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UNIP SOROCABA
FLÁVIA LARISSA MELO 
NATALIA CARNAVALE
LUCIANA DA SILVA ARAUJO
TAILA CAROLINE DA SILVA SANCIGOLLO
VICTOR HUGO OLIVEIRA RODRIGUES SILVA
REVISÃO BIBLIOGRAFICA: EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM ADOLESCENTES
SOROCABA, SP
28
2020
FLÁVIA LARISSA MELO RA: N3453H-0
NATALIACARNAVALE RA: D77ABI1
LUCIANA DA SILVA ARAÚJORA: T97642-1
TAILA CAROLINE DA SILVA SANCIGOLLO RA: D83026-0
VICTOR HUGO OLIVEIRA RODRIGUES SILVA RA: D52IDF6
REVISÃO BIBLIOGRAFICA: EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM ADOLESCENTES
Atividade Prática Supervisionada vinculada a disciplina Educação Alimentar e Nutricional apresentada a Universidade Paulista- UNIP.
Orientadora: Profª Ms. Juliana Ripoli
SOROCABA, SP
2020
Sumário
1.INTRODUÇÃO	3
2.OBJETIVO GERAL	6
2.1Objetivos Específicos	6
3.METODOLOGIA	7
5.RESULTADOS E DISCUSSÕES	10
6. CONCLUSÃO	13
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	14
APÊNDICES	17
APÊNDICE A- RESENHA CRÍTICA ARTIGO 1	17
APÊNDICE B- RESENHA CRÍTICA ARTIGO 2	20
APÊNDICE C- RESENHA CRÍTICA ARTIGO 3	22
APÊNDICE D- QUESTIONÁRIO REFERENTE À ETAPA DE DIAGNÓSTICO, PARA INÍCIO DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL	24
ANEXOS	25
ANEXO A - ARTIGO 1	25
ANEXO B - ARTIGO 2	26
ANEXO C - ARTIGO 3	27
1. INTRODUÇÃO
Por certo, os adolescentes e jovens são definidos por diferentes aspectos, emergindo opiniões diferenciadas quanto às formas de situá-los nos marcos referenciais que os caracterizam. (ALVARENGA,et al,2011)
A adolescência é o segundo período da vida em que o crescimento alcança sua velocidade máxima, após a primeira infância. O crescimento está relacionado a um aumento da massa corporal e desenvolvimento físico, compreendendo também a maturação dos órgãos e sistemas para a aquisição de capacidades novas e específicas. Em ambos os processos há influências genéticas, ambientais, nutricionais, hormonais, sociais e culturais, resultando em uma interação constante entre esses fatores. (VITOLO,2008)
Cronologicamente, a adolescência é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS)como período de 10 e 19 anos e compreende como juventude a população dos 15 a 24 anos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018)
Entretanto, apesar desta definição etária, os eventos púberes podem ocorrer, em indivíduos normais do mesmo sexo, em idades diferentes. Esses eventos caracterizam melhor o adolescente do que sua idade cronológica. (SILVA; MURA,2016)
Comparando-se os sexos, geralmente as adolescente iniciam o processo de desenvolvimento e de modificações corporais aproximadamente dois anos antes dos de sexo masculino. (CHEMIN; MURA,2016)
Nessa fase, o indivíduo atinge o pico de velocidade máxima de crescimento, que cronologicamente, pode ser diferente para cada adolescente não existindo uma idade comum para todos. Essa etapa depende da maturação sexual de cada indivíduo. (SILVA, 2007)
Atualmente segundo o IBGE 2010, o público entre 10 a 24 anos, representa um contingente expressivo de mais de 50 mil pessoas no Brasil. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018)
Por outro lado, os hábitos alimentares entre os adolescentes têm sido caracterizados pelo alto consumo de produtos ultra processados, que são ricos em gorduras, açúcares e sódio, além de um baixo consumo de frutas e hortaliças. (CLARO, et al, 2014)
A dieta dos adolescentes caracteriza-se pela preferência de alimentos com elevado teor de gordura saturada, colesterol, sódio e carboidratos refinados, representados muitas vezes por salgados, salgadinhos, alimentos fritos de origem animal e bebidas com adição de açúcar. (ALVARENGA, et al,2011)
O café da manhã é considerado por vários estudos como a refeição mais importante do dia, mostrando-se associado diretamente à qualidade da dieta. Indivíduos que consomem o café da manhã, comparados aos indivíduos que omitem essa refeição, têm maior aporte de micronutrientes e tendem a alcançar as recomendações nutricionais mais facilmente, quando comparados aos demais. (MARCHIONI, 2015)
