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DOENÇAS AUTOIMUNES Introdução ao sistema imunológico A imunidade pode ser caracterizada como um conjunto de mecanismos que o corpo humano possui de defesa e resistência contra agentes patogênicos e tecidos danificados. No organismo, há um conjunto de células, tecidos e moléculas que intervêm e auxiliam nessa resistência, chamado de Sistema Imune (S.I). Uma resposta imune pode ser desencadeada quando há uma estimulação por uma reação regulada desse sistema. ABBAS, A.K; LITCHMAN, A.H.; PILLAI,S. Imunologia Celular e Molecular.8. Ed.Rio de janeiro: Elsivier, 2015. O S.I tem como principal função fisiológica prevenir e eliminar o que for prejudicial ao organismo, como agentes infecciosos e patogênicos. Substâncias estranhas, mesmo não sendo infecciosas, também podem estimular respostas imunes. Logo, a resposta imune pode ser mais bem descrita como uma reação à macromoléculas tais como proteínas e polissacarídeos presentes em micro-organismos e agentes químicos caracterizados como estranhos, independente da reação fisiológica ou patológica de tal comportamento. Em alguns casos, moléculas produzidas pelo próprio organismo podem ser reconhecidas como estranhas e, dessa forma, provocar uma resposta imune, resultando em doenças denominadas como autoimunes. Ferreira, J.S et al. O sistema imunológico e a autoimunidade. Revista científica UBM, Barra Manda (RJ), v.20, n.39, pág.41-59,2018. ✔ Diabetes tipo 1 ✔ Artrite reumatóide ✔ Tireoidite de Hashimoto ✔ Esclerose múltipla ✔ Psoríase/ Artrite psoriática ✔ Lúpus eritematoso sistêmico ✔ Doença de Crohn ✔ Doença celíaca ✔ Síndrome de Addison ✔ Vitiligo ✔ Gastrite atrófica ✔ Vasculite ✔ Doença inflamatória Intestinal DOENÇAS AUTOIMUNES MAIS COMUNS ✔ Doença de Graves ✔ Miastenia gravis ✔ Síndrome de Sjogren GATILHOS MAIS COMUNS ✔ Fator Genético ✔ Alimentação ✔ Sedentarismo ✔ Tabaco ✔ Álcool ✔ Toxinas Ambientais ✔ Infecções ✔ Medicamentos ✔ Luto ✔ Estresse crônico Permeabilidade Intestinal TUDO COMEÇA NO INTESTINO O INÍCIO DAS DOENÇAS AUTOIMUNES As doenças autoimunes se iniciam no intestino pois ali se concentra cerca de 70% das células imunes. A microbiota intestinal é considerada um complexo bacteriano, responsável pelo crescimento e propagação dos microrganismos, que residem normalmente nos intestinos do ser humano. Tais bactérias exercem o papel de proteção, impedindo a proliferação de bactérias patogênicas que geralmente são causadas pelo desequilíbrio da microbiota, o que desfavorece a imunidade e o metabolismo do indivíduo. HAYASHI, Aline Ayumi. DISBIOSE INTESTINAL E A RELAÇÃO COM A PATOGÊNESE DE DOENÇAS AUTOIMUNES. Disbiose Intestinal e A Relação Com A Patogênese de Doenças Autoimunes, Brasília, p. 1-20, 2020. SISTEMA IMUNE E FUNÇÕES O sistema imune possui a função de proteção contra patógenos e eliminação de antígenos. Possui duas etapas: 1) Reconhecimento ● Reconhece o que é próprio do organismo e NÃO produz respostas de defesa quanto a elas; ● Reconhece o que não faz parte do organismo e estabelece uma resposta CONTRA elas (vírus, bactérias, toxinas); ● Reconhece células anormais do próprio corpo, como as tumorais, e as destroem. 2) Resposta imunológica: Inata ou adquirida. IMUNIDADE INATA E IMUNIDADE ADQUIRIDA Existem dois tipos de respostas imunes: A natural ou não específica; e a adaptativa ou específica. CÉLULAS QUE PARTICIPAM DESSA RESPOSTA: ● Macrófagos ● Neutrófilos ● Células natural killers ÓRGÃOS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO (responsáveis pelo desenvolvimento dos linfócitos B e T): ● Timo ● Medula óssea A imunidade inata é a primeira linha de defesa do nosso corpo, e é inespecífica, atuando sempre da mesma forma para prevenir e combater as infecções. No entanto pode ocorrer de micro-organismos e patógenos vencerem essa imunidade, então cabe a imunidade adquirida continuar o processo. IMUNIDADE INATA Consiste em mecanismos de defesa celulares e bioquímicos que estão em vigor mesmo antes da infecção e são preparados para responder rapidamente às mesmas. Esses mecanismos reagem aos produtos dos microrganismos e células lesionadas, e elas respondem essencialmente da mesma forma para exposições repetidas. Representada por barreiras: ●Físicas (pele, cílio, mucosa, tosse, espirro); ●Biológicas (temperatura corporal, acidez estomacal); ●Celulares (linfócitos, leucócitos, neutrófilos, monócitos e macrófagos). Impedem a entrada de moléculas estranhas e agentes infecciosos ✔ Fagocitose ✔ Liberação de mediadores inflamatórios ✔ Ativação de proteínas IMUNIDADE ADQUIRIDA IMUNIDADE ADQUIRIDA AO LONGO DA VIDA (VACINAS/ANTICORPOS) ● Age diante de um patógeno específico ● A imunidade humoral (um subtipo da imunidade adquirida) é ativada por células chamadas de linfócitos B e envolve a produção de anticorpos a determinadas doenças. Ex: Uma pessoa que pega Sarampo uma vez, não desenvolve mais a doença porque o organismo adquiriu imunidade ao ser exposto ao vírus pela primeira vez e desenvolveu anticorpos para combatê-lo. ● A imunidade celular é ativada pelos linfócitos T, com o intuito de destruir os microrganismos visando eliminar a