Prévia do material em texto
Produtos de Confeitaria para Cafeterias FABRICAÇÃO DE SALGADOS ASSADOS CENTRO DE TREINAMENTO SENAI MIRASSOL Rua Campos Sales, 1998 CEP:15.130-013, Mirassol – SP Telefax: (17) 3243-8030 e-mail: senaimirassol@sp.senai.br • Cursos de Formação Continuada • Treinamento para Empresas • Assessorias Técnica e Tecnológica mailto:senaimirassol@sp.senai.br SUMÁRIO CAPÍTULO 1 – BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E HIGIENE HIGIENE PESSOAL E COMPORTAMENTO DO MANIPULADOR HIGIENE DO AMBIENTE E DOS UTENSÍLIOS, EQUIPAMENTOS E SUPERFÍCIES Limpeza Desinfecção Qualidade da água Lixo Controle Integrado de Pragas CAPÍTULO 2 – EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DE SALGADOS 2.1 BALANÇA 2.2 MASSEIRA 2.3 BATEDEIRA 2.4 FORNO CAPÍTULO 3 – MATÉRIAS-PRIMAS UTILIZADAS NA FABRICAÇÃO DE SALGADOS 3.1 FARINHA DE TRIGO 3. 1.1 Composição do grão 3.1.2 Componentes da Farinha 3.2 FERMENTOS 3.2.1 Tipos de fermentação 3.3 SAL 3.4 AÇÚCAR 3.5 GORDURAS 3.6 LEITE 3.7 OVOS CAPÍTULO 4 – TIPOS DE MASSAS 4.1 MASSA FERMENTADA 4.2 MASSA SEM LIGA 4.3 PRÉ-MISTURA FORMULAÇÕES DE SALGADOS PRECIFICAÇÃO E FICHA TÉCNICA PÃO DE QUEIJO QUIBE RECHEADO RECHEIO DE FRANGO RECHEIO DE PALMITO ESFIHA FECHADA PÃO DE BATATA HAMBURGUINHO DOGUINHO TROUXINHA DE PRESUNTO E QUEIJO CATARINA DE CALABRESA ESFIHA ABERTA QUICHE EMPADÃO DE FRANGO CREMOSO EMPADINHA BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E HIGIENE Constituem um conjunto de procedimentos a serem seguidos na produção de alimentos, visando garantir a obtenção de alimentos seguros que não comprometam a saúde do consumidor. HIGIENE PESSOAL E COMPORTAMENTO DO MANIPULADOR A higiene pessoal é fundamental para a saúde do indivíduo. Além disso, a falta de higiene do manipulador causa a contaminação dos alimentos, resultando em perdas na produção e danos à saúde dosconsumidores. O banho diário remove as sujeiras acumuladas, os microrganismos e os restos de células resultantes da descamação natural da pele. O banho também tranquiliza o indivíduo e propicia uma sensação de bem estar físico emental. Fonte: SENAI (2001) O banho deve ser tomado com água limpa, preferencialmente de chuveiro. O uso do sabonete é importante para retirada completa dos detritos e deve ser retirado cuidadosamente durante o enxágue final do corpo. Após o banho, o corpo deve ser secado com uma toalha limpa em toda sua extensão. Fonte: SENAI (1999) As mãos entram em contato direto com uma grande variedade de objetos e superfícies e, por isso, estão constantemente contaminadas. Por este motivo, devem ser sempre lavadas ao chegar da rua, ao sair do banheiro, depois de manipular objetos que possam causar contaminações, antes de manusear alimentos e antes das refeições. As unhas devem ser mantidas curtas e limpas, pois abrigam sujeira e microrganismos que podem causar contaminações graves. Os manipuladores de alimentos devem lavar as mãos especialmente antes de iniciar o manuseio de alimentos e também: • ao chegar do trabalho e entrar no setor; • ao iniciar um novo serviço ou trocar de atividade; • depois de utilizar o sanitário; • após tossir, espirrar, assoar o nariz e fumar; • após se coçar ou levar as mãos aos cabelos; • depois de utilizar materiais de limpeza; • após recolher o lixo ou outros resíduos; • ao manusear alimentos crus ou não higienizados; • após manusear dinheiro, celulares ou aparelhos eletrônicos. O processo de higienização das mãos tem as seguintes etapas: • molhar as mãos e os braços até a altura dos cotovelos; • utilizar sabonete líquido, neutro e inodoro, esfregando as mãos e o antebraço por, pelo menos, um minuto; • esfregar entre os dedos, a palma e o dorso das mãos até a altura dos cotovelos; • enxaguar bem em água corrente; • secar com toalhas de papel descartável não reciclado ou secadores de ar quente; • aplicar uma solução anti-séptica, que pode ser álcool 70%, ou outros produtos aprovados pelo Ministério da Saúde para esta finalidade. A higiene corporal é importante para a saúde e também para a proteção dos alimentos. Para se ter uma boa higiene corporal, deve-se observar os seguintes itens: • escovar os dentes após as refeições; • tomar banho diariamente e enxugar-se com toalha limpa; • manter sempre os cabelos limpos e protegidos; • os homens devem manter-se barbeados e com bigode raspado; • manter unhas curtas e limpas. Para se evitar contaminações e acidentes desnecessários durante a manipulação dos alimentos, algumas regras devem ser observadas: • o manipulador de alimentos deve se apresentar devidamente uniformizado, trajando uniformes completos, de preferência de cor clara, limpos, em bom estado de conservação e adequados ao ambiente de trabalho; • deve-se usar touca para evitar queda de cabelos no salimentos; • os sapatos devem ser fechados, impermeáveis e utilizados com meias, ambos em boas condições de higiene e conservação; • todos os adornos como joias, bijuterias, amuletos, relógios e acessórios que possam cair ou se desprender, provocando acidentes durante o processamento dos alimentos, devem ser retirados e guardados em local apropriado; • não é permitido fumar nas áreas de manipulação de alimentos; • o manipulador de alimentos não deve tossir, espirrar ou conversar sobre os alimentos, em caso de necessidade, antes de tossir ou espirrar, afastar-se do produto, cobrir a boca e nariz com lenço de papel e em seguida lavar as mãos para evitar a contaminação; • caso o funcionário apresente algum sintoma de doença, como gripes ou gastrenterites, deve comunicar imediatamente seu supervisor. • o manipulador de alimentos deve estar atento em manter a área de trabalho limpa, evitando colocar qualquer objeto que possam contaminar os produtos, equipamentos e utensílios, ou causar algum acidente de trabalho. As luvas de plástico descartáveis evitam o contato direto da mão do manipulador com os alimentos que são servidos. São utilizadas nos seguintes casos: • na manipulação de alimentos prontos para o consumo que já sofreram tratamento térmico, como salgados e pratos prontos; • no preparo de alimentos prontos para o consumo que não sofreram tratamento térmico, como frios, queijos,sanduíches; • no preparo de alimentos que já foram adequadamente higienizados, como folhas, tubérculos e frutas; • não devem ser utilizadas luvas quando estas implicarem em risco de acidentes de trabalho como manuseio de fogões, fritadeiras, cilindros, masseiras e outros equipamentos semelhantes; • as luvas devem ser descartadas a cada troca de função. • uso incorreto da máscara descartável pode contribuir seriamente para a contaminação. O calor e a umidade da respiração tornam a máscara um ambiente favorável para proliferação de microrganismos. Além disso, o desconforto causado pelo uso prolongado induz o manipulador a levar a mão até ao rosto para retirar ou ajeitar a máscara. A máscara descartável só deve ser usada quando extremamente necessária