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ATIVIDADE 13: ÁREA E PERÍMETRO DO CÍRCULO. OBJETIVOS: Sistematizar o estudo de áreas de polígonos. Desenvolver a noção de área do círculo. Resolver situações-problema envolvendo a noção de área , perímetro e suas relações. PARTE 1: A ÁREA DO CÍRCULO. MATERIAL NECESSÁRIO: Um pedaço de cartolina, tesoura e cola. DESENVOLVIMENTO: Peça a cada aluno para desenhar um círculo em um pedaço de cartolina e, utilizando um dos processos que conhece, dividi-lo em várias partes: 16, 18 ou 32. A seguir, recortarão a figura, decompondo o círculo em setores circulares de 1 , 1 , ou 1 do círculo, montando uma figura que se 16 18 32 se aproxima de um paralelogramo. Proponha que os alunos discutam: * O que se pode afirmar sobre as dimensões desse “paralelogramo” se aumentarmos mais ainda o número de divisões do círculo? * Qual é a altura e a base desse paralelogramo? Verifique se eles aceitam o fato de que a base do “paralelogramo” é aproximadamente a metade do comprimento da circunferência ( π r ) e tanto mais próximo de π . r será quanto maior for o número de setores circulares ( divisões do círculo ) e que a altura do “paralelogramo” se aproxima do raio r do círculo. Assim, a área desse paralelogramo pode ser: A = π . r tendo em vista que ele contém todas as partes do círculo. Uma vez admitida essa maneira de calcular a área do círculo por aproximações, proponha que determinem: 1.- A área de um círculo de raio igual a 4 cm. 2.- O diâmetro de um círculo de área igual a 314,16 cm 2 . COMENTÁRIOS: O cálculo da área do círculo, assim como a medida do perímetro da circunferência não escapam dos processos de aproximações sucessivas, da idéia de limite. Na atividade 5 a determinação da área de um polígono regular permitiu, com a introdução da noção de apótema, estender esse cálculo para a párea do círculo. Se aumentarmos infinitamente a quantidade de lados do polígono regular, o apótema se aproximará cada vez mais do raio e a área do polígono se confundirá com a área do círculo. Tal processo foi desenvolvido por Johann Kepler ( 1571 – 1630 ). “Ele imaginava a área de um círculo como a área de um polígono inscrito formado de infinitos triângulos isósceles com vértices no centro do círculo, alturas ( apótemas ) iguais aos raios e tendo como base cordas infinitesimais do círculo. Mediante essa técnica achou que a área do círculo é 1 do produto do raio pela circunferência” ( * ). Escrito de uma forma atual 2 ficaria assim: PARTE 2: ÁREA DE UM SETOR CIRCULAR. MATERIAL NECESSÁRIO: Nenhum. DESENVOLVIMENTO: Peça aos alunos para desenharem um círculo de raio igual a 4 cm numa folha de papel ou caderno e proponha para eles discutirem o que é necessário para acharmos a área de uma parte desse círculo, como a indicada na figura, o setor circular. Após um tempo, levante junto aos grupos os tipos de soluções que apresentam. Considere junto a eles, que uma vez sabendo calcular a área do círculo a área de parte como 1 , 1 , 1 , etc, são 2 4 6 relativamente simples, bastando para isso, dividir sua área em 2, 4, 6, etc partes. Ressalte também os ângulos centrais observados em cada uma das partes que eles trabalharam e as razões entre as partes mencionadas acima: 360º π . r 2 180º π . r 2 2 90º π . r 2 4 60º π . r 2 6 Peça então que calculem neste caso a área de um setor cujo ângulo central seja de 30º e de 1º. Proponha que discutam um modo para se determinar o cálculo da área de um setor circular de um círculo qualquer de raio r e relativo a um ângulo central α. Solicite que escrevam uma expressão para este cálculo. Após um tempo para a discussão verifique qual o processo utilizado e se conseguiram chegar à expressão: A = α . π . r 2 360 encontrada pelo cálculo da área do setor de 1 do círculo, relativo ao ângulo 360 central de 1º, e multiplicando por α. Discutidos esses casos que se referem a um mesmo círculo, caberá uma discussão sobre o que ocorre com a área de setores relativos a um mesmo ângulo central, quando variamos a medida do raio. Proponha um exemplo: Três circunferências concêntricas tem raios iguais a 2, 4 e 12 cm. Verifique a relação que se pode estabelecer entre as áreas de setores circulares relativos a um mesmo ângulo central. PARTE 3: RELAÇÕES ENTRE ÁREAS E PERÍMETROS. MATERIAL NECESSÁRIO: Papel quadriculado, cartolina. DESENVOLVIMENTO: Proponha para serem feitas em aula ou em casa algumas situações: Situação 1: Resolver os problemas: Um retângulo em que a medida do seu comprimento é o dobro da medida da largura tem área igual a 50 cm 2 . qual é a largura e o comprimento desse retângulo? Para cercar um terreno de área igual a 100 m é necessário uma certa quantidade de arame para dar uma volta no terreno. - Se ele for quadrado quanto de arame será necessário para 4 voltas? - Se o terreno for retangular e tiver 5 m de largura qual é a quantidade de arame necessária para dar 4 voltas? Uma praça tem a forma de um trapézio isósceles, conforme a figura seguinte: Para fazer o calçamento da praça é necessário conhecer sua área. Calcule-a de acordo com as medidas indicadas na figura. Situação 2: Calcular a área total da superfície de uma caixa de sapatos, remédios ou eletrodoméstico. Confeccionar, em cartolina, uma caixa, em forma de prisma retangular, com 148 unidades de área. Após a confecção da caixa, verificar os tipos de caixa e analisar o que aconteceu. Situação 3: 1.- Calcule a área de uma folha de papel sulfite. Feche-a colando as pontas de modo a formar um cilindro. Qual é o raio desse cilindro? 2.- Desenhe um retângulo num pedaço de cartolina, com as dimensões que você escolher. Antes de colar as laterais, formando o cilindro, e descontada a parte que achar necessária para colar, recorte os círculos que serão as bases do cilindro. 3.- Calcule a área total de uma lata de forma cilíndrica, que você escolher em casa. Situação 4: 1.- Confeccione um setor circular de raio igual a 12 cm e ângulo central igual a 120º. Qual é o seu perímetro? Qual é a sua área? Cole as laterais, formando um cone. Qual é o raio da base desse cone? Use régua para medir e verifique em seguida, fazendo o cálculo, usando o perímetro do setor circular acima mencionado. 3.- Calcule a área total de um cone, após planificá-lo. COMENTÁRIOS: Essas situações problema podem ser apresentadas em aula para um estudo em grupo, ou para trabalhos individuais a serem realizados em classe ou em casa. Muitas situações podem ser propostas retomando todo o estudo das medidas de perímetro e áreas. Nas situações 3 e 4, o conhecimento de perímetro e área do círculo e do setor circular permitem fazer alguns cálculos relativos às áreas do cilindro e do cone. No entanto, há grandezas como por exemplo a altura do cone que pode ser medida, mas, provavelmente os alunos ainda não têm os elementos necessários para o seu cálculo, que exigiram o conhecimento da relação de Pitágoras.