infecção. IMUNIDADE HUMORAL E IMUNIDADE CELULAR A imunidade humoral é mediada por anticorpos, produzidos por Linfócitos B, e é o principal mecanismo de defesa contra micro-organismos extracelulares e suas toxinas. Já a imunidade celular é mediada por Linfócitos T, que promovem a destruição dos micro-organismos presentes em fagócitos ou a destruição de células afetadas para eliminar os reservatórios da infecção. RELAÇÃO VITAMINA D E IMUNIDADE Revisão bibliográfica São vários os fatores capazes de modificar o comportamento do sistema imunitário tais como a idade, os fatores genéticos, metabólicos, ambientais, anatômicos, fisiológicos, nutricionais e microbiológicos e, dentre os nutricionais citamos a importância da Vitamina D. Estuda-se há longo tempo a participação dessa vitamina nos processos imunobiológicos e sabe-se que a mesma tem um papel fundamental em diversos processos fisiológicos, dentre eles o aumento da resposta inata, a regulação do ciclo celular e da apoptose. Permite que o sistema imune seja capaz de distinguir os antígenos nocivos de suas próprias células e moléculas para manter o sistema imune em equilíbrio. RESULTADO DO ESTUDO: A deficiência de vitamina D pode trazer as seguintes consequências para o sistema imunológico: ✔ Diminuição de anticorpos humorais e da superfície de mucosas; ✔ Diminuição da imunidade celular; ✔ Diminuição da capacidade bactericida de fagócitos; ✔ Diminuição do número total de linfócitos. RESPOSTA IMUNOLÓGICA ✔ Os mecanismos da imunidade inata fornecem a defesa inicial contra infecções; ✔ As respostas imunológicas adquiridas se desenvolvem posteriormente e consistem na ativação dos linfócitos. TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 1. Tolerância central; 2. Tolerância periférica; 3. Tolerância adquirida. TOLERÂNCIA CENTRAL O principal mecanismo de tolerância central dos linfócitos T é a “Seleção Natural”. ● Tolerância aos antígenos próprios que são apresentados aos linfócitos T; ● Acontece no timo e na medula óssea. Pode acontecer 3 coisas ao encontrar-se com um antígeno ● Não reconhecem o antígeno e sofrem apoptose; ● Reconhecem o antígeno imediatamente e sofrem apoptose como forma de proteção; ● Pouco reconhecimento e serão maturados em tecidos periféricos. TOLERÂNCIA PERIFÉRICA Desenvolvida após as células T e B terem amadurecido e vão para a periferia. ● Ocorre quando as células T maduras reconhecem os antígenos próprios nos tecidos periféricos, podendo sofrer 3 mecanismos: 1 Inativação (anergia) Inativação funcional dos linfócitos T, devido a falta de níveis de co-estimuladores necessários para ativação total das células T; 2 Deleção Os linfócitos T regulatórios são células T CD4+ que possuem função de suprimir as respostas imunológicas, os linfócitos e manter a auto tolerância; 3 Supressão células T regulatórias A estimulaçãorepetida dos linfócitos T maduros pela alta afinidade dos auto antígenos estimulam vias de apoptose, levando na deleção dos linfócitos T autorreativos. TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA Legenda: Linfócitos auto reativos precisam ser eliminados ou suprimidos para prevenir reação autoimune. FATOR ANTINUCLEAR ✔ Normalmente solicitado em pessoas com suspeita de uma doença autoimune; ✔ FAN é um desses auto anticorpos que são produzidos nas doenças autoimunes; Os sinais de diferentes componentes da microbiota (setas de cores diferentes) regulam diferentes ramos da resposta das células T da mucosa (células imunes coloridas correspondentes). A composição da microbiota intestinal está envolvida na regulação da homeostase imunológica. Tipos: ● Nucleares - normalmente resulta em reagente; ● Nucléolo; ● Citoplasma; ● Aparelho mitótico; ● Placa metafísica - normalmente resulta em reagente. O QUE ACONTECE? ✔ As proteínas mal digeridas possuem o MIMETISMO MOLECULAR, ou seja, se parecem muito com segmentos aminoácidos de estruturas de tireóide, pele, pâncreas, articulações…; ✔ O corpo não distingue, destrói e produz anticorpos para eliminar essa estrutura; ✔ Se o FAN der reagente, deve-se pesquisar os anticorpos específicos de cada suspeita. O INÍCIO DAS DOENÇAS AUTOIMUNES ● Autoimunidade é uma FALHA dos mecanismos de tolerância imunológica; ● Alteração na SIMBIOSTASIA da microbiota. FAN REAGENTE: CORPO ESTÁ ATACANDO CÉLULAS PRÓPRIAS > ATIVAÇÃO ANTICORPOS > DOENÇA AUTOIMUNE. A MUDANÇA DO ESTILO DE VIDA É FUNDAMENTAL PARA NEGATIVAR O FAN (DESINFLAMAR) O lado esquerdo da figura representa um intestino saudável e o lado direito representa o intestino inflamado. Percebe-se que quando há inflamação, ocorre um aumento de TH-17, IL-22, IL-17, gerando assim, um desequilíbrio na microbiota. Esse desequilíbrio pode gerar uma pré-disposição para: ●Disbiose; ●Hiperpermeabilidade intestinal; ●Diminuição da capacidade de filtração; ●Mais sensibilidades, inflamação e doenças. DISBIOSE INTESTINAL ● Aumento da inflamação; ● Gases; ● Estufamento; ● Acne; ● Queda de cabelo; ● Compulsão alimentar; ● Candidíase; ● Pigarro; ● Intolerância alimentar; ● Enxaqueca; ● Leaky gut. LEAKY GUT O QUE É? As células epiteliais intestinais desenvolveram funções de barreira únicas que impedem a translocação