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2020 INT CIR III - INT CIR III

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Questões resolvidas

Eduardo sempre alimentou seu sonho infantil de ser bombeiro. Hoje, prestes a entrar para o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, ficou chocado com os relatos de um colega aposentado, Jorimar, que, há algumas décadas, sofreu queimaduras em todo o corpo durante o socorro prestado às vítimas do incêndio de um circo em Niterói. De acordo com seus conhecimentos sobre queimaduras, assinale a afirmativa INCORRETA:
De acordo com seus conhecimentos sobre queimaduras, assinale a afirmativa INCORRETA:
a) As queimaduras podem ser classificadas de acordo com o grau de acometimento ao longo das camadas teciduais. Desta forma, as de primeiro grau são restritas à epiderme e se apresentam como vermelhidão cutânea, enquanto as de segundo grau atingem a derme e cursam com flictenas, as de terceiro grau atingem toda a derme e parte do tecido subcutâneo, destruindo as terminações nervosas e, por isso, causando intensa dor e as de quarto grau – típicas das queimaduras elétricas – atingem até músculos e ossos.
b) As queimaduras funcionam, de certa forma, como um trauma, havendo liberação importante de citocinas que aumentam a permeabilidade capilar e levam ao choque hipovolêmico, de modo que a ressuscitação volêmica é imprescindível, deve ser sempre feita com cristaloides e ter sua resposta avaliada pela diurese do paciente.
c) As indicações formais para internação do paciente em centro de tratamento de queimados são: queimaduras de terceiro grau, queimaduras de segundo graus com SCQ > 10%, queimaduras envolvendo face, mãos, pés, genitália, períneo, ou articulações, queimaduras elétricas, químicas e circunferenciais, lesões por inalação.
d) As lesões por inalação de fumaça podem causar intoxicação por monóxido de carbono e são mais prováveis em ambientes fechados, devendo ser suspeitadas em casos de chamuscamento de vibrissas nasais e escarro carbonáceo.

Você recebe, durante plantão na emergência, Priscila, vendedora de uma loja de fogos de artifício que ficou totalmente destruída após incêndio acidental. Com relação às queimaduras, afirma-se:
Está(ão) CORRETA(S) somente a(s) afirmativa(s):
I. A paciente deve ser abordada como uma politraumatizada, de modo que devemos seguir o atendimento sistematizado do ABCDE, dando atenção inicial à perviedade das vias aéreas e à ventilação do paciente.
II. Tardiamente, pode surgir uma neoplasia maligna na região queimada, chamada úlcera de Curling.
III. A hidratação venosa da paciente é parte fundamental do tratamento da mesma e o volume a ser infundido pode ser calculado, por exemplo, pelas fórmulas de Parkland e de Brooke modificada, que determinam a infusão de metade do volume total calculado nas primeiras quatro horas.
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) I, II e III.

Rodrigo, um paciente de 32 anos, refere dor lombar à direita de início há três horas com irradiação para bolsa escrotal direita associada à náusea e aos vômitos, além de sinal de Giordano presente. Foi realizado um RX simples de abdome que evidenciou uma imagem radiopaca arredondada de cerca de 1,6 cm em topografia de pelve renal direita. Sobre esse caso, assinale a afirmativa INCORRETA:
Sobre esse caso, assinale a afirmativa INCORRETA:
a) Podemos afirmar, com segurança, que a maior probabilidade é que esse cálculo renal seja de oxalato de cálcio e podemos afirmar que não se trata de um cálculo de ácido úrico puro.
b) Por se tratar de um cálculo proximal, com tamanho inferior a 2 cm, a melhor modalidade de intervenção urológica é a nefrolitotomia percutânea.
c) Se o paciente apresentasse uma pielonefrite obstruída ou fosse portador de rim único com uma via urinária completamente obstruída, estaria configurado um quadro de nefrolitíase complicada e obrigatoriamente a primeira conduta seria a desobstrução da via urinária (com cateter duplo J ou nefrostomia percutânea).
d) Cálculos desse tamanho sempre merecem intervenção urológica.

Suely é portadora de nefrolitíase de repetição e ouviu de sua amiga Ana Lúcia, em acompanhamento regular no ambulatório de nefrologia pela mesma patologia que, para evitar novos episódios de nefrolitíase sintomática, é necessário descobrir a composição do cálculo e o fator predisponente para sua formação. Com relação à doença litiásica renal, marque, mais uma vez, a alternativa INCORRETA:
Com relação à doença litiásica renal, marque, mais uma vez, a alternativa INCORRETA:
a) A hipercalciúria idiopática é o principal fator predisponente à ocorrência de cálculos de sais de cálcio, devendo ser prevenida com ingestão voluntariosa de água, diuréticos tiazídicos e restrição de cálcio na dieta.
b) Os cálculos de ácido úrico e de cistina surgem num contexto de uma urina com pH mais ácido, de modo que a alcalinização da urina (por exemplo, com uso de citrato de potássio) pode prevenir a recorrência destes tipos de cálculo.
c) O cálculo de estruvita é o segundo cálculo mais comum e marca uma evidência presuntiva de ITU, já que o seu grande fator precipitante é a infecção urinária por bactérias produtoras de urease, enzima que converte ureia em amônia.

Sobre o screening de câncer da próstata, assinale a alternativa CORRETA:
Qual das alternativas abaixo é CORRETA?
a) Os testes de rastreio para câncer de próstata, em última análise, servem para apontar o paciente que, por ter alteração ao toque retal ou elevação do PSA, deve ser submetido à biópsia prostática.
b) Um toque retal suspeito, ou seja, com nodulações ou áreas mais endurecidas, direcionam o paciente para biópsia prostática apenas em caso de PSA sérico > 4 ng/ml.
c) As estratégias denominadas de "refinamentos do PSA" são usadas para aumentar a acurácia do exame, devendo sempre ser avaliadas quando PSA > 10 ng/ml.
d) Se o paciente apresentar PSA < 2,5 ng/ml, independentemente do toque retal, seu rastreio para o câncer de próstata é considerado normal e ele deve ser liberado com a recomendação de um novo rastreio em um ano.

Com relação aos tumores urológicos, assinale a alternativa INCORRETA:
Qual das alternativas abaixo é INCORRETA?
a) A presença de hematúria macroscópica indolor num homem fumante de meia-idade nos faz obrigatoriamente pensar em neoplasia maligna da bexiga, cujo tratamento pode ser feito com ressecção via cistoscópica + BCG intravesical (se não invadir muscular), cistectomia radical (se houver invasão local importante) com reconstrução do trato urinário com neobexiga com Bricker (ureteroileostomia cutânea) ou QT na doença disseminada.
b) Na percepção de uma massa abdominal em crianças, o grande diagnóstico diferencial que se impõe é entre tumor de Wilms e neuroblastoma, de forma que o 1º respeita a linha média e não debilita tanto o paciente, enquanto o 2º atravessa a linha média e deixa a criança em pior estado geral.
c) O principal sítio de metástase no Ca de próstata é o osso, no qual produz uma lesão lítica.
d) A tríade clássica do tumor renal inclui hematúria, dor no flanco e massa abdominal, de modo que o tratamento é a nefrectomia radical e a invasão vascular não indica intratabilidade.

O tumor de Wilms é o segundo tumor sólido mais comum da infância e está associado a síndromes genéticas como WARG, Dennys-Drash e Beckwith-Wiedemann.
Qual é a principal característica do tumor de Wilms?

Roberta tem 28 anos e sofre de constipação crônica, chegando a ficar dez dias sem evacuar. Na última semana, refere ter realizado um forte esforço durante a evacuação que ocorreu num contexto de intensa dor e exteriorização de sangramento vermelho 'vivo'. Temendo tratar-se de doença hemorroidária, a paciente procurou um proctologista, que diagnosticou a presença de uma fissura anal posterior. Com relação aos diferentes espectros da doença perianal, marque a alternativa INCORRETA:
Com relação aos diferentes espectros da doença perianal, marque a alternativa INCORRETA:
a) As hemorroidas são divididas em internas e externas de acordo com a sua localização em relação à linha pectínea e suas manifestações clínicas clássicas são sangramento vivo, prolapso (usado para classificar as hemorroidas internas) e dor (clássica da hemorroida externa).
b) A fissura anal configura uma das causas de sangramento retal e é dividida, por sua duração, entre aguda e crônica, de forma que a grande razão para sua cronificação é a dor do paciente que aumenta o tônus esfincteriano e isquemia a região da fissura.
c) Os abscessos anais são formados a partir da infecção criptoglandular, são classificados de acordo com sua localização e devem ser suspeitados em casos de dor perianal que curse com febre e descarga anal purulenta.
d) A regra de Goodsall-Salmon é utilizada para classificação da fissura anal de acordo com a sua localização.
R. Letra D.

Paula, de 68 anos, é hipertensa, diabética, dislipidêmica e com queixa de dor em ambas as panturrilhas ao caminhar 200 metros que melhora com a interrupção da caminhada. Ligou para seu médico assistente referindo início súbito de dor precordial com irradiação para o dorso há quinze minutos. Diante da suspeita diagnóstica, foi orientada a procurar rapidamente a emergência hospitalar, onde chegou em vinte minutos e foram verificados sopro carotídeo à esquerda, sopro diastólico +4/+6 em foco aórtico acessório e supradesnivelamento do segmento ST de V1 – V6, D1 e aVL no ECG. Sobre esse caso, assinale a afirmativa INCORRETA:
Sobre esse caso, assinale a afirmativa INCORRETA:
a) O aspecto da dor nos membros inferiores configura a claudicação intermitente, que é a manifestação clínica clássica da doença vascular periférica crônica, em virtude da qual a paciente é classificada, a princípio, como Fontaine II, e deve ser tratada com programação de exercício físico, antiagregrante, vasodilatador.
b) A paciente apresenta um sopro de insuficiência aórtica.
c) A paciente é portadora de múltiplos fatores de risco para coronariopatia e hoje apresenta um quadro típico de IAM com supra de ST, havendo indicação, pelo tempo decorrido do início dos sintomas, do uso de trombolítico.
d) A paciente deve ser tratada com controle do duplo produto (pressão arterial e frequência cardíaca) e submetida a procedimento cirúrgico resolutivo.
R. Letra C.

Samantha tem 45 anos, 1,50 m de altura, 90 kg e um desejo de emagrecer que já dura 15 anos. É hipertensa e diabética, alterações clínicas que só apareceram após o surgimento da obesidade. Refere ter feito dieta e atividade física, sem sucesso na perda de peso. Afirma que já tentou diferentes abordagens farmacológicas, todas também sem sucesso na perda ponderal.
Com relação à abordagem da obesidade, aponte a afirmativa INCORRETA:
a) Essa paciente possui um IMC de 40, de modo que pode ser submetida à cirurgia bariátrica, uma vez que esta encontra-se indicada em casos de obesidade mórbida (como a paciente) e em casos de obesidade grau II.
b) As indicações de tratamento farmacológico do excesso de peso são: sobrepeso com comorbidades e obesos que não perderam peso com dieta e atividade física.
c) Para essa paciente, pelo fato de ser diabética, a melhor cirurgia bariátrica a ser realizada seria a de Capella, pois reduz os níveis circulantes de grelina (orexígeno) e aumenta os níveis de GLP-1 (um tipo de incretina: reduz ingesta alimentar e estimula a síntese de insulina).
d) São exemplos de técnicas puramente restritivas de cirurgia bariátrica: Scopinaro, banda gástrica ajustável e balão intragástrico.

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Questões resolvidas

Eduardo sempre alimentou seu sonho infantil de ser bombeiro. Hoje, prestes a entrar para o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, ficou chocado com os relatos de um colega aposentado, Jorimar, que, há algumas décadas, sofreu queimaduras em todo o corpo durante o socorro prestado às vítimas do incêndio de um circo em Niterói. De acordo com seus conhecimentos sobre queimaduras, assinale a afirmativa INCORRETA:
De acordo com seus conhecimentos sobre queimaduras, assinale a afirmativa INCORRETA:
a) As queimaduras podem ser classificadas de acordo com o grau de acometimento ao longo das camadas teciduais. Desta forma, as de primeiro grau são restritas à epiderme e se apresentam como vermelhidão cutânea, enquanto as de segundo grau atingem a derme e cursam com flictenas, as de terceiro grau atingem toda a derme e parte do tecido subcutâneo, destruindo as terminações nervosas e, por isso, causando intensa dor e as de quarto grau – típicas das queimaduras elétricas – atingem até músculos e ossos.
b) As queimaduras funcionam, de certa forma, como um trauma, havendo liberação importante de citocinas que aumentam a permeabilidade capilar e levam ao choque hipovolêmico, de modo que a ressuscitação volêmica é imprescindível, deve ser sempre feita com cristaloides e ter sua resposta avaliada pela diurese do paciente.
c) As indicações formais para internação do paciente em centro de tratamento de queimados são: queimaduras de terceiro grau, queimaduras de segundo graus com SCQ > 10%, queimaduras envolvendo face, mãos, pés, genitália, períneo, ou articulações, queimaduras elétricas, químicas e circunferenciais, lesões por inalação.
d) As lesões por inalação de fumaça podem causar intoxicação por monóxido de carbono e são mais prováveis em ambientes fechados, devendo ser suspeitadas em casos de chamuscamento de vibrissas nasais e escarro carbonáceo.

Você recebe, durante plantão na emergência, Priscila, vendedora de uma loja de fogos de artifício que ficou totalmente destruída após incêndio acidental. Com relação às queimaduras, afirma-se:
Está(ão) CORRETA(S) somente a(s) afirmativa(s):
I. A paciente deve ser abordada como uma politraumatizada, de modo que devemos seguir o atendimento sistematizado do ABCDE, dando atenção inicial à perviedade das vias aéreas e à ventilação do paciente.
II. Tardiamente, pode surgir uma neoplasia maligna na região queimada, chamada úlcera de Curling.
III. A hidratação venosa da paciente é parte fundamental do tratamento da mesma e o volume a ser infundido pode ser calculado, por exemplo, pelas fórmulas de Parkland e de Brooke modificada, que determinam a infusão de metade do volume total calculado nas primeiras quatro horas.
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) I, II e III.

Rodrigo, um paciente de 32 anos, refere dor lombar à direita de início há três horas com irradiação para bolsa escrotal direita associada à náusea e aos vômitos, além de sinal de Giordano presente. Foi realizado um RX simples de abdome que evidenciou uma imagem radiopaca arredondada de cerca de 1,6 cm em topografia de pelve renal direita. Sobre esse caso, assinale a afirmativa INCORRETA:
Sobre esse caso, assinale a afirmativa INCORRETA:
a) Podemos afirmar, com segurança, que a maior probabilidade é que esse cálculo renal seja de oxalato de cálcio e podemos afirmar que não se trata de um cálculo de ácido úrico puro.
b) Por se tratar de um cálculo proximal, com tamanho inferior a 2 cm, a melhor modalidade de intervenção urológica é a nefrolitotomia percutânea.
c) Se o paciente apresentasse uma pielonefrite obstruída ou fosse portador de rim único com uma via urinária completamente obstruída, estaria configurado um quadro de nefrolitíase complicada e obrigatoriamente a primeira conduta seria a desobstrução da via urinária (com cateter duplo J ou nefrostomia percutânea).
d) Cálculos desse tamanho sempre merecem intervenção urológica.

