PROJETO DAS EMPREGADAS DOMÉSTICAS FAVELAS

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AÇÃO SOCIAL PARA CURSO DE EMPREGADAS DOMÉSTICAS 
ÀS MORADORAS EM FAVELA/PERIFERIA 
 
 
 
 
 
 
PROJETO PARA A FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE CURSO 
DE ENSINO PROFISSIONAL, PARA A FUNÇÃO DE DOMÉSTICAS 
ÀS PESSOAS CARENTES, ORIUNDAS DE FAVELAS/PERIFERIAS 
 
 
 
 
 
 “Valor inestimável dado por damas voluntárias da 
 sociedade, que será revertido em ensinamento pro- 
 fissional na área doméstica, para as mulheres que 
 vivem em ambientes diferentes (Favelas/Periferia)”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Humberto A. P. Furlanetto 
 Rio-grandino – 1997 
 INTRODUÇÃO 
 
 “Pequenas iniciativas semeiam 
 bons resultados sociais”. 
 
 “ESSAS MULHERES MENOS FAVORECIDAS QUEREM O SEU EMPREGO DE DOMÉSTICAS, 
mas não conseguem por desconhecerem os habitat das famílias da cidade. Por isso, elas 
precisam de ajuda, para o seu soerguimento profissional”. 
 
 Quando se trata de proporcionar-lhes condições de emprego, devido as deficiências que 
apresentam pelas suas condições conjunturais, como falta de educação, civilidade, e 
dificuldades de relacionamento dentre tantas, que não sejam por sua culpa, mas por 
circunstâncias outras da vida, e que podem com auxílio social melhorarem as suas vidas. 
 
 A importância da criação de curso especial destinado as mulheres oriundas de Favelas e 
Periferia está no fulcro principal da moradia onde elas vivem. A normalidade de pessoas de 
melhor poder aquisitivo tem a sua família em uma residência adequada, e muitas vezes 
refinadas. Enquanto as pessoas que vivem nas Favelas e Periferias tem suas moradias em 
situações precárias - Compartimentos semiacabados, chão em muitas vezes de terra, sem 
esgoto e com banheiros em péssimas situações, não há praticamente armários para guarda 
dos bens, etc. 
 
 É claro que para essas pessoas advindas de um habitat tão insuficiente daquele que até 
poderiam pedir o emprego de doméstica, não serão aceitas. As razões são bem 
compreendidas. As famílias em melhor situação querem que seus bens seja cuidados 
adequadamente. E, aquelas pessoas carentes não poderão executar os serviços, justamente 
por desconhecerem corretamente esse serviço de como cuidar da limpeza sem prejudicar os 
bens, como também saber lidar no relacionamento com a patroa. 
 
 É dessa disfunção social e no caso do emprego, pela falta de conhecimento natural de se 
poder fazer um serviço profissional de doméstica adequado é que falta efetivamente a 
necessidade de se ter um CURSO PARA EMPREGADA DOMÉSTICA DE PESSOAS ORIUNDAS DE 
FAVELAS E PERIFERIA. 
 
 A ideia jamais seria a de ferir a sensibilidade, ou mesmo de menosprezar essas mulheres 
advindas de lugares menos favorecidos. Mas, ao contrário dar-lhes oportunidades através do 
Curso de poderem se tornar conhecedoras dos habitat dessas famílias da cidade, e então 
saberem como limpar e arrumar corretamente aqueles ambientes, até então desconhecidos. 
 
 Nessa pequena abertura já dá para se chegar ao diagnóstico do problema, e que a solução 
começa com o gerenciamento através da Secretaria do Bem Estar Social da Prefeitura, com a 
colaboração das damas da sociedade quer sejam ou não ligadas a Entidade Social, mas disosta 
a participar como voluntárias. E, ainda se proporem a dar ensinamentos básicos de como lidar 
com a manutenção de uma residência que aquelas mulheres não conhecem. 
 
