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DESCRIÇÃO
Conceituação de mídias sociais, Diferenças para as redes sociais e as mídias
sociais mais usadas no Brasil e no mundo − suas ferramentas de marketing mais
importantes, métricas principais, monitoramento e análise de sentimento por parte
do público.
PROPÓSITO
Compreender o papel das mídias sociais como canais fundamentais de
comunicação e marketing para empresas e empreendedores, por serem
plataformas de relacionamento, informação e entretenimento para o público.
PREPARAÇÃO
Para esta disciplina, é necessário conhecer as redes sociais mais usadas no Brasil
– Facebook, Instagram, LinkedIn, YouTube, Twitter – e seu uso, por empresas,
empreendedores e pessoas físicas em geral
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Classificar o conceito e as categorias de mídias sociais
MÓDULO 2
Reconhecer a aplicação das mídias sociais nas ações de comunicação e marketing
por parte de empresas e empreendedores
MÓDULO 3
Identificar a necessidade de monitoramento de métricas e sentimentos em mídias
sociais para a adoção de estratégias assertivas
INTRODUÇÃO
As mídias sociais são, atualmente, importantes canais de comunicação entre
pessoas e, mais do que isso, plataformas fundamentais de marketing e
comunicação. Compreender como os indivíduos se relacionam entre si, como
consomem informações, produtos e serviços e intervir nesse processo é das
tarefas mais importantes, uma vez que o comportamento de compra mudou
radicalmente.
Nada menos que 66% da população brasileira está presente – ativamente – em
mídias sociais como Instagram, Facebook, Twitter, YouTube, LinkedIn etc . Dentro
dessas redes, consumidores estão em busca de entretenimento e informação, além
de contato com amigos e familiares. Entender como aplicar as técnicas corretas
para participar desse universo de conversação pode fazer toda diferença para uma
empresa nos dias atuais.
Nas mídias sociais, as pessoas conversam, trocam informações e também
aproveitam para buscar dicas de produtos e serviços, assim como se relacionar
com marcas, inclusive para reclamar quando se sentem insatisfeitas. Dentro das
plataformas, também podem ser impactadas por anúncios e conteúdos orgânicos
(não pagos), tendo suas jornadas de consumo interferidas, facilitando inclusive
suas tomadas de decisão.
Às marcas e empreendedores em geral, cabe compreender os mecanismos e
algoritmos, a linguagem e as funcionalidades, de forma a manter uma presença
saudável, ativa e eficiente nas redes virtuais de relacionamento.
MÓDULO 1
 Classificar o conceito e as categorias de mídias sociais
REDES SOCIAIS X MÍDIAS SOCIAIS
Vem de Garton, Haythornthwaite e Wellman (1997) uma das primeiras definições
do que pode ser chamado de rede social:
[...] QUANDO UMA REDE DE COMPUTADORES
CONECTA UMA REDE DE PESSOAS E
ORGANIZAÇÕES, É UMA REDE SOCIAL.
GARTON; HAYTHORNTHWAITE; WELLMAN, 1997.
A definição, datada de 1997 e resgatada por Raquel Recuero em Redes sociais na
internet, tenta decifrar um fenômeno que vem mudando profundamente as formas
de organização, identidade, conversação e mobilização social: O advento da
comunicação mediada pelo computador.
Essa comunicação permitiu aos indivíduos conversarem a distância, ampliou as
possibilidades de conexão e abriu portas para o surgimento de redes expressas no
ciberespaço: As redes sociais mediadas pelo computador, protagonistas de
fenômenos mundiais − tais como a eleição de Barack Obama e Donald Trump, nos
EUA, e de Jair Bolsonaro, no Brasil, assim como a ascensão do Brexit, no Reino
Unido.
 
Fonte: fizkes/Shutterstock.com
Os impactos não foram sentidos só na política; na economia não foi diferente. Com
a adesão em massa do público a esses canais, empresas passaram a aderir às
plataformas, dispostas a aproveitar as oportunidades de dialogar diretamente com
o seu público.
Daí surge um novo conceito: O de mídia social, que pode ser entendido como um
conjunto de plataformas digitais nas quais é possível trocar informação de maneira
multilateral, como em sites de redes sociais, blogs, chats, hospedagem de vídeos e
fotos etc. Ou seja, é maior que o conceito de redes sociais, já que engloba também
outras plataformas de comunicação digital.
CATEGORIAS DE MÍDIAS SOCIAIS
As mídias sociais podem ser categorizadas conforme sua utilização e vocação,
embora muitas delas congreguem mais de uma função.
Pensando em um ecossistema de canais, seria possível organizar as mídias sociais
seguindo a categorização a seguir:
EDITORAÇÃO
Criação, edição, gerenciamento e distribuição de conteúdos.
Exemplo: Wikipedia.
COMPARTILHAMENTO DE FOTOS
Categorização e compartilhamento de imagens.
Exemplo: Instagram, Flickr, Fotolog e Pinterest.
VÍDEOS
Armazenamento e compartilhamento de vídeos.
Exemplo: Vimeo, Vine, YouTube, TikTok, IGTV (Instagram).
ÁUDIO
Armazenamento, compartilhamento e escuta de áudio.
Exemplo: Spotify e YouTube Music.
MICROBLOGGING
Publicação de posts curtos.
Exemplo: Twitter.
LIVECAST
Compartilhamento de vídeos em tempo real.
Exemplo: Twitch e Lives (Instagram e Facebook).
JOGOS ONLINE
Reunião de pessoas com interesse em jogar.
Exemplo: CS:GO.
APLICATIVOS DE PRODUTIVIDADE
Viabilização do trabalho em equipe.
Exemplo: Google Drive.
MENSAGEIROS
Aplicativos de comunicação interpessoal.
Exemplo: Skype, WhatsApp, Telegram e Messenger.
SITES DE REDES SOCIAIS
Facebook e LinkedIn.
AGREGADORES DE FEEDS
Agregamento de informações em um único local.
Exemplo: Google Notícias.
BUSCAS
Redes de sites indexados por um buscador.
Exemplo: Google.
GEOLOCALIZAÇÃO
Serviços de trânsito, buscas e compartilhamento de informações de tráfego em
geral.
Exemplo: Waze.
A categoria de áudio atualmente seria muito próxima daquela em que se
compartilha podcasts, ou seja, iria além do streaming tradicional de música – tal
qual permite o Spotify − e chegaria a canais como o SoundCloud, em que é
possível não só ouvir música, mas também montar playlists e conviver com outros
usuários.
Para as marcas, tais plataformas já têm se mostrado um excelente canal de
marketing, uma vez que permitem não só o desenvolvimento de brand channels
(canais de marca), como a criação de playlists, podcasts e a veiculação de
anúncios segmentados, focados em públicos específicos.
Na categoria vídeo, temos a maior das mídias sociais em utilização na atualidade –
o YouTube –, que, além de mídia social de vídeo, é o segundo maior buscador do
planeta e o segundo site mais acessado do mundo, só perdendo para o Google,
que é da mesma empresa.
A rede social Twitter não se encaixaria exatamente na mesma categoria que as
mídias sociais de entretenimento/vídeo, como Instagram e TikTok, embora ofereça
algumas funcionalidades parecidas. Ele estaria melhor posicionado quando
comparado a um blog, já que tem características semelhantes, com a diferença de
só permitir mensagens curtas. Por isso é chamado de microblog.
javascript:void(0)
 
