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1 Nome: Charlie Krauskoph Rodrigues Data: 24/06 Disciplina: Introdução aos estudos da Educação Professor/a: Mariana Montanhini Da Silva Trabalho: Fichamento Modelo de Citação FONTE: SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil [livro eletrônico] / Dermeval Saviani. – Campinas, SP : Autores Associados, 2019. – (Coleção memória da educação.) Cap I, Colonização e Educação, p. 62-101. “O Brasil entra para a história da chamada “civilização ocidental e cristã” em 1500, com a chegada dos portugueses.” (p. 62) “O primeiro governador geral do Brasil chegou em 1549 trazendo consigo os primeiros jesuítas, cujo grupo era constituído por quatro padres e dois irmãos chefiados por Manuel da Nóbrega. Eles vieram com a missão conferida pelo rei de converter os gentios.” (p. 62) “Os jesuítas criaram escolas e instituíram colégios e seminários que foram espalhando-se pelas diversas regiões do território. Por essa razão considera-se que a história da educação brasileira se inicia em 1549 com a chegada desse primeiro grupo de jesuítas.” (p. 62) “A inserção do Brasil no chamado mundo ocidental deu-se, assim, por meio de um processo envolvendo três aspectos intimamente articulados entre si: a colonização, a educação e a catequese.” (p. 63) “Colo significou, na língua de Roma, eu moro, eu ocupo a terra, e, por extensão, eu trabalho, eu cultivo o campo. Um herdeiro antigo de colo é incola, o habitante; outro é inquilinus, aquele que reside em terra alheia” (p. 64) Faculdade de Ciências e Letras – Câmpus de Assis 2 “Manifesta-se aqui o significado de educação, tanto em termos amplos, no que ela coincide com cultura enquanto conjunto das práticas, das técnicas, dos símbolos e dos valores que se devem transmitir às novas gerações para garantir a reprodução de um estado de coexistência social, como em termos mais específicos, enquanto tomar conta das crianças, cuidar delas, discipliná-las, ensinar-lhes comportamentos, conhecimentos e modos de operar.” (p. 64-65) “Há uma estreita simbiose entre educação e catequese na colonização do Brasil. Em verdade a emergência da educação como um fenômeno de aculturação tinha na catequese a sua ideia- força, o que fica claramente formulado no Regimento de Dom João III estatuído em 1549 e que continha as diretrizes a serem seguidas e implementadas na colônia brasileira pelo primeiro governo geral.” (p. 69-70) “José Maria de Paiva, por exemplo, defendeu a tese de que a catequização cumpriu um papel colonial, não como de fora, como uma força simplesmente aliada, mas, mais do que isto, como uma força realmente integrada a todo o processo. Já Luís Felipe Baeta Neves entende que a catequese é um esforço racionalmente feito para conquistar homens; é um esforço feito para acentuar a semelhança e apagar as diferenças.” (p. 70) “O eixo do trabalho catequético era de caráter pedagógico, uma vez que os jesuítas consideravam que a primeira alternativa de conversão era o convencimento que implicava práticas pedagógicas institucionais (as escolas) e não institucionais (o exemplo). As primeiras eram mais visíveis.” (p. 70) “As formas não institucionalizadas do saber foram muito mais eficazes, onipresentes, radicais, em sua enganadora múltipla pequenez do que o que se passava nos Colégios, pelo menos do ponto de vista de instalação de uma dominação cultural.” (p. 70) “A educação colonial no Brasil compreende etapas distintas. A primeira etapa corresponde ao chamado “período heroico”, que, segundo Luiz Alves de Mattos (1958), abrange de 1549, quando chegaram os primeiros jesuítas, até a morte do padre Manuel da Nóbrega em 1570. Considero, entretanto, mais apropriado estender essa fase até o final do século XVI, quando ocorre a morte de Anchieta, em 1597, e a promulgação do Ratio Studiorum, em 1599. 3 A segunda etapa (1599-1759) é marcada pela organização e consolidação da educação jesuítica centrada no Ratio Studiorum. A terceira etapa (1759-1808) corresponde à fase pombalina, que inaugura o segundo período da história das ideias pedagógicas no Brasil.” (p. 70-71)