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Trabalho Avaliação Nutricional (1) (1) (2)

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UNIP SOROCABA
NUTRIÇÃO
 
LUCIANA DA SILVA ARAÚJO 
INGRID TABATTA GENUÍNO SILVA 
LEANDRA GARCIA VERNEQUE 
NATÁLIA CARNAVALE 
MAURÍCIO ANTÔNIO PIRES 
 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA 
SOROCABA - SP 
2020 
UNIP SOROCABA
NUTRIÇÃO
LUCIANA DA SILVA ARAÚJO RA: T976421
INGRID TABATTA GENUÍNO SILVA RA: T665IB4
LEANDRA GARCIA VERNEQUE RA: T440II0
NATÁLIA CARNAVALE RA: D77ABI1
MAURÍCIO ANTÔNIO PIRES RA: N304588
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Trabalho sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica 	Comment by LAURA GRANDISOLI: Descrever corretamente
apresentado como parte da avaliação
da disciplina Avaliação Nutricional do
3º ano de Nutrição da UNIP/Sorocaba
sob a orientação da Profa.
Laura F. Grandisoli
 SOROCABA - SP
 2020
SUMÁRIO 
1. Introdução………………………………………………………...………..…….....4
2. Objetivo Geral…………………………………………………………………...….5
 2.1 Objetivo específico……………………………………………………...…….5
3. Metodologia………………………………………………………………………....5
4. Descrição do Protocolo..…..……………………………………………………...5
5. Discussão…………………………………………………………………………....6
6. Conclusão…………………………………………………………………………...6
7. Referências………………………………………………………………………….7
8. Anexo………………………………………………………………………………...8
	Comment by LAURA GRANDISOLI: Acertar formatação do texto (espaçamento entre linhas) pelas regras ABNT.
1. INTRODUÇÃO	Comment by LAURA GRANDISOLI: Faltou comentar sobre o impacto da doença no estado nutricional e a importância da avaliação nutricional desses pacientes (que é o foco desse trabalho).
A exposição demasiada a gases e partículas nocivas causam nos pulmões uma resposta inflamatória, que quanto maior irá causar modificações estruturais como o estreitamento das pequenas vias aéreas e a destruição do parênquima pulmonar. Essas alterações irão provocar a redução da tração elástica que mantém as vias aéreas distais abertas, ocasionando o seu fechamento precoce, onde vai ocorrer principalmente na expiração que irá resultar em obstrução do fluxo aéreo. (LOIVOS LP., 2009)
De acordo com a literatura atual, a DPOC é a maior causa crônica de morbimortalidade no mundo. A DPOC divide-se em fases estáveis e instáveis, em que é chamada de DPOC exacerbada. Segundo a GOLD – The Global Initiative for Chronic Lung Disease -, a DPOC exacerbada se define como um evento agudo em que ocorre no percurso natural da doença e são categorizadas em termos de apresentação clínica (número de sintomas) ou uso de recursos de saúde. A repercussão das exacerbações é importante e tanto o s sintomas quanto a função pulmonar do paciente podem levar várias semanas para retornar os valores basais, o que acaba afetando a qualidade de vida e prognóstico do paciente. (MARCHIORI et al., 2010).
A DPOC é caracterizada por uma resposta inflamatória anormal dos pulmões de várias substâncias inaladas. Apesar de saber da importância da poluição ambiental e da queima da biomassa como desencadeador de fenômenos patogênicos, o cigarro prevalece sendo o principal fator determinante. (NASCIMENTO O.A., 2013).