de antígenos potencialmente hostis para o corpo. A ruptura da barreira epitelial aumenta a permeabilidade intestinal, resultando na síndrome do intestino permeável, do inglês, Leaky Gut Syndrome (LGS). O desequilíbrio da microbiota é caracterizado por desajustes na colonização bacteriana, em que prevalecem as bactérias nocivas sobre as benéficas, tendo como consequência o aumento significativo de algumas enfermidades. CAUSAS • Má digestão • Hipocloridria • Ausência de proteção da mucosa intestinal • Toxinas bacterianas • Medicamentos • Disbiose KINASHI, Yusuke; HASE, Koji. Partners in Leaky Gut Syndrome: Intestinal Dysbiosis and Autoimmunity: intestinal dysbiosis and autoimmunity. Frontiers In Immunology, v. 12, p. 1-9, 22 abr. 2021. COMPLICAÇÕES LEAKY GUT SINAIS E SINTOMAS ● Alterações inflamatórias/imunológicas; ● Diarreia; ● Constipação; ● Sensibilidade alimentar; ● Indigestão/empachamento; ● Língua branca (saburra); ● Aftas/periodontite; ● Resto de alimento nas fezes; ● Unhas fracas e com ondulações; ● Pele seca, caspa. COMO TRATAR? ● Dieta: programa 6R + ajustes para cada doença específica; ● Fibras prebióticas; ● Resgate da digestão; ● Reparar a mucosa intestinal. OBJETIVOS DO TRATAMENTO ✔ Eliminar parasitas; ✔ Repovoar microbiota; ✔ Sensibilidade à insulina; ✔ Modular estresse/sono. PRÓPOLIS E MICROBIOTA INTESTINAL Comparado ao grupo modelo, a própolis exerceu efeitos hipoglicêmicos em ratos diabéticos, reparou danos à mucosa intestinal, beneficiou as comunidades da microbiota intestinal e aumentou os níveis de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) em ratos diabéticos. Muitos problemas de saúde, incluindo o Diabetes Mellitus, pode ser influenciado pela microbiota intestinal. Este estudo investigou a influência da própolis na microbiota intestinal e na mucosa intestinal de ratos com diabetes. CONCLUSÃO: ●Diminuição da inflamação; ●Regulação da glicemia; ●Reparo da mucosa intestinal; ●Equilíbrio da população microbiana no intestino. CONDUTA NUTRICIONAL A base da alimentação é: DESINFLAMAR e melhorar a digestão EVITAR ●Glúten; ●Cafeína; ●Álcool; ●Gordura hidrogenada; ●Excesso de sal/glutamato; ●Embutidos. ●Nightshades ●Laticínios; ●Soja; ●Milho; ●Algumas leguminosas; ●Amendoim; ●Açúcar. Família de vegetais referidos cientificamente como Solanaceae e que são há muito tempo pesquisados como uma possível ligação entre a inflamação crônica, distúrbios intestinais e digestivos, levando a uma variedade de sintomas e doenças como: autoimunes e dores crônicas. Incluem vegetais comuns como pimentões, batatas brancas, berinjelas, tomates, quiabo, páprica, pimenta caiena, pimenta PRÁTICAS ANTI-INFLAMATÓRIAS CICLO DE ESTRATÉGIAS + MODULAR CITOCINAS INFLAMATÓRIAS ● Low carb; ● Cetogênica; ● Jejum intermitente; ● Vegetariana; ● Plant based; ● Low FODMAP; ● Modular ciclo circadiano; ● NFkB; ● COX2; ● TNF-α; ● IL-6. RADICAIS LIVRES (EROS) CORDEIRO, Susana Arruda. Combate Aos Radicais Livres Através da Alimentação. International Journal Of Nutrology , Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 1-1, 27 set. 2018 . Moléculas muito instáveis, de meia vida curtíssima e muito reativas que quando em excesso no organismo podem ocasionar problemas fisiológicos, sendo então relacionados com diversas doenças degenerativas. Legenda: Alguns dos antioxidantes exógenos mais estudados bloqueando a cascata de espécies reativas de oxigênio (ROS) no desencadeamento e sustentação da inflamação crônica e doenças relacionadas ao sistema imunológico. EROS: CARMEN, Manucci et al. Nutraceuticals against Oxidative Stress in Autoimmune Disorders. Antioxidants, v.8, n.10, 2021. Gatilhos para resposta autoimune pH da célula mais ácido Desequilibra a função mitocondrial Um dos mecanismos de defesa mais comuns é a alimentação, existem compostos bioativos que são capazes de reduzir os danos causados pelos radicais livres, essas moléculas são conhecidas como antioxidantes. COMO DIMINUIR EROS ● Alimentação; ● Sono; ● Modular estresse; ● Atividade física; ● Chás/shots. Legenda: AMPK, proteína quinase ativada com 5 'adenosina monofosfato; ERR, o receptor relacionado ao estrogênio; NRF, o fator respiratório nuclear; PGC ‐ 1α, o coativador ‐ γ do receptor ativado por proliferador de peroxissoma; SIRT ‐ 1, o regulador de informações silenciosas ‐ 1; TFAM, o fator de transcrição α; TIM 23, translocase. Popov LD. Mitochondrial biogenesis: An update. J Cell Mol Med, v.9, n.24, p.1-8, 2020. O papel central da ativação do PGC-1α é a contribuição das proteínas codificadas pelos genomas nuclear e mitocondrial (nDNA e mtDNA) para aumentar o conteúdo de proteínas mitocondriais. LISTA DE ALIMENTOS ANTIOXIDANTES E ANTI-INFLAMATÓRIOS Disponível para download no material DIMINUIR TNF-α A inflamação desempenha um papel importante no desenvolvimento de doenças neurológicas. Nas citocinas cerebrais, o TNF-α e o TNF-β são conhecidos por mediar a inflamação em muitas doenças. As funções dessas citocinas são reguladas pela ativação do fator de transcrição NF-b. RAHMANI Arshad Husain et al. Role of Curcumin in Disease Prevention and Treatment. Adv Biomed, v.7,n.38, p. 1-28, 2018. A cúrcuma atua