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Aula 18 - Nutrição e Biodisponibilidade de Nutrientes - Magnésio

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Nutrição e Biodisponibilidade de Nutrientes
Prof. Jackeline Rodrigues
Aula 18
Agenda
Biodisponibilidade de Vitaminas Magnésio
Nomenclatura, estrutura química e função;
Metabolismo: digestão, absorção, transporte, utilização, excreção e armazenamento;
Fatores que interferem na biodisponibilidade (processamento do alimento, características genéticas, doenças, ciclo da vida, interações alimento-nutriente, nutriente-nutriente, droga-nutriente, álcool, tabaco e outros);
Nomenclatura
Segundo principal cátion intracelular ( o primeiro é o Potássio).
60 a 65% no tecido ósseo
27% tecido muscular
6% nos outros tecidos
Funções
O magnésio atua como cofator em mais de 300 reações metabólicas, desempenhando papel fundamental no metabolismo da glicose, na homeostase insulínica e glicêmica e na síntese de adenosina trifosfato, proteínas e ácidos nucleicos. 
Atua ainda na estabilidade da membrana neuromuscular e cardiovascular, na manutenção do tônus vasomotor e como regulador fisiológico da função hormonal e imunológica.
PRINCIPAL FUNÇÃO: Estabilizar a estrutura do ATP nos músculos.
Importante no metabolismo de outros compostos: Ca, K, P, Zn, Cu, Fe, Pb, Na, Cd, HCL, acetilcolina....)
Secreção de PTH – importante para a homeostase de Ca e P.
Fontes Alimentares
As principais fontes alimentares de magnésio são:
 os cereais integrais- os refinados perdem 80% de Mg 
vegetais folhosos verdes, 
espinafre, 
nozes, amêndoas, avelãs
frutas, 
legumes 
tubérculos, como a batata 
Semente de abóbora
A recomendação de ingestão diária de magnésio é de 310 a 320 mg e 400 a 420 mg para mulheres e homens adultos, respectivamente.
Deficiência
A deficiência de magnésio pode decorrer tanto da ingestão inadequada, quanto da excreção aumentada, sendo a homeostase desse nutriente, em nosso organismo, regulada principalmente pelos rins.
Sintomas: 
Aumento da excitabilidade muscular, arritmias cardíacas, tetania, relaxamento do musculo vascular liso.
Aumento da pressão sanguínea.
Anorexia, vômito, letargia, fraqueza
Hipomagnesemia
Associada com Hipocalemia
Para correção da hipocalemia deve-se administrar K + Mg> pois na hipomagnesemia também há perda de K intracelular.
Hipermagnesemia
Náuseas
Vômitos
Hipotensão
Bradicardia
Sonolência
Visão Dupla
Fraqueza
Metabolismo do Magnésio
Cerca de 30 a 50% do magnésio proveniente da alimentação é absorvido ao longo de todo o intestino em processo que depende das reservas do organismo e do seu aporte na dieta.
A absorção intestinal ocorre, principalmente, no intestino delgado distal, na porção entre o duodeno distal e o íleo, sendo que esta pode ocorrer por transporte ativo transcelular (ingestão de magnésio é baixa ou adequada) ou passivo paracelular (ingestão elevada)- 30 a 50%.
Transporte Passivo> íon é conduzido a favor de um gradiente eletroquímico, sendo que o íleo e as partes distais do jejuno são os principais locais de absorção passiva.
A absorção ativa > ocorre principalmente no cólon
Metabolismo 
RINS
a maior parte da reabsorção de magnésio ocorre no ramo ascendente espesso da alça de Henle por meio de vias paracelulares (65 % da reabsorção de todo o filtrado do mineral). Enquanto 20 a 30% é reabsorvido no túbulo proximal e 10% ocorre no túbulo contorcido distal.
Além do trato gastrointestinal e dos rins, o tecido ósseo também está envolvido na regulação da disponibilidade celular do magnésio, bem como a vitamina D, os hormônios paratormônio, calcitonina, glucagon, antidiurético, aldosterona e esteroides sexuais, os quais influenciam direta ou indiretamente na regulação homeostática desse mineral.
Metabolismo- estoque 
O magnésio é estocado principalmente nos ossos e quando o organismo encontra-se em estado temporário de deficiência do micronutriente, o tecido ósseo mantém seus níveis séricos constantes.