A doença apresenta alguns efeitos extra pulmonares significativos, tanto como importantes comorbidades que podem favorecer na severidade da doença em pacientes individuais. Mas, a DPOC pode ser prevenida e tratada – considerando a sua estreita relação com a exposição aos fatores de risco – sendo importante o seu diagnóstico precoce, pois o manuseio correto pode reduzir os sintomas (principalmente a dispneia), reduzir a frequência e a severidade das exacerbações, melhorar o estado de saúde e a capacidade de tolerância ao exercício prolongando a sobrevida. (LOIVOS LP., 2013) 
 Sendo de suma importância seu diagnóstico prévio para assim, poder se executar um protocolo de tratamento mais eficaz, evitando de gerar sintomas abrangentes e melhora estendida ao paciente por ser uma doença que se estende ao longo dos anos.
2. OBJETIVO GERAL
 Elaboração de um protocolo para a avaliação do estado nutricional e avaliação do tratamento nutricional adequado. 
2.1 OBJETIVO ESPECÍFICO
 Pesquisar os principais métodos de avaliação nutricional desses pacientes, entendendo a relação entre a doença e a deterioração do estado nutricional, assim, avaliando as atividades e participação, melhorando, assim, a qualidade de vida. 
3. METODOLOGIA 	Comment by LAURA GRANDISOLI: Descrever mais claramente em que bases de dados foi feita a pesquisa (PubMed, Google Acadêmico, sites de entidades de saúde, Scielo....), quais foram as palavras-chave utilizadas na busca (DPOC, avaliação nutricional, desnutrição.....), como foi deita a seleção dos artigos (aqueles pertinentes ao tema, com informações relevantes sobre o tema estudado, publicados nos últimos x anos....), etc.
 Para realização deste trabalho, o tema concebido foi DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). A parte prática do trabalho foi realizada com pesquisas direcionada ao tema, manual de terapia nutricional, diretrizes brasileiras de cardiologia, doença pulmonar obstrutiva crônica, etc. Feitas via internet através de artigos científicos, assim como na biblioteca virtual através de livros relacionados com o tema, avaliação nutricional do paciente decorrente ao seu consumo alimentar, a realização da triagem nutricional e exames clínicos. 
4. DESCRIÇÃO DO PROTOCOLO	Comment by LAURA GRANDISOLI: Pode colocar o protocolo diretamente aqui, no corpo do texto. Não colocar como anexo.
 O protocolo contém informações de pacientes que se encontram na ala hospitalar para o tratamento da doença, um indivíduo debilitado e em um estado moderado da doença de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). 
 As necessidades nutricionais do paciente e uma melhora significativa a mudança do hábito do dia a dia do mesmo. (4)
 Observar se contém uma inflamação presente, sinais de dispneia. Contém a checagem de um histórico alimentar, exames necessários, a presença do uso de medicamentos ingeridos para os efeitos colaterais, checagem de equilíbrio hídrico e uma suposta suplementação. 
 Um parâmetro isolado não caracteriza a condição nutricional geral de um indivíduo, sendo necessário empregar uma associação de vários indicadores do estado nutricional para aumentar a precisão do diagnóstico. 
 Na avaliação do consumo alimentar do paciente com DPOC foi utilizado o método do recordatório alimentar de 24 horas e o inquérito semiquantitativo de frequência de consumo de alimentos. 
 