Além disso, o café da manhã é caracterizado como uma das três principais refeições do dia, definida como a primeira refeição consumida pela manhã. Um sinônimo para a expressão "café da manhã" é a palavra desjejum, que vem do latim e significa o rompimento do jejum involuntário mantido durante o sono. Quanto ao seu conteúdo, a recomendação brasileira é que ele garanta em média25% do total energético consumido durante o dia.(BRASIL, 2014)
Entretanto, por a adolescência se tratar de um momento vulnerável em que tudo e todos podem influenciar de alguma maneira, a intervenção de educação alimentar nessa fase torna-se determinante, propiciando ao adolescente criar hábitos alimentares mais saudáveis que serão prolongados até a vida adulta, ajudando-o a desenvolver uma autoconfiança para que essas influências externas causem menos impacto em sua vida, além de possibilitar que o mesmo passe a ser ativo na sociedade fugindo da relação unilateral estabelecida em casa ou na escola. (ÁVILA,et al,2019)
Por isso, intervir nesta fase no que se refere à alimentação adequada, produz muitos frutos a longo prazo, desde a formação de comportamentos alimentares saudáveis até a promoção da saúde. (ÁVILA,et al,2019)
1.1 Justificativa
Neste sentido, o intuito do presente trabalho foi conhecer os principais hábitos alimentares dos adolescentes e mostrar a importância da educação alimentar e nutricional para este público. Visto que essa é uma fase de descobertas e que contribuem para a formação do hábito alimentar do indivíduo, que possivelmente irá acompanhá-lo por toda vida, podendo assim ajudar na formação de um indivíduo saudável e educado nutricionalmente ou contribuir para o desenvolvimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) nos primeiros anos da vida adulta.
 2. OBJETIVO GERAL
Contribuir para que os adolescentes adotem hábitos alimentares mais saudáveis, através de um programa deeducação alimentar e nutricional.
2.1 Objetivos Específicos
· Detectar se há omissão do café da manhã no público-alvo através da aplicação de um questionário;
· Explicar a importância do café da manhã tanto no quesito nutricional, assim como, mostrar a contribuição dessa refeição no rendimento escolar;
· Exemplificar os alimentos que podem ser incluídos no café da manhã e pequenos lanches com acessibilidade de compra.
3.METODOLOGIA
Esta revisão bibliográfica referente a educação alimentar e nutricional em adolescentes foi realizada em duas etapas. A primeira consistiu na busca de artigos científicos referentes a educação alimentar e nutricional em adolescentes através do google acadêmico e scielo.Os descritores utilizados foram educação alimentar e nutricional para adolescentes.
Em sequência, foram selecionados 3 artigos correlacionados ao tema, entre os anos de 2015 à 2019, utilizando o idioma português.
Utilizou-se 2 livros referentes ao assunto, respectivamente:Nutrição: Da gestação ao Envelhecimento (VITOLO, 2009) e Tratado de Nutrição e Dietoterapia(CHEMIN, 2016). A busca foi realizada através dos títulos ou dos resumos dos artigos nos meses de março a abril de 2020 e a seleção dos artigos foi realizada em conformidade com o tema escolhido.
O presente estudo tem como finalidade, estimular os adolescentes à adoção de práticas mais saudáveis e de baixo custo, fazendo com que possam agregar para si e levar para a vida adulta.
No primeiro encontro, realizou-se a aplicação do questionário(apêndice D)para uma sala de ensino médio integrado com o técnico, contendo aproximadamente 40alunos, compostopelasseguintes perguntas (o questionário era constituído por perguntas variadas abertas e fechadas também):Para você, qual a refeição mais importante do dia? Você toma café da manhã?Você se alimenta com mais frequência em casa ou na escola? Assinale dois alimentos que melhoram o rendimento escolar (memória e concentração) colocou-se cinco opções (três que não interferem e dois que melhoram), Qual seu gênero, peso e altura? Os questionários foram preenchidos pelos alunos, em seguida, analisados pelos pesquisadores e devolvidosposteriormente aos participantes.
Já no segundo encontro, após uma breve apresentação, foi proposta uma gincana a sala foi dividida em 2 grupos, cada um dos grupos deveria construir uma sugestão de café da manhã saudável utilizando um prato e figuras variadasde alimentos.