 Mas por outro lado aquelas mulheres tem vontade “SIM” de aprender, se empregarem e 
lutar com dignidade pelo emprego. Ao final do Curso elas receberiam um Certificado, um 
Uniforme, e certamente estarão GRATAS ÀS PESSOAS DE BOM CORAÇÃO QUE AS 
FORMARAM... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVO: 
 Proporcionar condições estruturais para oferecer preparo e ensino profissional de funções 
domésticas, além de dar condições físicas (higiene e apresentação) e de ensino (educação 
mínima e profissional) às pessoas carentes, para poderem se empregar no mercado de 
serviços, principalmente na área doméstica. 
 
COORDENAÇÃO: 
 O projeto deverá ser coordenado pela Secretaria do Bem Estar Social (nome equivalente) 
de cada Prefeitura Municipal podendo interagir com Entidades, ou Associações Beneficentes, 
Filantrópicas (nomes equivalentes), ou ainda formar Grupos de Senhoras da Sociedade que 
queiram voluntariamente participar como Instrutoras. 
 
ESTRUTURA DO PROJETO: 
A) Apresentação e convite as Entidades Sociais que queiram participar; 
B) Formação dos Grupos de Ensino; 
C) Áreas de Ensino a serem abordadas; 
D) Local dos Cursos; 
E) Currículo e Tempo do Curso; 
F) Custos envolvidos; 
G) Seleção das candidatas por Grupos; e 
H) Opção introduzida pela Secretaria ou Grupo 
 Como primeiro item: A) A Secretaria da PM formalizará os convites às Entidades Sociais que 
queiram participar e apresentará a ideia do projeto. O Planejamento diante das participações 
poderá sofrer adaptações a cada nível estrutural da cidade. 
 Como segundo item: B) A Secretaria ou já com a participação de Entidades Sociais 
formalizaria convites às Senhoras da Sociedade que queiram participar como voluntárias a se 
integrarem ao projeto, e com suas experiências poderem passar ensinamentos as alunas. Esse 
Planejamento levantaria o número de voluntárias, os horários e locais que atuariam no ensino 
e definição das Escalas dos Grupos de Ensino. 
 A título de exemplo: Cada Grupo de Ensino poderia ter duas senhoras, para dez, quinze ou 
vinte alunas. Os Grupos participariam da Formatação do Currículo, contendo alguma Teoria 
Inicial, e as definições da prática: Identificação dos compartimentos da casa, identificação dos 
objetos, como se manuseiam os objetos, como se limpam as suas partes sejam dos 
compartimentos ou das unidades, os tipos de materiais de limpeza a serem empregados. A 
diferenciação do emprego desses materiais de limpeza. A necessidade de alguns serem 
manuseados com luvas. Como usar uma máquina de lavar, secadora, outros aparelhos, Etc. 
 Como terceiro item: C) Nessa área que é basicamente o Ensino com mais detalhamento, e 
já se observando a necessidade das correções, quando as alunas procederem 
inadequadamente. Ou seja, já se irá verificar o emprego da Qualidade do Serviço. De modo 
que as Senhoras farão as observações necessárias para que as alunas melhorem a Qualidade 
do Serviço. 
 Como quarto item: D) A Secretaria juntamente com as Entidades Sociais definirão os locais 
a ser dado o Curso, podendo ainda visitar casas de famílias abertas pelas senhoras (A aluna 
precisa conhecer o local que futuramente ira trabalhar). 
 Como quinto item: E) Considerando-se as diferenças de habitat das partes envolvidas, é 
necessário que se dê ênfase inicial as palestras sobre este tema, bem como ainda, a orientação 
sobre o tratamento no relacionamento com as patroas – A chamada etiqueta no trato com as 
pessoas e a maneira profissional a ser empregada nos serviços. Em síntese o Currículo conterá 
todas as necessidades de ensino que as empregadas domésticas fazem em uma casa, desde o 
conhecimento de produtos a empregar, maneiras de efetuar as limpezas, questões de 
cumprimento de obediências funcionais,outras atividades solicitadas pela patroa, e 
aprimoramentos na qualidade dos serviços. 
 Com o andar do projeto, o Currículo poderá ser alterado e ou ter inclusões de novos 
aspectos que com o andamento se mostrar necessário. Com relação ao tempo do Curso este 
poderá ser inicialmente estimado em 45 dias e ainda o tempo das aulas. Da mesma maneira, 
esse tempo também poderá ser modificado à razão de seus resultados. 
 Como sexto item: F) Os custos serão levantados pela Secretaria, quer seja de algum produto 
de limpeza comprado, ou mesmo a parte quase ao final do Curso, com a doação do Uniforme, 
e Certificados. Talvez, ainda a distribuição de vale transporte enquanto perdurar o Curso, e 
que podem também ter a colaboração de Empresários. 
 Como sétimo item: G) A Seleção de Candidatas será iniciado com a divulgação por Rádio e 
Tv, e ou ainda com visita aos locais de moradia dessas mulheres carentes. E, então seria feito 
a identificação e a matrícula. Dando-se informações bem formalizadas do início, local e 
movimentação do Curso. 
 O último item: H) Fica a critério dos entendimentos dos envolvidos no projeto, que por 
opção de facilidade, e ou peculiaridades de localização julguem necessário introduções e ou 
flexibilizações. 
 