Suely é portadora de nefrolitíase de repetição e ouviu de sua amiga Ana Lúcia, em acompanhamento regular no ambulatório de nefrologia pela mesma patologia que, para evitar novos episódios de nefrolitíase sintomática, é necessário descobrir a composição do cálculo e o fator predisponente para sua formação. Com relação à doença litiásica renal, marque, mais uma vez, a alternativa INCORRETA:
Com relação à doença litiásica renal, marque, mais uma vez, a alternativa INCORRETA:
a) A hipercalciúria idiopática é o principal fator predisponente à ocorrência de cálculos de sais de cálcio, devendo ser prevenida com ingestão voluntariosa de água, diuréticos tiazídicos e restrição de cálcio na dieta.
b) Os cálculos de ácido úrico e de cistina surgem num contexto de uma urina com pH mais ácido, de modo que a alcalinização da urina (por exemplo, com uso de citrato de potássio) pode prevenir a recorrência destes tipos de cálculo.
c) O cálculo de estruvita é o segundo cálculo mais comum e marca uma evidência presuntiva de ITU, já que o seu grande fator precipitante é a infecção urinária por bactérias produtoras de urease, enzima que converte ureia em amônia.

Sobre o screening de câncer da próstata, assinale a alternativa CORRETA:
Qual das alternativas abaixo é CORRETA?
a) Os testes de rastreio para câncer de próstata, em última análise, servem para apontar o paciente que, por ter alteração ao toque retal ou elevação do PSA, deve ser submetido à biópsia prostática.
b) Um toque retal suspeito, ou seja, com nodulações ou áreas mais endurecidas, direcionam o paciente para biópsia prostática apenas em caso de PSA sérico > 4 ng/ml.
c) As estratégias denominadas de "refinamentos do PSA" são usadas para aumentar a acurácia do exame, devendo sempre ser avaliadas quando PSA > 10 ng/ml.
d) Se o paciente apresentar PSA < 2,5 ng/ml, independentemente do toque retal, seu rastreio para o câncer de próstata é considerado normal e ele deve ser liberado com a recomendação de um novo rastreio em um ano.

Com relação aos tumores urológicos, assinale a alternativa INCORRETA:
Qual das alternativas abaixo é INCORRETA?
a) A presença de hematúria macroscópica indolor num homem fumante de meia-idade nos faz obrigatoriamente pensar em neoplasia maligna da bexiga, cujo tratamento pode ser feito com ressecção via cistoscópica + BCG intravesical (se não invadir muscular), cistectomia radical (se houver invasão local importante) com reconstrução do trato urinário com neobexiga com Bricker (ureteroileostomia cutânea) ou QT na doença disseminada.
b) Na percepção de uma massa abdominal em crianças, o grande diagnóstico diferencial que se impõe é entre tumor de Wilms e neuroblastoma, de forma que o 1º respeita a linha média e não debilita tanto o paciente, enquanto o 2º atravessa a linha média e deixa a criança em pior estado geral.
c) O principal sítio de metástase no Ca de próstata é o osso, no qual produz uma lesão lítica.
d) A tríade clássica do tumor renal inclui hematúria, dor no flanco e massa abdominal, de modo que o tratamento é a nefrectomia radical e a invasão vascular não indica intratabilidade.

O tumor de Wilms é o segundo tumor sólido mais comum da infância e está associado a síndromes genéticas como WARG, Dennys-Drash e Beckwith-Wiedemann.
Qual é a principal característica do tumor de Wilms?

Roberta tem 28 anos e sofre de constipação crônica, chegando a ficar dez dias sem evacuar. Na última semana, refere ter realizado um forte esforço durante a evacuação que ocorreu num contexto de intensa dor e exteriorização de sangramento vermelho 'vivo'. Temendo tratar-se de doença hemorroidária, a paciente procurou um proctologista, que diagnosticou a presença de uma fissura anal posterior. Com relação aos diferentes espectros da doença perianal, marque a alternativa INCORRETA:
Com relação aos diferentes espectros da doença perianal, marque a alternativa INCORRETA:
a) As hemorroidas são divididas em internas e externas de acordo com a sua localização em relação à linha pectínea e suas manifestações clínicas clássicas são sangramento vivo, prolapso (usado para classificar as hemorroidas internas) e dor (clássica da hemorroida externa).
b) A fissura anal configura uma das causas de sangramento retal e é dividida, por sua duração, entre aguda e crônica, de forma que a grande razão para sua cronificação é a dor do paciente que aumenta o tônus esfincteriano e isquemia a região da fissura.
c) Os abscessos anais são formados a partir da infecção criptoglandular, são classificados de acordo com sua localização e devem ser suspeitados em casos de dor perianal que curse com febre e descarga anal purulenta.
d) A regra de Goodsall-Salmon é utilizada para classificação da fissura anal de acordo com a sua localização.
R. Letra D.

Paula, de 68 anos, é hipertensa, diabética, dislipidêmica e com queixa de dor em ambas as panturrilhas ao caminhar 200 metros que melhora com a interrupção da caminhada. Ligou para seu médico assistente referindo início súbito de dor precordial com irradiação para o dorso há quinze minutos. Diante da suspeita diagnóstica, foi orientada a procurar rapidamente a emergência hospitalar, onde chegou em vinte minutos e foram verificados sopro carotídeo à esquerda, sopro diastólico +4/+6 em foco aórtico acessório e supradesnivelamento do segmento ST de V1 – V6, D1 e aVL no ECG. Sobre esse caso, assinale a afirmativa INCORRETA:
Sobre esse caso, assinale a afirmativa INCORRETA:
a) O aspecto da dor nos membros inferiores configura a claudicação intermitente, que é a manifestação clínica clássica da doença vascular periférica crônica, em virtude da qual a paciente é classificada, a princípio, como Fontaine II, e deve ser tratada com programação de exercício físico, antiagregrante, vasodilatador.
b) A paciente apresenta um sopro de insuficiência aórtica.
c) A paciente é portadora de múltiplos fatores de risco para coronariopatia e hoje apresenta um quadro típico de IAM com supra de ST, havendo indicação, pelo tempo decorrido do início dos sintomas, do uso de trombolítico.
d) A paciente deve ser tratada com controle do duplo produto (pressão arterial e frequência cardíaca) e submetida a procedimento cirúrgico resolutivo.
R. Letra C.

Samantha tem 45 anos, 1,50 m de altura, 90 kg e um desejo de emagrecer que já dura 15 anos. É hipertensa e diabética, alterações clínicas que só apareceram após o surgimento da obesidade. Refere ter feito dieta e atividade física, sem sucesso na perda de peso. Afirma que já tentou diferentes abordagens farmacológicas, todas também sem sucesso na perda ponderal.
Com relação à abordagem da obesidade, aponte a afirmativa INCORRETA:
a) Essa paciente possui um IMC de 40, de modo que pode ser submetida à cirurgia bariátrica, uma vez que esta encontra-se indicada em casos de obesidade mórbida (como a paciente) e em casos de obesidade grau II.
b) As indicações de tratamento farmacológico do excesso de peso são: sobrepeso com comorbidades e obesos que não perderam peso com dieta e atividade física.
c) Para essa paciente, pelo fato de ser diabética, a melhor cirurgia bariátrica a ser realizada seria a de Capella, pois reduz os níveis circulantes de grelina (orexígeno) e aumenta os níveis de GLP-1 (um tipo de incretina: reduz ingesta alimentar e estimula a síntese de insulina).
d) São exemplos de técnicas puramente restritivas de cirurgia bariátrica: Scopinaro, banda gástrica ajustável e balão intragástrico.

