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Questões Sobre Insuficiência Cardíaca 1
Questões Sobre Insuficiência Cardíaca 
1. Em relação à classificação da insuficiência cardíaca, segundo a American Heart 
Association (AHA), é correto afirmar que 
a. um homem de 56 anos, com fração de ejeção (FE) de 36% no ecocardiograma, é 
considerado classe A. 
b. uma mulher caucasiana de 61 anos, com hipertensão arterial e sem alterações no 
ECG e/ou no ecocardiograma, é considerada classe C.
c. uma mulher de 42 anos, portadora de miocardiopatia puerperal, com FE de 18% e 
quadro clínico refratário ao tratamento clínico otimizado, é considerada classe 
D. 
d. a presença de alterações cardíacas estruturais, sem sintomas de insuficiência 
cardíaca, é considerada classe C. 
e. a presença de dispneia aos pequenos esforços é considerada classe III.
2. Homem, 41 anos, trabalhador rural, hipertenso em uso irregular de anti-
hipertensivos. Foi admitido em hospital com queixa de dispneia, ortopneia, edema de 
membros inferiores e palpitações há 1 mês além de oligúria há 2 dias. Feito o 
diagnóstico inicial de insuficiência cardíaca e tratado com furosemida e 
vasodilatadores, sem melhora do quadro. História de consumo prévio de 95 g de 
etanol/dia por 15 anos; parou há 4 meses, no decorrer dos quais perdeu 10 Kg. Exame 
físico: consciente, afebril, PA 130/75 mmHg, FC: 121 bpm, estase jugular, edema 
depressível generalizado, pulsos amplos extremidades quentes, sem nistagmo ou 
ataxia. Exames complementares revelam: derrame pleural bilateral, acidose lática, 
fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 77% (aferida por ecocardiograma). Qual a 
etiologia mais provável da insuficiência cardíaca?
a. Deficiência de tiamina. 
b. Miocardite viral. 
c. Miocardiopatia alcoólica. 
d. Cardiopatia hipertensiva.
3. A respeito da insuficiência cardíaca de alto débito, são as condições que levam a 
esse tipo de quadro: 
I. Anemia. 
II. Tireotoxicose. 
III. Shunt arteriovenoso. 
IV. Obesidade. 
V. Beribéri. 
Está correto o que se afirma em: 
a. II, III, IV e V, apenas.
b. I, II e III, apenas. 
c. IV e V, apenas. 
d. I, II, III e V, apenas. 
e. I, II, III, IV e V.
4. Considere o mecanismo de Frank Starling e julgue as alternativas abaixo, 
assinalando a CORRETA: 
a. Quanto maior a pré-carga, menor a contratilidade do coração. 
b. Refere-se à capacidade do coração para adaptar-se a variações do volume 
sanguíneo, alterando a sua contratilidade nas diferentes situações. 
c. Em casos de hipervolemia, o coração adapta-se diminuindo a sua força de 
contratilidade.
d. Em casos de hipovolemia, observa-se um acréscimo no débito cardíaco. 
e. Quanto menor a pré-carga, maior o débito cardíaco.
5. A insuficiência cardíaca (IC) afeta mais de 20 milhões de indivíduos no mundo. Suas 
diversas causas podem ser englobadas na IC com fração de ejeção (FE) reduzida ou IC 
com FE preservada. Nos pacientes que apresentam IC com redução da FE, podem ocorrer 
diversos eventos nos níveis celular e molecular. Em relação aos mecanismos básicos 
da IC com FE reduzida, analise os eventos abaixo. 
I) Hipertrofia de miócitos. 
II) Alterações das propriedades contráteis dos miócitos. 
III) Perda de miócitos por necrose ou apoptose. 
IV) Dessensibilização alfa-adrenérgica. 
Escolha entre as alternativas abaixo, a que inclui eventos corretamente 
relacionados à IC com FE reduzida. 
a. I e II apenas. 
Questões Sobre Insuficiência Cardíaca 2
b. I e III apenas. 
c. II e IV apenas. 
d. I, II e III apenas. 
e. I, III e IV apenas.
6. Em relação à patogênese da Insuficiência Cardíaca (IC), assinale a alternativa 
CORRETA. 
a. Os eventos que lesam o músculo cardíaco promovem um aumento do número de 
miócitos. 
b. Entre os sistemas neuro-hormonais ativados na IC, está a arginina-vasopressina, 
que reduz a reabsorção de água.
c. Pacientes com IC têm diminuição da atividade de moléculas vasodilatadoras como 
os peptídeos natriuréticos atrial e cerebral. 
d. Na IC há um remodelamento VE, com alterações na geometria ventricular esquerda 
que incluem, entre outras, um aumento da esfericidade do VE, afinamento da 
parede do VE e incompetência da valva mitral.
e. Pacientes com disfunção do ventrículo esquerdo (VE) apresentam mecanismos 
compensatórios que incluem a redução do sistema renina-angiotensina-aldosterona 
e da atividade do sistema nervoso simpático.