Após essa gincana, ocorreu uma palestra rápida sobre a importância do café da manhã, alimentos acessíveis e saudáveis e o quanto alguns alimentos podem aumentar o rendimento escolar.
Por fim, realizou-se uma demonstração prática de uma opção de café da manhã acessívele saudável,encerrou-se com a análise sensorial.	
3.1 Quadro referente ao planejamento do Programa de Educação Alimentar e Nutricional
Quadro 1- Características do Programa de Educação Alimentar e Nutricional
	Principais características do PEAN
	Público-sujeito		
	 Adolescentes de uma escola técnica 			
	Local
	Etec Rubens de Faria e Souza
	Carga Horária			
	Uma hora e quarenta minutos				
	Período
	Duas semanas (de abril a maio de 2020)
	Objetivo Geral
	Contribuir para que os adolescentes adotem hábitos alimentares mais saudáveis.
Fonte: elaborado pelos pesquisadores, 2020.
Quadro 2- Planejamento do Programa de Educação Alimentar e Nutricional
	Datas 
	Objetivos Específicos
Os adolescentes deverão: 
	Conteúdo Programático 
	
	
	
	16/04
	· Dizer se realizam ou não o café da manhã;
· Assinalar quais alimentos podem ajudar no rendimento escolar(memória e concentração);
· Responder uma questão com gênero, peso e altura.
	Alimentação saudável para começar o dia bem
· Detectar se há omissão do café da manhã
	23/04
	· Conhecer a importância do café da manhã;
· Conhecer alimentos que podem melhorar o rendimento escolar;
· Compor um café da manhã equilibrado.
	Um café da manhã bom, para uma vida melhor ainda
· Importância do café da manhã tanto no quesito nutricional e associação com rendimento escolar;
· Alimentos saudáveis e de baixo custo que podem ser incluídos no café da manhã.
· Prática de café da manhã saudável
Fonte: elaborado pelos pesquisadores, 2020
Quadro 2- Continuação Planejamento do Programa de Educação Alimentar eNutricional
	Datas
	Estratégia 
	Avaliação 
	Responsáveis 
	
	Métodos
	Recursos Audiovisuais 
	Instrumentos 
	Critérios 
	
	16/04
	· Aplicação de questionário
	Formulários impressos
	Aplicação de um questionário escrito, composto por perguntas fechadas e abertas 
	50% de acertos
	Nutricionistas:Flávia,Luciana,Natalia, Taila e Victor
	23/04
	· Gincana em grupo
· Preleção com participação
	· Flanelógrafo
· Figura de alimentos
	· Gincana: montagemde um café da manhã saudável e um não saudável
	50% de acertos
	Nutricionistas:Flávia,Luciana,Natalia,Taila e Victor
Fonte: elaborado pelos pesquisadores, 2020
4.RESULTADOS EDISCUSSÕES
	Sabemos que durante o processo de crescimento e desenvolvimento do ser humano diversos fatores influenciam seus comportamentos e hábitos, por fim o seu estilo de vida. Ao decorrer desse trabalho verificamos uma grande prevalência quanto a omissão do desjejum (café da manhã), tal comportamento tem diversos fatores que atuam na omissão dele, ajudando e/ou incentivando essa prática.
A omissão do café da manhã, no entanto, vem crescendo ao longo do tempo, sendo mais frequente entre os jovens e mais específico nas meninas. Estudos revelam a existência de associação negativa entre o excesso de peso e o hábito de consumir café da manhã. A maior frequência de consumo de “snacks” e menor frequência de consumo de frutas e vegetais têm-se associado à omissão dessa refeição. (MARCHIONI, et al, 2015)
Diversos estudos apontam a importância do desjejum, mostrando que indivíduos que o realizam conseguem atingir facilmente recomendações de macro e micro nutrientes, os levando para um estado nutricional adequado, além disso a alimentação pela manhã auxilia para um melhor rendimento durante o dia, seja físico e/ou mental. Dentre os fatores que podem causar a omissão do café da manhã são, o descontentamento com a imagem corporal, sedentarismo, falta de tempo para realizar a refeição entre outros.