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<p>https://medvideos.tech</p><p>SEÇÃO V</p><p>QUEIMADURAS, LESÕES POR</p><p>FRIO E SÍNDROMES</p><p>COMPARTI MENTAIS</p><p>Questões Modelo</p><p>1 – Eduardo sempre alimentou seu sonho infantil de</p><p>ser bombeiro. Hoje, prestes a entrar para o Corpo de</p><p>Bombeiros do Rio de Janeiro, ficou chocado com os</p><p>relatos de um colega aposentado, Jorimar, que, há</p><p>algumas décadas, sofreu queimaduras em todo o corpo</p><p>durante o socorro prestado às vítimas do incêndio de</p><p>um circo em Niterói. De acordo com seus</p><p>conhecimentos sobre queimaduras, assinale a</p><p>afirmativa INCORRETA:</p><p>a) As queimaduras podem ser classificadas de acordo</p><p>com o grau de acometimento ao longo das camadas</p><p>teciduais. Desta forma, as de primeiro grau são</p><p>restritas à epiderme e se apresentam como</p><p>vermelhidão cutânea, enquanto as de segundo grau</p><p>atingem a derme e cursam com flictenas, as de terceiro</p><p>grau atingem toda a derme e parte do tecido</p><p>subcutâneo, destruindo as terminações nervosas e, por</p><p>isso, causando intensa dor e as de quarto grau –</p><p>típicas das queimaduras elétricas – atingem até</p><p>músculos e ossos.</p><p>b) As queimaduras funcionam, de certa forma, como um</p><p>trauma, havendo liberação importante de citocinas</p><p>que aumentam a permeabilidade capilar e levam ao</p><p>choque hipovolêmico, de modo que a ressuscitação</p><p>volêmica é imprescindível, deve ser sempre feita com</p><p>cristaloides e ter sua resposta avaliada pela diurese do</p><p>paciente.</p><p>c) As indicações formais para internação do paciente em</p><p>centro de tratamento de queimados são: queimaduras</p><p>de terceiro grau, queimaduras de segundo graus com</p><p>SCQ > 10%, queimaduras envolvendo face, mãos, pés,</p><p>genitália, períneo, ou articulações, queimaduras</p><p>elétricas, químicas e circunferenciais, lesões por</p><p>inalação.</p><p>d) As lesões por inalação de fumaça podem causar</p><p>intoxicação por monóxido de carbono e são mais</p><p>prováveis em ambientes fechados, devendo ser</p><p>suspeitadas em casos de chamuscamento de vibrissas</p><p>nasais e escarro carbonáceo.</p><p>R. Letra A</p><p>2 – Você recebe, durante plantão na emergência,</p><p>Priscila, vendedora de uma loja de fogos de artifício que</p><p>ficou totalmente destruída após incêndio acidental.</p><p>Com relação às queimaduras, afirma-se:</p><p>https://medvideos.tech</p><p>I. A paciente deve ser abordada como uma</p><p>politraumatizada, de modo que devemos seguir o</p><p>atendimento sistematizado do ABCDE, dando atenção</p><p>inicial à perviedade das vias aéreas e à ventilação do</p><p>paciente.</p><p>II. Tardiamente, pode surgir uma neoplasia maligna na</p><p>região queimada, chamada úlcera de Curling.</p><p>III. A hidratação venosa da paciente é parte</p><p>fundamental do tratamento da mesma e o volume a ser</p><p>infundido pode ser calculado, por exemplo, pelas</p><p>fórmulas de Parkland e de Brooke modificada, que</p><p>determinam a infusão de metade do volume total</p><p>calculado nas primeiras quatro horas.</p><p>Está(ão) CORRETA(S) somente a(s) afirmativa(s):</p><p>a) I.</p><p>b) II.</p><p>c) III.</p><p>d) I e III.</p><p>e) I, II e III.</p><p>R. Letra A.</p><p>I. CLASSIFICAÇÃO E ABORDAGEM</p><p>QUEIMADURAS</p><p>CLASSIFICAÇÃO</p><p>Graus Caracterís ticas</p><p>1º GRAU Limitada à epiderme: eritema.</p><p>O grande exemplo é a queima dura</p><p>solar.</p><p>ATENÇÃO: as queima duras de primeiro</p><p>grau não entram no cálculo da SCQ.</p><p>2º GRAU Atinge a derme: superfície rosada com</p><p>bolhas (flictenas) + dor (requer</p><p>analgesia venosa). Podem ser</p><p>superficiais ou profundas.</p><p>Superficial: eritema tosa, dolorosa,</p><p>geral mente com bolhas, empali dece à</p><p>compre ssão. Atinge a derme superfi cial</p><p>(papila dérmica).</p><p>Profunda: maior palidez, eventual‐</p><p>mente possui aspecto mosqueado,</p><p>dolo rosa, não empali dece a</p><p>compressão. Atinge a derme profun da</p><p>(derme reticular).</p><p>3º GRAU Toda a derme e parte do subcutâneo:</p><p>área pálida, sem dor.</p><p>4º GRAU Atinge músculo e osso: queimadura</p><p>elétrica → risco de rabdo miólise, IRA,</p><p>síndrome comparti mental muscular e</p><p>arrit mias.</p><p>Fique atento, pois o ATLS define essa classificação de uma</p><p>maneira um pouco diferente. Vamos resumir agora o que diz</p><p>o ATLS.</p><p>SUPERFICIAL (1º grau): são caracterizadas por eritema, dor e</p><p>ausência de bolhas. Elas não determinam risco de morte e</p><p>geralmente não necessitam de reposição intravenosa de</p><p>fluidos. O exemplo clássico é a queimadura solar.</p><p>ESPESSURA PARCIAL (2º grau): o ATLS também diferencia em</p><p>espessura parcial superficial ou profunda. As definições se</p><p>assemelham com as de 2º grau superficial e profunda.</p><p>ESPESSURA TOTAL (3º e 4º graus): costumam ser escuras e</p><p>ter aparência de couro. Ou, também, a pele pode se</p><p>apresentar translúcida, mosqueada ou esbranquiçada, com</p><p>aspecto de cera. O curioso, é que a superfície é indolor.</p><p>Cuidados com a queimadura</p><p>> 1º grau – AINE.</p><p>> 2º grau superficial – desbridamento + curativo (com</p><p>antibiótico tópico, biológico ou sintético).</p><p>> 2º grau profunda ou 3o grau ou 4o grau – desbridamento</p><p>+ excisão de áreas necróticas. Necessitam de enxertia.</p><p>Curativo</p><p>Pomadas Soluções</p><p>> Uso mais comum.</p><p>> Aplicadas direta mente na</p><p>ferida durante a troca de</p><p>cura tivos.</p><p>> Pode ocorrer inativa ção do</p><p>fármaco ao longo do dia.</p><p>> Pode lesar pele saudável</p><p>ao redor da lesão.</p><p>> Aplicadas sobre a gaze</p><p>que recobre a ferida.</p><p>> Reaplica ção sem que o</p><p>cura tivo seja trocado.</p><p>> Pode gerar desbrida‐</p><p>mento físico não desejado.</p><p>Sulfadia zina de prata</p><p>Amplo espectro antimicro‐</p><p>biano; não causa dor à</p><p>aplica ção; não penetra na</p><p>escara; pode provocar</p><p>discreta inibição da</p><p>epitelização.</p><p>Nitrato de prata 0,5%</p><p>Amplo espectro antimicro‐</p><p>biano; não causa dor à</p><p>aplicação; não penetra na</p><p>escara; colate rais: altera ções</p><p>eletrolíticas, meta-</p><p>hemoglobine mia, manchas</p><p>enegrecidas na pele.</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Acetato de mafenida</p><p>Amplo espectro antimicro‐</p><p>biano; causa dor à aplicação;</p><p>penetra na escara; pode</p><p>provocar discreta inibição da</p><p>epitelização; aplica ção em</p><p>áreas extensas pode</p><p>provocar acidose metabó lica</p><p>por inibir a anidrase</p><p>carbônica. Ideal para</p><p>pequenas áreas de queima‐</p><p>dura de terceiro grau.</p><p>Acetato de mafenida 5%</p><p>Mesmas características que a</p><p>pomada.</p><p>Bacitracina, neomicina e</p><p>polimixina B</p><p>Fácil de aplicar; indolor;</p><p>espectro antimicro biano não</p><p>tão amplo quanto dos acima.</p><p>Como são pratica mente</p><p>transparentes, permitem</p><p>visualiza ção da ferida após a</p><p>aplicação. Ideais para</p><p>queimaduras faciais,</p><p>enxertos, regiões doadoras</p><p>de pele e pequenas queima‐</p><p>duras de segundo grau.</p><p>Hipoclorito de sódio</p><p>0,025% (solução de Dakin)</p><p>Inibe o cresci mento de maior</p><p>parte dos microorga nismos,</p><p>sobretudo Gram-positivos.</p><p>Inibe a epiteliza ção da ferida.</p><p>Administração constante</p><p>pela rápida inativação.</p><p>Nistatina</p><p>Inibe cresci mento fúngico;</p><p>não pode ser usado com a</p><p>mafenida (inativação</p><p>mútua).</p><p>Ácido acético 0,25%</p><p>Inibe o cresci mento de maior</p><p>parte dos microorga nismos,</p><p>principal mente</p><p>Pseudomonas. Inibe a</p><p>epiteliza ção da ferida.</p><p>Administra ção constante</p><p>pela rápida inativa ção.</p><p>Mupirocina</p><p>Cobertura eficaz contra</p><p>estafilococos; caro, não inibe</p><p>a epitelização.</p><p>Atendimento Inicial</p><p>Grande queimado = ABCDE do trauma.</p><p>Cálculo da Superfície Corporal Queimada (SCQ)</p><p>Método de Wallace (regra dos nove).</p><p>Regra da palma da mão (mão do paciente aberta com dedos</p><p>estendidos equivale a 1% de SCQ).</p><p>Diagrama de Lund & Browder (melhor método para</p><p>crianças).</p><p>Ressuscitação Volêmica (crucial no tratamento:</p><p>citocinas aumentam a permeabilidade vascular,</p><p>levando ao choque hipovolêmico)</p><p>Sempre com cristaloide</p><p>(Ringer lactato) nas primeiras</p><p>24h.</p><p>(Leia com atenção o quadro</p><p>sobre reposição volêmica no</p><p>paciente queimado que você</p><p>vai encontrar logo abaixo...)</p><p>Parkland (ml): 4 x PESO x %</p><p>SCQ (1/2 do volume total</p><p>deve ser infundida nas</p><p>primeiras 8h e o restante nas</p><p>próximas 16h).</p><p>> Fórmulas estimam sempre</p><p>um valor inicial, podendo</p><p>ser corrigido de acordo</p><p>com a monito rização.</p><p>Brooke modificada (ml): 2 x</p><p>PESO x % SCQ (1/2 do</p><p>volume total deve ser</p><p>infundida nas primeiras 8h).</p><p>Avaliação da ressuscitação: diurese por cateter vesical.</p><p>Adultos – 0,5 ml/kg/h.</p><p>Crianças menores que 30 kg – 1 ml/kg/h.</p><p>Queimaduras elétricas/rabdomiólise – 2 ml/kg/h ou pelo</p><p>menos 100 ml/h.</p><p>Indicações de CTQ (internação)</p><p>Todas de terceiro grau.</p><p>Segundo grau com SCQ > 10%.</p><p>Queimaduras envolvendo face, mãos, pés, genitália, períneo</p><p>ou articulações.</p><p>Queimaduras elétricas, químicas e circunferenciais.</p><p>Lesões</p><p>também podem ser</p><p>encontrados).</p><p>> Cardiológicas: IC de alto débito, calcificação e estenose</p><p>de valva aórtica e alterações na condutibilidade cardíaca.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>Elevação de marcadores de formação óssea ( fosfatase</p><p>alcalina ) e de reabsorção ( hidroxiprolina urinária ).</p><p>CÁLCIO sérico NORMAL.</p><p>Sempre pensar num paciente mais velho com elevação da</p><p>fosfatase alcalina, mas sem doença colestática!!!</p><p>TRATAMENTO</p><p>Indicado principalmente nos sintomáticos: bisfosfonatos e</p><p>calcitonina.</p><p>O resultado do tratamento pode ser verificado por uma</p><p>queda nos níveis da fosfatase alcalina.</p><p>PRINCIPAIS LUXAÇÕES E LESÕES</p><p>LIGAMENTARES</p><p>https://medvideos.tech</p><p>https://medvideos.tech</p><p>https://medvideos.tech</p><p>3 - CONDIÇÕES ORTOPÉDICAS</p><p>INFLAMATÓRIAS</p><p>Posição da bursa subacromial.</p><p>Teste do impacto de Neer.</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Teste do impacto de Hawkins.</p><p>Teste de Jobe.</p><p>Teste de Patte.</p><p>Compartimentos do retináculo dos extensores</p><p>I: Abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar (teste de</p><p>De Quervain).</p><p>II: extensores radiais do carpo (longo e curto).</p><p>III: extensor longo do polegar.</p><p>IV: extensor dos dedos.</p><p>V: extensor do dedo mínimo.</p><p>Teste de Finkelstein.</p><p>https://medvideos.tech</p><p>por inalação.</p><p>Queimaduras em pacientes com comorbidades que podem</p><p>se agravar em decorrência do trauma.</p><p>Qualquer paciente com queimaduras e traumas</p><p>concomitantes, como fraturas, nos quais a queimadura</p><p>represente o maior risco de morbidade e mortalidade.</p><p>Quando o trauma é mais importante, o paciente deve ser</p><p>estabilizado antes da transferência para um centro</p><p>especializado em queimaduras.</p><p>Crianças queimadas em hospitais sem pessoal qualificado ou</p><p>equipamentos inadequados.</p><p>Lesões de queimaduras em pacientes que necessitarão</p><p>intervenção especial: social, emocional ou de reabilitação.</p><p>Complicações</p><p>Infecção: local ( pseudomonas, candida) ou à distância</p><p>(pneumonia).</p><p>Restrição torácica e isquemia de membros em queimaduras</p><p>superficiais: fazer escarotomia.</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Neoplasia maligna na área queimada: úlcera de Marjolin.</p><p>Tétano: profilaxia.</p><p>Regra dos 9 (Método De Wallace) queimaduras.</p><p>E tudo vinha muito bem, a FÓRMULA DE PARKLAND</p><p>difusamente utilizada, até que a última edição do ATLS (10ª</p><p>edição) questiona o seu uso e afirma que de acordo com as</p><p>diretrizes do American Burn Life Support a melhor maneira</p><p>de se repor volume com RINGER LACTATO seria através da</p><p>seguinte fórmula: 2 x peso (kg) x SCQ e que este valor</p><p>deveria ser feito nas primeiras 24 horas, sendo que a metade</p><p>nas primeiras 8 horas e o restante nas 16 horas</p><p>subsequentes. Veja a tabela proposta pelo ATLS em relação a</p><p>proposta de reposição inicial e o débito urinário desejado.</p><p>DIAGRAMA DE LUND & BROWDER (fórmula</p><p>de Berkow adaptada)</p><p>LESÃO POR INALAÇÃO DE FUMAÇA</p><p>https://medvideos.tech</p><p>A: pele normal;</p><p>B: esquema representativo das camadas da pele, relacionando-as</p><p>às queimaduras.</p><p>Queimadura de primeiro grau: observe o eritema da epiderme. A</p><p>derme é poupada aqui.</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Queimadura de segundo grau: comprometi mento da derme com</p><p>formação de bolhas.</p><p>Queimadura de terceiro grau: comprometi mento de toda a derme</p><p>e parte do subcutâneo também.</p><p>Queimaduras de quarto grau: atinge músculo e osso.</p><p>LESÕES POR FRIO</p><p>São três os tipos:</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Crestadura ou frostnip: é a forma mais leve de lesão pelo</p><p>frio. Caracterizada por dor, palidez e diminuição da</p><p>sensibilidade local. Ela é facilmente revertida com o</p><p>aquecimento e não resulta em perdas teciduais.</p><p>Congelamento: aqui temos a formação de cristais de gelo</p><p>dentro das células e oclusão da microvascularização, que</p><p>leva à isquemia tecidual. De forma semelhante às</p><p>queimaduras com calor, podemos dividir o congelamento</p><p>em diversos graus:</p><p>> Primeiro grau: hiperemia e edema sem necrose da pele;</p><p>> Segundo grau: formação de vesículas e necrose de</p><p>espessura parcial da pele;</p><p>> Terceiro grau: necrose da espessura total da pele e do</p><p>tecido subcutâneo. Também ocorre a formação de</p><p>vesículas com o conteúdo hemorrágico;</p><p>> Quarto grau: necrose da espessura total da pele, necrose</p><p>muscular e óssea, com gangrena.</p><p>Lesão não congelante: o interessante aqui é que estas lesões</p><p>são características de soldados, marinheiros ou pescadores.