Fonte: Manuel Esteban/Shutterstock.com
MICROBLOG
Os microblogs são plataformas baseadas na rápida publicação e disseminação
de mensagens curtas em formato de texto.
Outro representante da categoria seria o Snapchat, que também oferece outros
recursos, mas tem seu formato baseado nas mensagens curtas.
Na lista há uma curiosidade: Por que o Google é considerado uma mídia social?
Para Safko (2009), mesmo que a sua lógica de funcionamento não seja
fundamentada por redes de pessoas, buscadores como o Google e o Bing
(Microsoft) são considerados uma categoria de mídia social por uma questão:
Funcionam como um hub de conexão entre diversos sites.
Desta forma, desempenham a mesma tarefa de outro ator qualquer dentro da rede
social, ainda que não “humano”.
Nesse caso, a justificativa do autor é considerar o site indexado pelo buscador
como um ator em uma rede social, conectado que estaria a uma outra “pessoa” (no
caso, a outro site) por meio do “ator” Google.
REDES MAIS USADAS NO BRASIL
As mídias sociais mais usadas no Brasil hoje são o YouTube (com 96% de
preferência dos brasileiroscom idades entre 16 e 64 anos), seguido pelo Facebook
(90%), WhatsApp (88%), Instagram (79%), Messenger (66%), Twitter (48%),
Pinterest (40%) e LinkedIn (37%), dentre outras. Isto sem falar no Google, usado
por mais de 98% dos internautas do Brasil.
A seguir, o resumo da pesquisa We are Social − Plataformas de mídias sociais
mais usadas no Brasil:
PLATAFORMA *PORCENTAGEM DE USUÁRIOS
YouTube 96%
Facebook 90%
WhatsApp 88%
Instagram 79%
FB Messenger 66%
Twitter 48%
Pinterest 40%
LinkedIn 37%
*Porcentagem de usuários de internet entre 16 e 64 anos que admitiram usar
cada plataforma. (ref. janeiro de 2020).
Pelas suas vocações específicas, as mídias sociais oferecem possibilidades
variadas a empresas e empreendedores, porque são espaços que congregam
grande número de público.
Quando a discussão sobre mídias sociais é verticalizada para o perfil de consumo
dos brasileiros, a utilização dessas plataformas está entre as maiores do mundo.
O brasileiro passa, em média, 9 horas e 17 minutos conectado à internet;
desse tempo, nada menos que 3 horas e 31 minutos usando mídias sociais, ainda
conforme a pesquisa citada anteriormente.
Sobre a penetração das mídias sociais no Brasil, pelo menos 66% da população
está conectada a essas plataformas de comunicação.
Sobre o tipo de conteúdo mais consumido, o vídeo é campeão absoluto:
98% dos internautas entre 16 e 64 anos de idade dizem ser os vídeos o seu
conteúdo preferido.

Em segundo lugar vêm os vlogs, canais de vídeo em mídia social.

Em terceiro lugar, com 70% de preferência, os conteúdos de música aparecem
como os preferidos do público.
Nunca o entretenimento foi tão importante na preferência do internauta brasileiro.
Diante de números tão impactantes, as marcas têm diante de si um dilema:
COMO TIRAR PROVEITO DESSES CANAIS
PARA COMUNICAR PRODUTOS E SERVIÇOS?
COMO ENTRAR DE PENETRA EM UMA
CONVERSA QUE JÁ ESTÁ ACONTECENDO E
CONSEGUIR ATRAIR A ATENÇÃO DE UM
PÚBLICO TÃO INTERESSADO EM
ENTRETENIMENTO?
COMO SE DESTACAR EM UM MAR DE
CONTEÚDO?
O desafio é imenso, mas a tarefa não é impossível. O primeiro passo talvez seja
justamente conhecer os perfis das mídias sociais e respeitar linguagem, formatos e,
sobretudo, as preferências do público-alvo.
O QUE SÃO MÍDIAS SOCIAIS
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SOBRE O CONCEITO DE MÍDIA SOCIAL, QUAL SERIA A
DEFINIÇÃO MAIS APROPRIADA?
A) Redes sociais que conectam pessoas a outras pessoas, e também a marcas.
B) Redes de colaboração que têm por princípio garantir a comunicação entre
pessoas de ponta a ponta.
C) Conjunto de plataformas digitais nas quais é possível trocar informação de
maneira multilateral.
D) Canais de conversação entre pessoas, nos quais as marcas entram de
“penetras” e acabam usando-os como canais de mídia.
E) Canais que permitem a criação de redes corporativas para comunicação interna.
2. MARQUE A ÚNICA OPÇÃO EM QUE TODAS AS
PLATAFORMAS SÃO CONSIDERADAS MÍDIAS SOCIAIS:
A) Microblogs, plataformas de vídeo, plataformas de áudio, buscadores, servidores
nas nuvens, Google Drive.
B) Plataforma de áudio, plataforma de vídeo, agregadores de feed, buscadores,
sites de redes sociais, livecast e plataformas de jogos online.
C) Sites de redes sociais, microblogs, livecast, geolocalização, e-mail marketing e
buscadores.
D) Agregadores de feed, sites de redes sociais, livecast, aplicativos de jogos,
geolocalização e editores de imagens.
E) Plataformas de áudio, livecast, plataformas de vídeo, gerenciador de portfólio
online, gerenciador de tarefas e sites de redes sociais.
GABARITO
1. Sobre o conceito de mídia social, qual seria a definição mais apropriada?
A alternativa "C " está correta.
 
Seguindo a definição feita por Tuten e Solomon (2018), mídias sociais são um
conjunto de plataformas digitais – e não apenas redes sociais – que permitem a
troca de informações, de maneira multilateral. Nesse caso, as empresas entrariam
também nessa conversa.
2. Marque a única opção em que todas as plataformas são consideradas
mídias sociais:
A alternativa "B " está correta.
 