Além dos ossos, os músculos e compartimento eritrocitário também mobilizam magnésio lentamente, suprindo órgãos vitais.
Excreção 
Aproximadamente 2 g de magnésio são filtrados diariamente nos rins e apenas 100 mg são excretados na urina, o que mostra que 95% do filtrado é reabsorvido.
Fatores que aumentam a excreção renal do magnésio:
alimentação rica em cálcio e sódio, pelo fato de esses minerais competirem pelos mesmos sítios de reabsorção.
Hormônios tireoideanos, acidose, aldosterona, depleção de fosfato e K.
Em condições normais, 3 a 5% do Mg filtrado é excretado na urina.
Biodisponibilidade de Magnésio
FATORES INIBIDORES
presença na dieta de alimentos ricos em fitatos, oxalatos, fosfatos 
Os fitatos são derivados do ácido fítico ou ácido hexafosfórico mioinositol, com habilidade de quelar o magnésio, formando complexos solúveis resistentes à ação do trato intestinal que diminui a disponibilidade do mineral.
A formação de complexos insolúveis com esse micronutriente por meio da ligação de oxalatos ou fosfatos
fibras alimentares;
As fibras alimentares também diminuem a absorção do magnésio por estarem geralmente associadas aos fitatos.
Ingestão de proteína inferior a 30g/d
Biodisponibilidade de Magnésio
FATORES INIBIDORES
teor elevado de sódio, cálcio, cafeína (mecanismos que ainda não foram esclarecidos) e álcool também podem aumentar a excreção – redução da biodisponibilidade
alimentação rica em cálcio e sódio, pelo fato de esses minerais competirem pelos mesmos sítios de reabsorção.
maior retenção de magnésio em dietas com teores reduzidos de sódio (1,3g/dia) em adolescentes do sexo feminino.
Álcool: aumento da excreção urinária
Biodisponibilidade de Magnésio
FATORES PROMOTORES
Lactose 
Carboidratos
INULINA: 
favorecem a atividade de bactérias produtoras de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), o que resulta em redução do pH luminal, aumento da solubilidade do mineral, do fluxo sanguíneo e vasodilatação das artérias intestinais, contribuindo para o aumento da absorção do magnésio.
suplementação com 10 g de frutanos por dia, durante 5 semanas, foi capaz de aumentar em 12,3% a absorção intestinal de magnésio em mulheres pós-menopausadas, com aumento das concentrações plasmáticas e da excreção urinária do mineral.
melhora de 18% na absorção do mineral, após suplementação com 10g de frutanos por dia, durante 36 dias
PROTEÍNA
Ingestão elevada de proteína promovem aumento na absorção intestinal e na excreção renal de magnésio, sendo que houve diferença estatística significativa entre uma dieta com 94g e dieta com 65g de proteínas.
Magnésio e Exercício Físico
Suplementação leva ao melhor desempenho físico.
 Estudo em ratos: Aumento da disponibilidade de glicose periférica e central, bem como a depuração de lactato muscular durante o exercício.
Baixas concentrações séricas de Mg x câimbras.
Doenças
Doença cardíaca Isquêmica- deficiência de Mg provoca dano vascular grave no coração e nos rins – aumento da pressão sanguínea
Hipertensão: Mg tem papel na prevenção e no tratamento de dores de cabeça de origem vascular.
Diabetes Melitus: Perda urinária elevada e maior resistência periférica a ação da insulina.
Asma: Sulfato de magnésio causa broncodilatação e melhora as funções pulmonares
Osteoporose: baixa concentração de magnésio – baixo consumo
Enxaqueca: a def de Mg compromete a regulação do fluxo sanguíneo – suplementação reduziu 75% dos episódios de enxaqueca.
Parei aqui (08`10)
Doenças - Obesidade
Baixo Mg – Alto IMC
Alto consumo de alimentos ultraprocessados (fosfatos) e baixo consumo de alimentos fontes de magnésio, como grãos integrais, vegetais verde-escuros e oleaginosas.
Deficiência de Magnésio associada a distúrbios metabólicos:	
	resistência à insulina, estresse oxidativo, inflamação crônica de baixo grau
Interação Nutriente x Nutriente
Antiácidos aumentam a concentração de Mg no sangue
Referências Bibliográficas
https://revista.nutricion.org/PDF/352severo.pdf
Livro Silvia Cozzolino - Magnésio

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