</p><p>Neste caso, temos lesões nas mãos ou pés, resultantes de</p><p>uma exposição crônica a um ambiente úmido e a</p><p>temperaturas pouco acima do ponto de congelamento.</p><p>SÍNDROMES COMPARTIMENTAIS</p><p>Síndrome Compartimental</p><p>(aumento pressórico em um compartimento</p><p>fechado)</p><p>Conteúdo dos Compartimentos</p><p>Musculares dos Membros Inferiores</p><p>Síndrome Compartimental Abdominal</p><p>DEFINIÇÕES</p><p>Pressão Intra-Abdominal (PIA) normal = 5-7 mmHg.</p><p>Hipertensão Intra-Abdominal (HIA) = PIA ≥ 12 mmHg.</p><p>Síndrome Compartimental Abdominal (SCA) = aumento da</p><p>PIA > 20 mmHg + nova disfunção ou falência orgânica.</p><p>REPERCUSSÕES SISTÊMICAS</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>Aferição da PIA através da pressão intravesical em pelo</p><p>menos três ocasiões diferentes, distando entre si 4-6 horas.</p><p>TRATAMENTO</p><p>Se HIA grau III: medidas conservadoras inicialmente.</p><p>Se HIA grau IV ou grau III refratária: cirurgia</p><p>descompressiva.</p><p>https://medvideos.tech</p><p>SEÇÃO VI</p><p>ESPECIALI DADES CIRÚRGICAS</p><p>I. UROLOGIA</p><p>1. NEFROLITÍASE</p><p>Aspecto final da fasciotomia.</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Questões Modelo</p><p>1 – Rodrigo, um paciente de 32 anos, refere dor lombar</p><p>à direita de início há três horas com irradiação para</p><p>bolsa escrotal direita associada à náusea e aos vômitos,</p><p>além de sinal de Giordano presente. Foi realizado um</p><p>RX simples de abdome que evidenciou uma imagem</p><p>radiopaca arredondada de cerca de 1,6 cm em</p><p>topografia de pelve renal direita. Sobre esse caso,</p><p>assinale a afirmativa INCORRETA:</p><p>a) Podemos afirmar, com segurança, que a maior</p><p>probabilidade é que esse cálculo renal seja de oxalato</p><p>de cálcio e podemos afirmar que não se trata de um</p><p>cálculo de ácido úrico puro.</p><p>b) Por se tratar de um cálculo proximal, com tamanho</p><p>inferior a 2 cm, a melhor modalidade de intervenção</p><p>urológica é a nefrolitotomia percutânea.</p><p>c) Se o paciente apresentasse uma pielonefrite obstruída</p><p>ou fosse portador de rim único com uma via urinária</p><p>completamente obstruída, estaria configurado um</p><p>quadro de nefrolitíase complicada e obrigatoriamente</p><p>a primeira conduta seria a desobstrução da via urinária</p><p>(com cateter duplo J ou nefrostomia percutânea).</p><p>d) Cálculos desse tamanho sempre merecem intervenção</p><p>urológica.</p><p>R. Letra B.</p><p>2 – Suely é portadora de nefrolitíase de repetição e</p><p>ouviu de sua amiga Ana Lúcia, em acompanhamento</p><p>regular no ambulatório de nefrologia pela mesma</p><p>patologia que, para evitar novos episódios de</p><p>nefrolitíase sintomática, é necessário descobrir a</p><p>composição do cálculo e o fator predisponente para sua</p><p>formação. Com relação à doença litiásica renal,</p><p>marque, mais uma vez, a alternativa INCORRETA:</p><p>a) A hipercalciúria idiopática é o principal fator</p><p>predisponente à ocorrência de cálculos de sais de</p><p>cálcio, devendo ser prevenida com ingestão</p><p>voluntariosa de água, diuréticos tiazídicos e restrição</p><p>de cálcio na dieta.</p><p>b) Os cálculos de ácido úrico e de cistina surgem num</p><p>contexto de uma urina com pH mais ácido, de modo</p><p>que a alcalinização da urina (por exemplo, com uso de</p><p>citrato de potássio) pode prevenir a recorrência destes</p><p>tipos de cálculo.</p><p>c) O cálculo de estruvita é o segundo cálculo mais comum</p><p>e marca uma evidência presuntiva de ITU, já que o seu</p><p>grande fator precipitante é a infecção urinária por</p><p>bactérias produtoras de urease, enzima que converte</p><p>ureia em amônia, deixando o pH urinário alcalino –</p><p>propício à combinação entre fosfato, amônio e</p><p>magnésio.</p><p>d) O cálculo de estruvita pode crescer a ponto de ocupar</p><p>toda a pelve renal, recebendo o nome de cálculo</p><p>coraliforme.</p><p>R. Letra A.</p><p>Vejamos a frequência relativa dos cálculos urinários:</p><p>Morfologia dos</p><p>cristais urinários</p><p>Principais Fatores de</p><p>Risco para Nefrolitíase:</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Observações:</p><p>> A nefrolitíase é até três vezes mais frequente em homens</p><p>do que em mulheres. Tem seu pico de acometimento na</p><p>4a e 6a décadas de vida, sendo que sua incidência começa</p><p>a se elevar a partir dos 30 anos. É incomum encontrar</p><p>indivíduos com litíase antes dos 20 anos de idade.</p><p>Estima-se que 12% dos homens e até 6% das mulheres</p><p>desenvolvam cálculo renal pelo menos uma vez na vida.</p><p>> A formação dos cálculos obedece à seguinte ordem: sais</p><p>insolúveis na urina → cristais → cálculos. Ou seja, nem</p><p>todo paciente com cristais no EAS (urina tipo I) tem cálculo</p><p>renal! Mas entenda que mesmo não sendo sinônimo de</p><p>nefrolitíase, a presença de cristais aumenta muito a</p><p>probabilidade de sua ocorrência...</p><p>> A maioria dos cálculos é pequena e assintomática. A</p><p>maioria dos sintomas se deve à obstrução. Ponto mais</p><p>comum de obstrução: junção ureteropélvica.</p><p>> Exame de escolha para o diagnóstico: TC sem contraste.</p><p>> Os cálculos de ácido úrico geralmente não aparecem no</p><p>RX simples, mas são vistos na US e na TC.</p><p>> O cálculo assintomático não deve ser abordado, exceto</p><p>se:</p><p>– For um cálculo coraliforme (cuja persistência leva à</p><p>degeneração do parênquima renal);</p><p>– Causar obstrução ureteral total em rim único, com</p><p>insuficiência renal;</p><p>– Estiver associado à pielonefrite não drenada.</p><p>LEMBRE-SE quanto menor o cálculo, maior o risco de</p><p>eliminação espontânea. O valor limite para a intervenção</p><p>não</p><p>é um consenso. De maneira geral usamos o valor de 7-</p><p>10 mm. O conceito é: < 5 mm apesentam alta probabilidade</p><p>de serem eliminados espontaneamente, enquanto aqueles</p><p>> 10 mm apresentam uma baixa probabilidade.</p><p>> Nefrolitíase complicada = obstrução urinária com</p><p>infecção ou insuficiência renal aguda... A primeira</p><p>conduta é DESOBSTRUIR A VIA URINÁRIA: nefrostomia</p><p>percutânea ou implante de cateter "Duplo J".</p><p>> Os antiespasmódicos não têm benefício comprovado na</p><p>cólica nefrética.</p><p>> Estudos recentes: bloqueadores alfa-1 (ex.: tamsulosina)</p><p>aumentam eliminação de cálculos. Usar durante quatro</p><p>semanas.</p><p>> A nefrolitotomia aberta atualmente é considerada medida</p><p>de exceção.</p><p>> Litotripsia = "pulverização" do cálculo. Pode ser por</p><p>ondas de choque, laser...</p><p>1. História pessoal de nefrolitíase;</p><p>2. História familiar de nefrolitíase;</p><p>3. Baixa ingesta hídrica;</p><p>4. Urina ácida (observada na resistência insulínica,</p><p>obesidade, diabetes mellitus tipo 2 e diarreia crônica);</p><p>5. História de gota;</p><p>6. Hipertensão arterial sistêmica;</p><p>7. Cirurgia bariátrica;</p><p>8. Uso prolongado de alguns medicamentos como indinavir</p><p>nos adultos e ceftriaxona em crianças;</p><p>9. Infecção urinária crônica ou recorrente.</p><p>https://medvideos.tech</p><p>2. TUMORES UROLÓGICOS</p><p>Questões Modelo</p><p>3 – Reinaldo, 54 anos, deseja realizar screening de</p><p>câncer da próstata. Sobre esse tema, assinale a</p><p>alternativa CORRETA:</p><p>a) Os testes de rastreio para câncer de próstata, em</p><p>última análise, servem para apontar o paciente que,</p><p>por ter alteração ao toque retal ou elevação do PSA,</p><p>deve ser submetido à biópsia prostática.</p><p>b) Um toque retal suspeito, ou seja, com nodulações ou</p><p>áreas mais endurecidas, direcionam o paciente para</p><p>biópsia prostática apenas em caso de PSA sérico > 4</p><p>ng/ml.</p><p>c) As estratégias denominadas de "refinamentos do PSA"</p><p>são usadas para aumentar a acurácia do exame,</p><p>devendo sempre ser avaliadas quando PSA > 10 ng/ml.</p><p>d) Se o paciente apresentar PSA < 2,5 ng/ml,</p><p>independentemente do toque retal, seu rastreio para o</p><p>câncer de próstata é considerado normal e ele deve ser</p><p>liberado com a recomendação de um novo rastreio em</p><p>um ano.</p><p>R. Letra A.</p><p>4 – Com relação aos tumores urológicos, assinale a</p><p>alternativa INCORRETA:</p><p>a) A presença de hematúria macroscópica indolor num</p><p>homem fumante de meia-idade nos faz</p><p>obrigatoriamente pensar em neoplasia maligna da</p><p>bexiga, cujo tratamento pode ser feito com ressecção</p><p>via cistoscópica + BCG intravesical (se não invadir</p><p>muscular), cistectomia radical (se houver invasão</p><p>local importante) com reconstrução do trato urinário</p><p>com neobexiga com Bricker (ureteroileostomia</p><p>cutânea) ou QT na doença disseminada.</p><p>b) Na percepção de uma massa abdominal em crianças, o</p><p>grande diagnóstico diferencial que se impõe é entre</p><p>tumor de Wilms e neuroblastoma, de forma que o 1º</p><p>respeita a linha média e não debilita tanto o paciente,</p><p>enquanto o 2º atravessa a linha média e deixa a</p><p>criança em pior estado geral.</p><p>c) O principal sítio de metástase no Ca de próstata é o</p><p>osso, no qual produz uma lesão lítica.</p><p>d) A tríade clássica do tumor renal inclui hematúria, dor</p><p>no flanco e massa abdominal, de modo que o</p><p>tratamento é a nefrectomia radical e a invasão</p><p>vascular não indica intratabilidade.</p><p>R. Letra C.</p><p>Nefrolitotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO ou</p><p>LOCE).</p><p>Quadro 1: PREVEN ÇÃO DA RECIDIVA EM</p><p>"FORMADO RES DE CÁLCULO" – DESCO‐</p><p>BRINDO E TRATANDO O DISTÚRBIO</p><p>CRÔNICO SUBJA CENTE</p><p>PRINCIPAIS TUMORES UROLÓGICOS</p><p>CÂNCER</p><p>PRÓSTATA</p><p>https://medvideos.tech</p><p>EPIDE MIO LOGIA Neoplasia mais comum do homem.</p><p>Principais fatores de risco: idade</p><p>avançada, negros, história familiar +.</p><p>Fatores de risco prováveis: dieta rica em</p><p>produtos animais, pobre em vegetais.</p><p>Fatores de proteção prováveis: vit. E,</p><p>selênio, soja.</p><p>Possível fator de proteção: finasterida.</p><p>PATOLO GIA Maioria adenocar cinoma (> 95%)</p><p>multifocal na zona periférica.</p><p>Escore de Gleason (soma os dois</p><p>padrões histológi cos mais observa dos à</p><p>biópsia): varia de 2 (bem diferen ciado) a</p><p>10 (indiferenciado).</p><p>Sinal de maligni dade: invasão da</p><p>cápsula prostática ou perineuro.</p><p>Principal sítio de metástase: Osso!!!</p><p>Lesões BLÁSTICAS* (pelve, lombar,</p><p>fêmur).</p><p>*Lembrar: imagem "branca" no RX.</p><p>Metástases viscerais são raras. No</p><p>pulmão, pode ter aspecto seme lhante à</p><p>TB miliar.</p><p>CLÍNICA E</p><p>DIAGNÓS TICO</p><p>Maioria assintomática</p><p>(sintomas = doença avançada)... Logo,</p><p>SCREENING!!!</p><p>(PSA + toque retal – ambos se</p><p>complementam: lembrar que o MS não</p><p>indica o rastreio).</p><p>Quem? Mais comum em: pacientes</p><p>negros; história familiar +; > 45</p><p>anos.</p><p>Toque: se endurecido, irregular ou</p><p>nódulo = biópsia.</p><p>PSA (ng/ml):</p><p>Pacientes > 60 anos:</p><p>> PSA > 4 = biopsiar</p><p>> PSA 2,5-4 = refinamentos do PSA.</p><p>Pacientes < 60 anos: biopsiar se PSA ></p><p>2,5.</p><p>REFINAMENTOS DO PSA SUSPEITOS</p><p>1. Fração livre do PSA (diminui no</p><p>câncer): < 25%.</p><p>2. Densidade (útil quando há HPB</p><p>associada): PSA/peso da próstata ></p><p>0,15;</p><p>3. Velocidade de elevação > 0,75</p><p>ng/ml/ano (> 0,5-0,75 se PSA 2,6-4).</p><p>USG transretal: biópsia da lesão e mais</p><p>6-14 fragmentos = padrão-ouro para o</p><p>diagnóstico!!!</p><p>Atenção: algumas instituições como</p><p>INCA (Brasil) e MS (EUA) não</p><p>recomendam mais o screening , devido</p><p>ao caráter indolente da neoplasia, na</p><p>maioria dos casos.</p><p>https://medvideos.tech</p><p>ESTADIA MENTO Quanto maior o PSA, maior o risco de</p><p>doença disseminada!</p><p>TC: não vê bem extensão local, mas vê</p><p>bem linfonodos.</p><p>RM sonda endorretal: vê muito bem</p><p>extensão local e linfonodos.</p><p>Cintilo óssea: exame mais sensível para</p><p>metástases (positiva antes do RX) –</p><p>porém, confirmar achados com RX ou</p><p>TC.</p><p>Histopatológico: escore de Gleason: se</p><p>> 6 = pior prognóstico.</p><p>Cirurgia: melhor método de</p><p>estadiamento.</p><p>TNM:</p><p>Lesão impalpável: T1.</p><p>Palpável confinado: T2.</p><p>Extracapsular e/ou vesícula seminal: T3.</p><p>Outras estruturas: T4.</p><p>N1: linfonodo acometido.</p><p>M1: metastático.</p><p>Estágio III: tumores T3 (localmente</p><p>avançado).</p><p>Estágio IV: T4, N1 ou M1.</p><p>TRATA MENTO Doença localiza da:</p><p>1º passo é definir o risco:</p><p>- Baixo: PSA < 10, Gleason ≤ 6 e T1-T2a.</p><p>- Intermediário: PSA 10-20, Gleason 7</p><p>ou T2b-T2c.</p><p>- Alto: PSA > 20, Gleason > 8 ou T3-T4.</p><p>Risco baixo:</p><p>Sobrevida < 10 anos: observar;</p><p>Sobrevida > 10 anos: radioterapia (ou</p><p>braquiterapia) ou prostatectomia</p><p>radical.</p><p>Risco intermediá rio: prostatectomia</p><p>radical ou RT. Ao usar RT no risco</p><p>intermediário, as sociar bloqueio</p><p>hormonal durante 6 meses.</p><p>Risco alto: prosta tectomia radical ou</p><p>RT. Ao usar RT no risco alto, associar</p><p>bloqueio hormonal durante 3 anos.</p><p>Complicações:</p><p>CIRURGIA: disfunção erétil precoce</p><p>(quanto mais velho pior) e</p><p>incontinência urinária.</p><p>RADIOTERAPIA: disfunção erétil tardia</p><p>e lesão colorretal induzida por</p><p>radiação.</p><p>Doença metastática: bloqueio</p><p>hormonal</p><p>Opções de bloqueio hormonal:</p><p>1. Agonista GnRH (leuprolide,</p><p>goserelina) – mais usado;</p><p>2. Antagonista GnRH (degarelix);</p><p>3. Antagonista receptor androgênico</p><p>(ex.: bicalutamida, ciproterona);</p><p>4. Bloqueio adrenal = cetoconazol;</p><p>5. Orquiectomia cirúrgica (padrão-ouro,</p><p>mas ninguém quer).</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Casos que não respondem ao</p><p>bloqueio hormonal:</p><p>Quimioterapia = pouco eficaz.</p><p>Drogas novas – abiraterona,</p><p>imunoterapia...</p><p>LEMBRAR: bisfosfonatos nas</p><p>metástases ósseas!!!</p><p>Acompanhar com PSA após trata-</p><p>mento.</p><p>PRINCIPAIS TUMORES UROLÓGICOS</p><p>CÂNCER</p><p>Bexiga</p><p>EPIDE-</p><p>MIOLOGIA</p><p>Paciente típico: homem branco idoso</p><p>(idade média 70 anos).