O conceito de mídias sociais pode ser descrito como o conjunto de plataformas
digitais nas quais é possível trocar informação de maneira multilateral. Na opção b,
todos os itens abarcam esse princípio, enquanto as demais opções possuem itens
em que não se observa essa comunicação direta e multilateral. Os itens errados
nas alternativas incorretas são: servidores nas nuvens (a); e-mail marketing (c);
editores de imagens (d) e gerenciador de portfólio online (e).
MÓDULO 2
 Reconhecer a aplicação das mídias sociais nas ações de comunicação e
marketing por parte de empresas e empreendedores
MÍDIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO:
APLICAÇÕES PARA MARCAS EM
GERAL
No início dos anos 2000, começaram a aparecer os primeiros sites de redes
sociais, ainda focados apenas no relacionamento entre atores individuais (não
corporativos). Eram redes como Multiply, Orkut e Friendster.
Até o lançamento do LinkedIn (2003) e Facebook (2004), nenhum site de rede
social tinha foco em empresa. Não havia, até então, a possibilidade de criação de
uma comunidade virtual de marca a partir das ferramentas usadas pelos indivíduos
comuns.
Com a evolução das plataformas, começaram a aparecer soluções e recursos de
marketing, e as empresas passam a ver sentido em marcar presença nas mídias
sociais. No Facebook, por exemplo, chegou a função fanpage.
Diante da novidade, inúmeros foram os casos de empresas que abandonaram seus
sites institucionais, enxergando na rede social uma possibilidade de interação
direta, rápida e, sobretudo, barata de conversar com o cliente.
Atualmente, diante do número de ofertas, conhecer as especificidades e os
potenciais de comunicação e marketing das mídias sociais é fundamental para o
processo de tomada de decisão por parte das empresas.
javascript:void(0)
 