De acordo com estudo realizado pela Nutrire, a omissão do desjejum foi de 38%, além disso as meninas tiveram maior índice de negligência quanto a refeição. Dentre os fatores de risco associados com a porcentagem de omissão junto à refeição temos; sexo, faixa etária, estado nutricional, tentativas passadas de emagrecimento, nível de atividade física e renda. Segundo os dados, a população com maior omissão do café da manhã se caracteriza como; sexo feminino, idade entre 14 e 15 anos, baixo peso, não satisfeitas com o peso, com nível de atividade física ativo. (MARCHIONI, et al, 2015)
Segundo o ministério da saúde, os adolescentes acompanhados pelos serviços de atenção básica, do Sistema Único de Saúde (SUS), estão se alimentando mal. Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), apontaram que, em 2017, 55% deles consumiram produtos industrializados regularmente, como macarrão instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado. Além disso, 42% desses jovens ingeriram hambúrguer e/ou embutidos; e 43% biscoitos recheados, doces ou guloseimas. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018)
Pode-se observar que junto a omissão de refeições essenciais para o dia, temos o aumento no consumo de alimentos ultra processados, ou seja, ricos em calorias vazias além de serem um fator chave para o desenvolvimento de comorbidades futuras. O hábito de realizar o desjejum é fundamental para qualquer ciclo da vida, sendo primordial ao adolescente, vendo que a criação de uma rotina adequada nutricionalmente falando vai desencadear em um adulto sadio e livre de doenças crônicas. 
Dentre as vantagens quanto a aporte de nutriente concluímos; ao realizar o desjejum a quantidade de calorias foi superior em +/- 50 a 100Kcal. Houve um consumo maior de proteínas, aumento do cálcio, ferro, vitaminas lipossolúveis com variações entre os sexos (masculino e feminino), além da redução da adição de açúcares em preparações. (MARCHIONI, et al, 2015)
Com isso observou-se a importância quanto a realização do projeto de educação alimentar e nutricional em adolescentes, cuja faixa etária possui alta demanda energética devido ao rápido desenvolvimento, em especial o ganho de peso e estatura. Com isso é de extrema importância o aporte ideal de macronutrientes; carboidratos, proteínas e lipídios.
Portanto para que o crescimento seja saudável temos de recomendar, ensinar e dar autonomia quanto ao habito alimentar dessa faixa-etária, fazendo com que levem o conhecimento adquirido paratoda vida, evitando complicações e deficiências provenientes de carências nutricionais.
Em um projeto de EAN realizado no sexto ano se uma escola publica de Porto Alegre – RS, foram trabalhados 17 escolares na faixa etária de 10 a 12 anos em um período de 2 meses, totalizando 6 encontros. Dentre os métodos utilizados estiveram presentes vídeos expositivos falando sobre o consumo de alimentos ricos em gorduras, sal e açúcares e sua ação no organismo humano quando consumido em grandes quantidades e/ou rotineiramente. (KOPS et al., 2013)
Se mostrou de grande importância a junção de conteúdos áudio visuais com a faixa etária de 10 a 12 anos, durante os encontros foram feitas diversas pesquisas quanto ao hábito alimentar dos jovens, IMC, e a frequência no consumo de alimentos chave, tais como legumes, frutas e verduras. Foi constatado que 33,4% dos escolares tinham um excesso de peso, Z escore maior ou igual a +1. Além disso verificou-se um baixo consumo de legumes e verduras, de acordo com o formulário sobre marcadores do consumo alimentar do SISVAN.
O estudo/projeto de EAN aplicado nessa escola de Porto Alegre mostra a importância de se realizar projetos voltados a mudança de hábitos alimentares em dias atuais, onde crianças e adolescentes têm seus hábitos alimentares moldados totalmente pela a praticidade, necessidade de inclusão social e maus hábitos implantados pela indústria alimentícia. Durante os 6 encontros realizados na escola não se foi possível perceber umamudança no comportamento alimentar dos adolescentes (KOPS et al., 2013). Segundo Rodrigues e Boog, “as mudanças de comportamento são realizadas quando o adolescente percebe o sentido dessas em sua história de vida, que engloba o individual e o social, emoção e ação, compreensão dos fatos e segurança para manifestação e enfrentamento dos problemas.”
5. CONCLUSÃO
Por meio deste estudo foi possível perceber que os programas de educação alimentar e nutricional têm se mostrado eficientes, para a prática de promoção à saúde além de contribuir para a formação de hábitos alimentares mais saudáveis no público adolescente, permitindo também alcançar grupos mais amplos, como amigos e familiares.