</p><p>Fatores de risco: tabagismo, abuso</p><p>de analgésicos, cálculo vesical,</p><p>radioterapia prévia, ciclofosfamida,</p><p>aminas aromáticas (tintas), dieta rica</p><p>em carnes defumadas, gorduras,</p><p>corantes.</p><p>Schistosoma haematobium (infecção</p><p>endêmica no Egito).</p><p>PATOLO GIA Carci noma papilar de células</p><p>transi cionais (> 90%). Maio ria</p><p>superfi cial (não invasiva).</p><p>Maior chance de inva são: tumor séssil</p><p>ou plano!!!</p><p>Muito sangra mento e recidiva após</p><p>exci são (80%).</p><p>CLÍNICA E</p><p>DIAGNÓS TICO</p><p>Hematúria macros cópica indolor.</p><p>Ex.: homem fumante > 40 anos,</p><p>pintor = cistoscopia + biópsia (esta</p><p>deve alcançar camada muscular, para</p><p>já dar o estadiamento local).</p><p>Cistos copia negativa = citologia</p><p>urinária (tumor em ureter/pelve</p><p>renal).</p><p>Todo paciente</p><p>acima de 40 anos com</p><p>hematúria deve ser investiga do para a</p><p>presença de câncer urotelial.</p><p>Cistoscopia positiva = fazer também,</p><p>SEMPRE, ultrassom ou urografia</p><p>excretora (pois pode haver lesão</p><p>sincrô nica alta).</p><p>ESTADIA-</p><p>MENTO</p><p>O fator mais importante é a profundi‐</p><p>dade da invasão tumoral. Atinge a</p><p>camada muscular?</p><p>Se atinge: T2 → investigar</p><p>disseminação (TC de abdome/pelve –</p><p>ver gordura perivesical) + RX de tórax</p><p>(metástases).</p><p>TRATA MENTO Doença superficial (não invade a</p><p>muscular): ressecção endoscópica!</p><p>Maioria dos pacientes recebe</p><p>tratamento adjuvante com BCG</p><p>intravesical durante 1-3 anos.</p><p>Doença invasiva (invasão da</p><p>muscular): QT neoadjuvante +</p><p>cistectomia radical ("arranca tudo":</p><p>próstata, útero etc.). Neobexiga com</p><p>segmento intestinal + QT adjuvante.</p><p>Seguimento: cistoscopia + citologia</p><p>urinária (+ TC se doença invasiva).</p><p>Doença metastática: quimioterapia</p><p>(boa sobrevida).</p><p>Pelve e Ureter</p><p>EPIDE-</p><p>MIOLOGIA</p><p>Raros. Geralmente homem > 60 anos.</p><p>Fatores de risco: tabagismo, abuso</p><p>de analgésicos, cafeína, cálculos,</p><p>infecção crônica, nefropatia dos</p><p>balcãs.</p><p>https://medvideos.tech</p><p>PATOLO GIA Carcinoma de células transicionais.</p><p>Predomina em terço inferior.</p><p>Com frequência associada ao tumor</p><p>de bexiga (40-50%).</p><p>Células do túbulo contorcido</p><p>proximal.</p><p>CLÍNICA E</p><p>DIAGNÓS TICO</p><p>Hematúria macros cópica indolor (+</p><p>cólica nefrética e massa abdominal).</p><p>1º exame: urografia excretora se</p><p>não eliminar o contras te (nefropatia</p><p>obstrutiva grave) = pielografia</p><p>retrógrada. Algumas referên cias já</p><p>indicam a URO-Tomografia.</p><p>2º exame (após lesão já evidenciada):</p><p>ureterorre noscopia + biópsia.</p><p>ESTADIA-</p><p>MENTO</p><p>Dissemina ção semelhante a do</p><p>câncer de bexiga...</p><p>TRATA MENTO Doença localizada: nefrouretere-</p><p>ctomia (leva um pedaço de bexiga</p><p>junto).</p><p>Doença disseminada: mesma QT do</p><p>Ca de bexiga (lembre-se: eles se</p><p>originam do mesmo epitélio,</p><p>portanto, comporta mento</p><p>semelhante).</p><p>RIM</p><p>EPIDE-</p><p>MIOLOGIA</p><p>Paciente típico: homem negro 50-60</p><p>anos.</p><p>Fatores de risco: tabagis mo,</p><p>obesidade, exposi ção ao cádmio,</p><p>gasolina e asbesto, além de doença</p><p>renal cística adquirida (diálise</p><p>crônica).</p><p>Associa ção com síndro mes genéticas:</p><p>Von-Hippel-Lindau (VHL), esclerose</p><p>tuberosa...</p><p>VHL: Ca renal, hemangio blastomas</p><p>(retina e SNC), feocromoci toma e</p><p>cistos benignos.</p><p>PATOLO GIA Carcinoma de células claras (> 80%).</p><p>Característica especial: trombos</p><p>tumorais que vão da veia renal até o</p><p>átrio direito!!!</p><p>Principal sítio de metástase: pulmão.</p><p>Qual é o tumor que mais manda</p><p>metástase para o rim? Pulmão...</p><p>Fístulas arteriovenosas no tumor =</p><p>ICC de alto débito.</p><p>Metástase para SNC: alto risco de</p><p>sangramento.</p><p>CLÍNICA E</p><p>DIAGNÓS TICO</p><p>Tríade clássica (SÓ 10%): hematúria,</p><p>massa abdominal, dor em flanco.</p><p>Complica ções do trombo: varico cele</p><p>esquerda, trombose veia renal, Budd-</p><p>Chiari, sopro cardíaco.</p><p>Síndromes paraneo plásicas:</p><p>1. Anemia de doença crônica (o tumor</p><p>tem atividade imunoinfla matória).</p><p>2. Policitemia (eritropoetina).</p><p>3. HAS (produção de renina ou</p><p>compressão/ renovas cular).</p><p>4. Febre de origem desconhecida</p><p>5. Síndorme de Stau�er (disfunção</p><p>hepática sem metástase).</p><p>6. Hipercalcemia PTH-like (mau</p><p>prognóstico).</p><p>1º exame: USG. Se massa ou cisto</p><p>complexo = TC com contraste (Ca</p><p>renal hiper vascularizado capta bem o</p><p>contraste). Qualquer massa renal é</p><p>maligna até prova em contrário.</p><p>https://medvideos.tech</p><p>ESTADIA-</p><p>MENTO</p><p>Mínimo: TC de tórax, abdome, pelve.</p><p>Cintilo: se sintomas ósseos.</p><p>RM crânio: se sintomas ou doença</p><p>M1.</p><p>RM: melhor exame para avaliar</p><p>trombo tumoral.</p><p>A invasão vascular (mesmo que</p><p>seja até o átrio) não indica</p><p>inopera bilidade!!!</p><p>Mas a invasão linfonodal acarreta</p><p>péssimo prognóstico!!!</p><p>T1 e T2: confinado ao rim</p><p>- T1: ≤ 7 cm</p><p>- T2: > 7 cm</p><p>T3: invade grandes vasos, cápsula ou</p><p>gordura.</p><p>T4: fáscia de Gerota ou adrenal.</p><p>TRATA MENTO Nefrec tomia radical em todos os</p><p>casos, exceto se doença metastática.</p><p>Pode ser parcial em casos selecionados</p><p>de tumores < 4 cm.</p><p>O trombo é tratado com trombec‐</p><p>tomia (se estiver acima das veias</p><p>supra-hepáticas a cirur gia é feita com</p><p>circulação extracorpórea) .</p><p>Hematúria grave = emboliza ção de</p><p>artéria renal.</p><p>Doença irresse cável ou metastá-</p><p>tica:</p><p>O tumor não é radio ou quimiossen‐</p><p>sível...</p><p>1. Pode haver benefício de nefrec-</p><p>tomia citorredutora.</p><p>2. Imunoterapia: interferon-alfa,</p><p>interleucina-2 (ainda pode CURAR</p><p>20%).</p><p>3. Terapia alvo-molecular:</p><p>sorafenib, sunitinib, tensirolimo,</p><p>everolimo, bevacizumab, pazopanib.</p><p>PRINCIPAIS TUMORES UROLÓGICOS</p><p>CÂNCER</p><p>Tumor de Wilms</p><p>EPIDE-</p><p>MIOLOGIA</p><p>2 o tumor sólido mais comum da</p><p>infância.</p><p>Associação com síndromes genéticas:</p><p>WARG, Dennys-Drash, Beckwith-</p><p>Wiedemann.</p><p>Maioria é CURÁVEL.</p><p>PATOLO GIA Diversidade patológica.</p><p>As formas mais agressivas são o</p><p>sarcoma de células claras e o tumor</p><p>rabdoide.</p><p>Tende a recidivar (mas ainda assim</p><p>pode ser curável).</p><p>CLÍNICA E</p><p>DIAGNÓS TICO</p><p>Massa ab dominal em crianças:</p><p>procure por HAS asso ciada</p><p>(compressão renovas cular).</p><p>Eventual mente hematúria e</p><p>trombose de veia renal...</p><p>Diferença com neuro blastoma: a</p><p>criança com tumor de Wilms está em</p><p>BOM ESTADO GERAL e a massa</p><p>respeita a linha média!!!</p><p>1º exame: USG.</p><p>Se massa ou cisto complexo = TC</p><p>com contraste (Tu. de Wilms</p><p>também é hiper vascularizado e capta</p><p>bem o contraste). Qualquer massa</p><p>renal é maligna até prova em</p><p>contrário.</p><p>ESTADIA-</p><p>MENTO</p><p>E I: limitado ao rim.</p><p>E II: invasão local.</p><p>E III: dissemina ção não hemato gênica</p><p>regional.</p><p>E IV: disseminação hematogênica à</p><p>distância.</p><p>E V: envolvimento bilateral ao</p><p>diagnóstico.</p><p>https://medvideos.tech</p><p>3. OUTRAS PATOLOGIAS</p><p>UROLÓGICAS</p><p>3.1. OBSTRUÇÃO URINÁRIA</p><p>TRATA MENTO Nefrec tomia radical em todos os</p><p>casos, exceto se doença metastá tica.</p><p>Doença muito volumosa =</p><p>radio/quimio terapia NEOAD JUVANTE</p><p>(antes de operar).</p><p>RT/QT adjuvante (após operar), de</p><p>acordo com tipo histoló gico.</p><p>Doença metastática recebe</p><p>radio/quimiote rapia apenas.</p><p>TESTÍCULO (CÉLULAS GERMINATIVAS)</p><p>EPIDE-</p><p>MIOLOGIA</p><p>Paciente típico: homem branco 20-</p><p>40 anos.</p><p>Principal fator de risco: criptor-</p><p>quidia.</p><p>PATOLO GIA Seminoma: indolente.</p><p>Não seminoma: geralmente</p><p>metastatiza (mesmo assim é curável).</p><p>CLÍNICA E</p><p>DIAGNÓS TICO</p><p>ESTADIA-</p><p>MENTO</p><p>Massa testicular com edema e</p><p>desconforto local. Pode ser indolor</p><p>(diferencial com orquite e epididimite,</p><p>que doem).</p><p>Marcadores:</p><p>> AFP: só nos não seminomas;</p><p>> HCG e LDH: ambos os tumores;</p><p>Dx: ultrassom (se massa = cirurgia).</p><p>Depois da cirurgia, estadiar (tórax,</p><p>abdome, pelve) para definir</p><p>tratamento adjuvante.</p><p>TRATA MENTO Orquiectomia radical inguinal.</p><p>Tratamento adjuvante:</p><p>> Seminoma: RT ou QT;</p><p>> Não seminoma: QT ou dissecção de</p><p>linfonodos retroperi toneais.</p><p>Estadiamento T do câncer de próstata.</p><p>Estadiamento T do câncer de bexiga.</p><p>QUADRO 2:</p><p>RESUMÃO DOS CONCEITOS</p><p>SOBRE OBSTRUÇÃO URINÁRIA</p><p>Conceitos fisiopatológicos</p><p>https://medvideos.tech</p><p>> Obstrução urinária = aumento da pressão intrarrenal =</p><p>secreção local de Prostaglandinas (PG).</p><p>> Fase AGUDA = vasodilatação (aumenta fluxo sanguíneo</p><p>renal).</p><p>> Fase CRÔNICA = vasoconstrição, disfunção tubular</p><p>(diabetes insipidus nefrogênico e acidose tubular renal tipo</p><p>IV) e nefrite intersticial crônica (fibrose e atrofia renal</p><p>progressiva).</p><p>> Desobstrução precoce (semanas) = reversível; tardia</p><p>(meses) = irreversível; infecção associada = perda renal em</p><p>poucos dias.</p><p>Conceitos diagnósticos</p><p>> Azotemia inexplicada + suspeita de obstrução = cateter</p><p>vesical.</p><p>– Se vier urina = obstrução infravesical (ex.: próstata).</p><p>– Se não vier urina = USG de vias urinárias.</p><p>– Se houver hidronefrose ou alta suspeita clínica (mesmo</p><p>sem hidronefrose) = localizar sítio de obstrução =</p><p>urografia endoscópica retrógrada ou anterógrada.</p><p>> TC de abdome e pelve: avaliar doenças associadas.</p><p>Conceitos clínicos</p><p>> Obstrução total (aguda): azotemia + ANÚRIA + dor</p><p>(distensão rápida da cápsula renal).</p><p>> Obstrução subtotal (crônica): azotemia + POLIÚRIA</p><p>(incapacidade de concentrar a urina – lesão do ramo</p><p>espesso da alça de Henle), sem dor (distensão lenta da</p><p>cápsula renal).</p><p>> Obstrução = fator de risco para ITU e nefrolitíase de</p><p>repetição. O rim lesado</p><p>pode produzir excesso de renina</p><p>(hipertensão) e eritropoetina (insuficiência renal sem</p><p>anemia).</p><p>> Obstrução em pediatria = ITU de repetição, massa em</p><p>flanco (hidronefrose) ou mesmo hidronefrose no USG</p><p>obstétrico (diagnóstico pré-natal).</p><p>Conceitos terapêuticos</p><p>> Tratamento específico para cada causa (ex.: cirurgia, QT,</p><p>RT).</p><p>> Cintilografia renal com DTPA: avaliar função do rim</p><p>obstruído.</p><p>– Disfunção com parênquima viável (espesso) =</p><p>desobstrução eletiva (preparar o paciente antes, ex.:</p><p>diálise).</p><p>– Rim não funcionante (parênquima fino) com ITU de</p><p>repetição = nefrectomia.</p><p>> Obstrução + infecção = desobstrução imediata, correção</p><p>definitiva somente após controle da infecção.</p><p>CRIANÇAS</p><p>Geralmente Defeitos Congênitos</p><p>> Estenose ureteropélvica – principal causa de obstrução</p><p>urinária em crianças!!!</p><p>> Válvula de uretra posterior (membrana no lúmen da</p><p>uretra) – principal causa de hidronefrose bilateral em</p><p>meninos.</p><p>> Ureter retrocava – sinal do "J invertido" na urografia</p><p>excretora.</p><p>> Refluxo vesicureteral – uretrocistografia miccional em</p><p>crianças com pielonefrite.</p><p>> Ureterocele – urografia excretora = duplicação ureteral</p><p>(com um dos ureteres dilatado), falha de enchimento na</p><p>bexiga (ureterocele), rim com polo superior displásico.</p><p>> Bexiga neurogênica – meningomielocele.</p><p>A uropatia obstrutiva é a principal causa de rins em estágio</p><p>terminal em pediatria...</p><p>ADULTOS</p><p>Geralmente Defeitos Adquiridos</p><p>https://medvideos.tech</p><p>3.2. DOENÇAS CÍSTICAS RENAIS</p><p>> Tumores – urológicos, retroperitoneais e pélvicos (gineco e</p><p>colorretais).</p><p>> Prostatismo – HPB. O câncer (geralmente na periferia da</p><p>próstata), só causa obstrução quando muito avançado.</p><p>> Nefrolitíase/trauma/necrose de papila/coágulos – quadro</p><p>agudo.</p><p>> Tuberculose nas vias urinárias – deve sempre ser</p><p>lembrada.</p><p>> Ligadura acidental de ureter – durante histerectomia</p><p>abdominal.</p><p>> Fibrose retroperitoneal – doença inflamatória, homens de</p><p>meia idade.</p><p>> Drogas – efeito anticolinérgico (ex.: anti-histamínicos,</p><p>tricíclicos), ou alfa-adrenérgico (ex.: levodopa). Distúrbio</p><p>funcional.</p><p>> Bexiga neurogênica* – diabetes, lesão raquimedular.</p><p>Bexiga neurogê nica</p><p>atônica</p><p>Bexiga neurogê nica</p><p>espásti ca</p><p>Localização da Disfunção</p><p>2º neurônio motor. 1º neurônio motor.</p><p>Contratilidade Vesical</p><p>Reduzida. Aumentada.</p><p>Tratamento Farmacológico</p><p>Colinérgico – betanecol</p><p>(aumenta contratilidade</p><p>vesical).</p><p>Anticolinérgico – tolterodina</p><p>(reduz contratilidade</p><p>vesical).</p><p>Tratamento (refratários)</p><p>Cateterização vesical intermitente.</p><p>DOENÇAS CÍSTICAS RENAIS</p><p>Cisto simples</p><p>Características</p><p>> Geralmente assintomáticos.</p><p>> Trauma pode causar hematúria.</p><p>> Bacteremia pode causar infecção (ex.: estafilococo).</p><p>Tratamento</p><p>Abscesso = drenagem percutânea + antibioticoterapia.</p><p>Comentários</p><p>É a forma mais comum de massa renal no adulto!!!</p><p>Achados na USG:</p><p>1) Paredes lisas;</p><p>2) Conteúdo anecoico;</p><p>3) Reforço acústico posterior intenso.</p><p>Doença Renal Policística</p><p>Autossômica Dominante</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Características</p><p>> Forma do adulto.</p><p>> Critérios ultrassonográficos:</p><p>– idade < 30 anos: pelo menos dois cistos no total;</p><p>– 30 a 60 anos: pelo menos dois cistos em cada rim;</p><p>– idade > 60 anos: pelo menos quadro cistos em cada</p><p>rim.</p><p>> Causa: mutação dos genes PKD 1 e 2. História familiar é</p><p>muito importante!</p><p>Tratamento</p><p>Manter PA < 130 x 85 mmHg, para evitar nefroesclerose</p><p>hipertensiva associada (múltiplas drogas, incluindo, de</p><p>preferência, IECA ou antagonistas AT II).