7. O cor pulmonale pode ser referido como doença cardiopulmonar. Com relação a essa 
entidade nosológica, é CORRETO afirmar:
a. O ventrículo direito é mais adequado a lidar com sobrecargas de pressão do que 
de volume. 
b. A causa mais comum de cor pulmonale é a insuficiência cardíaca, seja com fração 
de ejeção reduzida ou preservada. 
c. A ecocardiografia com Doppler permite a estimativa da pressão arterial pulmonar 
quando o paciente tem refluxo mitral associado. 
d. O seu mecanismo fisiopatológico comum é uma hipertensão pulmonar que seja 
suficiente para alterar a estrutura e/ou função do ventrículo direito. 
e. A redução da intensidade do sopro de regurgitação durante a inspiração, indica a 
existência de insuficiência tricúspide ("sinal de Rivero-Carvallo").
8. A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa, com várias 
manifestações clínicas. Em relação aos sintomas e sinais destas síndromes, é 
CORRETO afirmar. 
a. Os principais sintomas da IC são fadiga e edema de membros inferiores. 
b. A expressão "dispneia paroxística noturna" refere-se a episódios agudos de 
dispneia que ocorrem logo após o paciente ter se deitado.
c. A dispneia pode tornar-se menos frequente com o surgimento de insuficiência 
ventricular direita e de insuficiência tricúspide. 
d. A "respiração de Cheyne-Stokes', também conhecida como respiração periódica ou 
cíclica, está em geral associada a taquiarritmias intermitentes. 
e. A pressão venosa jugular estima a pressão atrial esquerda; deve ser quantificada 
em mmHg, com o paciente deitado e cabeça inclinada a 45 °.
9. Um homem de 63 anos de idade, com antecedente pessoal de hipertensão arterial 
sistêmica, em uso irregular de enalapril 20 mg/dia, compareceu ao pronto 
atendimento com queixa de dispneia aos esforços piorada há 1 semana, com dispneia 
aos mínimos esforços atualmente. Relata ortopneia edispneia paroxística noturna, 
além de edema de membros inferiores, sem febre ou dor torácica. Refere tosse seca e 
nega tabagismo. Assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico provável do 
paciente nesse caso clínico hipotético. 
a. pneumonia 
b. doença pulmonar obstrutiva crônica exacerbada 
c. insuficiência cardíaca descompensada
d. infarto do miocárdio 
e. tuberculose pulmonar
10. A insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica decorrente da incapacidade do 
coração de bombear o sangue adequadamente, secundária, em boa parte dos casos, a um 
controle pressórico inadequado, por longos períodos de tempo. Para seu diagnóstico, 
além do amparo de exames complementares, é necessário se basear nos sinais e nos 
sintomas clínicos, boa parte englobados nos chamados critérios de Framingham para o 
diagnóstico da insuficiência cardíaca. Entre os critérios maiores, encontra-se o(a) 
a. dispneia a esforços ordinários. 
b. diminuição da capacidade funcional em um terço da máxima registrada previamente.
c. refluxo hepatojugular. 
d. hepatomegalia. 
1. O VD não lida bem com 
pressão, lida bem com VOLUME
2. A causa de cor pulmonale é 
a doença pulmonar.
3. A estimativa da pressão 
arterial pulmonar é realizada 
por meio do refluxo 
tricúspide 
4. A manobra de Rivero-
Carvallo é realizada através 
da inspiração. Essa manobra 
provoca, então, aumento do 
retorno venoso e, dessa 
forma,
AUMENTA os sopros de 
cavidades direitas.
Questões Sobre Insuficiência Cardíaca 3
e. derrame pleural.
11. Os exames séricos de maior valor para o diagnóstico de insuficiência cardíaca são: 
a. troponina e pró-calcitonina. 
b. Na/K e PCR. 
c. D-dímero e Rx de tórax. 
d. albumina e MR-pro-ANP.e. BNP e NT-pro-BNP.
12. O Peptídeo Natriurético tipo B (BNP) é um biomarcador utilizado em conjunto com 
anamnese e exame físico no diagnóstico de insuficiência cardíaca. Em relação ao 
BNP, analise as assertivas abaixo: 
I. É um hormônio secretado pelos ventrículos em resposta ao aumento de volume e 
estiramento das paredes. 
II. Sua dosagem não é útil para definir a gravidade da doença em caso de 
insuficiência cardíaca crônica. 