como em caso de manipulação de alimentos para fins especiais ou no fechamento de marmitas para transporte. O manipulador de alimentos que realizar estas tarefas, deve trocar a máscara descartável a cada 30 minutos, ser treinado e conscientizado quanto ao seu uso correto. HIGIENE DO AMBIENTE E DOS UTENSÍLIOS, EQUIPAMENTOS E SUPERFÍCIES Os resíduos de alimentos nos utensílios e superfícies da área produtiva favorecem a multiplicação de microrganismos e, consequentemente, a contaminação microbiológica. Essa contaminação compromete a durabilidade e a segurança dos alimentos. Desta forma, a adoção de programas bem elaborados de higienização é fundamental em qualquer estabelecimento que manipule alimentos, no sentido de assegurar a obtenção de produtos finais de boa qualidade higiênico- sanitária. A higienização compreende um conjuntode procedimentos para obtenção de superfícies, equipamentos e ambientes limpos e seguros para serem utilizados na manipulação de alimentos. Esses procedimentos dividem-se basicamente em duas fases: limpeza, normalmente efetuadas com o emprego de detergentes, e desinfecção, onde se empregam desinfetantes ou sanificantes adequados. Limpeza Fonte: SENAC (2001 O processo de limpeza deve eliminar resíduos de alimentos. A remoção desses resíduos é fundamental para o sucesso da etapa de desinfecção, pois a sua presença protege os microrganismos da ação dos sanificantes e reduz a eficiência dos mesmos. Os detergentes são produtos de limpeza elaborados com substâncias químicas capazes de retirar os resíduos aderidos às superfícies devido às suas propriedades físico-químicas. A escolha do detergente deve levar em consideração a natureza do resíduo a ser removido, o tipo de material utilizado na construção dos equipamentos, utensílios e superfícies e o método empregado na limpeza (manual ou mecânico). Fatores como concentração do princípio ativo, período do contato do detergente com o resíduo, temperatura da solução, agitação ou ação mecânica influenciam no desempenho dos detergentes. Qualquer que seja o produto deve-se seguir as recomendações do fabricante referentes à diluição para que os resultados sejam garantidos. Os passos a serem seguidos na operação de limpeza são: • remoção inicial dos resíduos grosseiros com auxílio de escovas ou espátulas; • enxágue inicial com água morna (40 a 45ºC) para remoção de alguma sujeira não aderida; • aplicação da solução detergente adequada para remoção dos resíduos aderidos de forma manual ou mecânica; • enxágue final com água morna (40 a 45ºC) ou quente (80ºC) para eliminação completa da solução detergente. • a avaliação da operação de limpeza pode ser feita através da simples observação de: 1. ausência de resíduos visíveis na superfície limpa e seca pela iluminação direta; 2. ausência de manchas ou impregnações após a fricção de papelbranco; 3. ausência deodores. Desinfecção A desinfecção assegura a máxima destruição dos microrganismos, reduzindo a carga microbiana a valores muito baixos e compatíveis com a obtenção de produtos em boas condições higiênico- sanitárias. Esta etapa deve ser realizada antes do início das atividades de manipulação de alimentos, garantindo um curto período de contato do sanificante com a superfície e a ausência de multiplicação de microrganismos no período entre o final da desinfecção e o início dasatividades. Um bom sanificante deve provocar a rápida destruição dos microrganismos. Além disso, deve ser atóxico, solúvel em água, compatível com produtos e equipamentos, de baixo custo, facilmente dosado e estável. Os agentes sanificantes utilizados na indústria de alimentos são classificados em: • agentes físicos tais como uso de calor na forma de vapor d´agua ou água aquecida e uso de radiação UV; • agentes químicos como substâncias à base de cloro, iodo e amônia quaternária. Fatores como concentração, tempo de contato, pH e temperatura da solução, dureza da água, presença de resíduos orgânicos e tipo de microrganismo a destruir afetam o desempenho dos agentes químicos. Os compostos à base de cloro destacam-se por serem efetivos contra muitos tipos de microrganismos, inclusive esporos; não são afetados pela dureza da água, não deixam resíduos, têm dosagem simples e baixo custo. Uma solução clorada com poder sanificante pode ser preparada da seguinte maneira: 10 ml (uma colher de sopa rasa) de água sanitária para uso geral a 2,0 – 2,5% em 1 litro de água ou 20 ml (2 colheres de sopa rasas) de hipoclorito de sódio a 1,0 % em 1 litro de água. Qualidade da água A água utilizada, tanto no preparo como na limpeza dos utensílios e superfícies que entram em contato com os alimentos, deve ser potável. Sua qualidade deve ser controlada, independente das rotinas de manipulação dos alimentos. Fonte: SENAC(2001) As condições de higiene das caixas de água devem ser perfeitas, livre de resíduos na superfície ou no fundo. A execução da limpeza é indispensável a cada 6 meses e na ocorrência de acidentes que possam contaminar a água (animais mortos, sujeiras, enchentes). Lixo O lixo é o maior responsável pela atração e proliferação de insetos. A troca é obrigatória varias vezes ao dia. Os sacos de lixo devem se armazenados em uma área exclusiva para este fim, utilizando- se latões bem tampados e estrados altos para evitar a presença de animais. As áreas destinadas ao depósito do lixo devem ser lavadas diariamente. Fonte: SENAC (2001) No interior do estabelecimento, o lixo deve estar em recipientes adequados para coleta, tampados, acionados por pedais e higienizados constantemente; Controle Integrado de Pragas O controle de insetos, roedores, pássaros e outros animais devem ser feitos por profissionais credenciados de firmas especializadas, devidamente licenciadas e registradas. Devem-se adotar algumas medidas para evitar os fatores que propiciam a proliferação das pragas: • eliminar possíveis pontos de entrada das pragas, tais como portas e janelas mal vedadas, ralos sem proteção; • cortinas de ar nas portas de maior movimentação; • portas com dispositivos, como molas, para permanecerem fechadas e vedadas com borrachas na parte inferior; • tratamento dos esgotos e bueiros externos; • ralos com sistema de fechamento e sifão; • evitar resíduos de alimentos, água estagnada, materiais e equipamentos fora de uso acumulados em cantos e pisos, nas áreas internas e externas ao estabelecimento. Os produtos utilizados para o controle de pragas devem ser registrados no Ministério da Saúde. O manuseio inadequado destas substâncias causa a contaminação química nos alimentos e sérios danos à saúde do operador não especializado. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DE SALGADOS Até meados dos anos 70, a produção de salgados no país era bastante precária, ora pelo desconhecimento das normas sanitárias e ora pelos métodos artesanais. Nos anos 80 com o surgimento das primeiras indústrias produtoras de salgados fermentados que eram servidos em lanchonetes e padarias, e de lá para cá com os avanços tecnológicos, novas metodologias e equipamentos surgiram com o intuído de aumentar e padronizar a demanda mercadológica. Neste capítulo você conhecerá quais os equipamentos essenciais para iniciar a produção de salgados. 