</p><p>Comentários</p><p>Perda inexorável da função renal.</p><p>Manifestações extrarrenais.</p><p>1. Cistos hepáticos.</p><p>2. HAS renina-dependente.</p><p>3. Aneurisma intracraniano.</p><p>4. Alt. Valvar (pp. prolapso mitral).</p><p>5. Diverticulose, hérnias de parede abdominal.</p><p>Doença Renal Policística</p><p>Autossômica Recessiva</p><p>Características</p><p>> Forma da criança.</p><p>> Causa: mutação do gene PKHD-1.</p><p>> Cistos renais já vistos in utero: oligoâmnio = hipoplasia</p><p>pulmonar e óbito neonatal.</p><p>> Sobreviventes do período neonatal: HAS e IRC</p><p>precoces, fibrose periportal + hipertensão porta na</p><p>adolescência (HDA, hiperesplenismo).</p><p>Tratamento</p><p>Suporte neonatal: ventilação mecânica e diálise.</p><p>Transplante renal e hepático.</p><p>Comentários</p><p>Muito rara.</p><p>Rim totalmente policístico desde a vida intrauterina.</p><p>Evolui com complicações hepáticas.</p><p>Rim Multicístico Displásico</p><p>Características</p><p>> Alteração congênita MUITO MAIS COMUM que a</p><p>DRPAR (acima).</p><p>Tratamento</p><p>Bilateral = óbito neonatal.</p><p>Unilateral = nefrectomia.</p><p>Comentários</p><p>É a causa mais comum de massa abdominal em recém-</p><p>nascidos e lactentes!</p><p>Doença Cística Adquirida</p><p>https://medvideos.tech</p><p>3.3. HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA</p><p>Características</p><p>> Diálise crônica, > 10 anos (hemo ou peritoneal).</p><p>Tratamento</p><p>Acompanhamento radiológico: risco de carcinoma de</p><p>células renais (nefrectomia precoce).</p><p>Comentários</p><p>Critério ultrassonográfico:</p><p>Envolvimento bilateral, presença > 4 cistos.</p><p>Doenças Císticas Medulares</p><p>Características</p><p>1. Rim esponjoso medular: dilatação dos túbulos coletores</p><p>+ múltiplos cálculos de cálcio.</p><p>2. Nefronoftise: múltiplos cistos medulares + nefrite</p><p>intersticial crônica grave. Doença genética que aparece</p><p>na infância.</p><p>Tratamento</p><p>1. Profilaxia habitual dos cálculos de cálcio.</p><p>2. Tratamento dos distúrbios tubulares (ex.: dieta com</p><p>bastante sal - nefropatia perdedora de sal; citrato de potássio</p><p>- acidose tubular).</p><p>Comentários</p><p>1. Achado clássico: urografia excretora com aspecto de</p><p>"buquê de flores" ou "pincel".</p><p>2. USG pode não revelar cistos, pois estes costumam ser</p><p>diminutos.</p><p>Biópsia renal com intensa nefrite tubulointersticial e</p><p>microcistos medulares.</p><p>HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA</p><p>Definição e Fatores de Risco</p><p>Proliferação benigna do tecido prostático relacionada à</p><p>estimulação androgênica.</p><p>> Os principais fatores de risco são: idade, presença dos</p><p>testículos, história familiar positiva.</p><p>Atenção à diferença quanto à localização no órgão:</p><p>> HPB: zona central e de transição (obstrui uretra);</p><p>> Câncer: zona periférica (obstrução uretral só em casos</p><p>avançados).</p><p>Consequências</p><p>1. Obstrução mecânica da uretra:</p><p>> Aumento do órgão (epitélio + estroma);</p><p>> Aumento de seu tônus muscular (estroma) = sintomas</p><p>obstrutivos.</p><p>2. Hipertrofia e fibrose do músculo detrusor (disfunção</p><p>vesical secundária à obstrução) = sintomas irritativos.</p><p>Quadro Clínico</p><p>Dois conceitos importantes:</p><p>> A maioria dos pacientes é assintomática;</p><p>> A sintomatologia não é diretamente proporcional ao</p><p>tamanho da próstata!!!</p><p>"Prostatismo" = obstrução + irritação.</p><p>Sintomas obstrutivos (70 a 80% dos pacientes – respondem</p><p>bem à cirurgia): esforço miccional, hesitação, gotejamento,</p><p>jato fraco, esvaziamento incompleto, incontinência por</p><p>transbordamento, retenção urinária aguda.</p><p>Sintomas irritativos (50 a 70% dos pacientes – podem não</p><p>responder tão bem à cirurgia): urgência, polaciúria, nictúria,</p><p>urgeincontinência, dor suprapúbica.</p><p>Complicações</p><p>(Indicam Preferência Pela Cirurgia)</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Retenção urinária aguda: após uso de simpaticomiméticos</p><p>ou anticolinérgicos, infecção, cálculo e infarto prostático.</p><p>PASSAR CATETER VESICAL, seguido de tratamento definitivo.</p><p>ITU/prostatite: estase urinária, piúria.</p><p>Litíase vesical: estase urinária, hematúria, interrupção</p><p>abrupta do jato urinário.</p><p>Incompetência do detrusor: fibrose muscular nas obstruções</p><p>de longa duração (múltiplos DIVERTÍCULOS VESICAIS).</p><p>Insuficiência renal crônica: otimização pré-operatória =</p><p>cateterismo de demora ou mesmo diálise.</p><p>Hematúria persistente: vasos submucosos da próstata, mas</p><p>deve-se investigar a presença de tumores e cálculos.</p><p>Diagnóstico</p><p>História: presença de "prostatismo".</p><p>Toque retal: aumento prostático. Nódulo duro = câncer</p><p>(biopsiar). Tônus anal flácido = neuropatia (bexiga</p><p>neurogênica associada? Fazer estudo urodinâmico).</p><p>Exames obrigatórios:</p><p>> EAS – piúria (fazer urinocultura), hematúria (USG vias</p><p>urinárias ou cistoscopia);</p><p>> PSA – se > 10 ng/ml pensar em CÂNCER.</p><p>Exames de imagem: avaliar tamanho prostático e vias</p><p>urinárias.</p><p>Função renal: avaliar nefropatia obstrutiva nos casos graves.</p><p>Citologia: deve ser solicitada</p><p>sempre que houver sintomas</p><p>irritativos (especialmente em tabagistas) devido ao risco de</p><p>presença de câncer de bexiga.</p><p>Avaliação pelo I-PSS ( Score Internacional de Sintomas</p><p>Prostáticos) → O I-PSS não deve ser empregado com</p><p>ferramenta diagnóstica , ficando reservado para avaliação da</p><p>gravidade da sintomatologia, resposta terapêutica e detecção</p><p>da progressão sintomática nos pacientes em observação</p><p>clínica.</p><p>Tratamento</p><p>A presença de complicações geralmente indica a</p><p>necessidade de cirurgia.</p><p>De outro modo, o I-PSS norteia a conduta. Porém, não existe</p><p>pontuação no I-PSS que sozinha indique o tratamento, pois</p><p>cada paciente deve ser avaliado individualmente.</p><p>> I-PSS baixo: terapia farmacológica.</p><p>(1) Inibidor da 5-alfa-redutase (bloqueio androgênico),</p><p>ex.: finasterida – reduz tamanho prostático, bom para</p><p>sintomas obstrutivos.</p><p>(2) Bloqueador alfa-1-adrenérgico – (reduz tônus</p><p>prostático), ex.: prazosin – bom para sintomas irritativos.</p><p>Pode associar as duas classes! A finasterida demora mais pra</p><p>fazer efeito (volume da próstata é reduzido aos poucos) e</p><p>reduz o PSA (atenção na triagem para Ca de próstata).</p><p>> I-PSS alto: cirurgia (pois este é o tratamento mais eficaz).</p><p>Ressecção transuretral (próstata pequena − < 80-100 g) ou</p><p>prostatectomia aberta (próstata grande ou presença de</p><p>complicações associadas, ex.: cálculo). Geralmente não retira</p><p>toda a próstata.</p><p>Indicações absolutas de cirurgia: retenção urinária aguda, IRA</p><p>pós-renal, disfunção vesical severa, cálculos vesicais, uretero-</p><p>hidronefrose, ITU recorrente, hematúria persistente.</p><p>Ablação a laser ou endoprótese: paciente com discrasia</p><p>sanguínea, anticoagulado, ou alto risco cirúrgico.</p><p>Cuidado pré-op.: urinocultura. Se positiva, só operar após</p><p>cinco dias de antibiótico (manter depois por 48h. Total = 7</p><p>dias). Algumas referências também indicam profilaxia para</p><p>TVP.</p><p>Cuidado pós-op.: irrigação vesical contínua (até parar</p><p>sangramento – risco de coágulos obstrutivos com qualquer</p><p>técnica cirúrgica). Complicação clássica: hiponatremia em</p><p>2% dos casos.</p><p>Observações:</p><p>(1) Contraindicação absoluta aos bloqueadores alfa-1-</p><p>adrenérgicos: hipotensão postural sintomática;</p><p>(2) Complicação especial após RTU de próstata: síndrome</p><p>de intoxicação hídrica = hiponatremia aguda devido à</p><p>absorção de grande volume da solução hipotônica usada na</p><p>irrigação durante a cirurgia (maior risco se > 90min).</p><p>https://medvideos.tech</p><p>II. PROCTOLOGIA (DOENÇAS</p><p>PERIANAIS)</p><p>Questão Modelo</p><p>5 – Roberta tem 28 anos e sofre de constipação crônica,</p><p>chegando a ficar dez dias sem evacuar. Na última</p><p>semana, refere ter realizado um forte esforço durante a</p><p>evacuação que ocorreu num contexto de intensa dor e</p><p>exteriorização de sangramento vermelho "vivo".</p><p>Temendo tratar-se de doença hemorroidária, a</p><p>paciente procurou um proctologista, que diagnosticou</p><p>a presença de uma fissura anal posterior. Com relação</p><p>aos diferentes espectros da doença perianal, marque a</p><p>alternativa INCORRETA:</p><p>a) As hemorroidas são divididas em internas e externas</p><p>de acordo com a sua localização em relação à linha</p><p>pectínea e suas manifestações clínicas clássicas são</p><p>sangramento vivo, prolapso (usado para classificar as</p><p>hemorroidas internas) e dor (clássica da hemorroida</p><p>externa).</p><p>b) A fissura anal configura uma das causas de</p><p>sangramento retal e é dividida, por sua duração, entre</p><p>aguda e crônica, de forma que a grande razão para sua</p><p>cronificação é a dor do paciente que aumenta o tônus</p><p>esfincteriano e isquemia a região da fissura.</p><p>c) Os abscessos anais são formados a partir da infecção</p><p>criptoglandular, são classificados de acordo com sua</p><p>localização e devem ser suspeitados em casos de dor</p><p>perianal que curse com febre e descarga anal</p><p>purulenta.</p><p>d) A regra de Goodsall-Salmon é utilizada para</p><p>classificação da fissura anal de acordo com a sua</p><p>localização.</p><p>R. Letra D.</p><p>DOENÇA HEMORROIDÁRIA (dilatação do</p><p>plexo hemorroidário)</p><p>tratamento</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Padrão de Acometi-</p><p>mento</p><p>Terapia de Escolha</p><p>Grau I. Tratamento clínico dietético*</p><p>(estimular ingestão de</p><p>líquidos e fibras).</p><p>Graus II e III. Ligadura elástica,</p><p>(procedimento de eleição)</p><p>esclerote rapia ou eletroco‐</p><p>agulação.</p><p>> GRAU III muito</p><p>prolapsadas e GRAU IV.</p><p>> Falha das medidas</p><p>conserva doras.</p><p>> Associação com hemor‐</p><p>roida externa sintomá tica.</p><p>> Associa ção com úlcera,</p><p>fístula ou fissura.</p><p>Hemorroi dectomia.</p><p>Trombose de hemorroida</p><p>externa.</p><p>Até 72h: excisão sob</p><p>anestesia local.</p><p>Após 72h: banhos de assento</p><p>e analgésico.</p><p>* Apesar de não ser consenso, a 20ª edição do Sabiston</p><p>recomenda a realização da ligadura elástica para as</p><p>hemorroidas grau I.</p><p>HEMORROIDECTOMIA</p><p>TIPOS DE HEMORROI-</p><p>DECTOMIA</p><p>COMPLI CAÇÕES</p><p>Fechada (Ferguson): extração</p><p>simultânea de hemorroidas</p><p>internas e externas com</p><p>fechamento por primeira</p><p>intenção.</p><p>Aberta (Milligan e Morgan):</p><p>deixa a ferida cicatrizar por</p><p>segunda intenção.</p><p>PPH (Procedure for Prolapse and</p><p>Hemorrhoids)/ Stapled (com</p><p>grampeador)/ procedimento de</p><p>longo: não se trata propriamente</p><p>de uma hemorroi dectomia. Trata-</p><p>se da retirada de tecido</p><p>redundante com correção do</p><p>prolapso retal e reposicio namento</p><p>do plexo hemorroidário.</p><p>Agudas: retenção</p><p>urinária (mais comum),</p><p>sangra mento e</p><p>infecção.</p><p>Crônicas: inconti nência,</p><p>estenose e ectrópio.</p><p>FISSURA ANAL (úlcera longitudinal no</p><p>interior da borda anal)</p><p>Causa</p><p>Constipação (esforço ao evacuar), fezes endurecidas,</p><p>diarreia, trauma, parto, doença de Crohn, sífilis (estas</p><p>últimas devem ser suspeitadas quando houver fissuras</p><p>laterais).</p><p>A localização mais comum das fissuras anais é na linha</p><p>média posterior.</p><p>Classificação</p><p>AGUDA (< 6 semanas). Vermelhas, margens</p><p>irregulares.</p><p>CRÔNICA (> 6 semanas).</p><p>A dor estimula o aumento do</p><p>tônus do esfíncter interno, o</p><p>que reduz a vascularização</p><p>local e cronifica a fissura.</p><p>Brancas, pode haver plicoma</p><p>sentinela e papila</p><p>hipertrófica.</p><p>Quadro Clínico</p><p>Dor à evacuação, sangramento "vivo" em pequena</p><p>quantidade que cessa após a evacuação.</p><p>Tratamento</p><p>Aguda: laxante, anestésico tópico, banhos de assento,</p><p>aumento de fibras na dieta, corticoide.</p><p>Crônica: toxina botulínica, pomada de nitroglicerina,</p><p>bloqueador de canal de cálcio oral, esfincterotomia interna</p><p>lateral (casos refratários).</p><p>ABSCESSO ANAl (coleção a partir de</p><p>infecções de glândulas anais)</p><p>https://medvideos.tech</p><p>FÍSTULA ANAL (pertuito entre margem e</p><p>canal anal)</p><p>Causa</p><p>Abscesso anal (fístula é a sequela do abscesso anal e a</p><p>grande causa de sua recidiva), doença inflamatória intestinal,</p><p>tuberculose, câncer, irradiação.</p><p>Classificação</p><p>INTERES FINCTÉRICA – 45% Trajeto confinado ao plano</p><p>interes finctérico.</p><p>TRANSES FINCTÉRICA – 30% Conecta o plano interes‐</p><p>finctérico com a fossa</p><p>isquiorretal ao perfurar o</p><p>esfíncter externo.</p><p>SUPRAES FINCTÉRICA – 25% Similar ao transes finctérico,</p><p>mas o trajeto passa acima do</p><p>esfíncter externo e perfura o</p><p>m. levantador do ânus.</p><p>EXTRAES FINCTÉRICA – 5% Trajeto do reto ao períneo</p><p>completa mente externo ao</p><p>complexo esfincteriano.</p><p>Lei Goodsall-Salmon</p><p>Prediz a origem da fístula e seu trajeto de acordo com seu</p><p>orifício de saída (bom para planejamento cirúrgico): fístula</p><p>com orifício externo anterior tem trajeto mais radial e entra</p><p>na cripta mais próxima, enquanto a fístula com orifício de</p><p>saída posterior tem trajeto mais curvo até atingir a linha</p><p>mediana posterior.</p><p>*Cuidado com um detalhe: naquelas fístulas com mais de 3</p><p>cm o trajeto pode ser complexo e por isso elas podem não</p><p>obedecer a regra.</p><p>Quadro Clínico</p><p>Drenagem insistente de secreção purulenta, prurido anal.</p><p>Tratamento</p><p>O objetivo é a resolução da fístula com o menor impacto</p><p>esfincteriano possível.</p><p>Fístulas mais baixas: fistulectomia e fistulotomia.</p><p>Fístulas mais altas: seton (sedânio), retalho de avanço</p><p>anorretal, cola de fibrina ou cone biodegradável.