Ambiente de A Ambiente de B Canal(is) Canal(is) Feedback Feedback Canal(is) Canal(is) Comporta-se Comporta-se Responde Mensagem Decodifica Feedback Comunicador Comunicador Transmite e Recebe Transmite e Recebe Comunicação oral; Comunicação escrita; Comunicação não verbal. Comunicação interpessoal Escrita Oral Não verbal Cartas, memorandos, relatórios, manuais e formulários. Conversas informais, trocas relacionadas à tarefa, discussões em grupo e discursos formais. Expressão facial, gestos, linguagem corporal, tom de voz etc. A escolha do canal de comunicação adequado é de essencial, pois os canais diferem em sua capacidade de transmitirem a informação. Alguns são ricos na capacidade de: Administrar as pistas múltiplas (gestos, postura, entonação, expressões); Facilitar o retorno rápido; Ser muito pessoais; A escolha de um canal, em vez de outro, dependerá do tipo de mensagem a ser emitida (rotineira ou não); Quanto menos rotineira a mensagem, mais rico deverá ser o canal. Comunicação organizacional Comunicação Pessoais Profissionais Intragrupo Intergrupo Em grupo A dois Quanto à direção da comunicação na organização, ela pode ser: Descendente: (para baixo): quando a comunicação acontece de um nível superior para um nível inferior. Informações estratégicas, metas, ordens; estas, na maioria das vezes, não questionáveis; Ascendente: (para cima): a comunicação é feita de um nível inferior para o nível superior, envolvendo as informações sobre a produção, os problemas, os indicadores etc. Em organizações menos burocráticas este canal é o mais utilizado; Horizontal: é a comunicação que ocorre entre as pessoas que estão no mesmo nível organizacional e entre os colegas de trabalho. Pode ser formal ou informal; Diagonal: é a comunicação entre os departamentos diferentes, podendo ser de níveis hierárquicos diferentes. Comunicação organizacional Controle; Motivação; Expressão emocional; Informação. Funções básicas da comunicação na organização Quando a comunicação se estabelece mal ou não se realiza entre as pessoas que estão juntas, ou entre os grupos, nós dizemos que há: Ruído: uma perturbação indesejável que tende a distorcer, deturpar ou alterar, de maneira imprevisível, a mensagem transmitida. Podemos entender o ruído como alguma perturbação interna do sistema, e a interferência como algo externo, vindo do ambiente. É o que acontece quando uma mensagem é distorcida ou mal interpretada; Filtragem: quando a comunicação é recebida em parte. Ela existe, mas não é recebida por inteiro. Pode ocorrer, também, de o emissor manipular as informações e só comunicar aquilo que é visto como mais favorável; Bloqueio: quando a mensagem não é captada e a comunicação é interrompida. Problemas na comunicação Barreiras pessoais: decorrem de limitações, emoções e valores humanos de cada um. Barreiras físicas: interferências que ocorrem no ambiente onde acontece o processo de comunicação. Barreiras semânticas: são as limitações decorrentes dos símbolos, por meio dos quais a comunicação é feita (palavras, símbolos, gestos). Barreiras no processo de comunicação Para tornar-se, realmente, um processo útil, o feedback precisa ser, tanto quanto possível: Descritivo, em vez de avaliativo; Específico, em vez de geral; Compatível com as necessidades (motivações) de ambos, comunicador e receptor; Dirigido para os comportamentos que o receptor possa modificar; Solicitado, em vez de imposto; Oportuno; Deve ser esclarecido para assegurar uma boa comunicação. Feedback Pode-se dizer que a comunicação só pode ser considerada eficaz quando a compreensão do receptor coincide com o significado pretendido pelo emissor. Analise as afirmativas a seguir e assinale a definição correta quanto aos possíveis fatores que podem ocorrer, quando a comunicação não se estabelece ou se estabelece mal: a) Ruído: quando a comunicação é recebida em parte. b) Bloqueio: quando a comunicação é distorcida. c) Filtragem: quando a comunicação é interrompida. d) Ruído: quando a mensagem é distorcida ou mal interpretada. e) Filtragem: quando a comunicação é mal interpretada. Interatividade Pode-se dizer que a comunicação só pode ser considerada eficaz quando a compreensão do receptor coincide com o significado pretendido pelo emissor. Analise as afirmativas a seguir e assinale a definição correta quanto aos possíveis fatores que podem ocorrer, quando a comunicação não se estabelece ou se estabelece mal: a) Ruído: quando a