III. Seus níveis podem estar aumentados em insuficiência cardíaca de qualquer 
etiologia. 
Quais estão corretas? 
a. Apenas I. 
b. Apenas I e II. 
c. Apenas I e III. 
d. Apenas II e III.
13. A radiografia de tórax também é útil por sua capacidade de identificar causas 
pulmonares de dispneia, como doença pulmonar intersticial, Doença Pulmonar 
Obstrutiva Crônica (DPOC), neoplasia pulmonar e pneumonia. Está INADEQUADO apenas o 
item: 
a. A radiografia simples do tórax, por sua simplicidade, rapidez de obtenção e 
ampla disponibilidade, é recomendada na avaliação inicial dos pacientes com 
sinais e sintomas de IC, para avaliação de cardiomegalia e congestão pulmonar. 
b. Porém, vale ressaltar que a sensibilidade do método é bastante limitada. 
c. A disfunção sistólica cardíaca significativa pode ocorrer sem cardiomegalia na 
radiografia de tórax.
d. O método tem menor valor no contexto da IC aguda, em que as alterações de 
congestão pulmonar são menos intensas.
14. Paciente MDH, homem, de 42 anos de idade, foi internado por dispneia aos esforços 
há cinco meses, com sensação de opressão no tórax há uma semana. Nega tosse, 
expectoração ou chiado. Nega tabagismo. Seu exame físico da entrada revelou o 
seguinte: PA de 110 mmHg × 76 mmHg; FC de 54 bpm; saturação de O2 (ar ambiente) de 
91%. Ausculta cardíaca: hiperfonese e desdobramento de segunda bulha em foco 
pulmonar. Turgência jugular bilateral. Pulmões com estertores bibasais. Apresenta 
ecocardiograma transtorácico com FEVE de 34% e a radiografia inicial mostrada a 
seguir. O paciente é estabilizado no terceiro dia da internação e já está com a 
volemia estável. A partir desse caso hipotético, assinale a alternativa correta, a 
respeito do planejamento pós-alta desse paciente, de acordo com a Diretriz 
Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda. 
a. Recomenda-se que pacientes que foram internados por insuficiência cardíaca (IC) 
descompensada sejam seguidos somente em casos de necessidade de terapia de 
suporte ventricular. 
b. Recomenda-se visita clínica precoce após hospitalização, com avaliação 
médica/multidisciplinar, somente depois do terceiro mês após alta hospitalar.
c. É recomendada a vacinação anual contra influenza para todos os pacientes com IC. 
d. Pacientes com sintomas avançados (classe IV da NYHA) são os únicos indicados a 
iniciar programas de exercício 
e. O retorno ao trabalho deve ser evitado, ainda que seja importante 
financeiramente, pois o trabalho não é benéfico para o estado emocional e a 
autoestima de pacientes com doenças crônicas.
15. A mortalidade em portadores de insuficiência cardíaca crônica não apresenta redução 
com a utilização de qual medicação? 
a. Furosemida. 
b. Dapaglifozina. 
c. Carvedilol. 
d. Sacubitril/Valsartana.
16. Entre as drogas usadas no tratamento da insuficiência cardíaca com fração de ejeção 
reduzida, algumas reduzem a mortalidade, quais sejam: 
I. Inibidores da enzima conversora. 
II. Digoxina. 
III. Antagonistas da aldosterona. 
Questões Sobre Insuficiência Cardíaca 4
IV. Diuréticos de alça. 
V. Betabloqueadores. 
Quais estão corretas? 
a. Apenas I, II e III. 
b. Apenas I, III e V. 
c. Apenas II, III e IV. 
d. Apenas III, IV e V.
17. Homem, 62 anos de idade, hipertenso há 15 anos, apresenta queixa de dispneia 
progressiva aos esforços, há 1 ano. Exame físico: PA = 130 x 80 mmHg, FC = 94 bpm, 
ictus cardíaco desviado para esquerda e edema bilateral em membros inferiores. 
Eletrocardiograma com ritmo sinusal e sobrecarga de câmaras esquerdas. 
Ecocardiograma com hipocinesia difusa e fração de ejeção de 33%. Qual é a 
combinação terapêutica mais adequada em termos de melhora de sobrevida? 
a. Losartan, bisoprolol, clonidina. 
b. Enalapril, digoxina, espironolactona. 
c. Captopril, nifedipina, espironolactona. 
d. Enalapril, carvedilol, espironolactona. 
e. Losartan, diltiazem, espironolactona.