Fonte: tuthelens/Shutterstock.com
FANPAGE
É a possibilidade de a marca ter uma espécie de website dentro da rede social.
 COMENTÁRIO
Afinal, para que servem o Facebook e o Instagram, e como extrair deles o maior
potencial para o meu negócio?
É muito comum marcas criarem perfis em várias redes sociais, com o objetivo de
marcar presença, mas acabarem não utilizando tudo o que os canais oferecem de
melhor. Muitas chegam a automatizar os conteúdos de um canal para outro, publicando
a mesma coisa no Facebook e no Instagram, um equívoco absoluto!
Cada canal oferece uma abordagem, um tipo de público e ferramentas diversas
que podem ser exploradas de formas completamente diferentes.
Para isso, é importante conhecer as principais características das mídias sociais
mais usadas pelas empresas brasileiras em suas estratégias de marketing.
São elas: YouTube, Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn.
Como o Google só entra no rol de mídias sociais por uma característica específica
e semântica, não iremos considerá-lo nessa recomendação.
Na figura a seguir, um resumo das características das principais mídias sociais e
seu uso pelo marketing:
PLATAFORMA
CARACTERÍSTICAS
PRINCIPAIS
PAPEL NO
MARKETING
FACEBOOK
Segmentação precisa
Permite a criação de grupos de
usuários
Empresas têm fanpages
Oferece anúncios − posts
impulsionados e anúncios
segmentados (dark posts)
Foco no
engajamento de
conteúdo
Diálogo direto e
atendimento
continuado
Anúncios
segmentados
INSTAGRAM Foco na imagem (apelo visual)
Rede de jovens/audiovisual
Stories, Reels e IGTV
Apelo inspiracional e estilo de
vida
Ofertas variadas
Anúncios
segmentados
Gestão de branding
Call to actions
Oferece a possibilidade de
contas comerciais (podem fazer
anúncios)
Demanda maior frequência e
conteúdo melhor produzido
Link direto para
outros canais
(arraste para cima)
TWITTER
Distribuição instantânea de
informações (foco no tempo real)
Conteúdo simples e rápido
Nichos
Memes
Hard news (notícias)
Cobertura/segunda tela
Trending Topics
Real Time
Marketing
Assessoria de
imprensa
Link para sites
LINKEDIN
NetworkingRelacionamento
Autoridade
Trending Topics
Stories
Conteúdo técnico
Marca
empregadora
Busca e retenção
de talentos
Comunicação
interna
YOUTUBE Maior plataforma de vídeos do
mundo
Repositório de
conteúdo
Segundo maior buscador do
planeta
Segundo site mais acessado da
internet
Rede do How to
Rede do Do it Yourself
Conteúdo
institucional
Canal de dicas
Comunidade virtual
Uso de
influenciadores
FACEBOOK
Site de rede social mais usado no mundo, com 2.4 bilhões de usuários ativos, o
Facebook foi criado em 2003, dentro de um quarto na Universidade de Harvard,
com o nome de Facemash. Foi idealizado pelos estudantes Mark Zuckerberg,
Chris Hughes, Dustin Moskovitz e o brasileiro Eduardo Saverin, que estavam no
segundo ano de faculdade. A versão atual, no entanto, foi ao ar em 2004.
Com 120 milhões de usuários ativos no Brasil, o Facebook tem foco em
engajamento de conteúdo, comunidades de usuários (grupos) e é, atualmente, uma
das maiores e mais completas ferramentas de mídia online da internet.
Como o algoritmo não permite a chegada dos posts publicados nas fanpages à
timeline das pessoas, os administradores das páginas passam a ser obrigados a
impulsionar as publicações e/ou produzirem anúncios direcionados (apelidados de
dark posts) no Gerenciador de Anúncios.
Essa plataforma de publicidade oferecida pelo Facebook também permite a
confecção de anúncios para o Instagram, para aplicativos parceiros e para a rede
de sites parceiros do Facebook −chamada de Audience Network.
Fanpage – Páginas de empresas/personalidades/negócios, com
funcionalidades específicas e exclusivas.
Possibilidade de segmentação profunda, por meio de sua plataforma de
anúncios chamada Gerenciador de Anúncios.
Atendimento via Messenger, por meio de chatbot (neste caso, usa-se uma API
“casada” com o software).
Criação de grupos de interesse.
Lives.
Stories.
Cruzamento com outros canais, como Instagram, Messenger e WhatsApp.
Eventos.
Impulsionamento de publicações.
Retargeting − Técnica de exibir anúncios de empresas e ofertas que já foram
acessadas ou vistas por um usuário – os famosos anúncios “perseguidores”.
Por último, vale ressaltar que o público do Facebook mudou muito de uns anos
para cá e, atualmente, é prioritariamente mais velho – mais de 35 anos − e de
classes sociais B, C e D.
Nota-se uma migração muito grande do público mais jovem e da classe social A
para o Instagram, principalmente.
INSTAGRAM
Chamado de “a rede das narrativas visuais”, o Instagram foi criado por Kevin
Systrom e pelo brasileiro Mike Krieger, em 2010, tornando-se rapidamente um dos
aplicativos mais promissores da App Store (Apple).
Em apenas um ano, ele já contava com dez milhões de usuários, sendo que o
serviço estava disponível apenas para proprietários de iPhones e iPads. Em 2012,
o Facebook comprou o Instagram por cerca de US$1 bilhão, no mesmo ano em
que a rede social foi disponibilizada para dispositivos com sistema operacional
Android.
Com mais de um bilhão de usuários ativos no mundo e 77 milhões no Brasil, o
Instagram é uma rede social jovem, de nichos, com foco estético. Permite o
compartilhamento de fotos e vídeos, bem como a integração com outros
aplicativos. Entre as suas funcionalidades, estão a aplicação de filtros, o
Boomerang (vídeos rápidos e repetitivos), os Stories (vídeos curtos que duram no
máximo 24h), o Reels (vídeos animados), além das gravações e transmissões de
vídeos ao vivo.
Atualmente, o Instagram também é um dos principais veículos para a publicidade
de empresas de todo o mundo.
A mídia social ainda oferece uma série de vantagens para negócios, tais como:
Permite a criação de perfis comerciais (para isso, no entanto, é necessário
atrelar tal perfil a uma fanpage do Facebook, já que o Gerenciador de
Anúncios é o mesmo para ambas as plataformas).
Uso de hashtags como “radares” para ganho de seguidores.
Formatos variados, como cards e carrosséis.
Stories com animações, enquetes e emojis.
Lives com duração de até uma hora.
Upload de vídeos maiores no formato IGTV (suposto competidor do Youtube).
Impulsionamento de postagens do feed.
Criação de anúncios segmentados (via Gerenciador de Anúncios do
Facebook).
Postagem de fotos para grupos específicos.
Perfis fechados.
Alta aceitação de influenciadores em geral.
O Instagram é uma mídia social veloz, altamente viral, com potencial para
exposição de marca, veiculação de anúncios com call to actions (chamadas para
ação como “compre agora”, clique aqui”, "saiba mais”) diretos e ainda permite a
criação de lojas virtuais e exposição de produtos. Pode ser atrelado a e-
commerces, por meio da função Shop e já é utilizado por muitas empresas como
forma de social commerce (venda de produtos por meio de mídia social).
YOUTUBE
Engana-se quem enxerga o YouTube como depósito de vídeos. Ainda é bastante
utilizado como tal, mas oferece muito mais possibilidades do que a mera
armazenagem de material.
O YouTube é o segundo site mais acessado e o segundo buscador mais usado do
mundo, só perdendo, em ambos os casos, para o próprio Google.
Seu tempo de seção é o maior de todos: Os usuários ficam, em média, 11 minutos
e 24 segundos por vez dentro da rede, segundo dados publicados pela pesquisa
We Are Social.
É ainda a rede que congrega os grandes canais de influenciadores, os chamados
vlogs, responsáveis atualmente pelo segundo maior grau de interesse dos
internautas brasileiros (70%), só perdendo para os próprios vídeos (98%).
O tempo de seção dos usuários no YouTube continua crescendo. Em 2018, a
média era 8 minutos e 41 segundos, e 70% do conteúdo assistido pelos usuários
do YouTube é recomendado pelo algoritmo.
Por isso, o ideal para as empresas é investir em técnicas de Search Engine
Optimization (SEO, ou otimização para mecanismos de buscas, mesmas técnicas
usadas nas buscas do Google).
Criado em fevereiro de 2005 por Chad Hurley e Steve Chen, por dois funcionários
de uma empresa de tecnologia situada em São Francisco, EUA, o YouTube surgiu
em virtude do inconveniente que era compartilhar arquivos de vídeo, já que estes
eram muito grandes, o que dificultava seu envio por e-mail.
Foi comprado em 2006 pelo Google pela bagatela de 1,65 bilhão de dólares,
considerada uma pechincha mesmo à época.
Dentre as funções de marketing e comunicação oferecidas pelo YouTube podemos
destacar:
Anúncios in stream (dentro do vídeo).
Anúncios gráficos (fora do vídeo).
Canais de marca.
Vídeos com dicas de clientes.
Vídeos com depoimentos.
Uso de palavras-chave para ranqueamento no Google.
Explorar a aba “Comunidade” dentro do canal (é a mídia social do YouTube).
Fazer parcerias com influenciadores.
Monetizar o canal (passar a ganhar dinheiro, via Google, com o tráfego gerado,
por meio dos anúncios vendidos via Google AdWords e exibidos nos canais).
O YouTube é um canal fundamental para as empresas que desejam se aproximar
dos usuários que o utilizam como ferramenta de buscas. Além disso, pode ser
explorado como canal de apoio ao Google, uma vez que faz parte do leque de
produtos Google Marketing.
Para melhor explorá-lo, porém, é preciso entender o comportamento de pesquisas
dos usuários: O que os indivíduos estão necessitando e como inserir os produtos
certos nas respostas?
Para isso, faz muito sentido compreender as buscas perenes (permanentes) e
sazonais (de ocasião) . O próprio YouTube oferece resposta a todos os
questionamentos.
Empresas que desejam investir em publicidade no YouTube compram os anúncios
por meio do Google AdWords, ferramenta gratuita que utiliza a estratégia de leilão
para venda de formatos, como anúncios gráficos, anúncios dentro dos vídeos
puláveis e não puláveis e anúncios em formato de cards.
 