comunicação é recebida em parte. b) Bloqueio: quando a comunicação é distorcida. c) Filtragem: quando a comunicação é interrompida. d) Ruído: quando a mensagem é distorcida ou mal interpretada. e) Filtragem: quando a comunicação é mal interpretada. Resposta Por que formamos grupos? Necessidade social – Maslow; Companheirismo; Identificação; Apoio/proteção. “Em um mundo que se fez deserto, temos sede de encontrar companheiros”. (SAINT-EXUPÉRY, 1997). Grupos e desenvolvimento de equipes Kurt Lewin (apud BERGAMINI, 1982) considera que a dinâmica do grupo é determinada pelo conjunto de interações existentes no interior de um espaço psicossocial. Portanto, são elaborados quatro pressupostos: A interação do indivíduo no grupo depende de uma clara definição de sua participação no seu espaço vital; O indivíduo utiliza-se do grupo para satisfazer às suas necessidades próprias; Nenhum membro de um grupo deixa de sofrer o impacto do grupo e não escapa à sua totalidade; O grupo é considerado como um dos elementos do espaço vital do indivíduo. Pressupostos sobre a dinâmica grupal Grupo: É a união de duas ou mais pessoas que interagem entre si, para alcançar uma ou mais metas em comum. Equipe: “Tipo especial de grupo em que, entre outros atributos, evidencia-se uma elevada interdependência na execução das atividades”. Wagner III e Hollenbeck (apud FIORELLI, 2000). Grupo ou equipe? A existência de objetivos comuns e a interdependência para atingi-los (conteúdo); Certa divisão de papéis ou de tarefas (estrutura); O sentimento de pertencer e a existência de vínculo emocional (processo). Fatores básicos para a existência de uma equipe Formais: Aprovado pela organização; Possui um poder legítimo; Comunicação e poder respeitam a hierarquia; A disciplina é mantida pelo sistema de recompensa/punição. Informais: Surgem de forma espontânea: por proximidade, interesses comuns etc.; A comunicação é informal; A disciplina é mantida por sanções/aprovações do grupo ou pela pressão dos pares. Tipos de grupos na organização Thibaut e Kelley (apud BERGAMINI, 1982) afirmam que “para estudar os grupos torna-se necessário, primeiramente, defini-los”. Os critérios são: 1. Estrutura; Tamanho e composição do grupo Organização do grupo de trabalho 2. Interação; 3. Estruturação – Normas/padrões de conduta. Critérios para a definição de uma equipe Estrutura de poder Estrutura de trabalho – Definição e divisão de tarefas Estágio 1 – Formação ou iniciação; Estágio 2 – Turbulência ou diferenciação; Estágio 3 – Normas ou integração; Estágio 4 – Atuação ou maturidade. Estágios de desenvolvimento de equipe Melhor tratamento das informações; Redução da ansiedade nas situações de incerteza; Maior geração de ideias; Interpretação menos rígidados fatos e das situações; Maior probabilidade de evitar os erros de julgamento; Fidelidade às decisões tomadas; Maior aceitação das diferenças individuais; Melhor aproveitamento das potencialidades individuais; Maior chance de sucesso em ações complexas. Vantagens do trabalho em equipe Criação da cultura do “consenso obrigatório; Radicalização em torno das decisões tomadas; Sentimento de identidade excessivo podendo dificultar a aceitação de novos integrantes; Redução da ousadia em tomadas de decisão – as equipes tendem a ser mais conservadoras que os indivíduos isolados, perde-se a responsabilidade sobre a decisão. Possíveis aspectos negativos do trabalho em equipe Liderança despreparada ou sem perfil para a tarefa; Escolha dos participantes sem a preocupação com o perfil, com a tarefa e com a disponibilidade de tempo; Falta de preocupação em fixar a missão a perseguir e os objetivos a alcançar; Falta de cultura para o trabalho em equipe; Características comportamentais das pessoas. “A equipe certa não garante a produtividade, mas a errada a destrói”. Peter Drucker (1996). Causas do mau funcionamento da equipe Alguns autores chamam de pensamento grupal, o fenômeno proveniente de alto grau de coesão do grupo, o que traz a identidade ao grupo, que adquire uma personalidade própria. Isso pode ser bom, mas, também, pode trazer algumas desvantagens. Assinale a alternativa que apresenta uma dessas desvantagens: a) Distribuição diferenciada de tarefas, diluindo as competências individuais numa ação mais homogênea. b) Obrigação de consenso, uma vez que se espera que as decisões satisfaçam a todos no mesmo grau. c) Opiniões individuais convergentes. d) Aceitação das diferenças