18. Mulher de 35 anos informa tosse seca presente há três meses. Ela nega ortopneia, 
dispneia paroxística noturna, febre, perda de peso e dor torácica. É portadora de 
insuficiência cardíaca idiopática( com fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 
40%. Nega tabagismo e etilismo. em uso regular de enalapril, carvedilol, 
espironolactona e furosemida há seis meses. Ao exame físico, apresenta PA 
100/70mmHg, FC 55bpm, FR 13irpm e SpO₂ em ar ambiente 97%. O exame cardiovascular 
revela ictus cordis desviado lateral e inferiormente, e o pulso venoso jugular é 
normal. A ausculta cardíaca não revela alterações. O restante do exame físico é 
normal. A radiografia do tórax não apresenta anormalidades. Assinale a conduta 
inicial MAIS ADEQUADA nesse caso. 
a. Solicitar dosagem no peptídeo natriurético do tipo B. 
b. Solicitar tomografia computadorizada do tórax.
c. Substituir o carvedilol pelo metoprolol. 
d. Substituir o enalapril pela losartana.
19. Em relação ao emprego de Inibidor da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) ou 
de Bloqueador do Receptor da Angiotensina (BRA) no tratamento farmacológico da 
insuficiência cardíaca, qual das seguintes afirmações é verdadeira? 
a. O IECA deve ser administrado a todos os pacientes com insuficiência cardíaca 
independentemente da existência de sintomas. 
b. Disfunção renal que surja após a introdução desses medicamentos ou durante o 
tratamento crônico caracteriza intolerância e obriga a suspensão do seu uso. 
c. Os BRA devem ser associados ao tratamento de todos os pacientes em uso de IECA 
para obter-se redução adicional da mortalidade.
d. Não há superioridade terapêutica no uso de IECA em doses mais altas quando 
comparado a doses mais baixas desse mesmo medicamento.
20. Sobre o uso de betabloqueadores no tratamento da insuficiência cardíaca, é CORRETO 
afirmar que: 
a. propranolol é uma boa opção terapêutica devido ao baixo custo. 
b. início precoce de carvedilol após um episódio de edema agudo de pulmão alivia os 
sintomas congestivos e previne a recorrência dessa complicação. 
c. Deve ser iniciado em dose baixa, com progressão gradual a cada três a sete dias. 
d. impacto na redução da mortalidade só é observado a longo prazo, após dois a três 
anos de uso. 
e. Está indicado aos pacientes com doença secundária à cardiopatia isquêmica, 
independentemente da classe funcional.
21. Com relação ao tratamento com betabloqueadores, podemos afirmar que: 
a. quando os betabloqueadores aprovados para uso em IC (metoprolol succinato, 
carvedilol, bisoprolol e nebivolol) não estiverem disponíveis, pode-se 
prescrever propranolol ou atenolol, já que o efeito é de classe. 
b. esquema de titulação tradicional dos betabloqueadores, com aumentos a cada duas 
semanas, costuma ser lento e trabalhoso. Esquemas alternativos com titulação 
rápida (em dias) devem ser preferidos. 
c. durante a fase de titulação, pode haver piora da classe funcional, situação na 
qual a dose deve ser mantida ou retornada à dose anterior e feitos ajustes de 
volemia com emprego de diuréticos. 
d. quando o paciente apresentar episódios de descompensação, requerendo internação 
domiciliar, o betabloqueador deverá ser suspenso para reintrodução após a alta.
Nifedipina deve ser evitada 
nos pacientes com 
insuficiência cardíaca, pois 
está associada a piora da 
função ventricular e risco de 
hipotensão arterial, não 
exercendo efeitos benéficos 
em termos de redução de 
mortalidade cardiovascular
Diltiazem contraindicado nos 
pacientes com insuficiência 
cardíaca, devido a seu efeito 
depressor da contratilidade 
miocárdica,que pode levar à 
piora da função ventricular e 
ao agravamento dos sintomas 
de IC.
Questões Sobre Insuficiência Cardíaca 5
e. os efeitos protetores sobre a mortalidade, conferidos pelos betabloqueadores, 
manifestam-se já nas menores doses; portanto, não há obrigatoriedade de se 
tentar titular para as doses mais altas.
22. Paciente de 42 anos é reinternado na enfermaria com quadro de dispneia aos pequenos 
esforços, ortopneia, dispneia paroxística noturna e edema de membros inferiores. O 
eletrocardiograma mostra bloqueio completo do ramo direito, bloqueio da divisão 
anterossuperior do ramo esquerdo e extrassístoles ventriculares isoladas. O 
ecocardiograma evidenciou a presença de um aneurisma mamilar da região apical do VE 
com um pequeno trombo em seu interior, insuficiência mitral de grau moderado e 
significativa redução da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FE = 30%) às 
custas de acinesia da região mediobasal da parede ínfero lateral e hipocinesia 
difusa das demais paredes. Em relação ao tratamento a ser instituído, qual das 
seguintes medicações tem impacto na redução da mortalidade? 
a. Furosemida.
b. Espironolactona. 
c. Digoxina. 
d. Hidroclorotiazida. 
e. Amiodarona.