Após a revisão bibliográfica verificou-se que no público adolescente há prevalência com relação à omissão de refeições, sobretudo, o desjejum. Propostas para mudanças de hábitos alimentares com este diagnóstico, são muito eficazes, visto que um programa de sucesso, consegue tocar o indivíduo de forma que ele aplique diariamente o aprendizado e leve os conhecimentos adquiridos para a vida adulta.
Além disso, atitudes simples, como uma rápida preleção com ênfase na importância do café da manhã, isto é, mostrar que com ele pode contribuir para uma melhora no rendimento escolar, um maior aporte de macronutrientes, além de vitaminas, minerais, é uma técnica bastante eficaz.
Concluiu-se que o objetivo do estudo foi alcançado, pois com o público jovem é necessário utilizar uma didática diferente, rápida e que possa ser interativa. Recursos como jogos e demonstrações práticas, exemplificando os alimentos que podem ser incluídos no café da manhã e nos lanches intermediários são muito eficazes, sendo que contribuem muito para a fixação do novo conteúdo. Outro fator primordial, para se atentar é com relação ao poder aquisitivo, mostrar alimentos que sejam acessíveis é um fator determinante para o êxito do programa educativo.No entanto, acredita-se que essas atividades são apenas um ponto de partida no aprendizado da alimentação saudável, já que o ambiente em que o adolescente está inserido, bem como o acesso a alimentação saudável ainda são fatores que interferem para uma alimentação balanceada. Além disso, o processo educativo é algo contínuo e precisa ser elaborado de forma que os indivíduos despertem o interesse em participar.
6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVARENGA,M.S; LEAS,G.V.S; ESTIMA,C.C.P;MARTINEZ,M.F; PHILIPPI,S.T; ARAKI,E.L.Padrão de refeições realizadas por adolescentes que frequentam escolas técnicas de São Paulo.Rev Paul Pediatr 2011;29(2):164-70. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rpp/v29n2/a06v29n2.pdf>.Acesso em: 28 mar. 2020.
ÁVILA,R.S;PANSERA,D.V.C;PREVIDENTE,N.Z;ROSSAROLLA,T.S;BACKES,E.V.Educação alimentar e nutricional para adolescentes: O protagonismo como estratégia para práticas alimentares saudáveis.Revista Saúde e Desenvolvimento Humano, 2019, Outubro, 7(3): 39-48,Canoas, v. 7, n. 3, 2019.Disponível em: <https://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/saude_desenvolvimento/article/view/5053>. Acesso em: 28 mar. 2020.
BRASIL. MS. Mais da metade dos jovens acompanhados no SUS têm alimentação inadequada. S.l, 2018. Disponível em: https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/44500-mais-da-metade-dos-adolescentes-acompanhados-no-sus-tem-alimentacao-inadequada. Acesso em: 17 out. 2018.)
BRASIL. Ministério da Saúde.Guia alimentar para a população brasileira. Brasília: Ministério da Saúde; 2014.
CHEMIN, S. M ; MURA J. D. P.Tratado de Alimentação, Nutrição &Dietoterapia. 3. ed. São Paulo: Editora Payá,2016.
KOPS, N.L; ZYS,J; RAMOS,M. Educação alimentar e nutricional da teoria à prática: um relato de experiência. Porto Alegre: Revista Ciência & Saúde, 2013.
MARCHIONI, Dirce Maria Lobo; GORGULHO, Bartira Mendes; TEIXEIRA, Juliana Araujo; VERLY JÚNIOR, Eliseu; FISBERG, Regina Mara. Prevalência de omissão do café da manhã e seus fatores associados em adolescentes de São Paulo: estudo ISA-Capital. Nutrire, São Paulo, v. 40, n. 1, p. 10-20, 2015. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.4322/2316-7874.032414 >.
PEREIRA, T. M; PEREIRA,C.R; PEREIRA,M.C.A. Influência de intervenções educativas no conhecimento sobre alimentação e nutrição de adolescentes de uma escola pública. Ciência & Saúde Coletiva, p. 427-435, 6 jun. 2017.
TEXEIRA, F; OLAVO, L; VASCONCELOS, N;VASCONCELOS, S; MACÊDO, A; AGUIAR, D; PINHO, E.Ações de promoção da saúde nutricional em adolescentes. Revista oficial do núcleo da saúde do adolescente da UERJ, v. 13, n°4, p.118-123,Out/Dez - 2016. 
VITOLO,M.R.Nutrição da Gestação ao Envelhecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Rubio,2009.