</p><p>https://medvideos.tech</p><p>III. CIRURGIA VASCULAR</p><p>Questão Modelo</p><p>6 – Paula, de 68 anos, é hipertensa, diabética,</p><p>dislipidêmica e com queixa de dor em ambas as</p><p>panturrilhas ao caminhar 200 metros que melhora com</p><p>a interrupção da caminhada. Ligou para seu médico</p><p>assistente referindo início súbito de dor precordial com</p><p>irradiação para o dorso</p><p>há quinze minutos. Diante da</p><p>suspeita diagnóstica, foi orientada a procurar</p><p>rapidamente a emergência hospitalar, onde chegou em</p><p>vinte minutos e foram verificados sopro carotídeo à</p><p>esquerda, sopro diastólico +4/+6 em foco aórtico</p><p>acessório e supradesnivelamento do segmento ST de V1</p><p>– V6, D1 e aVL no ECG. Sobre esse caso, assinale a</p><p>afirmativa INCORRETA:</p><p>a) O aspecto da dor nos membros inferiores configura a</p><p>claudicação intermitente, que é a manifestação clínica</p><p>clássica da doença vascular periférica crônica, em</p><p>virtude da qual a paciente é classificada, a princípio,</p><p>como Fontaine II, e deve ser tratada com programação</p><p>de exercício físico, antiagregrante, vasodilatador.</p><p>b) A paciente apresenta um sopro de insuficiência</p><p>aórtica.</p><p>c) A paciente é portadora de múltiplos fatores de risco</p><p>para coronariopatia e hoje apresenta um quadro típico</p><p>de IAM com supra de ST, havendo indicação, pelo</p><p>tempo decorrido do início dos sintomas, do uso de</p><p>trombolítico.</p><p>d) A paciente deve ser tratada com controle do duplo</p><p>produto (pressão arterial e frequência cardíaca) e</p><p>submetida a procedimento cirúrgico resolutivo.</p><p>R. Letra C.</p><p>ABSCESSOS (à esquerda): A – supraelevador; B – perianal; C –</p><p>interesfincteriano; D – isqui orretal.</p><p>FÍSTULAS ANAIS (à direita): 1 – interesfinctérica; 2 – transes-</p><p>finctérica; 3 – supraesfin ctérica; 4 – extraesfinctérica.</p><p>DOENÇA ARTERIAL</p><p>PERIFÉRICA AGUDA</p><p>TROMBOSE ARTERIAL</p><p>ETIOLOGIA</p><p>Aterosclerose, arterites, policitemia, trombocitose, trauma</p><p>vascular.</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>Dor súbita, redução da temperatura, palidez e cianose,</p><p>redução de pulsos distais à obstrução.</p><p>Se for por aterosclerose: história prévia de claudicação</p><p>intermitente, sinais sistêmicos de doença aterosclerótica.</p><p>O diagnóstico é clínico!!!</p><p>TRATAMENTO</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Heparinização plena + vasodilatadores.</p><p>Realizar arteriografia:</p><p>- Doença aterosclerótica extensa: optar por by-pass.</p><p>- Doença localizada: optar por trombólise (de preferência in</p><p>situ) seguida de angioplastia.</p><p>Em caso de sinais de isquemia crítica do membro: não</p><p>realizar arteriografia. Proceder diretamente para</p><p>revascularização.</p><p>EMBOLIA ARTERIAL</p><p>ETIOLOGIA</p><p>Cardíaca (FA, flutter atrial, miocardiopatia dilatada, IAM),</p><p>aneurisma arterial, TVP (embolia paradoxal).</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>Dor súbita, redução da temperatura, palidez e cianose,</p><p>redução de pulsos distais à obstrução.</p><p>Se for por aterosclerose: história prévia de claudicação</p><p>intermitente, sinais sistêmicos de doença aterosclerótica.</p><p>O diagnóstico é clínico!!!</p><p>TRATAMENTO</p><p>Heparinização plena.</p><p>Embolectomia com cateter de Fogarty.</p><p>Lembramos que as cirurgias de revascularização, tanto na</p><p>trombose quanto na embolia podem ser seguidas por lesão</p><p>de reperfusão com síndrome compartimental. Dessa</p><p>maneira, nas isquemias superiores a seis horas submetidas a</p><p>cirurgia podemos realizar uma fasciotomia preventiva. Nos</p><p>membros inviáveis a amputação consiste no procedimento</p><p>de escolha.</p><p>DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA CRÔNICA</p><p>FATORES DE RISCO</p><p>Aterosclerose (HAS, dislipidemia, DM, hipercolesterolemia,</p><p>hiper-homocisteinemia).</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>• Claudicação intermitente, dor em repouso (casos graves),</p><p>hiperemia reativa.</p><p>• Síndrome de Leriche (doença aortoilíaca): claudicação em</p><p>nádegas e quadril, impotência.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>Índice tornozelo-braquial (ABI/ITB).</p><p>Pressão arterial segmentar.</p><p>Duplex scan.</p><p>Angio RM, angio-TC e angiografia: planejar revascularização.</p><p>CLASSIFICAÇÃO</p><p>I – Assintomático.</p><p>II – Claudicação intermitente (A: leve / B: moderada a severa).</p><p>III – Dor ao repouso.</p><p>IV – Lesões tróficas.</p><p>TRATAMENTO</p><p>Modificação dos fatores de risco.</p><p>Exercício programado (30-45 minutos = 3x/semana).</p><p>Antiagregação plaquetária (aspirina ou clopidogrel).</p><p>Cilostazol (100 mg 2x/dia) ou pentoxifilina (400 mg 3x/dia).</p><p>Revascularização: angioplastia com stent ou by-pass em caso</p><p>de isquemia crítica (dor em repouso, úlcera ou gangrena).</p><p>CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO</p><p>DE VIABILIDADE DO MEMBRO</p><p>NA ISQUEMIA AGUDA (CRITÉRIOS</p><p>DE RUTHERFORD)</p><p>ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL</p><p>CLASSIFICAÇÃO</p><p>Infrarrenal, justarrenal, pararrenal, suprarrenal.</p><p>FATORES DE RISCO</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Idade avançada, sexo masculino, tabagismo, caucasiano,</p><p>história familiar, HAS.</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>1. Assintomático...</p><p>2. Ruptura (risco maior na mulher): dor abdominal súbita +</p><p>massa pulsátil + choque.</p><p>TRATAMENTO CLÍNICO</p><p>Busca-se minimizar a expansão do aneurisma. As medidas</p><p>reconhecidas são: parada do tabagismo, controle da pressão</p><p>sanguínea. Estudos recentes mostram que o uso de</p><p>betabloqueador, como o propranolol não mostram efeitos</p><p>vantajosos, sendo o seu uso desaconselhado. Mais</p><p>recentemente, Inibidores da Enzima Conversora de</p><p>Angiotensina (IECA), Bloqueadores de Receptores da</p><p>Angiotensina (BRA) e estatinas têm sido associados com taxa</p><p>diminuída de expansão.</p><p>TRATAMENTO CIRÚRGICO</p><p>Quando Intervir? Como Intervir?</p><p>> Homem: ≥ 5,5 cm.</p><p>> Mulher: > 4,5-5,0 cm.</p><p>> Sintomático.</p><p>> Expansão > 1 cm/ano; 0,5</p><p>cm em seis meses.</p><p>> Aneurisma sacular.</p><p>> Reparo endovas cular:</p><p>pacientes de alto risco;</p><p>como idosos.</p><p>> Reparo aberto.</p><p>DISSECÇÃO AÓRTICA</p><p>CLASSIFICAÇÃO</p><p>DeBakey Stanford</p><p>I – Aorta ascendente + arco</p><p>aórtico + aorta descendente.</p><p>II – Aorta ascendente.</p><p>III – Aorta descendente.</p><p>A – Envolve aorta ascendente</p><p>(seria DeBakey I e II).</p><p>B – Não envolve aorta</p><p>ascendente (seria DeBakey</p><p>III).</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>Dor torácica migratória (extensão da dissecção).</p><p>Se dissecar subclávia ou inominada: diferença de PA entre</p><p>membros superiores.</p><p>Se dissecar carótida: deficit neurológico focal ou sopro</p><p>carotídeo.</p><p>Se a dissecção for muito proximal: insuf. aórtica,</p><p>tamponamento cardíaco e IAM.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>RX de tórax (alargamento de mediastino), ECO</p><p>transesofágico, angio-RM, angio-TC e arteriografia.</p><p>TRATAMENTO</p><p>> Controle de PA e FC.</p><p>> Dissecção tipo A: operar sempre.</p><p>> Dissecção tipo B: só operar casos complicados.</p><p>Tipos de AAA: infrarrenal (I), justarrenal (II), pararrenal (III),</p><p>suprarrenal (IV).</p><p>Correção endovascular de AAA: eleição para pacientes de alto</p><p>risco.</p><p>https://medvideos.tech</p><p>4 - CIRURGIA PEDIÁTRICA</p><p>Questão Modelo</p><p>7 – Sobre as alterações cirúrgicas pediátricas, analise</p><p>as seguintes assertivas:</p><p>I – A torção testicular cursa com dor, edema e elevação</p><p>do testículo torcido e, como compromete o suprimento</p><p>arterial e o retorno venoso testiculares, configura uma</p><p>emergência urológica, necessitando de distorção com</p><p>orquipexia, a qual deve ser bilateral para evitar também</p><p>a torção do testículo contralateral.</p><p>II – A criptorquidia é a ausência do testículo na bolsa</p><p>escrotal, causada por falha da migração testicular. A</p><p>cirurgia deve ser feita obrigatoriamente pelo risco de</p><p>transformação maligna do testículo criptorquídico e de</p><p>redução da fertilidade.</p><p>III – A estenose hipertrófica de piloro causa vômitos</p><p>biliosos, alcalose metabólica e desnutrição, devendo</p><p>ser tratada com piloromiotomia à Fredet-Ramstedt.</p><p>Está(ão) CORRETA(S) somente a(s) afirmativa(s):</p><p>a) I.</p><p>b) II.</p><p>c) III.</p><p>d) I e II.</p><p>e) I, II e III.</p><p>R. Letra D.</p><p>ABDOME AGUDO NA PEDIATRIA</p><p>Idade PRINCIPAL SUSPEITA</p><p>Congênito Estenose hipertrófica de</p><p>piloro.</p><p>Lactente Intussus cepção intestinal.</p><p>Pré-Escolar Suboclusão por áscaris.</p><p>Escolar Apendicite.</p><p>NÓDULOS CERVICAIS</p><p>OBSTRUÇÕES DO TUBO DIGESTIVO EM</p><p>RECÉM-NATOS E LACTENTES</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Hérnia Diafragmática Congênita</p><p>Bochdalek</p><p>(90% dos casos)</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>Hipoplasia broncopulmonar, Doença do Refluxo</p><p>Gastroesofágico (DRGE), alterações neurocognitivas.</p><p>Tratamento e Observações</p><p>Localização: posterolateral (mais comum à esquerda).</p><p>Tratamento: suporte ventilatório agressivo; correção</p><p>cirúrgica pelo menos 48h após estabilização com acesso</p><p>subcostal (laparoscopia e toracoscopia são reservados para</p><p>crianças mais estáveis).</p><p>Morgagni (2-6% dos casos)</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>Geralmente assintomático e diagnosticado no período</p><p>neonatal em avaliações por outro motivo.</p><p>Tratamento e Observações</p><p>Localização: retroesternal.</p><p>Reparo cirúrgico laparoscópico ou aberto.</p><p>Hiatal</p><p>Quadro Clínico</p><p>Ver espaço reservado às patologias esofageanas.</p><p>Tratamento</p><p>e Observações</p><p>Localização: hiato esofageano.</p><p>Paraesofageana</p><p>Quadro Clínico</p><p>Ver espaço reservado às patologias esofageanas.</p><p>Tratamento e Observações</p><p>Localização: adjacente ao hiato esofageano com junção</p><p>esôfago-gástrica de topografia normal.</p><p>OUTRAS ALTERAÇÕES CIRÚRGICAS</p><p>PEDIÁTRICAS NAS PROVAS</p><p>ALTERAÇÃO</p><p>HÉRNIAS INGUINAL E UMBILICAL</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>Ver espaço reservado à revisão das hérnias da parede</p><p>abdominal.</p><p>TRATAMENTO E OBSERVAÇÕES</p><p>Ver espaço reservado à revisão das hérnias da parede</p><p>abdominal.</p><p>ONFALOCELE (veja a imagem a seguir)</p><p>https://medvideos.tech</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>Herniação do conteúdo abdominal na linha média, recoberta</p><p>por saco peritoneal, com o cordão umbilical inserido no</p><p>centro dessa massa; associação com trissomias e outras</p><p>anomalias congênitas.</p><p>TRATAMENTO E OBSERVAÇÕES</p><p>Associação com trissomias e outras anomalias congênitas.</p><p>> Fechamento cirúrgico dos defeitos de pequeno e médio</p><p>porte.</p><p>> Onfaloceles gigantes pode ser tratadas por aplicação</p><p>tópica de agentes escarificantes, como pomada de</p><p>iodopovidona, merbromina ou nitrato de prata,</p><p>permitindo que o saco se espesse e epitelize</p><p>gradualmente.</p><p>GASTROSQUISE (veja a imagem a seguir)</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>Defeito à direita do umbigo (o coto umbilical é identificado</p><p>em seu local anatômico) com as alças intestinais e outros</p><p>órgãos abdominais podendo exteriorizar-se através dessa</p><p>abertura, sem membrana peritoneal recobrindo o conteúdo</p><p>exposto.</p><p>TRATAMENTO E OBSERVAÇÕES</p><p>> Fechamento primário é a conduta preferencial. No</p><p>entanto, enxertos podem ser necessários.</p><p>Atenção ao risco de aumento na PIA.</p><p>TORÇÃO TESTICULAR</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>Acomete mais jovens; há dor, edema, testículo acometido em</p><p>posição mais alta, sem melhora da torção com a elevação</p><p>testicular (sinal de Prehn negativo), além da ausência do</p><p>reflexo cremastérico.</p><p>TRATAMENTO E OBSERVAÇÕES</p><p>> Emergência urológica: distorção + orquipexia bilateral.</p><p>TORÇÃO DO APÊNDICE TESTICULAR</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>Semelhante à torção testicular, podendo ser mais insidioso e</p><p>com dor menos intensa.</p><p>TRATAMENTO E OBSERVAÇÕES</p><p>• Causa mais comum de escroto agudo.</p><p>• Mais comum entre 7-12 anos.</p><p>• Se a torção testicular for descartada, o tratamento vai ser</p><p>conservador. QUADRO AUTOLIMITADO.</p><p>• Na dúvida com torção testicular: cirurgia.</p><p>CRIPTORQUIDIA</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>É a ausência do testículo na bolsa escrotal.</p><p>TRATAMENTO E OBSERVAÇÕES</p><p>Tratamento: mobilização testicular + orquipexia com 6-12</p><p>meses (mais cedo há risco de lesão vascular e mais tarde</p><p>aumenta o risco de transformação maligna).</p><p>Alternativa: incentivo hormonal à descida testicular com hCG</p><p>e análogos de GnRH.</p><p>Mesmo ausente da bolsa escrotal o testículo não é palpável</p><p>na minoria dos casos: diagnóstico diferencial com agenesia</p><p>testicular (padrão endócrino ou cirúrgico) e até com</p><p>hiperplasia adrenal congênita.</p><p>TETRALOGIA DE FALLOT (estenose pulmonar,</p><p>hipertrofia de VD, aorta cavalgada, CIV)</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>Cianose que piora com a atividade (síndrome do bebê azul).</p><p>TRATAMENTO E OBSERVAÇÕES</p><p>Correção total: a partir de 6 meses.</p><p>Antes da correção total pode-se fazer uma cirurgia paliativa</p><p>se houver hipoplasia de a. pulmonar: shunt sistêmico-</p><p>pulmonar de Blalock-Taussig.</p><p>https://medvideos.tech</p><p>5 - OBESIDADE E CIRURGIA</p><p>BARIÁTRICA</p><p>Questão Modelo</p><p>8 – Samantha tem 45 anos, 1,50 m de altura, 90 kg e</p><p>um desejo de emagrecer que já dura 15 anos. É</p><p>hipertensa e diabética, alterações clínicas que só</p><p>apareceram após o surgimento da obesidade. Refere ter</p><p>feito dieta e atividade física, sem sucesso na perda de</p><p>peso. Afirma que já tentou diferentes abordagens</p><p>farmacológicas, todas também sem sucesso na perda</p><p>ponderal. Com relação à abordagem da obesidade,</p><p>aponte a afirmativa INCORRETA:</p><p>a) Essa paciente possui um IMC de 40, de modo que pode</p><p>ser submetida à cirurgia bariátrica, uma vez que esta</p><p>encontra-se indicada em casos de obesidade mórbida</p><p>(como a paciente) e em casos de obesidade grau II.