23. Um paciente de 72 anos de idade, com antecedente de hipertensão arterial há vários 
anos, compareceu ao ambulatório relatando dispneia decorrente de esforços maiores 
que os habituais, como subir escadas ou andar apressadamente. O paciente relatou, 
ainda, o uso irregular de um anti-hipertensivo prescrito (clortalidona). No exame 
físico, o idoso apresentou-se normocorado, com extremidades quentes, frequência 
cardíaca de 108 bpm, pressão arterial de 154 mmHg x 72 mmHg, turgência jugular a 
30°, ausculta pulmonar normal, ictus cordis propulsivo no 6º espaço intercostal 
esquerdo da linha axilar anterior, ritmo cardíaco em galope (terceira bulha) e sem 
sopros. Adicionalmente, notou-se refluxo hepatojugular e edema perimaleolar 
bilateral. Os exames laboratoriais revelaram sódio de 144 mEq/L; potássio de 5,4 
mEq/L; creatinina de 3,2 mg/dl; hemoglobina de 10,4 g/dL; e hematócrito de 31%. Os 
demais exames bioquímicos e a função tireoidiana estavam normais. O ecocardiograma 
revelou fração de ejeção de 36%. Com referência ao caso clínico acima apresentado, 
julgue o item que se segue. O captopril e a espironolactona devem ser acrescentados 
à terapêutica inicial visando melhora da qualidade de vida e aumento na sobrevida 
desse paciente. 
a. CERTO. 
b. ERRADO.
24. Paciente masculino, 57 anos, diagnosticado com insuficiência cardíaca de etiologia 
hipertensiva há 3 anos. Portador de prédiabetes. Evoluindo com dispneia 
progressiva, atualmente aos mínimos esforços, em atividades simples como escovar os 
dentes ou pentear os cabelos. Ex-tabagista há 15 anos. Apresenta boa aderência 
medicamentosa. Em uso de furosemida, losartana, carvedilol, espironolactona em 
doses otimizadas(. Ao exame físico, apresenta-se com PA 130x70mmhg; FC 65bpm; FR 
18irpm; SpO₂ 98% em ar ambiente. Turgência jugular leve. Ausculta pulmonar com 
roncos em bases; edema de membros inferiores +/4+. Restante do exame físico sem 
achados. Exames complementares: Hb 12,4 g/dL (> 12g/dL); Leucócitos 6mil (sem 
desvio); Plaquetas 180000 (VR 150000-450000); Ureia 40 mg/dL (VR até 40 mg/dL); 
Creatinina 1.2mg/dL (VR até 1,3mg/dL) Sódio 133 mEq/L (VR 135-145 mEq/L) Potássio 4 
mEq/L (VR 3,5-5 mEq/L). Restante dos exames sem nada chamativo. Eletrocardiograma 
com sinais de sobrecarga de ventrículo esquerdo, ritmo sinusal e sem sinais de 
arritmia. Ecocardiograma transtorácico, realizado há 15 dias, evidenciou fração de 
ejeção de 38%, às custas de hipocinesia difusa, sem sinais de lesão valvar. De 
acordo com o caso acima, qual a melhor conduta nesse momento? 
a. Associação de ivabradina ao esquema de tratamento.
b. Suspensão de losartana e início de sacubitril/valsartana. 
c. Suspensão de carvedilol e introdução de dapaglifozina. 
d. Implante de CDI (cardiodesfibrilador implantável) de urgência.
25. Um paciente branco de 60 anos, portador de insuficiência cardíaca com fração de 
ejeção de 35%, persiste sintomático, apesar de usar doses otimizadas de enalapril, 
carvedilol e espironolactona. Sabendo que não há edema periférico significativo, o 
ritmo cardíaco é sinusal, com frequência cardíaca em torno de 65 bpm e PA 130x90 
mmHg, qual das condutas abaixo traria maior benefício em termos de redução de 
morbidade e mortalidade? 
a. Associar diurético de alça (furosemida) 
b. Associar ivabradina 
c. Associar sacubitril-valsartan
d. Associar nitrato e hidralazina 
e. Trocar enalapril por sacubitril-valsartan
26. Qual medicamento, utilizado no tratamento da insuficiência cardíaca, aumenta os 
níveis séricos de BNP?
O início de IECA e 
espironolactona não deve ser 
realizado nesse paciente pela 
presença, principalmente, de 
insuficiência renal
Questões Sobre Insuficiência Cardíaca 6
a. Inibidores da ECA.
b. Betabloqueadores.
c. Diuréticos.
d. Sacubitril/Valsartana.