2.1 Balança As balanças apresentam como função pesar os ingredientes e produtos, com o objetivo de não haver erros de formulação ou falhas na padronização final dos produtos. No ambiente produtivo podemos fazer o uso de dois tipos diferentes de balanças, a mecânica e a eletrônica, sendo essa segunda a mais utilizada. As balanças mecânicas eram bastante utilizadas na década de 90 pelos setores de panificação, porém foram substituídas ao longo do tempo pelas balanças eletrônicas. Esses tipos de balanças funcionam por meio do equilíbrio de um pendulo com prato. Esse tipo de equipamento deve estar sobre uma superfície plana, e constantemente deverá ser nivelada e lubrificada. Veja na figura 05, um modelo de balança mecânica. Figura 05: Balança mecânica Fonte: http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-scale/80404102 A balança do tipo eletrônica passou a ser mais utilizada devida sua praticidade de leitura e calibração, além de ocuparem menos espaço e não necessitarem de lubrificação e nivelamento (salvo balanças analíticas). Nesses tipos de balança, os valores de pesagem aparecem em dígitos num visor. Veja na figura 06, dois modelos de balança eletrônica. Figura 06: Balanças eletrônicas. Tipo A: balança de pesagem de maior escala. Tipo B: balança de uso doméstico artesanal. Fonte: http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-electronic-scales-isolated/585800660 http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-electronic-kitchen- scales/516790212 Além dos nivelamentos e calibrações, um fator de extrema importância no processo de pesagem é a tara. A tara é o peso do utensilio ou recipiente que irá acondicionar o ingrediente a ser pesado, por exemplo, ao pesar 100g de açúcar é preciso descontar o peso do recipiente, e a tara é quem faz esse desconto automaticamente. http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-scale/80404102 http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-electronic-scales- http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-electronic-kitchen- Em outras palavras, se formos pesar 500g de farinha de trigo em um recipiente de plástico, primeiro devemos saber qual o peso desse recipiente. Supondo que o recipiente pese 100g, o peso total visualizado na balança será 600g, ou seja, teremos o peso do recipiente mais o peso do ingrediente, por isso a importância de se tarar a balança. É muito importante não movimentar balanças de um local para o outro, para que a sensibilidade da célula de carga não seja descalibrada. A limpeza deve ser feita por meio do uso de pano umedecido e álcool 70%. 2.2 Masseira As masseiras possuem a função de misturar e homogeneizar todos os ingredientes de uma massa onde será desenvolvida a rede de glúten para posterior fermentação, ou seja, são utilizadas para produzirem massas de esfirra, pães de batata, croissants, enroladinhos, mini pizza e outros. Normalmente as masseiras são constituídas de um tacho em aço inox constituídos de ganchos que promovem a mistura e o desenvolvimento das proteínas do trigo para massa. Atualmente os setores de produção de salgados fermentados trabalham com três tipos de masseiras: semi-rapida e rápida, veja a seguir particularidades de cada tipo. - Masseira semi-rápida: é um equipamento que trabalha em duas velocidades. Normalmente na primeira velocidade os ingredientes são misturados e a parte sólida sofre aeração para melhor homogeneização. A segunda velocidade é onde ocorre o processo de sova, onde o glúten será desenvolvido. Este tipo de masseira confere ao produto depois de pronto, maior leveza devido o processo de aeração inicial. Veja um modelo de masseira semi-rapida na figura 07. ATENÇÃO: Normalmente as balanças utilizam como unidade de medida o grama (g), por exemplo, se em sua formulação você precisar de 1kg de farinha deverá levar em consideração 1000g. Lembre-se que o fator de conversão é sempre 1kg sendo equivalente a 1000g e vice versa. Figura 07: Masseira semi-rápida. Fonte: SENAI-SP (2016). Esses tipos de equipamentos normalmente apresentam um painel de controle com um temporizador para cada tipo de velocidade, de modo a facilitar as operações de fabricação. - Masseira rápida: é um equipamento que opera em apenas uma velocidade de batimento. Por promover atrito nos ingredientes, eleva rapidamente a temperatura da massa, sendo necessário a utilização de gelo ou água gelada. O aquecimento pode romper a rede de glúten e promover o efeito de “queimar a massa”, deixando-a inviável para produção de um salgado volumosos e macio. As masseiras rápidas produzem uma massa em tempos inferiores ao da masseira semi-rápida. Veja na figura 08, um modelo de masseira rápida. Figura 08: Masseira rápida. Fonte: SENAI-SP (2016). 2.3 Batedeira As batedeiras são equipamentos que apresentam como função na fabricação de salgados promover a mistura de ingredientes de maneira uniforme quando se deseja uma massa sem rede de glúten (massa sem liga – veja o item 4.2 do capítulo 4). Normalmente as batedeiras apresentam três tipos de batedores: tipo globo para preparações de massas leves e cremes que necessitem da incorporação de ar, tipo raquete para massas médias (massa sem liga) e tipo gancho para massas pesadas que necessitem da rede de glúten, ou seja, para salgados que serão fermentados. As batedeiras apresentam variações nos níveis de velocidade, que são configurados conforme o produto a ser fabricado. Veja na figura 10 um modelo de batedeira. Figura 10: Batedeira semi indústrial. Fonte: SENAI-SP (2016). Atenção: As masseiras são equipamentos que não devem ser lavadas. Por serem confeccionados em material não compatível com substâncias alcalinas, a higienização das masseiras deve ser feita apenas com água e esponja não abrasiva. 2.3 Forno Os fornos são utilizados para promover o cozimento e/ou assamento dos produtos salgados. Os fornos podem ser de quatro tipos: forno a lenha, forno de lastro, forno de circulação de ar quente ou combinado e forno contínuo. Dentre os modelos mais utilizados temos o lastro e o combinado, sendo os fornos à lenha mais utilizados para o assamento de pizzas e os fornos contínuos em panificadoras. O processo de assamento consiste na aplicação de calor na massa com o objetivo de remover parte da umidade do produto, desenvolver as reações de cor e estruturade produto. O processo de assamento ocorre em quatro estágios: desenvolvimento, endurecimento, secagem e coloração. Na figura 11 você pode observar dois modelos de forno utilizado para assamento de salgados. Figura 11: Forno vertical de circulação de ar e de lastro. Fonte: SENAI-SP (2016). MATÉRIAS PRIMAS UTILIZADAS NA FABRICAÇÃO DE SALGADOS Após reconhecer os equipamentos que serão de grande utilidade e aplicabilidade para as atividades rotineira de um fabricante de salgados, vamos aprender um pouco sobre os variados ingredientes que constituem como um todo a formulação dos variados tipos de salgados. 