Fonte: Bannafarsai_Stock/Shutterstock.com
LINKEDIN
É a mais antiga das mídias sociais em atividade atualmente.
Criada em 2002, foi ao ar em 2003 e ganhou fôlego novo depois que foi comprada
pela Microsoft, em 2016 − pelo equivalente a US$26,2bilhões, sendo a maior
aquisição da empresa. A partir daí, passou por reformulações e cresceu
exponencialmente.
Recentemente, ganhou roupagem nova, funcionalidades como Stories e Lives e
deixou de ser uma rede de currículos para se tornar a maior rede profissional do
planeta.
No mundo, o LinkedIn já soma mais de 700 milhões de usuários, e no Brasil já
ultrapassou a barreira dos 40 milhões de adeptos.
Como ferramentas de marketing, o LinkedIn oferece algumas possibilidades para
empresas e empreendedores. Traz ferramentas de captação de leads (contatos de
pessoas) e de marketing pessoal e pode ser uma boa estratégia para vendas
diretas por meio de contatos em comum.
Com um perfil demográfico muito específico, o LinkedIn é ideal para as empresas
que querem ser vistas como marcas empregadoras para atração de talentos e para
interações entre empresas. As campanhas do LinkedIn ajudam a obter visibilidade,
gerar leads e impulsionar o tráfego para sites por meio do conteúdo de cunho
profissional.
Dentre as funções de marketing e comunicação oferecidas pela mídia social,
podem ser destacadas:
LinkedIn Pages – Páginas de empresas.
Geração de leads (contatos) qualificados.
Automatização do marketing – Envio de mensagens e recomendações.
Publicações impulsionadas.
Anúncios segmentados.
Contas impulsionadas.
Anúncios em mensagens (inMails).
O LinkedIn é, atualmente, uma mídia fundamental para as estratégias de marketing
de conteúdo e pode ser uma excelente opção para empresas, principalmente as
que trabalham com gestão de branding (marca) e para as que querem ser vistas
como marcas empregadoras. Oferece opções muito interessantes também para
empresas que trabalham no segmento B2B (business to business).
TWITTER
O Twitter foi fundado oficialmente em 2006 pelo quarteto Jack Dorsey, Noah Glass,
Biz Stone e Evan Williams (criador do Blogger). A título de curiosidade, a palavra
"twitter" significa “uma breve e inconsequente explosão de informações” ou um
barulho feito por pássaros.
Tem mais: A primeira versão do nome não tinha as vogais, só twttr. O motivo?
Em numerais do teclado do celular, ele é convertido pra 89887. Esse era o código
numérico de envio de mensagens do projeto em SMS. Mas outra marca já tinha
registrado o número, e as vogais voltaram.
 
Fonte: Reprodução da internet
 Primeiro tweet registrado, enviado pelo seu criador, Jack Dorsey.
 COMENTÁRIO
Por que o limite de 140 caracteres? Na época em que o Twitter nasceu, o limite de
dígitos nas mensagens SMS era de 160 caracteres, e os 20 que sobraram seriam
usados para o nome do usuário. Já que o Twitter nasceu como um serviço de recados
mobile, então precisava respeitar a restrição.
Atualmente, com um limite ampliado para 280 caracteres, a rede de microblogs
mantém a preponderância como rede de tempo real, com foco em informações
instantâneas, memes e virais.
Como produto de marketing, oferece a possibilidade de cobertura de eventos,
dentre outras funções:
Fortalecimento do tráfego de sites por meio de tweets com links.
Anúncios segmentados.
Contas impulsionadas.
Anúncios em vídeo.
Viralização de conteúdos dinâmicos, simples e ágeis.
Atendimento ao cliente (suporte de SAC).
Os anúncios do Twitter ajudam a aumentar a consciência de marca
(awareness e impulsionam visitas para o site).
Anúncios para download de aplicativos.
Anúncios para geração de leads (cadastros).
Assim como todas as outras mídias sociais, o Twitter tem evoluído e oferecido
novas opções, tais como conversação por mensagem direta (agora com a opção de
áudio), vídeos ao vivo e cruzamento com outras redes.
Além disso, a rede tem anunciado parcerias com empresas de streaming, como
HBO e Netflix, para transmissões ao vivo. Tudo para continuar atraindo seus 340
milhões de usuários no mundo; destes, o Brasil é responsável por 27,7 milhões de
contas ativas (48% dos internautas brasileiros entre 16 e 64 anos de idade usam),
com preponderância do público jovem e masculino (62%).
SOCIAL ADS
Com o interesse cada vez mais ascendente das empresas em torno das mídias
sociais como plataformas de comunicação e marketing, detentores de sites como
Facebook e Instagram perceberam um filão de negócios e passaram a “forçar” o
algoritmo de forma a impedir o alcance orgânico das publicações à timeline (feed)
dos usuários comuns.
 COMENTÁRIO
Atualmente, para chegar a pelo menos 1% da base de seguidores de uma fanpage de
Facebook, por exemplo, uma empresa precisa dominar técnicas de conteúdo orgânico
o suficiente de forma a driblar o chamado “ranking” dos algoritmos – são formas de
produzir conteúdos focadas em alcance e engajamento para alcançar o máximo
possível do público já seguidor.
Só para se ter uma ideia do que isso significa, se uma página tem cem mil seguidores
no Facebook, cada postagem não chegaria a mais de mil seguidores por vez.
Já que o algoritmo impede que as postagens cheguem até o seu destino, o
caminho é usar os mecanismos de publicidade digital oferecidos pelas ferramentas.
Nos casos de Facebook e Instagram, a ferramenta é a mesma – por meio do
Gerenciador de Anúncios, é possível criar postagens pagas segmentadas por
público e alcançar não só os seguidores como conexões destes − amigos dos
amigos e assim em diante.
Os chamados social ads (anúncios em mídias sociais) são uma forma de
segmentar publicações focadas em públicos-alvo específicos por meio de
informações nativas ou não das ferramentas. São dados comportamentais,
demográficos e, principalmente, psicográficos (sentimentos, interesses), de forma
que os consumidores sejam abordados pelos conteúdos que façam mais sentido
aos seus contextos de vida.
Além das segmentações nativas, é possível criar anúncios para fora do universo
das duas mídias sociais, por meio do Gerenciador de Anúncios do Facebook.
Outra modalidade de anúncios muito explorada é o retargeting, já mencionada
anteriormente. São os famosos “anúncios perseguidores”, mas que fazem parte do
contexto de interesse e de busca dos usuários. A experiência, assim, se torna
menos invasiva e mais assertiva.
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Fonte: emojoez/Shutterstock.com
NATIVAS
Próprias de redes como Facebook e Instagram, ou seja, extraídas dos hábitos
de consumo e navegação dentro dessas redes.
MÍDIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO:
APLICAÇÕES PARA MARCAS EM
GERAL
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DOS SITES DE MÍDIAS SOCIAIS MAIS USADOS HOJE, O QUE
ESTÁ HÁ MAIS TEMPO EM ATIVIDADE É O:
A) Facebook (desde 2004).
B) Twitter (desde 2006).
C) Instagram (desde 2010).
D) LinkedIn (desde 2003).
E) YouTube (desde 2005).
2. UMA DAS FUNÇÕES MAIS INTERESSANTES DO
GERENCIADOR DE ANÚNCIOS DO FACEBOOK É A
POSSIBILIDADE DE GERAR ANÚNCIOS A PARTIR DE
SEGMENTAÇÕES NATIVAS. QUAL SERIA A DEFINIÇÃO MAIS
APROPRIADA PARA A MODALIDADE?
A) Criação de anúncios para serem veiculados em sites parceiros do grupo
Facebook, tais como os grandes portais da internet.
B) Desenvolvimento de anúncios a partir de dados de mailists, base de e-mails e
telefones do próprio cliente que podem sofrer upload para dentro da ferramenta, e
com mensagens disparadas para contatos específicos.
C) Criação de posts segmentados a partir de comportamentos – interesses e ações
– captados dentro do site de mídia social Facebook.
D) Posts criados pelas fanpages e impulsionados dentro do Facebook Insights,
gerenciador de páginas do Facebook.
E) Vídeos, cards ou carrosséis criados no Facebook ou no Instagram que podem
ser impulsionados dentro do Gerenciador de Anúncios do Facebook.
GABARITO
1. Dos sites de mídias sociais mais usados hoje, o que está há mais tempo
em atividade é o:
A alternativa "D " está correta.
 