5. DISCUSSÃO	Comment by LAURA GRANDISOLI: Precisa melhorar bastante a gramática - pontuação, estrutura das frases.É preciso discutir sobre a importância dos protocolos, que são um instumento de padronização da conduta, na qualidade da assistência nutricional. Procurem literatura sobre qualidade em assistência nutricional e protocolos de assistência nutricional.
 A escolha de analisar o estado nutricional de um paciente acamado em uma ala hospitalar é devido a grande importância da doença presente, os cuidados que o paciente deve ter para não ocorrer uma piora no seu estado nutricional e até mesmo o avanço do estágio da doença, tendo em vista em ser leve grau 1, moderado grau 2, grave grau 3 e muito grave grau 4.
 Os pacientes portadores de DPOC podem ser divididos, de acordo com os resultados da avaliação do estado nutricional, sendo dividido em dois grupos. O primeiro grupo é constituído pelos pacientes que apresentam alto risco de complicações nutricionais devido à exacerbação da doença. Já no segundo grupo, temos aqueles pacientes que apresentam desnutrição associada ou não a uma falência respiratória. O objetivo da dietoterapia é reverter o quadro de desnutrição através de uma alimentação que garanta a reposição de todos os macro e micronutrientes que se encontram deficientes. (Vianna R, Maia F, Waitzberg DL).
 A grande importância de um diagnóstico na avaliação nutricional em doentes com DPOC como complemento do tratamento,com o objetivo de melhorar o seu estado geral e clínico melhorando a qualidade de vida do paciente. 
 Critérios efetivos como um protocolo de atendimento são necessários para identificar o risco e detectar o grau do comprometimento nutricional na chegada e durante a permanência no hospital e devem ser implementados nos procedimentos de rotina hospitalar, ajudando assim o profissional da saúde e o próprio paciente. 	Comment by LAURA GRANDISOLI: são necessários
 A avaliação do estado nutricional identifica os distúrbios nutricionais, possibilitando uma intervenção adequada para auxiliar na recuperação ou manutenção do estado de saúde do indivíduo. Utilizam-se métodos objetivos (antropometria, composição corporal, parâmetros bioquímicos e consumo alimentar) e métodos subjetivos (exame físico a Avaliação Subjetiva Global), recomendando-se a associação destes indicadores para obter um adequado diagnóstico nutricional (Cupari L, 2005). 
6. CONCLUSÃO	Comment by LAURA GRANDISOLI: Faltou comentar sobre a importância do protocolo.
 Conclui-se que uma abordagem multiprofissional de uma equipe bem montada, de pacientes com DPOC é de suma importância. Uma avaliação adequada da parte nutricional desses pacientes deve ser incluída decorrente aos vários componentes de um programa de reabilitação pulmonar. Além de uma composição adequada de proteínas, carboidratos, lipídeos, vitaminas e minerais na dieta, a prescrição de exercícios físicos também é fundamental para reduzir complicações, comorbidades e mortalidade nestes pacientes.	Comment by LAURA GRANDISOLI: Isso não cabe aqui. A conclusão deve responder aos objetivos e resultados. Focar no estado nutricional e avaliação nutricional.
 Em estudos com idosos saudáveis e doentes, a estratégia de mudança de comportamento produziu efeitos mais consistentes ao aumento da participação de atividades físicas na vida diária, o automonitoramento. Com grandes intervenções mostram que são bem sucedidas quando incluem um estabelecimento de objetivos em colaboração de estratégias para a superação de barreiras e monitoração do progresso do paciente.
 A relação dos pacientes com DPOC à desnutrição concluímos que ocorre do tipo marasmática, que constitui uma forma de adaptação à desnutrição crônica. São vários os fatores que podem levar a uma ingestão inadequada de alimentos em pacientes com DPOC e, conseqüentemente, causar perda de peso, como dificuldades na mastigação e deglutição decorrentes da dispnéia, tosse, secreção e fadiga. (Brashear RE, Rhodes ML).
 É fundamental que haja intervenção nutricional em pacientes com DPOC como complemento de um tratamento tendo o objetivo de melhorar o seu estado geral, clínico e potenciar uma melhoria da qualidade de vida.	Comment by LAURA GRANDISOLI: E onde entra o estado nutricional nisso?
7. REFERÊNCIAS
1. Kessler R, Faller M, Fourgaut G, Mennecier B, Weintzenblum E. Predictive factors of obstructive pulmonary disease. Am J Respir Crit Care Med. 1999;159(1):158-64.
2. Vianna R, Maia F, Waitzberg DL. Insuficiência respiratória. In: Waitzberg DL. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 3a ed. São Paulo: Atheneu; 2000. p.1199-208.
3. Sachs A, Lerario MC. Doenças pulmonares. In: Cuppari L, Schor N, editores. Nutrição clínica no adulto. 2 ed. São Paulo: Editora Manole; 2005. p. 273-286. 25.
4. Boccolini CS, Silva RFS, Souza RO. Semiologia nutricional na DPOC. In: Duarte ACG, editor. Avaliação nutricional: Aspectos clínicos e laboratoriais. 1 ed. São Paulo: Editora Manole; 2007. p. 275- 277
5. Brashear RE, Rhodes ML. Doença pulmonar obstrutiva crônica. Rio de Janeiro: Interamericana; 1981. p.189-98. 
6. Waitzberg DL, Gama-Rodrigues J, Correia MITD. Desnutrição hospitalar no Brasil. In: Waitzberg DL. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 3a ed. São Paulo: Atheneu; 2000. p.385-97. 
7. Cupari L. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Nutrição Clínica no Adulto. 2ª ed. São Paulo: Manole; 2005.
8. ANEXO
	