3.1 Farinha de Trigo Cultivado em quase todas as regiões do planeta, o trigo, desde a pré-história é um dos alimentos mais importantes para o homem. A farinha branca, principal produto do grão de trigo, é obtido por meio do processo de moagem do trigo (parte central e núcleo do grão), em outras palavras, é a moagem do endosperma. A farinha de trigo é dividida em quatro tipos: A. Farinha especial: é extraída da parte central do endosperma é rica em amido, com a melhor qualidade de proteína contida no grão e baixo teor de minerais. Apresenta tonalidade mais clara e granulometria mais fina. B. Farinha comum: é obtida da parte mais externa do endosperma, próxima da casca, e por isso apresenta tonalidade mais escura e granulometria mais grossa. Estabelecendo-se uma comparação com a farinha Especial, a farinha Comum apresenta teor protéico e de minerais mais elevado e teor de amido mais baixo. Apesar do teor elevado de proteína a qualidade dessa proteína é inferior ao da Especial. C. Farinha integral: retirada da casca, de parte do farelo. Este tipo de farinha é usado na fabricação de pães integral e biscoitos do tipo dietético. D. Farinha semolina: obtida do centro do grão, parte equivalente ao germe do trigo, possui cor mais clara se comparada com a farinha comum, e maior tamanho de grânulos. A qualidade de uma farinha depende de sua origem, ou seja, da qualidade do grão. O fato de ser Especial não significa que é de qualidade, pois se a proteína do trigo for de baixa qualidade, naturalmente a farinha também o será. Veja a seguir a composição básica do grão do trigo. 3. 1.1 Composição do grão O grão de trigo é composto das seguintes partes, conforme ilustrado na figura 14. Figura 14: Grão do trigo Fonte: Adaptado de: http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-close-up-detail-of- dried- wheat/126534939 Você pode observar pela figura anterior que o endosperma representa a parte mais interna do grão, que corresponde aproximadamente 85% de sua formação, por isso que a farinha comum é obtida dessa parte. Contudo, o farelo (pericarpo) representa a parte externa do grão e representa aproximadamente 13% da composição do grão de trigo. É a parte do grão que reveste e protege o endospermadurante o processo de moagem. Quando separado, pode finalmente ser moído para compor a farinha integral. E por fim, o gérmen, que representa a parte intermediária corresponde a aproximadamente 2% do grão. É o gérmen a parte que originará a futura planta, essa porção do grão contém grande quantidade de gordura e vitaminas, por isso deve ser separado da farinha, evitando assim que a rancificação da gordura transmita um sabor desagradável para o produto. http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-close-up-detail-of-dried- http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-close-up-detail-of-dried- 3.1.2 Componentes da Farinha Proteínas: confere à farinha de trigo a capacidade de formar uma massa viscosa e elástica, necessária para a produção de pães e salgados, dependendo amplamente das propriedades do componente mais importante, o glúten. O glúten é uma proteína insolúvel em água, composto por duas frações de peptídeos: Glutenina e Gliadina que tem as seguintes funções: • Glutenina: regula o tempo de mistura da farinha; • Gliadina: responsável pelo volume potencial do pão. Quando a farinha de trigo e os demais ingredientes da massa são misturados com água e ocorre ação mecânica (sova) para homogeneização, as proteínas são hidratadas formando desta maneira a rede de glúten, conforme você pode ver na figura 15. Farinha de trigo + Água + Batimento (ação mecânica) = Rede de glúten Figura 15: Formação da rede de glúten Fonte: SENAI-SP (2016). O glúten é responsável pela extensibilidade e pela elasticidade da massa, isto é, pela capacidade que a massa tem de se estender e de voltar ao normal, ou seja, reter maior umidade e armazenar o gás liberado pela fermentação. Amido: o amido é uma substância extraída do milho, arroz, trigo, mandioca, batata entre outros, é composta de unidades de açúcares (glicose), ligadas entre si de modo a formar cadeias. As principais funções do amido é fornecer à farinha a característica de poder se geleificar e ação espessante. 3.2 Fermentos Fermentar é proporcionar o crescimento de uma massa pelo uso do aditivo químico e micro- organismos biológicos que produzam gás carbônico na massa já homogeneizada, ou seja, pela ação de leveduras que proporcionam aos pães a habilidade de se expandir, ou pela ação de substâncias químicas que geram gás CO2 como produto de reação com outras substâncias. Os fermentos apresentam como função promover o crescimento e aeração de uma massa, além de melhorarem sabor e aroma em produtos fermentados biologicamente. 3.2.1 Tipos de fermentação Como comentado anteriormente os fermentos podem comportar-se de duas maneiras distintas, promover a fermentação por meio de substâncias químicas (sendo os sais de bicarbonato os mais comuns) e por meio da ação de micro- organismos (levedura Saccharomyces cerevisae). Veja a seguir um pouco mais sobre os dois tipos de fermentação: Fermentação Química: Agentes químicos ou sais minerais, na presença do calor e da umidade, produzem o gás dióxido de carbono (CO2), expandindo-se sob a ação do calor no forno. Logo, neste tipo de fermentação não existe vida, e sim, expansão ou liberação de CO2 no forno. Este tipo de fermento é muito utilizado na preparação de tortas salgadas, uma massa de característica fluída que não necessita da formação da rede de glúten. Muito utilizado para a produção de bolos e biscoitos, apresenta as seguintes características: Resulta numa mistura de sal + ácido; Os reagentes estão diluídos em amido; Tem alta produção de CO2; Pode ser fermentos de ação rápida, principalmente a frio, e de dupla ação, parte a frio e parte durante o aquecimento. Fermentação Biológica: “Bio” significa vida. Biológico é aquilo que tem vida, que tem ação por crescimento e reprodução. Os fermentos frescos, secos e instantâneos representam esta classe de fermentos. O fermento fresco tem a sua ação controlada pela refrigeração e o fermento seco e instantâneo, pela retirada de grande parte da umidade, isto é, desidratação, e as células estão, por assim dizer, em estado latente. Por ser um ser vivo (fungo), o fermento necessita de alimento (presentes na massa - glicose), temperatura (alta temperatura facilita a produção de açucares que são as fontes de gás) e umidade (massas branda ou mole cresce mais rapidamente que uma massa dura) para seu desenvolvimento. Acompanhe na figura 16, uma