O LinkedIn é o site de mídia social mais longevo. Foi lançado em 2003 e,
atualmente, chega aos 700 milhões de usuários no mundo.
2. Uma das funções mais interessantes do Gerenciador de Anúncios do
Facebook é a possibilidade de gerar anúncios a partir de segmentações
nativas. Qual seria a definição maisapropriada para a modalidade?
A alternativa "C " está correta.
 
Segmentação nativa é a segmentação própria do comportamento (interesse e
ações dos usuários do Facebook que pode ser usada pelos anunciantes a partir do
Gerenciador de Anúncios do Facebook).
MÓDULO 3
 Identificar a necessidade de monitoramento de métricas e sentimentos em
mídias sociais para a adoção de estratégias assertivas
DO DIAGNÓSTICO DE PRESENÇA À
ANÁLISE DE SENTIMENTO EM MÍDIAS
SOCIAIS
DIAGNÓSTICO DE PRESENÇA
DIGITAL
Antes de começar qualquer projeto de mídias sociais, o ideal é que um negócio
realize um diagnóstico da sua presença online – quando houver – e do mercado. É
importante analisar a concorrência, escolher o benchmark (concorrente direto ou
indireto que pode servir de inspiração para o projeto) e os objetivos de
comunicação a serem atingidos.
Negócios com maturidade digital em estágio inicial tendem a optar por objetivos
estratégicos ligados à presença pura e simples e volume, tais como número de
seguidores e comentários. Marcas em estágio intermediário já entendem o valor
do engajamento e do relacionamento com os seguidores. Empresas que estão em
estágio avançado de maturidade digital enxergam as mídias sociais como
ferramenta de apoio ao negócio e já medem engajamento e sentimento, por isso
buscam utilizar tais plataformas como canais de venda e relacionamento.
Entender os níveis de maturidade digital é importante também para definir as
métricas que serão usadas tanto para o diagnóstico inicial de marca quanto para a
forma usada para medir os resultados dos esforços empreendidos nas ações de
comunicação e marketing.
A seguir, reunimos alguns passos para começar a realizar um diagnóstico inicial de
marca para, em seguida, começar um projeto de monitoramento de mídias sociais.
PASSO 1: PESQUISA EXPLORATÓRIA
O primeiro passo é a realização de uma pesquisa exploratória, capaz de reunir
todas as principais informações sobre a empresa que será estudada. O que ela
vende, que produtos comercializa, em que praças atua, qual é seu público-alvo,
como é conhecida – há adjetivos (positivos e negativos) que a classifiquem em
mídias sociais e fóruns de clientes, como Reclame Aqui, Trip Advisor, E-Bit etc.?
Esse momento é um verdadeiro exercício de coleta de informações, uma imersão
inicial que pode ajudar, depois, a montar listas de palavras-chave, definir escopo de
ferramenta e entender o estado atual de descontentamento dos clientes, por
exemplo.
O que é preciso pensar no momento de montar a lista de palavras-chave? Que
palavras definem o negócio? Como um usuário pesquisaria pelo produto? Nesse
momento, é importante pensar com a cabeça do público e não com a cabeça da
marca. Esse pode ser o diferencial do conteúdo.
Mas como saber as palavras usadas pelo público nas buscas?
É possível utilizar boas ferramentas gratuitas para realizar a pesquisa exploratória,
dentre elas:
O Google Trends, ferramenta do Google capaz de mostrar tendências de
buscas no Google por sazonalidade (buscas por períodos específicos),
perenidade (buscas permanentes) e excepcionalidade (buscas por motivos
específicos, como uma pandemia, por exemplo).
O Google AdWords, que tem a mesma função, mas que ainda oferece a
possibilidade de indicar as palavras-chave que estão custando mais caro no
leilão de links patrocinados do Google.
A Uber Suggest, que inclusive sugere ideias de palavras-chave.
O Google Alerta, que é capaz de monitorar a menção de palavras-chave
previamente cadastradas.
O próprio Google em sua página de respostas.
PASSO 2: DESENVOLVIMENTO DE BRIEFING
Briefing é um documento desenvolvido no início do projeto e traz as diretrizes
básicas a serem perseguidas pelos participantes. Ele traz as respostas a perguntas
como: O que o cliente buscará no monitoramento? Quais serão os objetivos e o
escopo deste? O monitoramento contemplará todas as ações da empresa ou uma
campanha em especial? Durará o ano todo ou por um período específico? Qual é o
público-alvo pretendido a ser observado? O que o monitoramento deve
contemplar?
Quanto mais completo o briefing, mais assertiva será a criação da equipe envolvida
nos trabalhos, a escolha da ferramenta e a definição dos tipos e os objetivos do
monitoramento, que estão enumerados a seguir.
PASSO 3: ESCOLHA DOS OBJETIVOS DO
MONITORAMENTO
O que o negócio está buscando com o monitoramento?
Está passando por uma crise e precisa escutar o que está sendo dito nas mídias
sociais?
Precisa acompanhar o mercado e a concorrência?
Vai lançar um produto e precisa selecionar influenciadores para atuar como
parceiros no projeto?
O momento de tomada de decisão é fundamental para todo o processo. Evita que
se contrate uma ferramenta cara demais ou que se forme uma equipe maior do que
a necessária. A definição do escopo do monitoramento define os rumos de todo o
processo.
Para que, afinal, servirá a escuta das redes?
OBJETIVOS DO MONITORAMENTO
É importante tentar descobrir, com o cliente, os objetivos que o levam a querer
monitorar as mídias sociais em busca de insights.
Dentre os principais objetivos para se começar a pensar em montar um time,
contratar uma agência ou adquirir uma ferramenta de monitoramento de mídias
sociais, podemos elencar:
Diagnóstico de presença digital.
Conhecimento e identificação de público-alvo.
Reconhecimento de insights de negócios.
Gestão de posicionamento de marca/branding.
Percepção de marca (positiva/negativa/neutra).
Validação das ações de comunicação e marketing.
Reconhecimento dos influenciadores.
Verificação de promessa de marca.
Checagem de entrega de valor.
Ampliação de brand equity (valor de marca).
Desenvolvimento de produtos.
São três os tipos de monitoramento de mídias sociais:
1. DE MARCA
Esse tipo de monitoramento é feito continuamente, ou seja, as análises são
realizadas com frequência regular e os relatórios podem ser diários, semanais ou
mensais, dependendo do negócio e do acordado com as equipes e com os
fornecedores. A ideia, aqui, é analisar constantemente diagnósticos sobre a saúde
da marca e entender o que está sendo dito pelo público em mídias sociais, visando
a atuar frequentemente, inclusive para prevenir e agir em crises de reputação.
2. DE COMPORTAMENTO
Pode ser realizado pontualmente ou regularmente e tem por objetivo principal o
estudo e a identificação de tendências de mercado, análise de concorrência,
consumidores e agentes que possam significar algum tipo de oportunidade ou
ameaça para as marcas. Os relatórios, em geral, não são diários, podendo chegar
a ser mensais, dependendo de quem os contrata e de sua necessidade de urgência
ou não das informações.
3. DE CAMPANHA OU EVENTO (COMO UMA
CRISE, POR EXEMPLO)
É pontual e visa a atender a objetivos bem específicos. É realizado, por exemplo,
quando acontece algum evento, campanha ou ação de comunicação e marketing,
como uma campanha publicitária ou política. Ou seja, quando há a necessidade de
acompanhar a reverberação rápida de algum assunto e um volume muito grande
de dados em curto espaço de tempo. Demanda agilidade na detecção de
sentimentos para atuação urgente e providências específicas. Nesse caso, os
relatórios precisam ocorrer mais amiúde e trazer insights importantes para contra-
ação.
MÉTRICAS DE RESULTADOS
A maior parte das ferramentas de monitoramento trabalha com dashboards (Áreas
de trabalho) dinâmicas.
Por meio dessas telas, os analistas podem acompanhar as métricas de publicação
e resultados das postagens realizadas em mídias sociais para entender se estão
entregando aquilo que o negócio busca.
 