 
	UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Campus Sorocaba 
	
	Protocolo de Triagem e Avaliação Nutricional de pacientes com 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA 
	
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	Luciana da Silva Araújo, Ingrid Tabatta Genuíno, Leandra Garcia Verneque, Natália Carnavale e Maurício Antônio Pires
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1. Introdução: 
A avaliação nutricional contribui para a assistência nutricional, pois devido a checagens de exames, como a antropometria sendo fundamental no diagnóstico, entretanto outras ferramentas de avaliação da doença. Sendo necessário para saber sua gravidade e um planejamento terapêutico para acompanhamento do mesmo, ou seja, um planejamento abrangente pode aliviar os sintomas, diminuir a frequência das internações hospitalares, evitando a morte prematura do paciente e permite a eles uma vida mais ativa e satisfatória. A terapia nutricional é muito importante devido ao seu grande impacto sobre a morbimortalidade da doença.
 A avaliação do estado nutricional, subjetiva global, antropometria e bioimpedância, entres outros, são fatores importantes para se avaliar nutricionalmente o paciente com DPOC, gerando assim um trabalho mais completo e de resultados efetivos. 
 O estado nutricional nos pacientes de DPOC está associado à desnutrição, fruto de vários mecanismos próprios da doença. Por outro lado, o metabolismo alterado e a inflamação sistémica característica nestes doentes podendo estar relacionados com a obesidade, presença de edemas e caquexia, portanto, manter um bom estado nutricional através de uma intervenção nutricional direcionada.
2. Objetivos: 
 Estabelecer as diretrizes para a triagem e avaliação nutricional de pacientes com DPOC, tendo em vista seus principais objetivos, direcionando o tratamento nutricional. prevenir e tratar a desnutrição, preparar o paciente para o procedimento clínico, melhorar a resposta imunológica, prevenir e tratar as complicações infecciosas e não infecciosas decorrentes do tratamento do paciente, melhorar a qualidade de vida reduzindo o tempo de internação hospitalar e consequentemente a mortalidade. A triagem e avaliação nutricional darão os subsídios para todas essas ações citadas.
 
 
	
 
	UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Campus Sorocaba 
	
	Protocolo de Triagem e Avaliação Nutricional de pacientes com 
(NOME DA PATOLOGIA) 
	
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	Luciana da Silva Araújo, Ingrid Tabatta Genuíno, Leandra Garcia Verneque, Natália Carnavale e Maurício Antônio Pires
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3. Procedimento: 
	3.1. 	Triagem Nutricional 
 Um dos métodos mais empregados na triagem nutricional de pacientes com DPOC é a Avaliação Subjetiva Global (ASG), proposta inicialmente por Detsky et al., 1987 que também é um procedimento muito utilizado em hospitais brasileiros, cujo intuito é identificar o risco nutricional dos pacientes categorizando-os em não ocorre uma desnutrição, desnutrido moderado e desnutrido grave. Esse método leva em consideração questões importante para um possível prognóstico de alteração do estado nutricional do indivíduo, como sintomas observados no paciente relacionados ao trato gastrintestinal, mudanças no padrão alimentar, perda de peso recente, perda de tecido adiposo e muscular, além de considerar o nível de estresse relacionado à doença base do paciente (GRIBOSKI, 2013).	Comment by LAURA GRANDISOLI: Não consta na bibliografia
 A triagem nutricional é imprescindível para indicar o início da terapia nutricional o mais rápido possível e o objetivo da ASG é identificar pacientes que estão em risco nutricional e, a partir daí situar o nível de atendimento nutricional que será empregado, a fim de evitar que o paciente desenvolva algum tipo de desnutrição ou apresente piora do quadro nutricional (FERNANDES; BEZERRA, 2006; GRIBOSKI, 2013).
	
 
	UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Campus Sorocaba 
	
	Protocolo de Triagem e Avaliação Nutricional de pacientes com 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVACRÔNICA 
	
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	Luciana da Silva Araújo, Ingrid Tabatta Genuíno, Leandra Garcia Verneque, Natália Carnavale e Maurício Antônio Pires
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FIGURA 1 – Avaliação Subjetiva Global (ASG)
Fonte: WAITZBERG DL. Nutrição Enteral e Parenteral na Prática Clínica, 1995.
	