imagem do fermento biológico fresco. Figura 16: Fermento biológico fresco Fonte: http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-fresh-yeast/607271426 Os fermentos biológicos frescos devem apresentar algumas características específicas que indiquem sua qualidade, tais como: Umidade - 70% água Apresentação - pacotes de 15g e 500g Temperatura de atuação - por volta de 36ºC Morte - ocorre numa faixa de 50 - 55ºC Cor - cinza creme Sabor - insípido Atenção: os fermentos instantâneos apresentam maior eficiência frente aos fermentos biológicos, sendo necessário 1/3 da quantidade de fermento biológico para exercer a mesma atividade fermentativa. http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-fresh-yeast/607271426 Alto poder fermentativo O tempo de duração de um fermento biológico depende de sua umidade, assim, se não estiver armazenado corretamente, quanto maior sua umidade menor a duração do produto. Recomenda-se que para garantir um aumento da vida útil deste tipo de material, câmaras frias com temperaturas entre 4 a 8ºC para armazenamento dos fermentos frescos, onde sejam obedecidos um espaçamento entre os blocos para a circulação do ar frio. Os fermentos frescos devem ser armazenados sempre pelo menor tempo possível, de modo a evitar seu escurecimento. A seguir veja alguns aspectos sobre o fermento biológico seco e instantâneo. Fermento biológico seco Consiste na secagem do fermento fresco por ar quente, sendo em seguida quebrado em pequenas partículas ou grânulos. O fermento seco produz efeito fermentativo menor do que o fermento fresco, justamente pela perda da água que mantém as células do fermento fresco ativa. A quantidade a ser utilizada deve seguir a recomendação do fabricante do fermento. Contudo, algumas características desse tipo de fermento valem serem observadas: Comercializados em embalagens de 100g e 50g metálicas. Semelhantes a grãos de alpiste, porém com coloração escurecida. Umidade em torno de 9% Apresenta validade próxima à 6 meses, desde que obedecidos os critérios de armazenamento. É necessário realizar uma reidratação com água morna (em torno de 38ºC) juntamente com um pouco de açúcar (em torno de 03 a 4% de açúcar da formulação), mantendo-o em repouso por 15 minutos. Apresenta coloração amarelo palha escuro Possui sabor insípido Apresenta médio poder fermentativo Observe na figura 17, a aparência do fermento biológico seco. Figura 17: Fermento biológico fresco Fonte: http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-dry-yeast/496675194 Fermento biológico seco instantâneo Consiste em células das leveduras das quais a água é extraída por meio da desidratação, o que lhe permite contar ao final do processo com uma baixa umidade, e permanecendo em estado de dormência. O empacotamento é feito à vácuo, o que aumenta o tempo de uso, ou de vida-de- prateleira. Além da quantidade de água e ação fermentadora, outra diferença importante entre o fermento seco e o instantâneo é sua granulometria, enquanto o fermento seco apresenta-se em esferas e pellets semelhante a alpiste, o fermento instantâneo apresenta-se no formato de esferas minúsculas, semelhante a grãos de areia. Na figura 18, você pode observar a aparência do fermento instantâneo. Figura 18: Fermento biológico fresco Fonte: http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-pile-of-instant-yeast- isolated- on-white/610117344 http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-dry-yeast/496675194http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-pile-of-instant-yeast- Algumas características que o fermento instantâneo pode apresentar: Embalagens de 450 g a vácuo, permitindo que o fermento seja solto, com ausência de grumos. Aparência de grânulos muito pequenos quase como areia fina. Umidade em torno de 5%. Durabilidade de 2 anos e após abertura do pacote, dev-se utilizar no menor prazo possível. Conservação em temperatura ambiente. Não é necessária reeidratação devido ao pequeno tamanho dos grânulos. Pode ser adicionado direto na farinha. Usar 1/3 do fermento fresco sobre a quantidade de fermento biológico. Coloração creme claro. Sabor insípido. Alto poder fermentativo. Como você pôde perceber são muitas as vantagens do uso do fermento biológico instantâneo. Além dessas já apresentadas, podemos também ressaltar: Não necessita de refrigeração; A embalagem fechada possui alta durabilidade (2 anos); Proporciona excelente tolerância e salto de forno às massas; Permite maior controle de fermentação em temperaturas elevadas; Proporciona melhor uniformidade das células no miolo do pão. Diferenças entre os tipos de fermentos biológicos Características Fermento Fresco Fermento Seco Prensado Granulado Instantâneo Temperatura de armazenagem Controlada de 4 a 8° C Temperatura ambiente Temperatura ambiente Conservação Curta Longa Longa Atividade / Kg Baixa Média Alta Poder gaseificante Consistente Variável Consistente Umidade Alta: 70% Baixa: 7 a 9% Baixa: menor 5% Manuseio especial Não Reidratação Não 3.3 Sal O sal é cientificamente classificado como cloreto de sódio, cuja fórmula química é NaCl, é conhecido como sal de cozinha comum, que é refinado e tem granulometria homogênea, veja na figura 19. Figura 19: Sal Fonte: http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-sea-salt/536276683 O excesso de sal pode causar vários problemas de saúde como pressão alta, doenças nos rins e coração, assim, deve ser usado somente na quantidade necessária para conferir o efeito desejado no produto. O sal além de proporcionar o gosto salgado possuem diferentes funções de acordo com o produto em que está sendo adicionado, sendo: realçador de sabor, controlador do processo de fermentação e tempo de mistura e fortalecedor do glúten. Funções: Realça o sabor; Controlador da fermentação e tempo de mistura; Fortalecedor do glúten. Características: Livre de impurezas para que não reaja com outros ingredientes da formulação; Granulometria homogênea; Refinado. http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-sea-salt/536276683 3.4 Açúcar É um produto obtido a partir do refinamento químico o melaço de cana, que em preparações de salgados são utilizados principalmente para obter um produto macio, como substrato para o fermento biológico e auxilia na retenção da umidade. Figura 20 Açúcar Fonte: http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-sugar/518978327 3.5 Gorduras As gorduras são ingredientes ricos em lipídios e podem ser de origem animal ou vegetal. • Gordura Animal: Existem dois tipos: a banha que é derivada do porco e a manteiga, que é derivada do leite. • Gordura Vegetal: são as gorduras extraídas dos vegetais como o milho, a soja, o coco, a azeitona e outros; conhecida como óleos vegetais, que se encontra no estado líquido e só é comercializada no estados sólido graças ao processo de hidrogenação. OBSERVAÇÃO: Ao se fornear preparações com alta quantidade de açúcar, esse