Fonte: NicoElNino/Shutterstock.com
SERÁ QUE OS POSTS ESTÃO CHEGANDO À
TIMELINE DAS PESSOAS (OU SEJA, TENDO
ALCANCE)?
E, CASO ESTEJAM, OS USUÁRIOS DE MÍDIAS
SOCIAIS ESTÃO SE INTERESSANDO EM
COMENTAR (OU SEJA, ENGAJANDO NAS
PUBLICAÇÕES)?
TAIS INTERAÇÕES SÃO POSITIVAS, NEGATIVAS
OU NEUTRAS?
Essas respostas são fundamentais para que um negócio consiga entender se os
resultadosdas mídias sociais têm sido satisfatórios ou se é necessário refazer
alguma estratégia.
Como falamos anteriormente:
De nada adianta ter um grande volume de seguidores (meta número 1 das
empresas que estão no estágio inicial da maturidade digital) se estes não
demonstram interesse em interagir com as publicações.
Pior é quando o volume de interações é alto, mas o sentimento predominante nos
comentários e mensagens diretas é negativo.
Das métricas mais importantes buscadas em geral pelas empresas em mídias
sociais, podemos considerar como as mais importantes:
Seguidores – Número de fãs/curtidores de perfis ou páginas.
Engajamento – Métrica que considera interações, como curtidas/likes,
comentários, salvamentos e compartilhamentos.
Alcance – Quantos perfis/pessoas estão recebendo as postagens, ou seja,
como está se dando a distribuição de seus posts pelos usuários da mídia
social.
Visualizações – Quantas vezes as postagens estão sendo vistas pelos
usuários das mídias sociais em geral (não só pelos seguidores, em particular).
Impressões – Quantas vezes o post está sendo impresso nas telas dos
usuários da mídia social (deixando claro que um mesmo usuário pode ter
impresso na sua tela o mesmo post várias vezes).
Visualizações de vídeo por, no mínimo, X tempo.
Curtidas/likes.
Salvamentos – Métrica que indica quando os fãs “salvam”, ou seja, deixam o
post para ver depois.
Menções (citações feitas por meio de arrobas e menções de nome sem
arroba).
Sentimento − Além de acompanhar o volume através do engajamento, é
importante observar a qualidade das interações. Afinal, o que as pessoas
comentam? As interações com a sua marca são positivas ou negativas?
Analisar o sentimento permite descobrir se as publicações estão agradando ao
público.
Taxa de cliques (CTR) − Proporção de usuários que clicam em um link
específico para o número total de usuários que visualizam uma página, post, e-
mail ou anúncio em mídias sociais, por exemplo.
Ações na página ou no perfil – Ações executadas a partir da BIO do Instagram
ou da fanpage do Facebook, como cliques no site, ligações para WhatsApp ou
cliques em “Como chegar”.
ANÁLISE DE SENTIMENTO
Mais do que buscar a interação em mídias sociais, é importante entender o
sentimento envolvido no engajamento do público. Melhor que publicar post a esmo,
avaliar o que o público está dizendo e como a marca pode atender e reagir é um
passo fundamental para manter as redes saudáveis e garantir a reputação da
marca.
Internautas já consideram as mídias sociais um ponto fundamental de contato com
empresas e buscam perfis para se relacionar, reclamar e elogiar, quando assim
lhes convém.
É chamada de polarização a análise de sentimento envolvida em uma interação.
O sentimento pode ser classificado como positivo, negativo ou neutro, e muitas
vezes a ferramenta é capaz de identificar automaticamente a classificação. Mesmo
que consiga acertar em muitos casos, sempre será necessária a interferência de
um analista, de forma que o relatório seja o mais assertivo possível.
Usando a ferramenta de monitoramento, cada menção coletada é enquadrada em
uma categoria de conteúdo e “polarizada”, ou seja, a ela é atribuído um valor
subjetivo, dizendo respeito ao sentimento que carrega.
 