</p><p>b) As indicações de tratamento farmacológico do excesso</p><p>de peso são: sobrepeso com comorbidades e obesos</p><p>que não perderam peso com dieta e atividade física.</p><p>c) Para essa paciente, pelo fato de ser diabética, a melhor</p><p>cirurgia bariátrica a ser realizada seria a de Capella,</p><p>pois reduz os níveis circulantes de grelina (orexígeno)</p><p>e aumenta os níveis de GLP-1 (um tipo de incretina:</p><p>reduz ingesta alimentar e estimula a síntese de</p><p>insulina).</p><p>d) São exemplos de técnicas puramente restritivas de</p><p>cirurgia bariátrica: Scopinaro, banda gástrica ajustável</p><p>e balão intragástrico.</p><p>R. Letra D.</p><p>Imagem A:</p><p>Onfalocele , perceba o defeito da parede abdominal e o saco</p><p>herniário intacto.</p><p>Imagem B:</p><p>Gastrosquise , alças evisceradas à direita do cordão umbilical e</p><p>ausência de revestimento.</p><p>SÍTIO E FUNÇÃO DOS PRINCIPAIS</p><p>MODULADORES DO APETITE</p><p>Função: Orexígenos</p><p>Local Mediadores do Apetite</p><p>Periférico Grelina</p><p>Central Neuropeptídeo Y</p><p>Sistema endocana binoide</p><p>Proteína relacionada ao</p><p>Agouti (AGRP)</p><p>Hipo cretinas e orexinas</p><p>Noradrenalina</p><p>Galanina</p><p>Função: Anorexígenos IV</p><p>Local Mediadores do Apetite</p><p>Periférico Leptina</p><p>GLP-1</p><p>Colecisto quinina</p><p>Amilina/insu lina</p><p>Central Serotonina</p><p>Neurotensina</p><p>Urocortina</p><p>Ocitocina</p><p>Interleucina-1-beta</p><p>Peptídeo CART</p><p>MSH, CRH, TRH</p><p>ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) -</p><p>kg/m²</p><p>< 18,5 Subnutrido</p><p>18,5-24,9 Peso ideal</p><p>25-29,9 Sobrepeso</p><p>30-34,9 Obesidade grau I</p><p>https://medvideos.tech</p><p>35,0-39,9 Obesidade grau II</p><p>= 40 Obesidade grau III</p><p>(obesidade mórbida)</p><p>*Em cirurgia bariátrica, utiliza-se o termo HIPER OBESO para</p><p>aqueles pacientes com IMC > 50 kg/m 2.</p><p>TRATAMENTO DA OBESIDADE</p><p>TIPO PARA QUEM</p><p>DIETA + EXERCÍCIO FÍSICO Sobrepeso e obeso.</p><p>FARMACOLÓ GICO</p><p>(sibutramina, orlistate,</p><p>liraglutida, lorcaserina,</p><p>topiramato-fentermina,</p><p>bupropiona-naltrexona).</p><p>Sobrepeso com comorbi‐</p><p>dades e obeso QUE não</p><p>perderam peso com exercício</p><p>físico e dieta.</p><p>CIRURGIA BARIÁTRICA Obesidade Grau II com</p><p>comorbidades e Obesidade</p><p>Grau III.</p><p>TÉCNICA COMENTÁ RIOS</p><p>Restritiva</p><p>Banda gástrica ajustável Perda de peso moderada.</p><p>Baixa taxa de complicações.</p><p>Gastrectomia em manga</p><p>(sleeve gastrectomy)</p><p>Vem ganhando grande</p><p>aceitação nos últimos anos.</p><p>Ótima opção quando outros</p><p>procedimentos estão</p><p>contraindi cados.</p><p>Predominante mente Disabsortiva,</p><p>Discreta mente Restritiva</p><p>Derivação biliopancreá tica</p><p>(Scopinaro)</p><p>Switch duodenal</p><p>Maior perda ponderal e</p><p>maior taxa de desnutrição</p><p>proteica. O switch duodenal</p><p>reduz a incidência de úlceras</p><p>da anastomose.</p><p>Predominante mente Restritiva,</p><p>Discreta&shuy;mente Disabsortiva</p><p>By-pass gástrico com y de</p><p>Roux</p><p>(Capella e Wittgrove)</p><p>Cirurgia mais realizada nos</p><p>EUA.</p><p>Derivação biliopancreática (Scopinaro).</p><p>By-pass gástrico (Capella).</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Recentemente, o CFM liberou uma nova resolução sobre os</p><p>critérios para a indicação de cirurgia bariátrica e também</p><p>sobre os tipos de procedimentos a serem realizados:</p><p>6 - CIRURGIA PLÁSTICA</p><p>1 - FECHAMENTO DE FERIDAS</p><p>VII. OTORRINOLARIN GOLOGIA</p><p>Switch duodenal. A gastrectomia em luva representa o primeiro</p><p>tempo da cirurgia com remoção da grande curvatura e</p><p>preservação do piloro.</p><p>INDICAÇÃO DA CIRURGIA</p><p>Como era</p><p>Pacientes com IMC maior que 35 kg/m² e afetados por</p><p>comorbidades que ameacem a vida, tais como diabetes tipo</p><p>2, apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doença</p><p>coronária, osteoartrites e outras.</p><p>Como ficou</p><p>Pacientes com IMC maior que 35 kg/m² e afetados por</p><p>comorbidades que ameacem a vida como: diabetes, apneia</p><p>do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doenças</p><p>cardiovasculares, incluindo doença arterial coronariana,</p><p>Infarto do Miocárdio (IM), angina, Insuficiência Cardíaca</p><p>Congestiva (ICC), acidente vascular cerebral, hipertensão e</p><p>fibrilação atrial, cardiomiopatia dilatada, cor pulmonale e</p><p>síndrome de hipoventilação, asma grave não controlada,</p><p>osteoartroses, hérnias discais, refluxo gastroesofagiano com</p><p>indicação cirúrgica, colecistopatia calculosa, pancreatites</p><p>agudas de repetição, esteatose hepática, incontinência</p><p>urinária de reforço na mulher, infertilidade masculina e</p><p>feminina, disfunção erétil, síndrome dos ovários policísticos,</p><p>veias varicosas</p><p>e doença hemorroidária, hipertensão</p><p>intracraniana idiopática ( pseudotumor cerebri ),</p><p>estigmatização social e depressão.</p><p>CIRURGIAS EXPERIMENTAIS</p><p>Como era</p><p>Não havia essa previsão.</p><p>Como ficou</p><p>Quaisquer cirurgias que não sejam a banda gástrica</p><p>ajustável, a gastrectomia vertical, a derivação gastrojejunal e</p><p>y de Roux, a cirurgia de Scopinaro ou de " switch duodenal"</p><p>são consideradas experimentais e não devem ser indicadas.</p><p>Retalho bilobado.</p><p>VERTIGEM</p><p>Definição</p><p>https://medvideos.tech</p><p>É a percepção ilusória de movimento. Pode ser caracterizada</p><p>como subjetiva (o paciente sente que está "rodando" em</p><p>relação ao meio) ou objetiva (o paciente refere que o meio</p><p>está "girando" ao seu redor).</p><p>Causas</p><p>É causada por algum grau de disfunção do sistema</p><p>vestibular. Nesse contexto se englobam o próprio labirinto,</p><p>divisão vestibular do VIII par craniano (vestibulococlear) e</p><p>os núcleos vestibulares do tronco encefálico . Dessa</p><p>forma, é interessante que durante o exame físico sejam</p><p>buscados sinais que nos auxiliem na diferenciação entre as</p><p>causas periféricas (doenças do labirinto e VIII par craniano) e</p><p>as centrais (doenças do tronco encefálico).</p><p>Exame Físico</p><p>Principais Causas Periféricas</p><p>Principais Causas Centrais</p><p>São bem menos comuns que as causas centrais. As mais</p><p>frequentemente encontradas são: enxaqueca, síndrome de</p><p>Wallenberg, neoplasias, esclerose múltipla e epilepsia. Todas</p><p>essas são abordadas na seção de Neurologia do Intensivão.</p><p>MANOBRAS EMPREGADAS NA</p><p>ABORDAGEM À VERTIGEM</p><p>Teste de Dix-Hallpike</p><p>(ou Nylen-Barány)</p><p>Paciente sentado na mesa de exame, com as pernas</p><p>estendidas, tem a cabeça rodada lateralmente a 45°. O</p><p>médico segura a cabeça e rapidamente coloca o paciente em</p><p>decúbito dorsal, com inclinação da cabeça para 30° abaixo</p><p>da linha horizontal, quando assim permanece por 30</p><p>segundos. Deve ser avaliado se há surgimento ou não de</p><p>nistagmo. O teste deve ser repetido com a cabeça virada</p><p>para o outro lado.</p><p>Teste de Fukuda-Unterberger</p><p>O paciente marcha com os olhos fechados por um minuto.</p><p>Manobra de Epley</p><p>Após realização da manobra de Dix-Hallpike, a cabeça é</p><p>lentamente girada a 90° para o outro lado. Em seguida, o</p><p>corpo é rodado para decúbito lateral (paciente com nariz</p><p>apontando para o chão) e, posteriormente, com o queixo no</p><p>peito o paciente deve se sentar novamente.</p><p>EPISTAXE</p><p>Definição</p><p>Sangramento proveniente da mucosa nasal – a grande</p><p>maioria apresenta resolução expontânea. Estima-se que 60%</p><p>da população adulta já tenha apresentado ao menos um</p><p>episódio de epistaxe. Ela pode ser dividida em anterior e</p><p>posterior, dependendo da origem do sangramento. Mais de</p><p>90% são anteriores, tipicamente autolimitadas, aparecendo</p><p>mais em crianças e adultos jovens (plexo de Kiesselbach). A</p><p>epistaxe posterior é mais frequentemente encontrada em</p><p>pacientes mais velhos (ramos posterolaterais da a.</p><p>esfenopalatina) e associada a hemorragias mais graves.</p><p>Causas</p><p>A epistaxe pode ser ocasionada por fatores locais ou</p><p>sistêmicos.</p><p>Sistêmicos: HAS (causalidade questionável), coagulopatias,</p><p>malformações, medicamentosa (anticoagulantes e</p><p>antiagregantes plaquetários).</p><p>Locais: trauma (fraturas ou manipulação), IVAS, inalação de</p><p>ar frio e seco, corpo estranho e perfuração ou desvio de</p><p>septo, além de tumores.</p><p>Tratamento: Epistaxe Anterior</p><p>https://medvideos.tech</p><p>VIII. ORTOPEDIA</p><p>1. ORTOPEDIA PEDIÁTRICA</p><p>2 - TRAUMATO-ORTOPEDIATamponamento nasal anterior: exerce pressão uniforme</p><p>sobre a mucosa. Existem diversas modalidades de</p><p>tamponamento disponíveis (ex.: rayon ou gaze).</p><p>Cauterização: após visualização do ponto de sangramento</p><p>com rinoscopia anterior, a cauterização é realizada. É a</p><p>primeira escolha para o tratamento. Pode ser química,</p><p>elétrica ou com laser .</p><p>Cirúrgico: indicado quando não houver sucesso com as</p><p>terapias anteriores. Pode ser realizado a arteriografia com</p><p>embolização e a ligadura das artérias maxilar interna ou</p><p>etmoidais.</p><p>Tratamento: Epistaxe Posterior</p><p>Tamponamento nasal posterior: consiste na colocação de</p><p>um tampão (ex.: chumaço de gaze, cateter vesical inflado) na</p><p>rinofaringe do paciente, ancorado na fossa nasal anterior</p><p>através de um tampão anterior. Vem sendo cada vez menos</p><p>utilizado devido ao grande número de desvantagens, como</p><p>dor, permanência prolongada e risco de hipoventilação.</p><p>Cauterização endoscópica posterior: procedimento de</p><p>escolha. No entanto, só pode ser realizado em centros</p><p>especializados onde se encontram os materiais necessários.</p><p>Cirúrgico: indicado quando não houver sucesso com as</p><p>terapias anteriores. Semelhante à abordagem na epistaxe</p><p>anterior.</p><p>PRINCIPAIS PATOLOGIAS ORTOPÉDICAS</p><p>NA PEDIATRIA</p><p>TIPOS ESPECIAIS DE FRATURAS</p><p>FRATURA EXPOSTA</p><p>CONCEITO</p><p>Foco de fratura tem uma comunicação com o meio</p><p>ambiente.</p><p>CLASSIFICAÇÃO E TRATAMENTO</p><p>Desbridamento em até 4-6h + ATB por 48-72h (cefalosporina</p><p>de 1ª geração ± aminoglicosídeo → cobrir, pelo menos, S.</p><p>aureus ) + profilaxia antitetânica + fixação (a externa é</p><p>preferida nos graus IIIB e IIIC).</p><p>Classificação de Gustillo-Anderson</p><p>I (< 1 cm, mínima contaminação, fratura óssea simples) →</p><p>fechamento primário (na 1ª cirurgia).</p><p>II (1 a 10 cm, contaminação moderada) → geralmente,</p><p>fechamento secundário (deixa ferida aberta).</p><p>III (> 10 cm, contaminação alta, extensa lesão de partes</p><p>moles).</p><p>IIIA: cobertura óssea adequada → fechamento secundário.</p><p>IIIB: sem cobertura óssea → fechamento secundário.</p><p>IIIC: lesão arterial necessitando de reparo cirúrgico →</p><p>fechamento secundário.</p><p>Obs.: Fraturas segmentares, em ambiente rural, por PAF e de</p><p>alta energia são classificadas como grau III,</p><p>independentemente do tamanho.</p><p>FRATURA DE FISE (placa epifisária)</p><p>Conceito</p><p>Fratura que compromete a placa epifisária com risco da</p><p>mesma fechar e a extremidade óssea parar de crescer.</p><p>Classificação e Tratamento</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Classificação de Salter-Harris</p><p>I (linha de fratura é a própria placa epifisária, separando</p><p>epífise da metáfise) → redução fechada + imobilização</p><p>gessada.</p><p>II (idem, mas com um fragmento metafisário ligado à epífise</p><p>– sinal de Thurston-Holland) → redução fechada +</p><p>imobilização gessada.</p><p>III (fratura atravessa epífise e atinge parcialmente placa</p><p>epifisária) → redução aberta + fixação interna.</p><p>IV (fratura atravessa epífise, placa epifisária e metáfise) →</p><p>redução aberta + fixação interna.</p><p>V (fratura de compressão da placa epifisária) → cirurgia para</p><p>reduzir deformidade.</p><p>Obs.: A fratura de fise mais comum (50% do total) é a da fise</p><p>distal do rádio, ocorrendo em crianças de 10-16 anos</p><p>(geralmente é Salter-Harris II; com um bom prognóstico).</p><p>Placas epifisárias do joelho (fêmur distal, tíbia e fíbula</p><p>proximais).</p><p>PRINCIPAIS FRATURAS DOS MEMBROS</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Fratura diafisária de úmero. Observe o trajeto do nervo radial e</p><p>perceba o risco de lesão deste nervo com uma fratura espiral</p><p>oblíqua desviada (B), mas não com uma não desviada (A).</p><p>Fratura de ambos os ossos do antebraço. A) Criança com fratura</p><p>em galho verde do rádio e fratura por "empenamento" da ulna.</p><p>B) Fratura completa. C) Fixação interna com placa de</p><p>compressão e parafusos.</p><p>Fratura-luxação de Monteggia.</p><p>A) (acima) A fratura.</p><p>B) Fixação interna com placa de compressão e parafusos, no</p><p>adulto.</p><p>C) RX.</p><p>https://medvideos.tech</p><p>Fratura-luxação de Galeazzi.</p><p>A) Deformidade característica (acima) e a fratura (abaixo).</p><p>B) Imobilização gessada braquiopalmar em supinação.</p><p>C) RX. D) Fixação interna com placa de compressão e parafusos</p><p>no rádio e fio de Kirchner transfixando a articulação radioulnar</p><p>distal.</p><p>DOENÇA DE PAGET</p><p>DEFINIÇÃO</p><p>Doença óssea focal ocasionada por um excessivo</p><p>remodelamento ósseo, seguido da formação de um osso</p><p>estruturalmente desorganizado e predisposto a fraturas e</p><p>deformidades.</p><p>EPIDEMIOLOGIA</p><p>Homens europeus a partir dos 40 anos, com história familiar.</p><p>ETIOLOGIA</p><p>Mecanismos genéticos e virais.</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>> Maioria assintomática. Sintomáticos: dor, deformidade</p><p>óssea e fraturas.</p><p>COMPLICAÇÕES</p><p>> Neurológicas: por compressão de nervos ou vasos</p><p>sanguíneos (a mais clássica é a perda auditiva - VIII par.</p><p>Paralisia facial e distúrbios visuais</p>

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