deverá apresentar menor temperatura do cozimento, pois o açúcar sofre uma reação de escurecimento chamada de reação de Maillard. . http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-sugar/518978327 Entre as diversas funções das gorduras na fabricação de salgados, destacam-se a sua capacidade lubrificante, melhorador de textura, aumento na retenção da umidade e no volume da massa fermentada e conferir propriedades conservadoras. As características que tornam uma gordura apropriada para ser utilizada em formulações de salgados são propriedades sensoriais próprios e característicos (cor, sabor e aroma), apresentarem boa estabilidade à temperatura ambiente, serem pastosas ou líquidas. Veja alguns tipos de gorduras na figura 21. Figura 21: Gorduras Fonte: http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-butter-sticks/513315099 http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-bottle-of-oil-on-its-side-two- bricks-of- butter/BBA_062 3.6 Leite Um alimento produzido pelas glândulas mamárias de animais mamíferos. É considerado completo por possuir elevada quantidade de cálcio, fósforo, gordura, proteína, lactose (açúcar do leite) e vitaminas. O leite é classificado de acordo com a quantidade de gordura de sua composição: - Leite integral – 3,5% de gordura - Leite semidesnatado – 1,5% 0 2% de gordura CURIOSIDADE: Apesar de sua baixa aceitação por conta dos critérios de saudabilidade, as gorduras hidrogenadas são as mais indicadas para preparações de salgados. Sua estrutura química permite que o produto se torne macio e com maior retenção de umidade. http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-butter-sticks/513315099 http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-bottle-of-oil-on-its-side-two- - Leite desnatado – 0,5% de gordura Figura 22: Leite Fonte: http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-close-up-of-a-bottle-of- milk/71261486 Normalmente para se produzir salgados utiliza-se do leite em pó, que nada mais é do que um dos tipos de leite mencionado anteriormente, que são submetidos a processo de secagem por ar quente para remoção da água, ou seja, os teores de gordura não serão alterados desde que respeitado sua taxa de restituição que equivale em torno de 12,5%. Além de conferir ao produto enriquecimento nutricional, em salgados o leite apresenta funções de: melhorar a coloração de massas fermentadas, reter umidade, aumentar estabilidade da massa e melhorar os efeitos de conservação do produto. Entre as características que o leite deve apresentar, podemos citar ausência de aromas, sabores e cores estranhas. 3.7 Ovos De acordo com regulamentos técnicos específicos do Ministério da Agricultura, ovos são alimentos provenientes da postura das aves. Os ovos podem ser encontrados para comercialização e também utilizados nas formas in natura (fresco), pasteurizado (sofreu tratamento térmico) ou em pó (gema, clara, ovo integral). http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-close-up-of-a-bottle-of- Figura 23: Ovo Fonte: http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-broken-chicken- egg/512520742 Em produções de salgados os ovos são utilizados para fins diversos, tais como: melhorar a coloração e o sabor do produto, conferir valor nutritivo e melhorar a textura do produto. Com os conhecimentos necessários acerca dos equipamentos e ingredientes que fazem parte do processo de fabricação de salgados, é importante que você entenda como funcionam as formulações destes produtos e como calcular seus percentuais para valores em massa, acompanhe essas informações no próximo capítulo. http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-broken-chicken- TIPOS DE MASSAS Você certamente conhece variados tipos de salgados, e já deve ter percebido que cada salgado apresenta um tipo de massa diferente, por exemplo, se você comparar uma coxinha, sua massa é diferente da massa de uma empada que por sua vez é diferente da massa de um pão de batata. Neste capítulo você aprenderá quais os tipos de massas existentes que você deve ter conhecimento ao se iniciar uma produção de salgados. 4.1 Massa Fermentada A massa fermentada é aquela que em sua formulação houve adição do fermento biológico, e como você já viu nos capítulos anteriores, esse fermento é constituídode um microrganismo (levedura) denominado Saccharomyces cerevisae, que se multiplica na massa, provocando a fermentação. Esse microrganismo unicelular, vai se reproduzir sozinho, em um meio particular. Na produção de salgados fermentados, seu papel é produzir o gás carbônico, álcool etílico, componentes aromáticos que contribuem para melhorar os aspectos das massas. As massas fermentadas são uma mistura de farinha, água e fermento. O princípio dela é a formação da rede do glúten a partir das proteínas da farinha e o crescimento da massa devido liberação do gás dióxido de carbono gerado pelo processo de fermentação, tornando assim um produto aerado e com consistência macia. São exemplos de salgados fermentados: esfirras, pães de batata e croissants. Veja a aparência de uma massa fermentada na figura 24. Figura 24: A. Massa fermentada. B. Croissant Fonte: http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-dough/186213171 http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-baker-making- croissants/122441602 4.2 Massa sem Liga As massas sem liga são aquelas cuja formulação apresenta um elevado porcentual de gordura. São as populares massas podres. Essa massa não deverá ser sovada, para o prepara desse tipo de massa fazer uso da batedeira e do batedor raquete. Não deve haver a formação da rede de glúten. O produto depois de pronto deverá ser refrigerado por aproximadamente seis horas, pois assim ele apresentará as características apropriadas para o manuseio. A característica desse tipo de massa quando pronta é predominantemente a crocância. Para esse tipo de massa recomenda-se o uso de qualquer tipo de gordura. Essa gordura tem a propriedade de separar os grânulos de amido, além de conferir à massa certa flexibilidade. São exemplos de salgados que utilizam massa podre: empadas, tarteletes e quiches. Veja a aparência da massa podre na figura 25. Figura 25: A. Massa sem liga. B. Quiche Fonte: http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-savoury-pie-isolated/461795227 http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-dough/186213171 http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-baker-making-croissants/122441602 http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-baker-making-croissants/122441602 http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-savoury-pie-isolated/461795227 4.3 Massa Cozida As massas cozidas apresentam em suas formulações ingredientes como: farinha de trigo, fubá, polvilho e outros, que levados em aquecimento sofrem o processo da gelatinização do amido, formando uma massa com aspectos consistente