APÊNDICES
APÊNDICE A- RESENHA CRÍTICA ARTIGO 1
TEMA: Educação alimentar e nutricional em adolescentes
TÍTULO E SUBTÍTULO: Educação alimentar e nutricional para adolescentes: O protagonismo como estratégia para práticas alimentares saudáveis.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ÁVILA,R.S;PANSERA,D.V.C;PREVIDENTE,N.Z;ROSSAROLLA,T.S;BACKES,E.V.Educação alimentar e nutricional para adolescentes: O protagonismo como estratégia para práticas alimentares saudáveis.Revista Saúde e Desenvolvimento Humano, 2019, Outubro, 7(3): 39-48,Canoas, v. 7, n. 3, 2019.Disponível em: <https://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/saude_desenvolvimento/article/view/5053>. Acesso em: 26 mar. 2020.
OBJETIVOS:Realizar uma revisão da literatura referente à educação alimentar e nutricional em adolescentes.
METODOLOGIA: Foram selecionados artigos e publicações científicas disponíveis nas bases de dados da Scielo, Sban.
PRINCIPAIS RESULTADOS: O presente estudo é contemplado por uma intervenção de cunho educativo realizada em vinte e sete adolescentes de 10 a 12 anos de idade.
Foram 5 encontros ao total, ocorreram no tempo de aproximadamente, um mês. No primeiro encontro, as autoras constataram que boa parte dos alunos não era adepto do lanche oferecido pela instituição de ensino. Observou-se também que muitos deles preferiam os lanches vendidos na cantina: pizza, salgadinhos, bolachas recheadas, balas, pirulitos dentre outros alimentos ultraprocessados. Além disso, percebeu-se que alguns deles traziam lanches de casa ,como por exemplo, leite fermentado, marshmallow, salgadinhos, suco industrializado, entre outros alimentos.
Na primeira intervenção, isto é segundo encontro, dois cartazes foram expostos, um escrito saudável e o outro não saudável, algumas figuras de alimentos foram distribuídas e os alunos fizeram a separação conforme julgavam necessário de acordo com o conhecimento dos mesmos. Após essa atividade, realizou-se outra visando ensinar as classificações do guia alimentar da população brasileira: in natura, minimamente processado, processado e ultraprocessado. Distribuiu-se um calendário para que os alunos marcassem todos os dias que iriam consumir o lanche ofertado pela escola. 
Ao final dessas atividades, os alunos apontaram que o achocolatado e o doce de leite eram alimentos “não saudáveis”, entretanto as responsáveis pelo projeto disseram que não haveria problema desde que fossem consumidos com moderação.
Na segunda intervenção, terceira visita, o tema abordado foi com relação às células boas e as células ruins (provenientes da alta ingestão de alimentos açucarados e gordurosos).
Além disso, no quarto encontro abordou-se os 10 passos para uma alimentação saudável como forma de intervenção. Os alunos relataram que, mais da metade da turma passou a consumir o lanche oferecido na escola. Após uma atividade de alusão a uma célula sobrecarregada, feita com balões, o intuito era que os alunos não conseguissem controlar os balões, para entender que com grandes quantidades de açúcar e gordura no corpo a células não conseguem manter o equilíbrio e acabam adoecendo.
Para o encerramento das intervenções as autoras realizaram uma oficina de espetinho de fruta, estimulando os estudantes à provarem aquelas que não conheciam.
A devolução do calendário em estímulo a alimentação escolar mostrou que a maioria deles experimentou o lanche oferecido pela escola em diversos diasao longo do mês, relatando que gostaram do que consumiram.
CONCLUSÕES: As autoras do presente estudo puderam concluir que a medida em que as atividades eram desenvolvidas, os adolescentes foram desenvolvendo uma certa autonomia com relação as suas escolhas alimentares, o que acabou por refletir positivamente em seus hábitos alimentares. Por outro lado, as intervenções tiveram efeito positivo e notou-se que os alunos compreenderam a mensagem que as facilitadoras queriam transmitir.
Em contrapartida, concluem também que mais estudos, intervenções e estratégias precisam ser realizados, visando a educação nutricional para o público adolescente.
CONCEITUAÇÕES REFERENTES AO TEMA :A orientação e o cuidado com os indivíduos é algo que deve ser priorizado no atendimento de qualquer profissional de saúde, sobretudo, os nutricionistas, visto que o alimento, envolve aspectos afetivos, emocionais, econômicos, sensoriais e até mesmo psicológicos.