27. Os efeitos benéficos dos inibidores do cotransportador 2 de sódio-glicose (SGLT2), 
no tratamento da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, 
provavelmente decorrem de vários fatores, entre os quais NÃO se inclui diurese 
osmótica tanto nos diabéticos quanto nos não diabéticos. 
a. alterações hemodinâmicas que diminuem a pré-carga. 
b. melhora da função endotelial com vasodilatação e diminuição da pós-carga. 
c. aumento do sódio e cálcio citoplasmático e diminuição do cálcio mitocondrial. 
d. melhora da eficiência da função miocárdica.
28. Os estudos clínicos atuais demonstram benefícios dos hipoglicemiantes orais além 
daqueles para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2, para a redução de 
mortalidade cardiovascular e hospitalização por insuficiência cardíaca. Assinale a 
alternativa que contém a medicação dessa classe terapêutica estudada em ensaios 
clínicos randomizados. 
a. Acarbose. 
b. Liraglutida. 
c. Sitagliptina. 
d. Pioglitazona. 
e. Dapagliflozina.
29. Homem, 55 anos, portador de hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, tabagista 
e antecedente de cirurgia de revascularização do miocárdio, refere quadro de 
dispneia aos grandes esforços e edema de membros inferiores há 18 meses, com piora 
progressiva nos últimos meses. Há 2 meses, relata dispneia aos mínimos esforços, 
ortopneia e dispneia paroxística noturna. Exame físico: PA 100/70 mmHg, FC = 68 
bpm. Bom estado geral, perfusão normal, ausculta respiratória com murmúrio 
vesicular reduzido globalmente, sem sibilos ou estertores pulmonares, ausculta 
cardíaca com ritmo irregular, bulhas hipofonéticas e com sopro holossistólico 2+/6+ 
no foco mitral. Ictus cordis de 3 polpas no 7º espaço intercostal, linha axilar 
média. Abdome: fígado palpável a 5 cm RCD, sem sinais de ascite e presença de 
refluxo hepatojugular. Membros inferiores: sem edemas. Eletrocardiograma: ritmo de 
fibrilação atrial e bloqueio de ramo esquerdo avançado. Ecocardiograma: fração de 
ejeção = 30%. Das medicações que aumentam a sobrevida no tratamento da 
insuficiência cardíaca, qual está contraindicada na prescrição do caso exposto? 
a. Betabloqueador. 
b. IECA. 
c. Ivabradina.
d. Hidralazina e nitrato.
e. Espironolactona.
30. Mulher de 58 anos de idade, recentemente teve diagnóstico de ICC descompensada 
classe funcional III que melhorou há 15 dias para classe II, acompanhado de perda 
de 2 kg. A paciente começou a utilizar furosemida 40 mg por dia, captopril 25 mg 3x 
ao dia e carvedilol 6,25 mg 2x ao dia. Na consulta ambulatorial, trouxe exames: 
ureia =135 mg/dL, creatinina= 3,25 mg/dL, K = 5,7mEq/L e Na = 135 mEq/L. Há 2 
semanas: ureia = 52 mg/dL, creatinina = 0,8 mg/dL, Na = 125 mEq/L, K= 4,2 mEq/L. No 
momento: REG, orientada e vigil, anictérica, PA = 120/85 mmHg, FC= 84 bpm em 2t, 
sem sopros, tem edema = +1/+4 em membros inferiores e mantém estase jugular a 45º, 
não apresentando mais refluxohepatojugular e com ausculta pulmonar com estertores 
finos nas bases. Qual a conduta mais adequada neste momento?
a. Trocar o IECA por nitrato e hidralazina; 
b. Associar digoxina após suspensão do captopril; 
c. Associar espironolactona para potencializar a furosemida; 
d. Indicar hemodiálise de urgência;
e. NDA.
31. Paciente, 65 anos portador de insuficiência cardíaca congestiva Grau II de 
etiologia isquêmica, chega ao seu médico queixandose de enxergar tudo em tons de 
amarelo. As cores não mais são exatas, tudo é visto em tom de amarelo. O mesmo faz 
uso de: Espironolactona 25mg/dia, Carvedilol 6.25mg 12h/12h, losartana 50mg/da, 
Clopidogrel 75mg/dia, Digoxina 0,50mg/dia, furosemida 40mg/dia. O médico 
imediatamente suspeitou de efeito colateral de qual medicamento abaixo? 
a. Carvedilol. 
b. Digoxina. 
c. Furosemida. 
Questões Sobre Insuficiência Cardíaca 7
d. Losartana. 
e. Clopidogrel.