 
	UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Campus Sorocaba 
	
	Protocolo de Triagem e Avaliação Nutricional de pacientes com 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA 
	
	Elaboradores 
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	Nomes dos alunos 
	Luciana da Silva Araújo, Ingrid Tabatta Genuíno, Leandra Garcia Verneque, Natália Carnavale e Maurício Antônio Pires
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3.2. 	Exame clínico 	Comment by LAURA GRANDISOLI: Aqui vcs devem discorrer sobre como será a avaliação clínica. Que ítens são imortantes abordar na anamnese? Perda de apetite? Dispneia? mudanças no consumo alimentar? E o exame físico? Avaliarão perda de musculatura e massa gorsurosa? Como isso será avaliado por meio da inspeção física?
 • Dispneia: repousar antes das refeições. Se necessário usar broncodilatadores e realizar higiene brônquica antes das refeições. Comer devagar. Avaliar dessaturação durante a refeição e se necessário suplementar com oxigênio nasal; 
A partir da aferição da CB, da CMB e DCT pode-se, então, estimar a massa muscular e as reservas de gordura dos portadores de DPOC e tal condição é fundamental, uma vez que a depleção destes componentes é encontrada com frequência nesses pacientes desde os estágios iniciais da doença e representa um fator agravante do estado e da condição clínica dos mesmos (HUGLI, 2003; KING, 2008; VERMEEREN et al, 2006; SCHOLS et al, 1993; LAABAN, 2000; ANKER et al, 2006). 
As alterações ponderais são comumente encontradas na DPOC, sendo que o baixo peso é encontrado principalmente nos estágios mais avançados da doença e o sobrepeso e a obesidade também podem estar presentes em mais de 50% dos pacientes (EISNER et al, 2007; PASCUAL et al, 1996), mostrando que a situação ponderal não tem caráter homogêneo nesta enfermidade. 
	 
Na avaliação antropométrica, ter conhecimento das reservas corporais de gordura e de massa magra é de suma importância, uma vez que na ausência dessas reservas o organismo começa a utilizar as proteínas para o fornecimento de energia (HEYWARD; STOLARCZYK, 2000). 
 
Dentro da avaliação antropométrica, o índice de massa corporal (IMC) tem sido mundialmente utilizado como um bom indicador do estado nutricional, entretanto, não contempla a composição corporal individual (WAITZBERG, 2001). Desta forma, pelo fato dos portadores de DPOC apresentarem alterações significativas na composição corporal, observa-se que o IMC isoladamente não é um bom indicador para embasar o diagnóstico nutricional destes pacientes (PAIVA, 2010). 
	
 
	UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Campus Sorocaba 
	
	Protocolo de Triagem e Avaliação Nutricional de pacientes com 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA 
	
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	Luciana da Silva Araújo, Ingrid Tabatta Genuíno, Leandra Garcia Verneque, Natália Carnavale e Maurício Antônio Pires
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3.3. 	Avaliação antropométrica 
Conforme Eisner et al (2007), a avaliação nutricional baseada em medidas antropométricas na DPOC é de grande importância, uma vez que pode evidenciar a depleção de massa magra e a perda ponderal recente. Tais achados seriam a conseqüência primária de um distúrbio no balanço energético destes pacientes, que apresentam hipercatabolismo e consumo alimentar diminuído (ENGELEN et al, 2001). 
 O peso é a soma de todos os componentes corpóreos e reflete o equilíbrio energético-protéico dos indivíduos. O peso atual (PA) demonstra a situação presente e o peso usual (PU) ou habitual (PH) é utilizado como referência nas mudanças ponderais recentes. A partir desta relação podemos verificar se houve alguma alteração e em que período de tempo, uma vez que a perda involuntária constitui uma importante informação para avaliar a gravidade da injúria (KAMIMURA et al, 2005). 
 	As alterações ponderais são comumente encontradas na DPOC, sendo que o baixo peso é encontrado principalmente nos estágios mais avançados da doença e o sobrepeso e a obesidade também podem estar presentes em mais de 50% dos pacientes (EISNER et al, 2007; PASCUAL et al, 1996), mostrando que a situação ponderal não tem caráter homogêneo nesta enfermidade. 
 