na diminuição de TNF- α, COX-2 e IL- DIMINUIR TNFa Evidências recentes sugerem que a curcumina tem um imenso potencial terapêutico devido às suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Portanto, sua suplementação pode ajudar a reduzir a inflamação. Revisão bibliográfica ÓLEO DE ORÉGANO • Diminuição da inflamação; • Regulação de citocinas; • Melhora da saúde intestinal; • Diminuição da permeabilidadeintestinal e de parasitas FASE ATIVA X REMISSÃO DA DOENÇA ✔ Remissão é o que o paciente e equipe buscam; ✔ Termo usado quando a doença está sob controle; ✔ Sem evidências de piora de sintomas; ✔ Exames controlados; ✔ Uso de medicamentos em doses inalteradas; ✔ Tolerância imunológica responsiva; ✔ Mudança de hábitos; ✔ Suporte emocional. ESTRATÉGIA ALIMENTAR BASE EXEMPLOS DE REFEIÇÕES 1Comece o dia raspando a língua (durante a noite a nossa digestão trabalha para eliminar toxinas que se depositam na língua, que é a saburra branca). 2 Tome um chá digestivo (boldo, funcho, unha de gato, erva doce). CAFÉ DA MANHÃ (escolher 1 das opções) - Opção 1 Pão sem glúten com azeite + morangos batidos com leite de coco ou de amêndoa - Opção 2 Mamão com sementes, aveia, castanhas + suco verde (couve, pepino, gengibre) - Opção 3 Mandioca grelhada + ovo - Opção 4 Torrada de arroz/pão sem glúten com ovos/tofu mexido com especiarias - Opção 5 Smoothie: 200ml de leite de coco + morangos ou açaí + 2 colheres de semente de girassol/chia ALMOÇO - Escolher 1 opção de carboidrato: batata, quinoa, arroz, mandioquinha, mandioca + - Escolher 1 opção de proteína: peixe, frango, carne, ovo, carne de porco + - Se comer leguminosas: deixar de remolho por 48h + - Escolher 1 vegetal verde escuro (agrião, acelga, alface, almeirão, chicória, couve de bruxelas, couve, espinafre, folha de brócolis, rúcula.) + - Legumes cozidos (cenoura, batata, abóbora, abobrinha, batata-doce, berinjela, beterraba, etc.). LANCHES - Opção 1 Mussarela de búfala com azeite de oliva e orégano + 1 fruta permitida (ver a tabela de lowfodmap) - Opção 2 Tapioca recheada com frango/atum/tofu/mussarela de búfala + tomate - Opção 3 Smoothie de maracujá (whey isolado ou proteína vegana +1 polpa de maracujá + semente de chia + nozes) - Opção 4 Banana com canela + coco ralado sem açúcar + 2 colheres de semente de girassol - Opção 5 Tome um chá digestivo (gengibre, canela, tulsi) JANTAR - Escolher 1 carboidrato: batata, quinoa, arroz, mandioquinha, mandioca + - Escolher 1 proteína: peixe, frango, carne, ovo, carne de porco + - Se comer leguminosas: remolho por 48h + - Escolher 1 vegetal verde escuro + -Comer legumes cozidos - Finalize o dia: Tome um chá digestivo (melissa, cidreira, erva doce, mulungu). De acordo com Zhao et al. (2016), é imprescindível para uma alimentação equilibrada e anti-inflamatória, alimentos como: ✓Ômega 3 (castanhas, salmão); ✓ Frutas cítricas e vermelhas; ✓ Legumes; ✓ Iogurtes naturais e outros probióticos; ✓Óleo de coco; ✓Azeite de oliva e abacate. GLÚTEN E IMUNIDADE ESTRATÉGIA ALIMENTAR 2 ✔ Alimentação sem proteína animal por 1 semana no mês. ✔ 1 dia de jejum intermitente na semana, por 16-18h de jejum. FODMAP E GLÚTEN Frutas ricas em FODMAP Maçã, pêra, pêssego, manga, melancia, nectarina, cereja, abacate. Sucos naturais, frutas secas, mel, fructose, xarope de milho. Frutas pobres em FODMAP Banana, amora, carambola, uva, abacaxi, melão, kiwi, limão, lima, laranja, tangerina, morango, maracujá. Laticínios ricos em FODMAP Leite de vaca, cabra ou ovelha, sorvete, iogurte (mesmo desnatado), queijo fresco e cremoso (ricota, cottage, cream cheese). Laticínios pobres em FODMAP Leite sem lactose, iogurte sem lactose, manteiga e queijos curados como cheddar, parmesão, brie ou camembert. Hortaliças e leguminosas ricas em FODMAP Alcachofra, aspargo, beterraba, brócolis, couve, alho, alho poró, quiabo, cebola, couve- flor, ervilha, grão de bico, feijão, lentilha. Hortaliças e leguminosas pobres em FODMAP Broto de bambu, cenoura, aipo, milho, berinjela, alface, cebolinha, pepino, abóbora, abobrinha, alface, tomate, espinafre, batata, batata doce. Cereais e massas ricas em FODMAP Pães, bolos, biscoitos ou cereais contendo trigo e centeio e cereais com xarope de milho. Cereais e massas pobres em FODMAP Farinhas, pães, macarrão e biscoitos sem glúten. Produtos com farinha de milho ou mandioca.Quinoa, arroz, tapioca, macarrão de arroz. Tabela adaptada: Dieterich Walburga et al. Influenceof low FODMAP and gluten-free diets on disease activity and intestinal microbiota in patients with non-celiac gluten sensitivity. Clin Nutr, v.2, n. 38, 2018. PRINCIPAIS EXAMES À SE OBSERVAR ✓ Ferritina; ✓ PCR; ✓ Insulina; ✓ Hemoglobina glicada; ✓ Velocidade de Hemossedimentação (VHS); ✓ Creatina Quinase (CK); ✓ Homocisteína; ✓ Hemograma; ✓ Vitaminas. AVALIAÇÃO DOS EXAMES EXAME VALOR IDEAL OBS Hemograma Hemácias 4,0-6,0 milhões/mm3 Sinais de anemia Hemoglobina 12,0-18,0 g/dL Hematócrito 40-45% VCM 85-90 fL HCM 30 pg CHCM 31-36% RDW-CV 13-15% Leucócitos 4000-10000/mm3 Sinais de alergia e inflamação Imunossupressão Uso de corticóide Contagem 0-300/mm3 Bastões 1700-7000/mm3 Segmentados 20-600/mm3 Eosinófilos 0-200/m3 Basófilos 