32. No conjunto de pacientes tratados para insuficiência cardíaca, o grupo que mais se 
beneficia com o uso de digoxina é o que apresenta: 
a. Cor pulmonale. 
b. Fibrilação atrial. 
c. Insuficiência mitral. 
d. Insuficiência aórtica
33. Em um paciente usuário crônico de digoxina, o risco de manifestação clínica de 
sinais de intoxicação digitálica pode ser potencializado por qual condição abaixo? 
a. hipercalcemia 
b. hipomagnesemia 
c. hipocalemia 
d. hiponatremia 
e. hipocloridria
34. Paciente de sexo masculino, branco, com 44 anos, hipertenso, diabético, com doença 
renal crônica estágio IIIB e insuficiência cardíaca não isquêmica com fração de 
ejeção 30%, vem para primeira consulta ambulatorial após alta hospitalar, relatando 
queixa de ortopneia e dispneia em classe funcional NYHA III. Ao exame físico, 
constatou-se o seguinte: ritmo cardíaco irregular, 2T, com discreto sopro sistólico 
de regurgitação mitral; PA 130 x 80 mmHg; FC 78 bpm; ausculta pulmonar com creptos 
em bases; turgência jugular e refluxo hepatojugular presentes; membros inferiores 
com edema discreto. Está em uso dos seguintes medicamentos: Bisoprolol 10 mg; 
Sacubitril-Valsartan 97/103 mg 12/12 horas; Espironolactona 25 mg; Dapagliflozina 
10 mg; Furosemida 80 mg 3 vezes ao dia; Atorvastatina 40 mg; Insulina NPH 20 
unidades pela manhã e 10 unidades à noite. Foi realizado ECG que evidenciou ritmo 
de fibrilação atrial, com bloqueio de ramo direito e QRS de 140 ms. Em relação à 
otimização da terapia para insuficiência cardíaca, está indicado, para esse 
paciente 
a. adição de ivabradina com dose titulada para manter frequência cardíaca abaixo de 
70 bpm. 
b. associação com clortalidona para controle de congestão. 
c. terapia de ressincronização cardíaca com marcapasso multissítio.
d. reposição de ferro por via oral se ferritina menor que 100 mg/dL ou saturação de 
transferrina menor que 20%.
35. Um paciente com cardiomiopatia dilatada não isquêmica, apresenta piora progressiva 
do cansaço, sendo agora aos mínimos esforços. Ele está com tratamento otimizado da 
insuficiência cardíaca há pelo menos seis meses. Seu ecocardiograma apresenta 
fração de ejeção de 30%. Seu eletrocardiograma é apresentado a seguir. Diante desse 
quadro, visando melhorar os sintomas e reduzir a mortalidade desse paciente, é 
correto afirmar que se deve realizar: 
a. ecocardiograma seriado para avaliar a progressão da doença. 
b. terapia de ressincronização cardíaca a qual está indicada para esse paciente. 
c. angiografia de coronárias para avaliar novamente a anatomia. 
d. implante de desfibrilador implantável. 
e. cardioversão elétrica.
36. Homem, 55 anos, branco, refere antecedentes de hipertensão arterial de longa data e 
infarto do miocárdio aos 49 anos. Procura unidade hospitalar e é internado com 
dispneia aos pequenos esforços, associada a edema acentuado em membros inferiores. 
Exame físico na admissão: ausculta cardíaca com terceira bulha, crepitações 
pulmonares em metade inferior de ambos os pulmões, PA = 110x70 mmHg e boa perfusão 
periférica. Exames complementares: radiografia de tórax = cardiomegalia e congestão 
pulmonar bilateral; ecocardiograma = acinesiada parede inferior e hipocinesia 
difusa das demais paredes do ventrículo esquerdo, com fração de ejeção de 31%. O 
eletrocardiograma está ilustrado a seguir. Durante a internação hospitalar, recebeu 
furosemida e enalapril em doses plenas, cursando com melhora dos sintomas. Tolerou 
a administração de carvedilol, na dose de 12,5 mg a cada 12 horas. O paciente 
permaneceu estável clinicamente, com exames laboratoriais evidenciando função renal 
normal e ausência de distúrbios eletrolíticos. Foi realizada avaliação anatômica e 
funcional de coronárias = sem necessidade ou possibilidade de revascularização. No 
momento da alta hospitalar a prescrição médica desse paciente era: enalapril 20 mg 
a cada 12 horas, furosemida 40 mg 1x ao dia, AAS 100 mg, atrovastatina 40 mg e 
carvedilol 12,5 mg a cada 12 horas. Após 6 meses da alta hospitalar, o paciente 
permanecia em uso regular dos medicamentos prescritos, em classe funcional II da 
New York Heart Association. Foi realizada troca do enalapril para valsartana com 
sacubitril, em dose máxima e bem tolerado. As reavaliações ecocardiográfica e 
laboratorial não apresentaram alterações significativas. O paciente permaneceu 
Questões Sobre Insuficiência Cardíaca 8
sintomático, em classe funcional III da New York Heart Association, após a 
otimização terapêutica. Nesse momento, indica-se 
a. terapia de ressincronização cardíaca e prevenção de morte súbita, com implante 
de CDI (cardioversor defibrilador implantável) atriobiventricular. 
b. implante percutâneo de valva aórtica (TAVI). 
c. associação de nitrato com hidralazina ao esquema de tratamento atual.
d. transplante cardíaco. 
e. dispositivo de assistência ventricular.
