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Bruna Thomas – 8º período – XLIV Saúde Mental NEOPLASIA DE ESTÔMAGO 1. INTRODUÇÃO Câncer de estômago é a quarta doença mais comum, tirando os câncer de pele não melanoma; (1º próstata, 2º traqueia, brônquio e pulmão, 3º cólon e reto em homens; 1º mama feminina, 2…) As maiores taxas de incidência estão na Ásia oriental (Mongólia, China, Coreia do Sul e Japão), nas regiões andinas da América do Sul e na Europa Oriental → muito conservante e nitrato! 70% dos países em desenvolvimento, mais comum em homens 2. FISIOPATOLOGIA ADENOCARCINOMA Mucosa normal → gastrite atrófica crônica → metaplasia (substituição de um tipo celular por outro tipo celular) → displasia (crescimento desordenado) → adenocarcinoma (95% dos casos). 3. FATORES DE RISCO INFECÇÃO H. PYLORI Infecção a longo prazo → gastrite, que pode progredir para metaplasia intestinal (fator de risco para desenvolvimento de carcinoma gástrico) DIETA Dieta pobre em frutas e vegetais; Dieta rica em sal e conservantes ● Carnes salgadas ou defumadas contêm altos níveis de nitrato. ● Conversão de nitratos em compostos N‑nitrosos por bactérias no estômago. TABAGISMO Presença de compostos N-nitrosos GASTRECTOMIA PRÉVIA Sucessivas agressões na mucosa; conforme perde o piloro, provoca mais refluxo de conteúdo intestinal com pH alcalino → lesão da mucosa gástrica. 4. QUADRO CLÍNICO Sintomas geralmente inespecíficos, o que contribui, frequentemente, para seu diagnóstico em fase avançada de doença ● Perda de peso - 62% ● Dor abdominal - 52% ● Náuseas - 34% ● Disfagia - 26% ● Melena - 20% ● Saciedade precoce - 18% ● Dor tipo úlcera - 17% 5. DIAGNÓSTICO Endoscopia digestiva alta: ● Múltiplas biópsias (>7): 98% de acurácia (qualquer ulceração gástrica suspeita deve ser biopsiada) ● Define tamanho, localização, tipo macroscópico (ulcerado, infiltrativo, vegetante), distância JEG ● Classificação de úlcera esôfago gástrica CLASSIFICAÇÕES CLASSIFICAÇÃO BORRMANN Divide os carcinomas gástricos em quatro tipos: ● Tipo 1: massa polipóide ● Tipo 2: massa ulcerada ● Tipo 3: massa ulcerada e infiltrativa; bordos distantes com processo inflamatório ● Tipo 4: difuso e infiltrativo Tumores Borrmann III e IV são T3-T4 ou N+ (linfonodo positivo) – mais de 70% dos casos CLASSIFICAÇÃO LAUREN Usa após biópsia para ver as características do tumor; Tipo intestinal: ● Mais comum em homens ● Faixas etárias mais avançadas (70-80 anos) ● Ligado a fatores ambientais ● Disseminação hematogênica Tipo difuso: ● Ambos os sexos; ● Faixas etárias mais jovens; ● Pior prognóstico; ● Disseminação contiguidade e linfática 6. ESTADIAMENTO Objetivos: obter informações sobre prognóstico e determinar extensão da doença para estabelecer curso de tratamento; HEMOGRAMA COMPLETO + BIOQUÍMICA TC de tórax, abdome e pelve, com contraste oral e venoso → informações sobre tumor primário; Bruna Thomas – 8º período – XLIV Saúde Mental TC Pode visualizar ascite de baixo volume, metástases peritoneais, metástases hepáticas e linfonodos perigástricos e distantes de doença LAPAROSCOPIA ESTADIADORA Analisa se tem câncer disseminado no peritônio, pois assim ele vira N1, tendo um estádio clínico 4, mudando a conduta terapêutica Se tem tumor T3 (invasor da muscular), pode ter doença disseminada da cavidade abdominal; ECOENDOSCOPIA Mostra o grau de invasão, se é só da mucosa, submucosa, muscular ou serosa; Conforme a invasão, sabe o T, e quanto maior o T, maior chance de ter linfonodo positivo, e a partir disso maior chance de metástase peritoneal Biologia molecular tumor do estômago, faz teste imunohistoquímico para dosar alguns genes 7. TRATAMENTO RESSECÇÃO ENDOSCÓPICA Indicado para câncer gástrico precoce, com invasão limitada da parede gástrica e sem evidências de metástases linfonodais, a ressecção endoscópica pode ser realizada Diretrizes gerais passaram a ser as seguintes: ● (1) tumor limitado à mucosa; ● (2) nenhuma invasão linfovascular; ● (3) tumor < 2 cm; ● (4) sem ulceração ● (5) tumores bem ou moderadamente diferenciados na avaliação histopatológica *O achado de qualquer um destes fatores na biópsia inicial ou durante a ressecção endoscópica são indicações tácitas para a realização de gastrectomia com linfadenectomia GASTRECTOMIA Para carcinomas do estômago distal, incluindo o corpo e o antro, uma gastrectomia parcial é a operação apropriada. Para lesões proximais, do fundo ou da cárdia, uma gastrectomia total com esofagojejunostomia em Y de Roux ou uma gastrectomia proximal são equivalentes do ponto de vista oncológico ● Parcial: retirada de parte do estômago ○ Y de Roux reduz o risco de refluxo bilio-pancreático → gastrite alcalina ○ Existe ainda as reconstruções Billroth I (anastomose gastroduodenal) e Billroth II (anastomose gastrojejunal) ● Total: remoção completa do tecido gástrico, ○ A reconstrução mais utilizada é a Y de Roux Paciente T3 → faz vídeo diagnóstico, se não tiver metástase faz flot: 4 ciclos de terapia, cirurgia, 4 ciclos (MELHOR) ● ●