e ao mesmo tempo macio. Dependerá das porcentagens aplicadas. Possibilitando a essa massa formada a partir desse processo, a aplicação de modelagem diversa e a combinação de recheios os mais variados possíveis. E ao final do processo, os produtos poderão ser assados, fritos ou servidos ao natural cozidos. São exemplos de salgados que utilizam massa cozida: coxinhas, croquetes e rissoles. Veja a aparência da massa cozida na figura 26. Figura 26: A. Massa cozida. B. Coxinha Fonte: http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-coxinha-de-galinha-brazilian-deep- fried/490773492 4.4 Pré-Mistura A pré-mistura é um produto onde em sua formulação está contido a maior parte dos ingredientes que serão necessários para a produção do produto escolhido, poucos se tem a acrescentar como água e fermento biológico e em eventuais casos ovos. Existe hoje no mercado uma variedade enorme de pré-mistura, na área de salgados, desde massa fermentada até os próprios salgadinhos. Essa tecnologia garante a padronização do produto a ser produzido e a rapidez do processo. Hoje em dia existem muitas pré-misturas que as grandes indústrias de salgados utilizam para produção de uma massa padrão e de fácil modelagem automatizada. Entretanto, a realidade dos pequenos fabricantes está apenas nas pré-misturas para pão de queijo. http://www.thinkstockphotos.com/image/stock-photo-coxinha-de-galinha-brazilian-deep- PRECIFICAÇÃO E FICHA TÉCNICA O valor do meu produto inclui: Material gasto Mão de Obra Despesas fixas e Lucro (ingredientes + (minutos variáveis (pesquisa de campo – insumos) trabalhados) público-alvo – percentual de lucro) Mão de obra: calcular seu salário por minuto e multiplicar pelo tempo de execução da receita Quanto quero ganhar por mês? Quantos dias quero trabalhar no mês? Quantas horas por dia? Multiplique as horas pela quantidade de dias que vai trabalhar Divida o valor que quer receber no mês pelas horas Valor do minuto trabalhado (divida o valor das horas pelos minutos de uma hora – 60) R$2.500,00 20 dias 8 horas 160 2.500,00/160 15,62/60=0,26 horas/mês = 15,62 Então, para eu conseguir ganhar R$2.500,00/mês trabalhando 8h/dia, meu minuto de trabalho sai R$0,26 – daqui tiro meu salário Despesas fixas e variáveis: Pegue seus últimos 12 meses de contas (água, luz, telefone, internet, aluguel, etc..) Some esses 12 meses de CADA conta e divida por 12 para encontrar a MÉDIA de cada despesa Se vc trabalha em casa 8h/dia e divide o uso pessoal com o profissional divida o valor de cada conta por 3 (8h=1/3dia) para saber o quanto SEU NEGÓCIO gasta por mês naquele custo Faça esse cálculo para todas as contas fixas e encontre o valor da despesa fixa de seu negócio de confeiteira. Depois some todo esse gasto fixo Divida o valor das despesas fixas pelo número de horas trabalhadas no mês Divida o valor das despesas em uma hora pelos 60 minutos da hora. Aqui está o valor gasto por minuto com as despesas fixas mensais p.ex.: 12 contas de luz somadas dão um total de R$3.000,00 Divida 3.000,00/12 Media de gasto mensal de R$250,00 250/3=R$83,33 Esse valor é o que seu trabalho utiliza por mês de energia elétrica Tendo feito o cálculo anterior para cada variável e somando todas, supomos que o total de despesas fixas no mês seja de R$400,00 Valor gasto de despesas fixas por hora: R$400,00/160 = R$2,50 Valor do gasto de despesa fixa por minuto R$2,50/60 = 0,041 Então: • Valor total de custo ingredientes + insumos = R$40,00 • Tempo total gasto para toda a produção + finalização = 80 minutos • Mão de obra: 2.500/160 = R$15,62 • Valor da mão de obra por minuto: R$15,62/60 = R$0,26 • Valor que a produção da receita paga de mão de obra: R$0,26x80 = R$20,80 • Valor do gasto de despesa fixa por hora: R$400,00/160 = R$2,50 • Valor do gasto de despesa fixa por minuto: R$2,50/60 = R$0,041 • Valor que a receita paga desses custos: R$0,041x80 = R$3,28 Materiais + mão de obra + Despesas R$40,00 R$20,80 R$3,28 Tempo de produção 80 minutos Rendimento: 20 unidades de 5x5cm Custo de produção R$64,08 Custo por unidade: R$64,08 / 20 = R$3,20 A partir desse valor, entra a pesquisa de mercado. Daqui você já está recebendo seu salário O que vem além disso, é o lucro • Lucro: pesquise o mercado ao seu redor • Saiba qual o valor do seu produto, percebido pelo seu cliente (quanto ele está disposto a pagar pelo seu produto) • Veja qual o seu público alvo, suas necessidades e desejos e identifique o valor de seu produto com a maior lucratividade possível para seu trabalho Observar investimentos em equipamentos, que aumentem sua produção e te permita ter um lucro maior com tempo de produção menor (p.ex.: forno, fornecedores diretos, compras em atacado) PÃO DE QUEIJO INGREDIENTES • 125g leite fervente • 200g polvilho doce • 50g polvilho azedo • 1 ovo • 10g sal • 250g queijo meia cura (picar 70g e ralar o restante) • 50g margarina PREPARO • Coloque o leite fervente sobre os polvilhos, misturando bem • Após isso, misture os demais ingredientes, reservando70g de queijo para colocar no final • Misture até ficar homogêneo • Faça bolinhas de 40g e coloque em forma untada • Deixe descansar 10m e leve para assar em forno pré aquecido 180°C ANOTAÇÕES QUIBE RECHEADO INGREDIENTES QUANTIDADE 500g Trigo para quibe 100g Cebola ½ Maço de hortelã 500g Carne moída (músculo ou acém) 65g Creme de cebola Q.B.Sal Q.B.Pimenta 200g Muçarela pedaço 6 fatias Presunto fatiado 1 unidade Tomate em rodelas • Coloque o trigo de molho na água filtrada por 2h e cubra-o. • Retire o excesso de água deixando o trigo BEM seco (com um pano de algodão) • Bata a cebola com hortelã no processador até ficar cremoso • Misture em um bowl todos os ingredientes e acerte os temperos. Mexa muito bem essa mistura. • Leve essa mistura ao processador até formar uma massa bem firme • Retire, misture e passe novamente pelo processador • Unte uma forma média com margarina, distribua metade da massa, coloque o recheio e cubra com a outra parte. • Cubra com papel alumínio e asse a 170°C até secar, retirando o papel após 15 minutos ANOTAÇÕES PEITO DE FRANGO (cozimento e congelamento) Cozinhar 600g, submerso com ½ cebola e 2 dentes de alho, pitadinha de sal, colorau e orégano Resfriar, desfiar, armazenar em geladeira para uso futuro RECHEIO PARA EMPADÃO • 400g peito de frango cozido e desfiado • 1 cebola média em brunoise • 2 dentes de alho em brunoise • 15g azeite • Colorau Q.B. • Cheiro verde a gosto • 1 lata de milho • 1 lata tomate pellati • 15g farinha de trigo • 120g água • 1 copo (200g) requeijão • 100g Azeitonas verdes sem caroço • Sal, orégano e pimenta do reino Q.B. Em uma panela, colocar o azeite e o colorau e levar ao fogo. Colocar a cebola, deixar dourar. Acrescentar o alho. Colocar o frango desfiado e os temperos e refogar bem Acrescentar o milho e as azeitonas. Colocar a farinha e mexer muito bem. Em seguida acrescentar o tomate pellati e a água. Deixe cozinhar Juntar o