37. Mulher, 75 anos de idade, com cardiomiopatia dilatada evoluindo com insuficiência 
cardíaca congestiva, NYHA tipo funcional IIl, com medicação otimizada. 
Ecocardiograma: fração de ejeção ventricular esquerda = 28%, Holter: ritmo sinusal, 
FC média de 55 bpm, ausência de pausas > 2,0 s e bloqueio de ramo esquerdo com QRS 
= 180 ms. O tratamento mais adequado é: 
a. marcapasso VV. 
b. marcapasso DDD.
c. ressincronizador cardíaco + cardiodesfibrilador implantável. 
d. transplante cardíaco.
38. Em 1992, Milton Packer publicou um revolucionário editorial denominado “A hipótese 
neuro-hormonal: uma teoria para explicar a progressão da doença na insuficiência 
cardíaca”. Nesse artigo, Packer expande a compreensão da insuficiência cardíaca 
para além dos modelos hidráulicos/mecânicos da época, baseados em contratilidade 
cardíaca, pré- e pós-carga, e propõe um novo modelo, levando em consideração a 
atividade do sistema nervoso simpático, do sistema renina-angiotensina-aldosterona 
e dos peptídeos natriuréticos. Essa nova abordagem da complexidade da síndrome de 
insuficiência cardíaca acarretou grandes avanços terapêuticos nos últimos 30 anos. 
Quanto aos mecanismos neuro-hormonais e à terapêutica da insuficiência cardíaca com 
fração de ejeção reduzida, considere as afirmações abaixo. Das afirmações, estão 
corretas 
I. O bloqueio do SNS deve ser realizado com betabloqueadores de 2ª geração
II. Os antagonistas do receptor mineralocorticoide devem ser evitados em pacientes 
com creatinina > 2,5 mg/dl e hipercalemia
III. Sacubitril-Valsartan modula a atividade dos peptídeos natriuréticos, ao inibir 
a sua degradação pela neprilisina
IV. Uma vez alcançada melhora da fração de ejeção ventricular, deve-se desmamar 
gradualmente a terapia neuro-hormonal
a. I e IV. 
b. I e II. 
c. III e IV. 
d. II e III.
39. Diferente do observado no tratamento da insuficiência cardíaca com fração de ejeção 
reduzida, os estudos envolvendo o tratamento da insuficiência cardíaca com fração 
de ejeção preservada (ICFEp).têm sido frustrados. Entretanto, o estudo EMPEROR-
PRESERVED demonstrou uma diminuição no número de internaçõesem pacientes com 
ICFEp, secundário ao uso de:Canagliflozina;
a. Furosemida em altas doses; 
b. Sacubitril-Valsartana; 
c. Espironolactona; 
d. Empagliflozina.
40. Homem de 52 anos apresenta dispneia aos esforços há dois anos, progressiva, com 
melhora ao repouso. Há dois meses, iniciou inchaço nas pernas. AP: HAS não 
controlada há 15 anos. Exame físico: estase jugular 2+/4+, crepitações pulmonares 
em bases bilaterais e edema de membros inferiores. RX de tórax: sinais de congestão 
pulmonar. Ecocardiograma: câmaras cardíacas com dimensões normais, aumento da 
espessura da parede do ventrículo esquerdo, fração de ejeção de 51%. Com o objetivo 
de aumentar a sobrevida e melhorar os sintomas, a melhor conduta é:
a. inibidor da enzima conversora da angiotensina e betabloqueador. 
b. controle da pressão arterial e introduzir diurético.
c. betabloqueador e ivabradina. 
d. antagonistas dos canais de cálcio e associação sacubitril-valsartana.
41. Qual das seguintes drogas pode ser utilizada com segurança por um homem de 65 anos, 
portador de insuficiência cardíaca sintomática com fração de ejeção de 30% de 
etiologia isquêmica? 
a. Diclofenaco. 
b. Empagliflozina.
c. Pioglitazona. 
Questões Sobre Insuficiência Cardíaca 9
d. Cilostazol. 
e. Ciclofosfamida.