A circunferência do braço (CB) representa o somatório das áreas constituídas pelos tecidos ósseo, muscular e gorduroso do braço e o resultado obtido é comparado a valores de referência para que se possa estimar a proteína muscular esquelética total e possibilita derivar a circunferência muscular do braço (CMB), através da aplicação de fórmula específica que utiliza também a medida da dobra cutânea tricipital (DCT) (WAITZBERG, 2004). 
. A medida das dobras cutâneas, em especial a DCT e a dobra cutânea subescapular (DCS), constitui um método relevante de se estimar a reserva corporal de gordura (KAMIMURA, 2005; WAITZBERG, 2001), pois os mais completos padrões e métodos de avaliação deste compartimento corporal foram desenvolvidos para estes locais específicos (NARINS, 1995). 
Também vale salientar que, através do somatório de algumas dobras cutâneas conforme fórmulas específicas, é possível estimar a composição corporal dos indivíduos (CHUMLEA; BAUMGARTNER, 1989). 
 A partir da aferição da CB, da CMB e DCT pode-se, então, estimar a massa muscular e as reservas de gordura dos portadores de DPOC e tal condição é fundamental, uma vez que a depleção destes componentes é encontrada com 
freqüência nesses pacientes desde os estágios iniciais da doença e representa um fator agravante do estado e da condição clínica dos mesmos (HUGLI, 2003; KING, 2008; VERMEEREN et al, 2006; SCHOLS et al, 1993; LAABAN, 2000; ANKER et 
al, 2006). 
 
	
 
	UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Campus Sorocaba 
	
	Protocolo de Triagem e Avaliação Nutricional de pacientes com 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA 
	
	Elaboradores 
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	Luciana da Silva Araújo, Ingrid Tabatta Genuíno, Leandra Garcia Verneque, Natália Carnavale e Maurício Antônio Pires
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	3.4. 	Avaliação bioquímica 
 Na DPOC, uma das características mais marcantes da doença é sua associação com o estado nutricional do paciente, em consequência da diminuição da ingestão de alimentos, que pode incluir desnutrição do tipo marasmática e mudança na composição corporal por conta da perda de peso resultante do hipermetabolismo (CUPPARI 2003; FERNANDES; BEZERRA, 2013; MAHAN 2018). Em pacientes que apresentam um estado avançado de doenças pulmonares, essa má nutrição tem sido denominada “síndrome da caquexia pulmonar”, que também pode ser observada em pacientes com DPOC (SILVA et al. 2010).	Comment by LAURA GRANDISOLI: Isso está muito bom para a introdução do protocolo. Podem transferir pra lá.
 Nesse âmbito, em pacientes portadores da DPOC as dosagens de proteínas séricas têm sido recomendadas como uma ferramenta fidedigna na avaliação bioquímica do estado nutricional do indivíduo a fim de contribuir para um bom monitoramento nutricional onde a diminuição dessas proteínas séricas estão associadas a desnutrição-proteico-energética. (CUPPARI 2003). Para avaliar o estado nutricional do paciente devem-se aferir as dosagens de albumina, pré-albumina, transferrina e proteína transportadora de retinol (SILVA et al. 2010).	Comment by LAURA GRANDISOLI: Ótimo! Pode incluir tb a avaliação imunológica, com CTL. E a avaliação da massa muscular pelo ICA.
 Albumina: a albumina é responsável pelo transporte dos principais constituintes sanguíneos, é sintetizada pelas células do fígado e tem meia-vida de 18-21 dias. Sua principal função é manter a pressão coloidosmótica do plasma e carrear pequenas moléculas. Essa proteína apresenta-se em níveisdiminuídos na desnutrição (hipoalbuminemia) (MAHAN 2018; CUPPARI 2003).
	
QUADRO 1 - Valores de referência para albumina
Proteína Síntese Valores de referências Vida Média
Albumina	Hepatócito	 Normal: > 3,5 g/dL 18 – 20 dias
 Depleção leve: 3-3,5 g/dL
 Depleção moderada: 2,4-2,9 g/dL
 Depleção grave: < 2,4 g/dL	
Fonte: Adaptado de CUPPARI, L. Nutrição Clínica no Adulto. São Paulo: Manole, 2003.
	