1000-5000/mm3 Linfócitos 80-1200/mm3 Monócitos 130000-400000/mm3 Plaquetas 130000-400000/mm3 Eosinófilos 40 a 500 células/μl de sangue Vitamina B12 Acima de 500 pg/ml Acima de 1000: Inflamação Vitamina A 76 mg/dL Vitamina B9 10-20 ng/mL Vitamina B6 40-76 mcg/dL Vitamina D-25 (OH) D 40-60 ng/mL Cálcio 8,5-10 mg/dL Ferro 50-170 mcg/dL Ferritina 70-100 ng/mL Zinco 70-120 ug/dL Magnésio 1-7-2,6 mg/dL Ácido úrico 3,5-7 mg/dL Creatinina 0,6-1,3 mg/dL Ureia 16-40 mg/dL Toda doença autoimune tem base inflamatória T3 Livre 3 ng/dL T3 Reverso 150-200 ng/mL T4 Livre Até 1,8 ng/mL TSH Até 2,5 mUI/mL TGO 5-40 U/L TGP 7-56 U/L GGT Homem: até 85 U/L Mulher: até 38 Ul CPK 30-200 U/L Lipidograma Triglicérides (70- 100 mg/dL) Alteração por uso de medicamentos Glicose em jejum Menor que 99 mg/dL Insulina Até 10 uU/mL Resistência à insulina Hemoglobina glicada Até 6% Cortisol Manhã: até 12 mcg/dL Muito baixo: Hipotireoidismo/ Hashimoto Testosterona total Homens 22-49 anos: 241-827 ng/dL Homens acima de 50 anos: 86-788 ng/dL Mulheres 16-21 anos: 17-50 ng/dL Mulheres com mais de 21 anos: 12-59 ng/dL Mulheres na menopausa: até 48,93 ng/dL Proteínas totais e frações 6 a 8 g/dL Homocisteína 5-15 nMol/L Sinais inflamatórios Falta de complexo B PCR Menor que 0,1 mg/dL Potássio 3,5 a 5,0 m/E Sódio 135 a 145 m/Eq/L Selênio 46 a 143 mcg/L Alumínio Até 10µg Chumbo Até 40,00 µg/dL Mercúrio Atenção maiores que 5 mcg/dL Cobre 70 a 150 µg/dL Calprotectina fecale função imune prejudicada. EXAMES IMPORTANTES DE SEREM OBSERVADOS •Desequilíbrio entre Th1 e Th2; •Aumento IgE; •Aumento de eosinófilos; •Alteração de lipidograma (colesterol total, triglicerídeos..); •Vitamina D; •CPK; •TGO; •TGP; •GGT; •LDH (enzima desidrogenase láctica); •Processo alérgico. DIAGNÓSTICO •Teste de contato •Teste de eliminação. TRATAMENTO MÉDICO (TÓPICO) ●GLICOCORTICÓIDE: Reprime expressão de genes inflamatórios; ● IMUNOMODULADORES: Nutrientes que atuam diretamente no sistema imunológico, modulando-o de forma a fortalecer suas defesas e seu funcionamento. LISTA DOS PRINCIPAIS NUTRIENTES IMUNOMODULADORES. Legenda: Mecanismos celulares e moleculares na pele lesionada de pacientes com DA. Um defeito de barreira cutânea causada por fatores genéticos e influências inflamatórias facilita a penetração de irritantes, produtos microbiológicos e alérgenos. Mediadores inflamatórios selecionados também são mostrados, alguns deles servindo como moléculas-alvo para novas tentativas de tratamento. O padrão Th2 de linfócitos é predominante na fase aguda e também está presente na fase crônica da dermatite atópica. Outras subpopulações de linfócitos (Th1, Th17, e Th22) são também detectáveis na pele, assim como outros tipos celulares, tais como populações de células dendríticas inflamatórias e eosinófilos. Disponível para download no material de apoio! TRATAMENTO NUTRICIONAL ÔMEGA 3 Conclusão: ✔ Redução de sintomas como prurido; ✔ ✔ Redução risco de lesões na pele; Poucos dias de suplementação: bons resultados; ✔ 720mg EPA, 480mg DHA. Revisão bibliográfica Objetivo: identificar o espectro de usos para a suplementação de ômega 3 relatado na literatura e avaliar o nível atual de evidência para sua aplicação clínica na prevenção e tratamento de doenças de pele. • Retirada de fatores irritativos e alérgenos alimentares (trigo, leite de vaca, soja,peixe, ovos, fermentados, corantes e amendoim); • Hidratação adequada; • Controle da inflamação e histaminas; • Modular sono e estresse MICRONUTRIENTES IMPORTANTES NA DERMATITE ● Vitamina E na redução de sintomas e lesões na pele (400UI/dia); ● Vitamina D como anti-inflamatório na D.A (1000-2000UI/dia); ● Zinco na redução de lesões na pele (45-60mg/dia); ● Vitaminas do complexo B. PROBIÓTICOS RUSU, Emilia et al. Prebiotics and probiotics in atopic dermatites. Exp The Med. Ro RUSU, Emilia et al. Prebiotics and probiotics in atopic dermatites. Exp The Med. Romania, mania, v.2, n.18, pág.1-6,2019. • Melhora da imunidade; •Modulação de fatores inflamatórios; •Redução Th1, TNF alfa, IL-2; •Auxílio na modulação intestinal. C.L, 32 anos CASO CLÍNICO ● Dermatite atópica há 6 anos; ● Uso de anti-histamínicos sem melhora. RECORDATÓRIO ALIMENTAR • Excesso de farinha branca; • Embutidos e álcool; • Muita cafeína; • Baixa ingestão de água; • Intestino sensibilizado. ● Melhorar o padrão alimentar; ● Modular o intestino; ● Melhorar mastigação; ● Probióticos; ● Hidratação; ● Observar a digestão. CONDUTA NUTRICIONAL CONDUTA MÉDICA ●Suplementação de ômega 3 (1000mg/dia); ●Vitamina D (10.000 UI); ●Vitamina K2 (100mcg); ●Probióticos. ●Após 50 dias zerou sintomas; ●Melhora da disposição; ●Melhora da performance esportiva; ●Diminuição da gordura corporal; ●Exames sem alterações; ●Reforçado sempre em manter a maior parte do tempo o estilo anti-inflamatório; ●Manteve conduta sem mais crises. PSORÍASE ● Inflamação e hiperproliferação dérmica; ● Recrutamento de linfócitos T (mais inflamação e vermelhidão); ● Predisposição genética (HLA); ● Sintomas periódicos. Pode aparecer devido a fatores como: ● Estresse ● Alimentação ● Tempo frio ● Histórico familiar PRINCIPAIS EXAMES À SE OBSERVAR TRATAMENTO ● Inibir