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Baseado no artigo Mackie, A. Insights and gaps on protein digestion. Current Opinion in Food 
Science, 31:96–101 (2020), responda ao que se pede em cada questão [1 a 3] 
 
1. Explique o significado de alimentos ultra processados e como podem atuar como 
fatores de risco no surgimento de doenças crônicas. 
 
Tem-se como definição: “formulações industriais fabricadas a partir de substâncias derivadas 
de alimentos ou sintetizadas a partir de outros fontes orgânicas. Vale ressaltar que estão prontos 
para consumo ou aquecimento, apresentando ser gordurosos, salgados ou açucarado, bem 
como, pobre em fibras alimentares, proteínas, vários micronutrientes e outros compostos 
bioativos. Ademais, podem atuar como fatores de risco, por exemplo, à doenças crônicas não 
transmissíveis (DCNT). Pois, promovem a alteração da composição e da estrutura multiescala 
natureza do alimento. Consequentemente, há um impacto sobre a biodisponibilidade dos 
macronutrientes e bioativos dentro destes. O consumo de ultra processados está associada a 
ocorrência de doenças como: diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e obesidade, por 
exemplo. 
Uma pesquisa sugeriu que alimentos ultraprocessados são menos saciantes porque contêm 
uma quantidade menor proteíca, o que pode explicar parcialmente o aumento observado na 
ingestão de energia. Destaca-se que a estrutura alimentar afeta a cinética de digestão e 
absorção. Neste contexto, ressalta-se a cinética representa o fator de risco para DCNT. No 
entanto, como o processamento afeta a cinética de liberação, isso inclui a liberação de 
moléculas importantes para a palatabilidade, sendo esta, é uma dos principais razões e estímulo 
para o consumo destes alimentos. Como resultado, aumenta a probabilidade do surgimento de 
doenças crônicas. 
2. Discorra sobre como o nível estrutural de proteínas da dieta tem sido relacionado 
com o surgimento de respostas alérgicas e porque a introdução de insetos como 
fonte de proteínas na cultura ocidental representaria um risco para pacientes 
alérgicos. 
 
 O nível estrutural das proteínas na dieta tem sido relacionado ao surgimento de 
respostas alérgicas, especialmente devido à resistência dessas proteínas à digestão. Proteínas 
que mantêm sua estrutura após o processo digestivo têm maior probabilidade de desencadear 
reações alérgicas, pois podem ser reconhecidas pelo sistema imunológico como alérgenos. Isso 
é particularmente relevante no caso de proteínas novas, como as provenientes de insetos, que 
estão sendo introduzidas na dieta ocidental. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA TURMA:T01 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DATA:23.11.2022 
DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E BIOFÍSICA 
DISCIPLINA: ICS071 – BIOQUÍMICA METABOLICA PARA FARMÁCIA 
PROFESSORA COORDENADORA: LUZIMAR GONZAGA FERNANDEZ 
PROFESSORES TUTORES: NEIDE CONCEIÇÃO, RODRIGO CUNHA E RODRIGO DIAS 
ALUNOS (AS): Bruna Machado, Bruna Pita, Camila Moreira, Fernanda Pita, Lara Aragão. 
 
__________________________________________________________ Atividade Complementar III – [valor=1,5]. 
 
 A introdução de insetos como fonte de proteínas pode representar um risco para 
pacientes alérgicos devido à presença de proteínas como tropomiosina e arginina quinase. 
Estas proteínas são conhecidas por sua reatividade cruzada com proteínas homólogas em 
crustáceos e ácaros, que são alérgenos comuns. Além disso, essas proteínas de insetos não 
perdem sua alergenicidade com o processamento térmico ou digestivo, o que aumenta o risco 
para pessoas alérgicas. 
 Portanto, a introdução de insetos na dieta humana representa uma oportunidade para 
diversificar a oferta de proteínas e contribuir para a segurança alimentar. No entanto, é crucial 
que a segurança dos consumidores seja priorizada. A avaliação da alergenicidade dos insetos 
e o desenvolvimento de estratégias para minimizar os riscos são essenciais para garantir que 
essa nova fonte de proteína seja consumida de forma segura. 
 
3. Explique os possíveis efeitos benéficos e riscos que tem sido apontado pelos 
autores em relação ao consumo de whey protein (proteínas do soro do leite) no 
tratamento de algumas síndromes metabólicas. 
 
As proteínas do soro de leite oferecem benefícios significativos, como a regulação do 
apetite e a melhora da glicemia pós-prandial, sendo especialmente úteis no controle de peso 
e na gestão do diabetes tipo 2. Além disso, elas promovem a síntese de proteínas 
musculares, particularmente em adultos mais velhos, e são ricas em aminoácidos de cadeia 
ramificada, que podem contribuir para a saúde e a longevidade. 
No entanto, há preocupações sobre os efeitos dessas proteínas na saúde intestinal, 
especialmente em dietas ricas em proteínas, o que pode afetar negativamente a microbiota 
intestinal, principalmente em idosos. Além disso, a ênfase no aumento da ingestão de 
proteínas pode prejudicar o equilíbrio dietético, especialmente em dietas que valorizam fibras 
e plantas. Também se observa a falta de evidências robustas para sustentar de forma 
definitiva os benefícios do whey protein a longo prazo.

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