 
	
 
	UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Campus Sorocaba 
	
	Protocolo de Triagem e Avaliação Nutricional de pacientes com 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA 
	
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	Luciana da Silva Araújo, Ingrid Tabatta Genuíno, Leandra Garcia Verneque, Natália Carnavale e Maurício Antônio Pires
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 Pré-albumina: a pré-albumina é uma proteína sintetizada pelos hepatócitos e transportada no soro como um complexo de proteína ligadora de retinol e vitamina A e tem uma meia-vida de 2 a 3 dias em média. Sua principal função é propiciar o transporte de hormônios tireóideos, em conjunto com a globulina ligadora de T4. Sua concentração apresenta-se diminuída na desnutrição. (MAHAN 2018; GUMBREVICIUS 2018)
QUADRO 2 - Valores de referência para pré-albumina
Proteína	 Síntese	 Valores de referência	 Vida Média
Pré-albumina Hepatócito	 Normal: 20 mg/dL 2 – 3 dias
(transtirretina)	 Depleção leve: 10-15mg/dL
 Depleção moderada: 5-10 mg/dL
 Depleção grave: < 5 mg/dL	
 
Fonte: Adaptado de CUPPARI, L. Nutrição Clínica no Adulto. São Paulo: Manole, 2003.
 Transferrina: é uma glico glicoproteína globulina que possui meia-vida de 8 dias em média, cuja função é transportar o ferro para a medula óssea para produção de hemoglobina e sua concentração plasmática é mediada pela quantidade de depósito de ferro. Sua síntese é aumentada diante da depleção dos depósitos de ferro. No caso de desnutrição aguda, a transferrina é mais sensível do que a albumina por ter uma meia-vida menor (MAHAN 2018; GUMBREVICIUS 2018).
QUADRO 3 - Valores de referência para transferrina
Proteína	 Síntese	 Valores de referência	 Vida Média
Transferrina	 Hepatócito	 Depleção leve: 150-200 mg/dL 7 – 8 dias
 Depleção moderada: 100-150 mg/dL
 Depleção grave: < 100 mg/dL	
Fonte: Adaptado de CUPPARI, L. Nutrição Clínica no Adulto. São Paulo: Manole, 2003.
 Proteína transportadora de retinol: é uma proteína sintetizada no fígado e liberada junto com retinol, tendo como única função se ligar ao retinol e transportar os metabólitos da vitamina A. Trata-se de uma pequena proteína plasmática que circula em conjunto a pré-albumina. Sua meia-vida é curta, sendo em média de aproximadamente 12 horas e por conta disso, é um índice muito sensível para determinação de restrição energética e proteína (MAHAN 2018; GUMBREVICIUS 2018).
	
 
	UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Campus Sorocaba 
	
	Protocolo de Triagem e Avaliação Nutricional de pacientes com 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA 
	
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	Luciana da Silva Araújo, Ingrid Tabatta Genuíno, Leandra Garcia Verneque, Natália Carnavale e Maurício Antônio Pires
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QUADRO 4 - Valores de referência para proteína transportadora de retinol
Proteína	 Síntese	 Valores de referência	 Vida Média
Proteína Hepatócito Normal: 3-5 mg/dL	 10 – 12 horas
transportadora
de retinol		
Fonte: Adaptado de CUPPARI, L. Nutrição Clínica no Adulto. São Paulo: Manole, 2003.
 
	3.5. 	Avaliação do consumo alimentar 	Comment by LAURA GRANDISOLI: Colocar um exemplo de um formulário para o preenchimento do R24h.
 A avaliação do consumo de alimentar é importante para obter informações do paciente pois a forma que ele se alimenta seja ela qualitativa ou quantitativa pode contribuir para a saúde e também pode ser o determinante de algumas doenças. É um processo, que envolve a coleta de dados e reavaliação e análise do estado nutricional.
 No paciente com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica a indicação, do paciente ambulatorial é o recordatório de 24 horas e o questionário de frequência alimentar, já paciente hospitalizado o histórico alimentar pode auxiliar nessa avaliação.	Comment by LAURA GRANDISOLI: Ótima escolha. Só precisa melhorar a gramática.
 O método recordatório de 24 horas de coleta de dados exige que os indivíduos se lembrem de alimentos específicos e quantidades de alimentos que consumiram nas 24 horas passadas. O nutricionista pede à pessoa que se lembre de sua ingestão usando um grupo específico de questões para obter o máximo possível de informação detalhada. (krause, 2018)
 O questionário de frequência alimentar é uma revisão retrospectiva da ingestão baseada na frequência (i.e., alimento consumido por dia, por semana ou por mês). Para facilitar a avaliação, o gráfico de frequência alimentar organiza os alimentos em grupos que têm nutrientes comuns. Como o foco do questionário de frequência alimentar é a frequência de consumo de grupos de alimentos sem tamanhos de porção, a informação obtida é geral, não específica e não pode ser aplicada a determinados nutrientes. Durante uma doença os padrões de consumo de alimentos podem mudar, dependendo do estágio da doença. Desse modo é útil completar os questionários de frequência alimentar para o período imediatamente antes da hospitalização ou antes da doença para se obter um histórico completo e preciso. (krause, 2018)
 