TNF-α; ● VITAMINA B12 ● VITAMINA B6 ● VITAMINA B9 ● SELÊNIO ● VITAMINA D ● FERRITINA ● TRIGLICÉRIDES ● INSULINA ● VITAMINA A ● RASTREIO TIREÓIDE ✔ ✔ ✔ ✔ ✔ ✔ ✔ ✔ ✔ ✔ Melhora eritema; Melhor controle ácido araquidônico (w6). ✔ 1 a 2g EPA + 2g DHA; ✔ ✔ ✔ Diminuição área de lesão; Vitamina A (1mg/dia) e Vitamina D; ●Regulação queratinócitos; ●Aumento de fibroblastos (cicatrização); ●Regulação do sistema imune. ● B1, B2, B6, B9, B12; ● Coenzima Q10 (50mg/dia); ● Vitamina E (50mg/dia); ● Selênio (48mcg/dia); ● NAC como um potente antioxidante (500-3000mg/dia). CASO CLÍNICO ● Psoríase há 20 anos; ● Uso de medicamentos tópicos (corticoides e pomadas); ● Uso de omeprazol sem prescrição; ● Sem exames recentes; ● Evacuações em dias alternados: escala 3 de Bristol; ● Caminhada no máximo 2 dias na semana; ● Ansiedade e uso de melatonina para dormir (por conta própria). RECORDATÓRIO ALIMENTAR Café da manhã Biscoito Margarina Café com leite Almoço Arroz Carne Vegetais às vezes Durante a tarde Não come Jantar Pão com frios AVALIAÇÃO DO RECORDATÓRIO METAS CONDUTA MÉDICA ●Corticóides; ●Pomada tópica; ●Injeção complexo B; ●Ansiolítico; ●Astaxantina 4mg; ●Vitamina E 10mg; ●Coenzima Q10 100mg. Tomar 1 vez ao dia. ● Desinflamar; ● Melhorar o padrão alimentar; ● Modular o intestino; ● Identificar os gatilhos. CONDUTA NUTRICIONAL ● Dieta de eliminação padrão mediterrâneo; ● Melhorar ingestão de fibras; ● Jejum de 16h 1 dia/semana; ● Uso de chás (alecrim e espinheira santa); ● Manejo do estresse; ● Nutricolin 250mg (Tomar 1 vez ao dia longe das refeições) RESULTADO IMPORTANTE EM CASOS DE PSORÍASE ● Avaliar resistência à insulina; ● Maior predisposição ao desenvolvimento de síndrome metabólica. DOENÇA CELÍACA CAMPOS, Caroline Gonçalves Pustiglione; MENDOZA, Aline Domingues Stumpfs; RINALDI, Elaine Cristina Antunes; SKUPIEN, Suellen Vienscoski.Doença celíaca e o conhecimento dos profissionais de saúde da atenção primária. Revista de Saúde Pública do Paraná, [S.L.], v. 1, n. 2, p. 54-62, 14 dez. 2018. Forma clássica Geralmente manifesta-se nos primeiros anos de vida apresentando sintomas como diarréia ou constipação crônica, vômitos, emagrecimento, comprometimento variável do estado nutricional, dor e distensão abdominal. Forma não clássica Caracterizada pela ausência de sintomas digestivos, mas podendo apresentar manifestações isoladas como baixa estatura, artrite, constipação intestinal, osteoporose e esterilidade. Forma latente Identificada através de biópsia jejunal normal, associado ao consumo de glúten, podendo também apresentar atrofia subtotal das vilosidades intestinais. DEFINIÇÃO A doença celíaca é uma do intestinoenteropatia delgado, de crônica caráter autoimune, causada pela exposição ao glúten em indivíduos propensos geneticamente. Trata-se de um processo inflamatório que envolve à ayro a mucosa do intestino delgado, levando à atrofia das vilosidades intestinais, e consequente má absorção, além de uma variedade de manifestações clínicas. Como condição crônica, a doença celíaca possui as seguintes formas clínicas: clássica, não clássica, latente e assintomática. Forma assintomática Reconhecida com maior frequência nas últimas duas décadas entre familiares de primeiro grau de pacientes celíacos, por meio do desenvolvimento de marcadores sorológicos específicos. Aproximadamente 10% dos parentes dos celíacos podem apresentar essa condição devido ao caráter familiar da desordem. • Distúrbio no intestino delgado com má absorção e intolerância ao glúten; • Predisposição genética ligada ao HLA, DQ2, DQ8; • Glúten está presente no trigo, aveia, centeio, cevada e malte; • Gliadina é uma proteína que pode causar lesões no intestino. Legenda: Dano tecidual devido a diminuição das células T regulatórias, aumento da interleucina 21 (IL-21), TNf-α, etc. Intestino Saudável X Doença Celíaca SINTOMAS MAIS COMUNS NA DOENÇA CELÍACA • Dor abdominal; • Constipação; • Náuseas; • Perda de peso; • Diarreia; • Anemia; • Dermatite; • Cansaço/Fraqueza; • Lesões (bolhas) na pele. PRINCIPAIS EXAMES À SEREM OBSERVADOS • Hemograma • Ac anti endomísio• Ac anti gliadina • Vitamina b12 • Vitamina b6 • Vitamina b9 • Selênio • Zinco • PCR • Vitamina D EXAMES PARA O DIAGNÓSTICO ●Anti-endomísio (IgG e IgA) ●Anti-transglutaminase - IgA ●Biópsia jejunal ●Não há medicamentos para tratamento da doença celíaca. ●Encaminhamento para tratamento nutricional. Atenção: Qualquer doença autoimune prévia, avaliar SEMPRE a possibilidade de Doença Celíaca (ela pode ser assintomática). • Ferritina •Triglicérides • Insulina •Vitamina A •Cobre •Manganês •Metais pesados •Coprológico TRATAMENTO NUTRICIONAL ● Retirada total do GLÚTEN ● Reparo da mucosa intestinal e da digestão ● Alimentação com oferta de micronutrientes ● Enzimas digestivas ● Fibras prebióticas (aumento de butirato) ● Repor nutrientes (Ca, B9, B12, Fe, Zn, K, D) ● Dieta Low FODMAP NUTRIENTES IMPORTANTES NA DOENÇA CELÍACA Avaliar e suplementar os nutrientes que contribuem para a diminuição dos sintomas intestinais e extra intestinais da DC. CASO CLÍNICO A.M.M, 35 ANOS ● Doença Celíaca há 3 anos ● Tireoidite de Hashimoto há 6 anos ● Histórico de anemia ● Episódios de