 Além disso, a adolescência é uma fase de amadurecimento e de muitas mudanças físicas e psicológicas na vida dos jovens, necessitando de um cuidado maior com seu estado emocional e nutricional, visto que os hábitos alimentares existentes nesta fase certamente serão perdurados por toda vida. Por isso, se faz necessário, a conscientização da importância de hábitos saudáveis, respeitando os gostos peculiares,aversões, assim como a situação socioeconômica do indivíduo.
APÊNDICE B- RESENHA CRÍTICA ARTIGO 2
TEMA: Educação alimentar e nutricional em adolescentes
TÍTULO E SUBTÍTULO: Influência de intervenções educativas no conhecimento sobre alimentação e nutrição de adolescentes de uma escola pública.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
PEREIRA, T. M; PEREIRA,C.R; PEREIRA,M.C.A. Influência de intervenções educativas no conhecimento sobre alimentação e nutrição de adolescentes de uma escola pública. Ciência & Saúde Coletiva, p. 427-435, 6 jun. 2017.
OBJETIVOS:O objetivo da pesquisa foi avaliar os hábitos alimentares dos adolescentes numa escola de Minas Gerais, além de avaliar o conhecimento dos alunos sobre alimentação e nutrição, e aplicar um EAN.
METODOLOGIA:Os 59 alunos entre treze e dezesseis anos foram avaliados individualmente sobre o consumo de certos alimentos e orientados a preencher um questionário, referentes a alimentação e nutrição, o papel do nutricionista, função dos nutrientes, entre outros. A intervenção com um grupo foi feita através de palestra sobre alimentação saudável, funções e fonte de nutrientes, grupos de alimentos, suas funções, pirâmide alimentar, entre outros. No outro grupo foi trabalhado um jogo de quis (pergunta e respostas) com os mesmos temas citados acima, após cada pergunta, seguia a explicação sobre o tema. Após uma semana os adolescentes foram reavaliados por meio de questionário (que envolviam assuntos como o que o nutricionista faz, o que é nutrição, quais doenças então relacionadas com a alimentação, em quais alimentos se encontram mais gordura, o que a pirâmide alimentar representa, qual a importância das vitaminas e minerais no organismo, quais alimentos fornecem mais fibras, qual a importância da água na alimentação. As atividades tiveram em torno de cinquenta minutos cada e foram realizadas na sala de aula.
PRINCIPAIS RESULTADOS:A pesquisa revelou um alto consumo de alimentos calóricos, ultraprocessados, alto teor de sódio e gordura, maior consumo de fastfood e guloseimas mais de três vezes na semana. Em torno de 24% dos adolescentes relataram o consumo de frutas três vezes ou mais na semana, 14% relataram consumir legumes e verduras na mesma frequência. 96% afirmaram saber o que é nutrição, quase metade do grupo informaram que se importavam com a alimentação, porém 73% alegaram que nunca foram a um nutricionista. Apenas 29% dos alunos entrevistados alegaram que a mídia exerce função na escolha dos alimentos durante o dia a dia deles.
CONCLUSÕES:Diante do resultado observa-se uma grande necessidade de aplicar atividades voltadas a educação alimentar no ambiente escolar e devem ir muito além de promover o conhecimento, pela falta de conhecimento dos adolescentes sobre alimentação correta e saudável. A aplicação de jogos e palestras se mostrou úteis na conscientização dos envolvidos para promover o conhecimento. Nota-se um padrão inadequado do consumo elevado de alimentos ultraprocessados ou altamente calóricos, baixa ingestão de frutas, legumes e verduras.
CONCEITUAÇÕES REFERENTES AO TEMA:O estudo foi conclusivo para a matéria estudada, mostrando a aplicação adequada de um projeto de educação nutricional e como avaliar os resultados obtidos de forma correta e conclusiva.
APÊNDICE C- RESENHA CRÍTICA ARTIGO 3
TEMA: Educação alimentar e nutricional em adolescentes.
TÍTULO E SUBTÍTULO: Ações de promoção da saúde nutricional em adolescentes. 
REVISTA, EDITORA E ANO DE PUBLICAÇÃO: Revista oficial do núcleo da saúde do adolescente da UERJ, 2016.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
TEXEIRA, F; OLAVO, L; VASCONCELOS, N;VASCONCELOS, S; MACÊDO, A; AGUIAR, D; PINHO, E.Ações de promoção da saúde nutricional em adolescentes. Revista oficial do núcleo da saúde do adolescente da UERJ, v. 13, n°4, p.118-123,Out/Dez - 2016. 