PROGRAMA: 
 Com a análise e aprovação da Proposta de Projeto, a Secretaria do Bem Estar Social emitirá 
o Programa Anual dos Cursos (A quantidade levará em conta as necessidades da cidade em 
relação ao mercado de absorção de vagas). Entretanto em relação a matrícula e formação 
poderá ficar em aberto a critério de cada administração. Afinal é importante levar em 
consideração, que para as candidatas só em conseguir se formarem certamente dará um 
estímulo e causa de elevação da auto estima. 
 Também poderá constar desse Programa, o Grupo de Senhoras que ficará encarregado de 
já durante o Curso ir levantando as vagas no mercado de trabalho, para ao final do Curso 
absorverem as formandas. 
 Cuidado especial deverá ser dado a Formatura, pois a título de incentivo profissional as 
formandas seria interessante a divulgação em Rádio e Tv desses eventos, até porque envolve 
quem queira fazer a contratação. 
 
CERTIFICADO DO CURSO: 
 Terminado o Curso, cada candidata na Formatura receberá um Certificado de Formação 
Profissional (Modelo anexo). 
 Esse fato é muito importante para a auto estima das alunas, pois dá força a parte 
profissional que elas não tinham. Além do reconhecimento junto a sociedade. 
UNIFORME: 
 A título de presente, também seria entregue um Uniforme a cada aluna. Talvez esta 
iniciativa poderia ser solicitada aos empresários, ou mesmo das senhoras que gostariam de 
fazer tal doação. É apenas sugestão... 
OUTROS: 
 Seria interessante que a Secretaria no cadastramento das alunas fizesse o levantamento da 
necessidade de Creche para aquelas que não tenham com quem deixar os filhos. 
 
CRÍTICA CONSTRUTIVA: 
 O Projeto é livre para alterações que as administrações das Prefeituras e ou Entidades 
Sociais quiserem se a ter a modificações diante das peculiaridades de cada cidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CERTIFICADO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL (Modelo) 
 
 
 
 Certificamos que a Sra................................... 
 
Concluiu com aproveitamento o Curso Profissional na Função Doméstica, ministrado pelas 
 
Voluntárias no Programa da Secretaria de Ação Social (ou Entidade Social....)......... Estando 
 
apta a desempenhar Funções Domésticas nas Casas de Famílias, e ou em outros Estabele- 
 
cimentos. 
 
 
 
 Cidade,________ de_________________ de 199 
 
 
 
 
 
 Secretária do Bem Estar Social Diretora do Curso