	
 
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	Protocolo de Triagem e Avaliação Nutricional de pacientes com 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA 
	
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	Nomes dos alunos 
	Luciana da Silva Araújo, Ingrid Tabatta Genuíno, Leandra Garcia Verneque, Natália Carnavale e Maurício Antônio Pires
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	 24/09/20
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 O Histórico alimentar permite estabelecer aspectos sociais do histórico clínico ou de saúde também podem intervir na ingestão nutricional. A capacidade de adquirir alimentos, o estado socioeconômico, quantidade de integrantes da família, capacidade físicas e mentais, consumo de droga, álcool e tabagismo, falta de socialização às refeições, problemas psicológicos ou pobreza podem se somar aos riscos de ingestão nutricional inadequada. As crenças religiosas, rituais, práticas dietéticas familiares, educação, regionalidade, estilo de comunicação, interfere na saúde, bem-estar e na doença.
 A ingestão dietética inadequada e a inadequação nutricional podem resultar de anorexia, ageusia (perda da sensação de paladar), disgeusia (paladar diminuído ou distorcido), anosmia (perda de olfato), consumo excessivo de álcool, modismo dietético, problemas de mastigação e deglutição, alimentação frequente com alimentos altamente processados, interações adversas de alimento e fármaco, restrições culturais ou religiosas da dieta, incapacidade de comer por mais de sete a 10 dias, terapia líquida intravenosa isolada por mais de cinco dias ou necessidade de assistência com a alimentação. 	Comment by LAURA GRANDISOLI: O correto é o contrário. A ingestão dietética inadequada não é a causa anorexia, ageusia, etc..., mas é sua consequência.
 Os problemas enfrentados por adultos idosos incluem dentaduras de má fixação e dentição deficiente, mudanças no paladar e no olfato, hábitos alimentares estabelecidos por muito tempo, pobreza e insegurança sobre os alimentos e conhecimento inadequado de nutrição. Terapias auto prescritas, incluindo o uso de megadoses de vitaminas e minerais, o uso de várias ervas, dietas macrobióticas, probióticos e suplementos de ácido graxo ou aminoácidos também precisam ser pesquisados porque podem afetar a nutrição e a saúde geral da pessoa. O histórico da dieta talvezseja o melhor meio de se obter informação sobre a ingestão dietética e encaminhar para uma revisão dos padrões usuais de ingestão de alimentos do indivíduo e da seleção variável de alimentos que dita a ingestão de alimentos. (krause, 2018)
4. REFERÊNCIAS: 
1. KAMIMURA, M.A.; BAXMANN, A.; SAMPAIO, L. R.; CUPPARI, L. Avaliação Nutricional. In: CUPPARI, L. (Org.). Nutrição Clínica no Adulto. São Paulo: Manole, 2003. p. 87-89.
2. MAHAN, L. K.; RAYMOND, J. L. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 14a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
3. FERNANDES, A. C.; BEZERRA, O. M. P. A. Terapia nutricional na doença pulmonar obstrutiva crônica. Jornal Brasileiro de Pneumologia. Ouro Preto, v. 32, n. 5, p. 461-471, 2006.
 
4. GUMBREVICIUS, I. Avaliação Nutricional. Londrina: Educacional S.A., 2018. 224 p.
 
5. SILVA, C.S.; JUNIOR, C. T. S.; SILVA, P. S. et al. Abordagem nutricional em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Pulmão RJ. Rio de Janeiro, v. 19, n. 1-2, p. 40-44, 2010.

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