OBJETIVOS: O objetivo deste artigo foi desenvolver ações de promoção de saúde, visando melhora na qualidade nutricional de um grupo de adolescentes.
METODOLOGIA: A metodologia usada trata-se de um estudo pesquisa-ação, na qual a participação de adolescentes na obtenção de dados visando a melhora na qualidade nutricional.A pesquisa foi elaborada em uma escola pública de ensino, localizada em Sobral, CE. Os indivíduos dessa pesquisa foram 26 adolescentes, sendo 22 homens e quatro mulheres, com intervalo de idades aproximadaentre 13 e 15 anos, alunos do 9º ano do ensino fundamental II, que estavam matriculados e frequentam periodicamente a escola. A coleta de dados foi através de um questionário junto aosalunos em questãoa fim de examinaras rotinas alimentares dos estudantes. A pesquisa foi previamente aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em 04 de junho de 2014, sob o parecer nº 674.824
PRINCIPAISRESULTADOS: Verificou-se que 16 dos adolescentes entrevistados as efetuavam menos de quatro refeições por dia e apenas três alimentavam-se por cerca de seis vezes ao dia. Ao serem questionados sobre o número de refeições, a maioria respondeu que não tem condições socioeconômicas suficientes e outros afirmaram não sentirem a vontade de aumentar a quantidade de refeições.
Cerca de 21 estudantes consomem uma a trêsfrutas ao dia. O motivo que os adolescentes consomem essa quantidade de frutas é que a maioria prefere alimentos com alto teor calórico e ricos em gorduras e não frutas e verduras.
Por volta de 14 adolescentes um pouco mais da metade afirmaram consideram o seu corpo normal, enquanto 6 veem-se magros; 5 veem-se gordos e apenas 1 se vê obeso. Foi avaliado os índices de obesidade e avaliou a qualidade de vida do público-alvo O resultado mostrouo oposto no condizente à presença de adolescentes acima do peso. Seis dos adolescentes estavam com baixo peso, mas foi observado que os entrevistados que se não quiseram verificar o IMC, na maior parte, aparentavam peso acima da normalidade. A maioria dos entrevistados (58%) dos demais se enquadraram nos padrões de normalidade, além dos 17% que tiveram IMC acima 25 (acima do peso). Destaca-se que dentre os 26 dos adolescentes entrevistados, apenas doze quiseram realizar o IMC.
CONCLUSÕES:O presente estudos mostraram que cerca da metade dos entrevistados realizava quatro refeições diárias. Alguns alimentava-se seis vezes ou mais diariamente. Os alunos na maior parte consomem de uma a três frutas por dia diariamente. É perceptível a preferência dos adolescentes por alimentos ricos em gordura e alto teor calórico. As condições financeiras e a falta de informações sobre danos do consumo de certos alimentos. Constata-se o valor da atenção nutricional para adolescentes em fase escolar, que atua como dispositivo de avaliação e desenvolvimentode medidas de interferências, como a merenda servida na escola. Os costumes alimentares, assim sendo, a condição nutricional, a situação socioeconômica da famíliaé um fator muito importante que contribuí para a alimentação do adolescente.
CONCEITUAÇÕES REFERENTES AO TEMA:O estudo do artigo abortou um significativo e confiável método e obtendo um importante resultado.
APÊNDICE D- QUESTIONÁRIO REFERENTE À ETAPA DO DIAGNÓSTICO, PARA INÍCIO DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
	Questionário de avaliação alimentar
	Nome: 
	Peso: Altura: 
	1.Para você, qual a refeição mais importante do dia?
	
	2. Você toma café da manhã?
	
	3. Você se alimenta com mais frequência em casa ou na escola?
	
	4. Quais alimentos você acha que influenciam em um bom rendimento escolar (memória e concentração)? Assinale 2 alimentos na coluna ao lado.
	( )Abacate ( )Laranja ( )Brócolis
( )Maçã ( ) Limão
Fonte: elaborado pelos pesquisadores, 2020.
ANEXOS
ANEXO A - ARTIGO 1
ANEXO B - ARTIGO 2
ANEXO C - ARTIGO 3
ANEXO D- RELATÓRIO COPYSPIDER

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