individuais. e) Absorção fácil de novos membros. Interatividade Alguns autores chamam de pensamento grupal, o fenômeno proveniente de alto grau de coesão do grupo, o que traz a identidade ao grupo, que adquire uma personalidade própria. Isso pode ser bom, mas, também, pode trazer algumas desvantagens. Assinale a alternativa que apresenta uma dessas desvantagens: a) Distribuição diferenciada de tarefas, diluindo as competências individuais numa ação mais homogênea. b) Obrigação de consenso, uma vez que se espera que as decisões satisfaçam a todos no mesmo grau. c) Opiniões individuais convergentes. d) Aceitação das diferenças individuais. e) Absorção fácil de novos membros. Resposta O que se ouve sobre os conflitos: O conflito cria uma disfunção no ambiente de trabalho; O conflito desaparece quando evitado; Todos os conflitos podem ser resolvidos. O que é verdade: Conflitos já ocorreram, ocorrem e vão ocorrer na sua empresa; O conflito pode ajudar a sua empresa e o relacionamento interpessoal. Conflitos Visão tradicional – anos 30 e 40: O conflito era prejudicial e devia ser evitado. Visão de relações humanas: O conflito é ocorrência natural nos grupos e nas organizações, portanto, inevitável. Visão interacionista: Encoraja a manter um nível mínimo e constante de conflito suficiente para manter o grupo viável, autocrítico e criativo. Visões sobre o conflito Segundo Chiavenato (2002), o conflito é a existência de ideias, sentimentos, atitudes, interesses antagônicos e diferentes, que colidem e que se chocam. Os conflitos são naturais e, em geral, se forem bem administrados, podem agregar experiências e renovar os relacionamentos. Conflitos são inerentes à vida em grupo. As necessidades e os desejos individuais, principalmente, de poder e de afetividade geram conflitos. Conflitos interpessoais estão ligados aos valores pessoais. Relacionamento humano gera conflito. Conflito O conflito pode ser encarado como: Positivo (funcional) – se utilizado a nosso favor, para o enriquecimento pessoal, como algo construtivo; Negativo (disfuncional) – se percebido como algo destrutivo. O conflito não é necessariamente ruim, pois ele: Ajusta o relacionamento interpessoal; Provoca o diálogo, forçando a expressão de ideias e reivindicações, favorecendo o feedback; Ativa o espírito criativo e inovador, na busca das soluções; Contribui para um aprimoramento no senso de propósito e direção, expondo as adversidades e as posições contrárias. Conflito Modelos mentais – imagens, experiências, expectativas que geram a nossa percepção de mundo; Fatos – cada um percebe diferente e nem sempre há um acordo quanto às explicações sobre o fato; Objetivos/Métodos – clareza quanto ao objetivo a ser atingido e às estratégias divergentes; Valores – diferença nos critérios de apreciação; Divergências intelectuais, interesses divergentes. Causas de conflito Segundo Robbins (2004), existem cinco comportamentos possíveis para administrar o conflito. São eles: Competição: quando a pessoa busca a satisfação de seus próprios interesses. Relação ganha-perde, ou seja, um tem que ganhar; Colaboração: quando as partes conflitantes desejam satisfazer aos interesses de ambas, temos uma situação de cooperação. Relação ganha-ganha; Não enfrentamento ou abstenção: nesse caso, duas alternativas são consideradas (fuga ou tentativa de suprimi-lo). Relação perde-perde; Acomodação: quando uma das partes abre mão de seus interesses e coloca a outra em primeiro lugar. Relação perde-ganha; Concessão ou transigência: quando as partes em conflito abrem mão de alguma coisa. Comportamentos para lidar com o conflito Quando o organismo se submete a estímulos que ameacem a sua homeostase (equilíbrio orgânico), ele tende a reagir com um conjunto de respostas específicas, que instituem uma síndrome, que é desencadeada independentemente da natureza do estímulo. O estresse pode ser observado em duas dimensões: Como processo: é a tensão diante de uma situação de desafio, por ameaça e conquista; Como estado: é o resultado positivo (eustress) ou negativo (distress) do esforço gerado pela tensão mobilizada pela pessoa. Eustress – tensão que não leva à doença. Distress – reações psicofisiológicas que podem desencadear as situações de doenças. Estresse Os estressores advêm: Tanto do meio externo, como do frio, do calor, das condições de instabilidade etc.; Quanto do ambiente social, como o trabalho; e Do mundo interno, como os pensamentos e