requeijão, mexer e desligar. Utilizar frio RECHEIO FRANGO DESFIADO PARA DOGUINHO • 200g frango desfiado • 2 colheres sopa óleo • ½ cebola • 1 dente alho • Cheiro verde • Colorau • 1 colher catchup* • 2 colheres mostarda* • 2 colheres maionese* Aquecer o azeite com o colorau até fritar bem e colocar a cebola com o alho. Colocar o frango desfiado, mexer até dourar Acrescentar o cheiro verde picado. Esfriar e, *no dia de usar adicionar a mostarda, catchup e maionese ANOTAÇÕES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ RECHEIO DE PALMITO 1 vidro grande de palmito picado Refogar a cebola e o alho. Colocar a ½ cebola picadinha farinha e mexer bem. Acrescentar o leite e 2 dentes de alho mexer até dissolver. Colocar o palmito, o 1 tomate picadinho tomate e acerte o sal. Cozinhar até 20g de farinha de trigo engrossar. Colocar o cheiro verde e 140g de leite esperar esfriar. Cheiro verde a gosto Sal e pimenta ANOTAÇÕES _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ MASSA ESFIHAS FECHADAS ESPONJA: • 60g água • 60g farinha de trigo • 3g fermento biológico seco PREPARO: Juntar o fermento e a farinha e colocar a água, misturando bem, até ficar uma massa pegajosa. Fechar com filme ou um pano molhado e deixar fermentar por 30 minutos MASSA: • 270g farinha de trigo • 6g sal • 12g açúcar • 75g óleo • 115 g agua aproximadamente Juntar a farinha, sal e açúcar e colocar a esponja. Coloque a água aos poucos até dar ponto de sova. Começar a desenvolver o glúten, coloque o óleo e sove até absorver. Bolear a massa e deixar descansar 10 minutos. Dividir em 12 partes iguais (aprox.. 50g cada bolinha) Descansar 10 minutos e abrir com o rolo. Colocar o recheio RECHEIO • 300g patinho moído • 2 tomate sem pele e sem semente • 60g cebola • Pimenta síria, sal e cheiro verde a gosto • Misture tudo e faça bolinhas de 35g • Recheie e modele as esfihas. • Pincele ovo e asse imediatamente ANOTAÇÕES: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ PÃO DE BATATA INGREDIENTES: Massa: • 200g batatas cozidas e amassadas • 200g leite APROXIMADAMENTE • 600g farinha de trigo • 5g açúcar • 10g fermento seco • 8g sal • 60g margarina • 2 ovo • 40g óleo • Ovo para pincelar • Requeijão cremoso uso culinário MODO DE PREPARO: Juntar os secos, acrescentar as batatas já frias, o ovo, a margarina e o óleo. Colocar o leite até dar o ponto. Sovar aproximadamente 30m. Deixar descansar 10, bolear, porcionar em 80g e fermentar 40m. Abrir, rechear com 40g de requeijão cremoso. Deixar fermentar até dobrar de tamanho, pincelar ovo e assar. ANOTAÇÕES: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ MASSA LEVEDADA PARA SALGADOS ASSADOS HIDRATAÇÃO COM ÁGUA ou LEITE – 1,970kg - rende 25 porções de 80g de massa/ 20 de 100 / 75 de 25g) INGREDIENTES • 1000g farinha de trigo • 40g açúcar • 4g sal • 580g (água ou leite) • 120g manteiga • 3 ovos • 60g óleo vegetal • 15g fermento biológico seco PREPARO: MÉTODO DIRETO Misture todos os ingredientes secos, EXCETO O SAL Coloque os ovos e aos poucos, o líquido. Junte o sal e sove bem. Ao desenvolver o glúten, coloque as gorduras. Sovar bem Bolear e descansar 10m. Porcionar, rechear e modelar Deixar fermentar até dobrar de tamanho Pincelar gema, clara ou ovo com leite e assar. MASSA COM LEITE: 1. HAMBURGUINHO Separar 6 porções de 100g Abrir e rechear com • 1 rodela tomate • 1 fatia muçarela • 1 fatia presunto • 1 hamburguer previamente Bolear, deixar fermentar, pincelar claras e gergelim e assar assado 2. DOGUINHO Separar 6 porções de 100g Abrir com o rolo, um quadrado de 10x10cm • Montar os doguinhos com a salsicha lavada e seca, aberta, o frango desfiado com os molhos. OU Abrir um retângulo na largura da salsicha, colocar todos os recheios e cortar as pontas antes de enrolar Deixar fermentar Pincelar ovo batido com água e colocar orégano antes de ir ao forno ANOTAÇÕES 3. TROUXINHA DE PRESUNTO E QUEIJO Separar 6 porções de 120g massa RECHEIO: • 180g Muçarela ralada • 150g presunto ralado • 2 tomates picado sem pele e sem semente • orégano Separar porções de 60g de recheio para cada salgado. Abrir disco de 16cm. Abrir a massa, rechear, modelar Deixar fermentar, pincelar ovo Dispor uma rodela de tomate com orégano em cima e assar ANOTAÇÕES__________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ MASSA COM ÁGUA: 1. CATARINA DE CALABRESA Separar 500g da massa e abrir retângulo 2. Esfiha aberta de carne 20 porções de 30g 3. Esfiha aberta de queijo 20 porções de 30g ANOTAÇÕES _ Modelar, deixar fermentar, pincelar ovo e assar • 200g muçarela ralada • 200g calabresa picada • Rechear cada porção com 10g de carne Modelar, fermentar e assar • 150g patinho moído • 50g cebola • Sal, pimenta síria • Limão Misturar e deixar escorrer em peneira Rechear cada porção com 15g de recheio Modelar, fermentar e assar • 200g muçarela ralada • 100g creme de leite • Cheiro verde a gosto MASSAS QUEBRADIÇA PARA SALGADOS NÃO LEVEDADOS 1. QUICHE Rendimento: 1 quiche de 202m de diâmetro INGREDIENTES • 250g farinha de trigo • 125g manteiga gelada • 5g sal • 1 gema • 50g água gelada (se necessário) PREPARO • Misture a farinha e o sal • Agregar a manteiga em pedaços, bem gelada. Misturar com a ponta dos dedos • Colocar a gema e, se necessário, a água (aos poucos) • Embrulhar a massa no plástico e levar para gelar • Abrir com o rolo entre 2 plásticos, colocar na forma desejada, FURAR a massa e pré- assar a 180°C, 8 a 10 minutos e rechear CREME PARA QUICHE • 300g creme de leite • 3 ovos • 30g parmesão ralado • 30g azeite oliva • Sal e pimenta branca • Noz-moscada PREPARO • Bater tudo no liquidificador • Despejar na quiche pré assada e dispor o recheio desejado RECHEIO ANOTAÇÕES: Refogar a cebola e o alho poró no azeite. Deixar esfriar Colocar sobre a massa pré-assada e cobrir com o creme. Colocar as metades do tomate cereja e manjericão desidratado Voltar ao forno para assar cerca de 20 min. • 2 talos de alho poró fatiados finamente • ½ cebola em brunoise • azeite • 200g tomate cereja cortados ao meio • Manjericão desidratado 2. EMPADÃO DE FRANGO CREMOSO MASSA: Fazer a sablage com a farinha, sal e a 400g farinha de trigo manteiga. 200g manteiga gelada Colocar os ovos e, se necessário, água gelada. 1 ovo + 1 gema Levar à geladeira em oplástico filme por 30 Água gelada (Q.B.) min. 6g Sal Abrir na forma, rechear, cobrir e levar Egg wash para pincelar novamente à geladeira. Pincelar o egg wash Assar em forno quente a 180°C até dourar RECHEIO: • Utilizar o recheio feito no 1° dia ANOTAÇÕES: 3. EMPADINHA DE PALMITO INGREDIENTES • 125g manteiga • 125g banha • 1 ovo • 5g sal • 500g farinha de trigo PREPARO Agregar tudo em uma bacia, exceto o ovo. Misturar com as pontas dos dedos, sem sovar Por último colocar o ovo e agregar. Quando estiver unida, enrolar em plástico e levar para gelar. Abrir na forminha, rechear e fechar. LEVAR PARA GELAR Pincelar gema e assar A 180°c RECHEIO: • Utilizar o recheio feito no 1° dia ANOTAÇÕES: