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LISTA 1 – TECNOLOGIA DE PANIFICAÇÃO 1. O que é extensibilidade? É a propriedade da massa que permite a sua distensão quando é submetida a uma força, porém não permite que ela retorne a forma original quando cessada a força 2. O que é glúten e quais suas principais propriedades? O glúten é uma estrutura formada pelas proteínas do trigo, constituído pelas gliadinas, gluteninas e resíduo proteico. Assim promove formar uma massa viscoelástica, quando submetida à mistura com água Propriedades: maciez e extensibilidade conferidas pelas gliadinas firmeza, elasticidade e resistência conferidas pelas gluteninas 3. O que é elasticidade É a propriedade da massa que permite a sua distensão quando é submetida a uma força, voltando à sua forma inicial quando cessada a força 4. O que são lipídeos são materiais brancos, insolúveis em água, untuosos ao tato e deixam mancha translúcida no papel. Os lipídios presentes nos grãos dos cereais são constituídos, em sua maioria, por ácidos graxos poli-insaturados. No trigo distribuem-se em 2 formas: 98% no germe 2% no endosperma (fosfolipideos, lisofosfolipídeos) -> enzima que atua na degradação desses lipídeos é a lipoxigenase 5. Quais são os equipamentos essenciais empregados em panificação? Balança: para pesar os ingredientes Masseira ou Amassadeira: função é misturar e sovar a massa. Tipos: semi-rápida, rápida e convencional Forno: Câmara responsável pela cocção (“assamento”) dos pães. Tipos: lenha (quase extintos devido ao seu tamanho e dificuldade de controle), à diesel, gás, ou elétrico. 6. Quais são os equipamentos necessários empregados em panificação? Cilindro: desenvolve o glúten, homogeneizando a massa (efeito de alisamento), e auxilia no crescimento, já que obtém uma melhor retenção do gás da fermentação. Um pão feito diretamente na masseira é mais volumoso, por causa da possibilidade de se agregar mais água à massa, enquanto que a massa cilindrada forma um pão de volume mais reduzido e compacto (“massudo”); Divisora: objetivo de dividir a massa em partes menores, de mesmo volume e mesmo peso. Divide a massa em 30 porções Modeladora: Modela todos os tipos de pães enrolados, inclusive o francês. Constitui-se de um sistema de rolos e lonas de feltro, onde inicialmente a massa é comprimida por dois cilindros reguláveis (desgaseificando e laminando a massa), e posteriormente é enrolada entre dois feltros circulando em sentido contrário (completando o alongamento, enrolamento e selagem da massa), onde o peso e formato da massa, mais a inclinação da lona de sustentação fazem com que a massa saia da modeladora pronta para o crescimento. Armário e esteiras: esteira é uma espécie de bandeja perfurada, onde os pães ficam dispostos em fileiras A capacidade de cada armário depende de cada fabricante, mas geralmente comporta 20 esteiras dispostas verticalmente, uma sobre a outra. O armário é um substituto econômico da câmara de fermentação, onde as peças de massa fermentam em um ambiente livre de circulação de ar, e também armazena o pão pronto, após a saída do forno. CUIDADO: evite usar massa em crescimento e o pão pronto no mesmo armário; isto amolecerá o pão, e ressecará a massa). 7. Quais são os equipamentos opcionais empregados em panificação? Dosadora de Água: refrigera a água à ser utilizada na panificação. A necessidade de usar água gelada, principalmente no verão, é devido ao aquecimento excessivo da massa, durante o amasse, que pode prejudicar a fermentação. Padarias que não possuem a dosadora, geralmente guardam baldes d’água em geladeiras ou freezers, ou incorporam blocos de gelo na massa, o que torna a fabricação mais trabalhosa. Câmara de fermentação: Modelos menores constituem de um “armário” com controle de temperatura (e alguns com controle de umidade), de forma à controlar a fermentação. Dotado de resfrio e aquecimento com temporizador, é possível programar uma massa feita pela tarde, para mantê-la refrigerada (sem crescimento) até determinado horário da madrugada, onde será feito o aquecimento para que o padeiro possa assá-la na parte da manhã. Moinho de rosca: É um moinho pequeno, com estrutura em aço e alumínio, essencial para a produção de farinha de rosca à partir dos pães secos naturalmente ou pelo forno (sobras de produção). Fatiadora: Máquina que corta em fatias os pães maiores (acima de 200 gr), geralmente de fôrmas, filões ou bolas. Batedeira: Instrumento de confeitaria. Só é utilizada para preparar massas e cremes. 8. O que é um oxidante? é um agente que na panificação faz com que as ramificações das moléculas de glúten passem à ligar-se com a sua própria estrutura, reforçando esta, e consequentemente elevando a elasticidade da massa. São substâncias que ao se dissociarem, produzem molé. de O2 que promove as oxidações dos grupos tiois (S-H) dos aa sulforados, com a consequente formação de pontes de dissulfeto entre aa 9. O que é diástase/ atividade enzimática? Definida pela quantidade de enzima alfa-amilase presente no trigo. Sua função é quebrar as moléculas de amido em partes menores, para que outra enzima, a beta-amilase transforme este amido danificado em maltose, um tipo de açúcar que dará energia suficiente para a germinação da semente, ou no caso de panificação, servir de alimento para as células de fermento de forma a produzir o gás necessário para o crescimento. Assim, quanto maior a diástase, mais açúcares são formados a partir da farinha. 10. De as características e função de uma masseira. Sua função é misturar e sovar a massa. O modelo mais comum é composto de um tacho (bacia), onde os ingredientes são incorporados, e a sova é feita por um braço (ou garfo) de forma espiral, perpendicular à base do tacho. Este tipo possui duas velocidades, uma lenta, com a finalidade única de mistura, e outra rápida, que desenvolve o glúten da massa, dispensando o cilindro. masseira semi-rápida, apronta a massa em torno de 10 a 15 minutos masseiras rápidas: prepara a massa em torno de 5 à 7 minutos. masseira convencional, há muito deixou de ser usada por ser lenta e exigir o uso do cilindro 11.O que é pó para fornear, qual é o seu nome comercial e como é a sua atuação? Pó para fornear (fermento químico): é um agente de catalisador de reações químicas com a água, usado em biscoitos, pães rápidos e outros produtos assados, para produzir expansão de uma massa instantaneamente. Serve para tornar a massa leve e fazer com que a massa assada cresça pela produção de milhões de minúsculas bolhas de gás carbônico aumentando o volume e a porosidade. Essas bolhas de gás são liberadas dentro da massa úmida, em seguida o calor do forno as expande até que a massa asse e fique firme. Feito de bicarbonato de sódio e creme de tártaro (bitartarato de potássio) ou algum outro pó ácido e amido como carreador, que liberta dióxido de carbono quando misturada com líquido, e liberta-o novamente, quando exposto ao calor. 12.O que é fermento biológico e qual a sua forma de atuação? O fermento biológico é um concentrado de fungos específicos, que constituem em seres vivos inertes pela baixa temperatura (no caso do fermento em pasta) ou pela baixa umidade (no caso do fermento seco). Ao submetê-lo em condições ideais de temperatura, umidade e alimento, este entra em atividade, ou seja, passa a se alimentar dos açúcares presentes na composição da massa e expelindo como subproduto de sua digestão, álcool e gás carbônico (fermentação alcoólica). O gás é retido pela massa dando o efeito do crescimento e o álcool parte contribui no aroma, e parte se perde no ar Fermento químico: libera gás carbônico (CO2) a partir do aquecimento e/ou reação com os ingrediente dareceita (a água por exemplo). 13.Qual a função da gordura na massa? A gordura lubrifica o glúten formado na massa, deixando-a branda, uniforme e com elevado aumento da extensibilidade. Quanto mais gordura se acrescenta na receita, verifica-se que a casca e o miolo do produto final torna-se mais macio, e com conservação mais prolongada Recomenda-se que ao preparar uma massa de pão, adicionar a gordura somente quando toda a farinha de trigo estiver hidratada, pois caso contrário, a farinha em presença direta com a gordura terá dificuldades de hidratação, pois é uma tendência natural da matéria 0graxa não se mesclar com a água. Esta propriedade favorece a conservação do pão, pois uma vez que as camadas de gordura estejam bem distribuídas no miolo, a água presente no interior do pão terá dificuldades de ser expelida naturalmente, demorando mais para que o pão “seque”. A boa distribuição da gordura na massa só é possível com a presença de estabilizantes ou emulsificantes, presentes nos aditivos de misturas prontas, ou nos “reforçadores”/melhoradores empregados pelas panificadoras para a confecção dos pães 14.Como atua os estabilizantes ou emulsificantes: As suas moléculas possuem uma extremidade hidrófila (que se incorpora com água) e outra lipófila (ávido por gorduras). Esta característica permite que graxa e água que antes não se misturavam, agora fiquem bem distribuídos e estáveis, devido à ponte de união favorecida pelos estabilizantes. Como parte de sua estrutura possui característica de gordura, o efeito causado na massa também é semelhante, amaciando a casca e o miolo do pão e acentuando a extensibilidade da massa. 15.Diferencie uma farinha “forte” de uma farinha “fraca”? Quanto mais forte for a farinha: mais trabalho mecânico é imposto pela masseira e/ou cilindro para que a massa fique pronta para o manuseio mais “agregada” fica a mistura, possibilitando a adição de mais água na massa mais dificulta o crescimento, por “segurar” com mais intensidade a expansão da massa Quanto mais fraca for a farinha: menos trabalho mecânico é necessário para a massa ficar lisa e enxuta para o manuseio menos líquido é retido, pois a massa “se solta” com muita facilidade, dando efeito pegajoso mais aumenta a incidência de bolhas na superfície da massa, devido ao crescimento descontrolado da massa “frouxa”. 16.Defina falling number (índice de queda)? É o principal teste utilizado para determinar a atividade da enzima alfa-amilase, tanto no grão de trigo quanto na farinha dele obtida. é um método viscosimétrico, que mede o efeito da alfa-amilase, sua atividade e também propriedades do amido da farinha durante o processo de aquecimento. é obtido através da medida do tempo de queda de um bastão dentro de uma solução de farinha 17.O que é teste alveográfico? consiste na preparação de uma massa com farinha de trigo e solução de cloreto de sódio (sal de cozinha), considerando a absorção padrão de água de 56% e tendo todo o procedimento de mistura e preparo de massa padronizado. Com a massa é feito um pequeno disco de circunferência e espessura uniformes e, posteriormente, é inflada, sob pressão constante, uma quantidade de ar suficiente para a formação de uma bolha de massa até a sua extensão total e conseqüente ruptura.. 18.O que é “ponto de véu”? É aquele momento em que a massa fica bem elástica, pode ser puxada sem romper e é possível até mesmo ver a mão por trás dela. 19.De as características e função de forno. Câmara responsável pela cocção (“assamento”) dos pães. Em relação ao seu funcionamento, existem os fornos à lenha (quase extintos devido ao seu tamanho e dificuldade de controle), à diesel, gás, ou elétrico. Quanto ao modelo, os mais comuns são o forno de lastro e o forno turbo. O forno de lastro é uma câmara comum, que recebe apenas uma única camada de pães por lastro. O forno turbo, abrange várias camadas de pães, numa única câmara, e assa por convecção, ou seja, o calor é circulado mecanicamente por uma ou duas ventoinhas (“ventiladores”), situados ao fundo do forno. 20.Comente sobre os diversos tipos de fermentação Fermentação alcoolica: Acética Lática 21.Comente sobre o controle de temperatura. Como se sabe, a temperatura é um dos principais contribuintes para a boa fermentação e, portanto, é essencial manter uma temperatura estável durante todos os processos, do batimento até o forneamento. Controlando a temperatura, é possível garantir que as leveduras e as enzimas fiquem “satisfeitas” e façam seu trabalho da melhor maneira possível. 22.Faça um comentário sobre o controle de umidade. Como o nível de umidade precisa ser controlado de forma precisa, o ideal é utilizar um sistema de desumidificação de ar com controle digital. O desumidificador por dessecante realiza o processo de adsorção da umidade do ar, eliminando o excesso de água na área externa do ambiente de fabricação. Para se ter uma ideia, em dias mais chuvosos, a umidade do ar pode ultrapassar os 90%, sendo muito arriscado manusear a massa do pão em ambientes sem controle de umidade e de temperatura. Isso porque, durante o processo de fermentação, micro-organismos se ativam e iniciam a ação fermentativa da massa expandindo o volume interior da massa. O trigo deve ser colhido com um teor de umidade entre 11% e 14% O trigo muito seco é a maior dificuldade em condicioná-lo ao nível de umidade adequado à moagem Teores de umidade superiores a 14% podem propiciar o brotamento dos grãos o desenvolvimento de microrganismos, principalmente fungos, com conseqüente produção de toxinas durante o período de armazenamento. O trigo seco e sadio pode ser estocado adequadamente por anos, mas o trigo úmido deteriora-se, completamente, dentro de poucos dias. Moagem do trigo (duas etapas) 1ª: consiste em separar do endosperma o farelo e o gérmen. 2ª: compreende a moagem das partículas do endosperma para produção da farinha, composta de partículas com granulometria ainda mais reduzida. Várias etapas: recepção e estocagem, condicionamento (umidificação), moagem estocagem e embalagem da farinha Proteínas do trigo Localizam-se: no endosperma, no gérmen e nas fibras. Classificadas de acordo com sua estratibilidade em diferentes sistemas de solventes ( 5tipos) albuminas (6% a 10%), globulinas (6% a 10%), gliadinas (35%), gluteninas (35%) resíduo protéico (10%).
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