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Nicole Moreira Farrapo Estamos constantemente expostos a agentes infecciosos e mesmo assim, na maioria dos casos somos capazes de resistir a essas infecções. É o nosso sistema imune que nos permite resistir a infecções. Existem dois tipos de mecanismos de defesa: os inatos ou não específicos, como a proteção da pele , a acidez gástrica, as células fagocitárias ou a secreção de lágrimas; o sistema imunitário adaptativo, que compreende a ação selectiva dos linfócitos e a produção de anticorpos específicos. O sistema inato é composto por mecanismos de defesa não-específicos, que constituem uma resposta indiferenciada ao agente invasor. Barreiras Físicas A pele é a principal barreira. A sua superfície lipofílica é construida por células mortas ricas em queratina, uma proteína fibrilar, que impede a entrada de microorganismos. O ácido gástrico é uma poderosa defesa contra a invasão por bactérias do intestino. A saliva e as lágrimas contêm enzimas bactericidas, como a lisozima, que destroem a parede celular das bactérias. O muco é outra defesa, revestindo as mucosas. Ele sequestra e inibe a mobilidade dos corpos invasores, sendo a sua composição hostil para muitos microorganismos. Barreiras Humorais As barreiras anatômicas são muito eficientes na prevenção da colonização de tecidos por microrganismos. Entretanto, quando há lesão em tecidos as barreiras anatômicas são rompidas e a infecção pode ocorrer. Sistema complemento – O sistema complemento é o principal mecanismo de defesa humoral não específico .Uma vez ativado o complemento pode levar ao aumento da permeabilidade vascular, recrutamento de células fagocitárias, e lise e opsonização de bactéria. Sistema de coagulação – Dependendo da severidade da lesão no tecido, o sistema de coagulação poderá ou não ser ativado. Parte da resposta inflamatória é o recrutamento de eosinófilos polimorfonucleares e macrófagos ao local da infecção. Essas células são a principal linha de defesa no sistema imune não específico. 1. Neutrófilos – Células polimorfonucleares são recrutadas ao local da infecção onde fagocitam organismos invasores e os mata intracelularmente. 2. Macrófagos – Macrófagos e monócitos também funcionam na fagocitose e na morte intracelular de microrganismos. Além disso, macrófagos contribuem para o reparo de tecidos e agem como células apresentadoras de antígenos, que são requeridas para a indução de respostas imunes específicas. 3. Eosinófilos – Eosinófilos têm proteínas em grânulos que são eficientes na destruição de certos parasitas. Neutrófilo Eosinófilo Caso os microorganismos ultrapassem as barreiras naturais e todos os mecanismos de imunidade inata, normalmente desencadeiam uma doença infecciosa. Esta resposta é da responsabilidade dos glóbulos brancos do tipo linfócitos, dos quais existem vários tipos. os linfócitos T, após identificarem o agente estranho, atacam- no diretamente e produzem sinais para que também possam ser atacados por outras células defensivas. Por outro lado, produzem uma resposta imunitária humoral, em que os linfócitos B, informado pelos anteriores sobre as características do agressor, começam a elaborar anticorpos contra os seus antigénios específicos, de modo a desativá-los ou facilitar a sua destruição por parte de outras células defensivas. Os linfócitos B se originam de uma célula-mãe na medula óssea e amadurecem até se tornarem células especialistas na produção de anticorpos. Quando essas células são ativadas por antígenos (corpos estranhos), elas se proliferam e se diferenciam em plasmócitos, que são células produtoras de anticorpos. Por vezes, algumas células não se diferenciam em plasmócitos, originando a célula B da memória imunitária. Essas células reagem quando o corpo se expõe novamente ao mesmo antígeno Os linfócitos T ajudam a defender o organismo de vírus, fungos e algumas bactérias. Formam-se quando as células-mães migram da medula óssea para o timo e são responsáveis pela produção de anticorpos sanguíneos e imunidade celular. Células natural-Killer (NK) são linfócitos granulares e podem matar células tumorais infectadas por vírus de maneira não específica. Essas células não são parte da resposta inflamatória, mas são importantes na imunidade não específica a infecções virais e na prevenção de tumores. Linfócito T Linfócito B
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