constipação e dores ● Refere muita fadiga ● Musculação 2 dias/semana EXAMES ● Anticorpos positivos ● Vitamina B12: 210 pg/mL ● Vitamina D: 22 ng/Ml RECORDATÓRIO ALIMENTAR Café da manhã Não come, porém fica com fome. Almoço Carne Vegetais Durante a tarde 1 barrinha ou biscoito sem glúten com requeijão Jantar Idem ao almoço AVALIAÇÃO DO RECORDATÓRIO ● Baixa ingestão de fibras; ● Digestão bem sensível; ● Intestino sensibilizado; ● Falta de nutrientes. METAS ● Desinflamar ● Melhorar o padrão alimentar ● Modular o intestino CONDUTA MÉDICA ▪ Uso de anti-inflamatório (para dor) ▪ Astaxantina 4mg ▪ Vitamina E 10mg ▪ Coenzima Q10 100mg Tomar 1 vez ao dia. CONDUTA NUTRICIONAL ● Dieta de eliminação e baixa em fermentáveis; ● Melhorar ingestão de fibras; ● Uso de chás (alecrim, gengibre e funcho); ● Suplementação Vitamina D (4000 UI/dia); ● Manejo do estresse; ● Uso de colágeno hidrolisado (10-20g/dia); ● Nutricolin 250mg (Tomar 1 vez ao dia longe das refeições). RESULTADO LÚPUS ✔ O corpo ataca células e sistemas do próprio corpo ✔ Inflamação e dano tecidual ✔ Pode afetar pele, coração, rim, articulação, pulmão, vasos sanguíneos e sistema nervoso ✔ Mais comum em mulheres (14-25 anos) ✔ Gatilho: genética + fatores ambientais Carrol, Michael C. Um papel protetor para a imunidade inata no lúpus eritematoso sistêmico. Boston, Nature Reviews Immunology, v.4, p.825-831, 2004. ● Antígeno em contato com linfócitos B e T ● Produção de citocinas e anticorpos auto-reativos ●Ativação de imunocomplexos que se depositam nos órgãos (formados quando há excesso de antígenos) ● Acúmulo que ativa o Sistema Complemento, gerando: SINTOMAS ● Dores musculares e articulares; ● Rigidez muscular e inchaços; ● Alteração ocular; ● Eritema, vermelhidão na face (formato borboleta); ● Lesões na pele; ● Fadiga; ● Febre; ● Inflamação rim, fígado, coração, sistema nervoso central e vasos sanguíneos. EXAMES PARA DIAGNÓSTICO ● Fator antinuclear - FAN ● Anti DNA, Anti histona, Anti SSA, Anti SM, Anti SSB ● PCR ● Fator reumatóide ● C3 - fração do complemento - diminuída ● Hemograma - diminuição leucócitos e plaquetas ● Velocidade de Hemossedimentação - aumentada ● Radiografia de órgãos EXAMES IMPORTANTES A SE OBSERVAR ● Hemograma ● Vitamina B12 ● Vitamina B6 ● Vitamina B9 ● Selênio ● Zinco ● PCR ● Vitamina D ● Ferritina ● Triglicérides ● TGO ● TGP ● GGT ● Proteinúria ● Metais pesados ● Coprológico ● Rastreio de tireoide CONDUTA ● Anti-inflamatórios ● Corticoides ● Imunossupressores ● Terapia Nutricional SINAIS CLÍNICOS E PONTUAÇÃO Aringer, et al. European League Against Rheumatism / American College of Rheumatology Critérios de classificação para lúpus eritematoso. Europe, Nat Rev Rheumatol, v.9,n.71,pág.1-27.2019. ossu • Ômega 3 (maior concentração de EPA) • Vitamina D (cuidado com exposição solar) • Vitaminas B6, B12, Zinco • Vitamina A (5-10mg/kg/dia) • Vitamina C (500mg/dia) • Vitamina E (800 UI/dia) • Cúrcuma • Boswellia serrata (400mg/dia) Como eles atuam: • Melhoram a proteinúria; • Diminuição da inflamação; • Melhora da resposta imune; • Melhora sintomas e articulações; • Regulação de mediadores inflamatórios. TRATAMENTO NUTRICIONAL • Atenção e retirada de trigo, leite de vaca, carne vermelha, gordura saturada, açúcar e bebida alcoólica; • Hidratação adequada; • Controle da inflamação; • Modular sono e estresse. Uso de chás: -Babosa (Aloe Vera) -Mulungu -Alcaçuz (Glycyrrhiza glabra L.) -Alfavaca (Ocimum grastissimum L.) -Gengibre (Zingiber officinale Roscoe) -Unha de gato (Uncaria tomentosa) Douglas, Chaves S.A. As plantas Medicinais Brasileiras são Eficazes no tratamento do Lúpus Eritematoso Sistêmico? Revista fitos, v.7, n.3, 2012. CASO CLÍNICO CASO: S,V,F 27 anos ● Lúpus sistêmicos (LES) com diagnóstico em 2019 ● Peso: 70kg, Altura: 1,74m ● Rosácea, dores articulares, gânglios ● Obstipação e inflamação hemorroida ● Alteração de exames ● Uso de corticoide ● Anti-inflamatórios AVALIAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ATUAL CONDUTA NUTRICIONAL ●Desinflamar ●Melhorar o padrão alimentar ●Modular o intestino EXAMES INICIAIS (MAIO/2020) Exame Resultado LEUCÓCITOS 3800 (abaixo) VHS 39 mm (acima) TGO 58 (acima) TGP 38 (acima) PCR 0,1 (risco aumentado) COMPLEMENTO C3 56 mg/dL (abaixo) VITAMINA D 36 (abaixo) TSH 2,6 (ok) ● Excesso de farinha branca ● Embutidos e álcool ● Baixa ingestão de água ● Intestino sensibilizado ● Emocional desestabilizado TRATAMENTO – FASE 1 ● Retirada de alimentos (sem glúten, caseína, açúcar e álcool) ● Carne vermelha 1-2 dias/semana ● Muita hidratação ● Vitamina D + K2 ● Ômega 3 (1000mg/dia ● Complexo B ● Enzimas digestivas PRESCRIÇÃO DE ENZIMAS ●DPP-IV - 1.400 DPPU ●Alfa-amilase - 14.000 DU ●Protease ácida - 50 SAP ●Protease alcalina - 3.000 PC ●Alfa galactosidade - 600 GalU ●Celulase - 750 CU ●Lipase - 900 FCCFIP ●Lactase - 2000 ALU ●Maltase - 200 DP ●Xilanase - 3.000 XU ●Pectinase - 50 Endo-PGU ●Hemicelulase - 50 HCU 1 dose antes das principais refeições. TRATAMENTO – FASE 2 (RETORNO APÓS 60 DIAS) ●Sentiu melhora nas dores e o no intestino; ●FAN não reagente; ●Nutricolin - 250mg (tomar 1x ao dia longe das refeições); ●Dieta vegana por 15 dias; ●Enzimas