as emoções: a angústia, o medo, a alegria, a tristeza etc. Estresse Limongi-França (2008) acentua que, uma das mais importantes contribuições de Hans Selye é a Síndrome Geral de Adaptação, que se caracteriza por três fases: Reação de alarme: fase em que os mecanismos são mobilizados para manter a vida, a fim de que a reação não se dissemine; Fase de resistência: nessa fase a adaptação é obtida por meio do desenvolvimento adequado de canais específicos de defesa. Podem surgir os sintomas somáticos específicos. Em muitos casos, essa pode ser a última fase; Fase de exaustão: caracterizada por reações de sobrecarga dos canais fisiológicos e por falhas dos mecanismos adaptativos. Síndrome Geral de Adaptação Somatizações: sensações e distúrbios físicos com uma forte carga emocional e afetiva; Fadiga: desgaste de energia física ou mental; Depressão: uma combinação de sintomas em que prevalece a falta de ânimo, a descrença pela vida, e uma profunda sensação de abandono e solidão. Síndromes associados ao estresse Griffin e Moorhead (2006) identificaram três causas ligadas às exigências do trabalho: Exigências físicas: estressores associados ao ambiente de trabalho (frio, iluminação etc.); Exigências da função: pode advir da indefinição funcional, da pouca orientação, ou do treinamento ou dos conflitos de funções; Exigências interpessoais: estressores nos relacionamentos. Estressores ligados ao trabalho A pessoa que sabe lidar com os agentes estressores, tantas vezes inevitáveis, torna-se sociável, segura, de presença agradável, equilibrada,bem-vinda nos grupos que frequenta. A esse tipo de pessoa que sabe enfrentar os fatores estressores do cotidiano foi dado o nome de pessoa resiliente. Estresse Em relação à administração de conflitos, escolha a alternativa cujo enunciado esteja correto: a) É necessário manter as pessoas com os seus objetivos pessoais e levá-las a integrarem-se em torno de um objetivo comum, para que elas possam processar os seus sentimentos. b) Deve-se enfatizar as relações estruturais existentes, para aumentar a clareza sobre o papel de cada um na organização. c) Não é recomendável desenvolver grupos, pois estes grupos ou comitês, normalmente, são muito polêmicos e as divergências podem ser negativas. d) Buscar a melhoria da distribuição dos recursos, não evita ou minimiza a discórdia pela disputa de recursos existentes na empresa. e) O conflito é visto como eminentemente negativo na administração moderna, devendo ser evitado, para não prejudicar a produtividade organizacional. Interatividade Em relação à administração de conflitos, escolha a alternativa cujo enunciado esteja correto: a) É necessário manter as pessoas com os seus objetivos pessoais e levá-las a integrarem-se em torno de um objetivo comum, para que elas possam processar os seus sentimentos. b) Deve-se enfatizar as relações estruturais existentes, para aumentar a clareza sobre o papel de cada um na organização. c) Não é recomendável desenvolver grupos, pois estes grupos ou comitês, normalmente, são muito polêmicos e as divergências podem ser negativas. d) Buscar a melhoria da distribuição dos recursos, não evita ou minimiza a discórdia pela disputa de recursos existentes na empresa. e) O conflito é visto como eminentemente negativo na administração moderna, devendo ser evitado, para não prejudicar a produtividade organizacional. Resposta BERGAMINI, C. W. Psicologia aplicada à administração de empresas. São Paulo: Atlas, 1982. CHIAVENATO, I. Recursos Humanos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2002. DRUCKER, P. F. Administrando em tempos de grande mudança. São Paulo: Pioneira, 1996. FIORELLI, J. O. Psicologia para administradores. São Paulo: Atlas, 2000. GRIFFIN, R. W.; MOORHEAD, G. Fundamentos do comportamento organizacional. São Paulo: Ática, 2006. GRIZE, J. B. Logique et langage. Paris: Ophrys, 1990. HERSEY, P.; BLANCHARD, K. H. Psicologia para administradores. São Paulo: EPU, 1986. LIMONGI-FRANÇA, A. C. Psicologia do trabalho: psicossomática, valores e práticas organizacionais. São Paulo: Saraiva, 2008. ROBBINS, S. P. Fundamentos do comportamento organizacional. São Paulo: Pearson, 2004. Referências SAINT-EXUPÉRY, A. O pequeno príncipe. 44. ed. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1997. SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2013. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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