Fonte: FotoCuisinette/Shutterstock.com
Como softwares não conseguem identificar muitos dos sentimentos humanos (tais
como ironia e sarcasmo) e interpretar textos de forma 100% confiável, muitas vezes
será preciso corrigir a atribuição automática dada pela ferramenta.
Sobre polarização, podemos considerar, como regra geral:
POSITIVO
Demonstrações de amor, afeto, carinho, juízo de valor positivo, elogios públicos,
comparações positivas.
NEGATIVO
Agressões, xingamentos, comparações negativas, demonstrações de desagravo,
raiva, negação.
NEUTRO
Sem juízo de valor definido, sem clareza no conteúdo, sem comparação clara,
apenas menções avulsas, marcações sem juízo de valor.
OPÇÕES DE SOFTWARES DE
MONITORAMENTO
Há dezenas de opções de softwares de monitoramento disponíveis no mercado.
Das ferramentas, a que melhor se adequa é a que conseguir entregar não só o
melhor custo-benefício, mas uma série de diferenciais que fazem toda a diferença
no dia a dia do monitoramento. São eles:
Dashboard (área de trabalho) para acompanhamento em tempo real das
menções.
Análise de um amplo leque de redes sociais, sites e fóruns como Reclame
Aqui e Trip Advisor, além de estudo de influenciadores e concorrência.
Possibilidade de análise de dados históricos (matérias e posts publicados na
internet antes da contratação da ferramenta).
Entrega de relatórios dinâmicos.
Análise de sentimento (polarização).
O maior número possível de logins de uso simultâneo (vários usuários podem
se logar de máquinas diferentes ao mesmo tempo).
Análise de vários perfis de clientes ao mesmo tempo.
Análise do perfil de concorrentes/benchmark.
Busca de influenciadores do segmento.
Busca por um número grande de palavras-chave.
 
Fonte: Billion Photos/Shutterstock.com
Das ferramentas de mercado mais conhecidas e respeitadas atualmente, podemos
destacar:
Socialbakers
Scup
Stilingue
Buzz Monitor
Hi-Plataform
V-tracker
Sprout Social
HootSuite
Salesforce (também funciona como ferramenta de Customer Relationship
Management − CRM ou Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente)
RD Station (também funciona como ferramenta de Customer Relationship
Management).
DO DIAGNÓSTICO DE PRESENÇA À
ANÁLISE DE SENTIMENTO EM MÍDIAS
SOCIAIS
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SOBRE OS TIPOS DE MONITORAMENTO, MARQUE A OPÇÃO
QUE CONGREGUE OS MAIS UTILIZADOS HOJE PELO
MERCADO:
A) Marca, comportamento e campanha/evento
B) Marca, influenciadores e patrocínio
C) Marca, gestão de crises, patrocínio e campanhas políticas
D) Marca, gestão de branding, eventos e patrocínio
E) Comportamento dos seguidores, influenciadores e campanhas
2. MAIS DO QUE ENGAJAR OS SEGUIDORES NAS PÁGINAS E
NOS PERFIS DE MARCAS, UM DOS TRABALHOS MAIS
IMPORTANTES PARA AS EQUIPES QUE TRABALHAM COM
MÍDIAS SOCIAIS É MEDIR A POLARIZAÇÃO. DE ACORDO COM
O QUE VOCÊ ESTUDOU, O QUE É POLARIZAÇÃO?
A) Estudo do comportamento dos seguidores, de forma a entender seus gostos,
interesses e demografia.
B) Comportamentos iguais e repetitivos por parte dos seguidores motivados por
interesses políticos.
C) Análise de sentimento envolvido em uma interação em mídias sociais.
D) Estudo das diferenças de perfis entre personas e público-alvo.
E) Análise do engajamento dos fãs a partir de dados, como cliques, curtidas,
comentários e compartilhamentos.
GABARITO
1. Sobre os tipos de monitoramento, marque a opção que congregue os mais
utilizados hoje pelo mercado:
A alternativa "A " está correta.
 
Atualmente, os tipos de monitoramento mais adotados são os focados em estudos
de marca, comportamento de público (inclusive com foco em resultados dos perfis)
e resultados de campanhas e eventos, até mesmo para ajudar na prevenção e
gestão de crises de reputação.
2. Mais do que engajar os seguidores nas páginas e nos perfis de marcas, um
dos trabalhos mais importantes para as equipes que trabalham com mídias
sociais é medir a polarização. De acordo com o que você estudou, o que é
polarização?
A alternativa "C " está correta.
 
A polarização é a análise de sentimento envolvido em uma interação em mídias
sociais, normalmente realizada via software, mas com o auxílio de um analista para
a separação mais assertiva de sentimentos como positivo, negativo e neutro.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As mídias sociais já demonstraram seu potencial como canais fundamentais de
comunicação e marketing. São altamente povoadas, têm a fidelidade de uso por
parte dos consumidores e oferecem recursos que podem ser explorados por
negócios de todos os tipos e tamanhos. Além de estarem habituados a falar com
marcas pela internet, os consumidores já entenderam que quando as procuram
pelas redes sociais, o atendimento costuma ser maisrápido e eficiente.
Também já descobriram que são capazes de influenciar seus pares e montar
levantes contra empresas apenas reclamando destas em fóruns virtuais.
Não faz mais sentido abrir mão de ferramentas tão importantes. Ao mesmo tempo,
para que os canais funcionem a contento, é importante aprender a falar a
linguagem das redes e explorar os recursos que cada uma oferece. Facebook,
Instagram, LinkedIn, Twitter e YouTube são mídias sociais diferentes entre si e
bastante complementares, inclusive colaborando para o fortalecimento de outros
canais digitais, como sites e blogs.
Estudar o funcionamento de cada uma delas, entender suas especificidades e
montar um planejamento que englobe linguagem, temas, personas e formatos pode
ser o início de uma bela trajetória de sucesso.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
FAUSTINO, P. Marketing digital na prática. São Paulo: DVS, 2019.
GARTON, L.; HAYTHORNTHWAITE, C.; WELLMAN, B. Studying online social
networks. In: Journal of Computer-Mediated Communication. Publicado em: 23.
jun. 2006.
KOTLER, P. Marketing 4.0. Rio de Janeiro: Sextante, 2017.
MONTEIRO, D.; AZARITE, R. Monitoramento e métricas de mídias sociais: Do
estagiário ao CEO. São Paulo: DVS, 2012.
RECUERO, R. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Salina, 2009.
SAFKO, L.; BRAKE, D. K. The social media bible: Tactics, tools, and strategies for
business success. New Jersey: Wiley, 2009.
STRUTZEL, T. Presença digital. Rio de Janeiro: Alta Books, 2015.
TUTEN, T.; SOLOMON, M. Social media marketing. Londres: Sage, 2018.
WE ARE SOCIAL. Digital in 2020. Consultado em meio eletrônico em: 18 nov.
2020.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:
Mídias sociais: O guia completo, de Neil Patel.
Métricas de mídias sociais: Um manual prático para aprender o que e como
analisar.
Tudo o que você precisa saber sobre mídias sociais – Resultados digitais.
CONTEUDISTA
Elis Monteiro
 CURRÍCULO LATTES
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