digestivas e complexo B permanece; ●Glutamina 5g à noite para reparo de mucosa. EVOLUTIVO (2021) Exame Resultado (Maio/2020) Retorno após 60 dias LEUCÓCITOS 3800 (abaixo) - VHS 39 mm (acima) 22 mm (já melhorou) TGO 58 (acima) 21 TGP 38 (acima) 22 PCR 1,0 mg/dL (risco aumentado) 0,8 mg/dL COMPLEMENTO C3 56 mg/dL (abaixo) 70 mg/dL VITAMINA D 36 (abaixo) 45 TSH 2,6 (ok) 2,5 FASE 3 ● Reavaliar exames ● Permanecer com suplementos ● Dieta anti-inflamatória base ● Aminoácidos? Reavaliar ● Avaliar intestino, inflamação ● Incapacidade em digerir a lactose (carboidrato do leite) ● Deficiência ou ausência da enzima lactase ● Lactose se acumula no intestino e fermenta: GASES • Exame de fezes • Teste do ar expirado • Exame de sangue • Biópsia intestino • Exame genético • Dor e gases • Fadiga • Diarreia e/ou constipação • Inchaço abdominal • Dor de cabeça • Irritabilidade • Manchas vermelhas na pele • Dor articular • Insulina • Ferritina • Hemograma • Vitamina D • Vitamina B6 • Vitamina B9 • Vitamina B12 • Magnésio TRATAMENTO Evitar alimentos que contenham lactose; Modulação intestinal; Teste de tolerância (Auto-observação). PODE ENTÃO COMER OS ALIMENTOS ZERO LACTOSE? • Inflamação; • Sensibilidade do trato digestivo; • Aumento de sintomas inflamatórios; • Pode estar ligada com disbiose, inflamação, ativação do sistema imune; • Pode persistir a inflamação. Em pessoas com doenças autoimunes, há um cuidado maior em modular intestino e digestão para que não haja um desenvolvimento de intolerância à A enzimaserve como um apoio em momentos específicos. O uso contínuo não diminui as alterações e desarranjos intestinais. PROBIÓTICOS PARA A SAÚDE DIGESTIVA ● Bifidobacterium longum 4 bilhões de UFC; ● Lactobacillus rhamnosus 1 bilhão de UFC; ● Vitamina B6 - 1,4mg. Após 45 dias ● Protocolo LOW FODMAP; ● Bifidobacterium breve; ● Lactobacillus casei. ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE VACA (APLV) ● Alergia a proteína do leite de vaca; ● Identificada em sua maioria na primeira infância; ● Proteínas: caseína, b-lactoglobulina e a α –lactoalbumina; ● Pode variar de sintomas leves até choque anafilático; ● Alta produção alérgica no intestino mediadas por IgE ou não. Legenda: Cascata de inflamação alérgica. A exposição do alérgeno à células dendríticas (DCs) inflamatórias permite que essas células processem e apresentem peptídeos derivados do alérgeno às células T CD4+ virgens. Na presença de IL-4 (de uma fonte desconhecida), as células T CD4+ virgens diferenciam-se em células Th 2 pró-alérgicas. Ao mesmo tempo, parece que há um comprometimento da frequência e/ ou atividade das células TReg; portanto, nenhuma supressão é exercida sobre a atividade das células Th 2. Subsequentemente, as células Th2 irão conduzir as células B, via contato celular, bem como IL-4 e IL-13, para sofrer recombinação de troca de classe de imunoglobulina, na qual eventualmente produzirão IgE. Junto com a produção de anticorpos, as células B também secretam uma quantidade significativa de κ e λ cadeias leves livres de Ig (Ig-fLCs). IgE e Ig-fLCs irão se ligar aos mastócitos e basófilos, causando sensibilização (não mostrado). Após a exposição subsequente ao alérgeno, ocorre a reticulação de anticorpos ligados à superfície (não mostrado), fazendo com que os mastócitos e basófilos degranulem e liberem suas substâncias biologicamente ativas, incluindo histamina, IL-4 e IL-5. A IL-4 liberada amplifica a diferenciação de células B produtoras de Th2 e IgE, enquanto a IL-5 liberada, também secretada por células Th2, causa acúmulo e ativação de eosinófilos nos tecidos afetados. Da mesma forma, a histamina ativa células epiteliais ou endoteliais para liberar eotaxina que também atrai eosinófilos para os tecidos. Os eosinófilos ativados liberam substâncias ativas, incluindo as principais proteínas catiônicas eosinofílicas que são tóxicas para as células circundantes, contribuindo para o aumento da inflamação. JO, Juandy. Role of Cellular Immunity in Cow's Milk Allergy: Pathogenesis, Tolerance Induction, and Beyond. Mediators Inflamm, Holanda, pág.1-10,2014. MECANISMO •Exposição ao alérgeno leva a ativação de Th2, IL-4, IL-13; •Produção IgE; •Liberação de histamina; •Ativação eosinófilo; • Inflamação e sintomas. DIAGNÓSTICO •História clínica; •Sincronismo de ingestão e reação; •Exame (IgE); •Teste de exclusão e contato. LUYT, D et al. BSACI guideline for the diagnosis and management of cow's milk allergy. Clinical & ExperimentalAllergy, v. 44, n. 5, p. 642-672, 2014. EXAMES IMPORTANTES DE SEREM OBSERVADOS •Hemograma; •Eosinófilos; • IgE específico; • Ferritina; •Vitamina D; •Vitamina B6; •Vitamina B9; •Vitamina B12; •Magnésio. SINTOMAS IMEDIATOS •Choque anafilático; •Urticária aguda; •Rinite; •Tosse seca; •Vômitos; •Rouquidão e dificuldade para respirar; •Asma aguda com desconforto respiratório grave. SINTOMAS TARDIOS •Dermatite atópica (coceira e erupções na pele); •Diarreia crônica; •Fezes com sangue; •Doença do refluxo gastroesofágico; •Constipação; •Déficit de crescimento; • Inflamação dos intestinos com perda de proteínas. PROBIÓTICOS PARA O TRATAMENTO RESULTADO •Proteção contra aumento de alergia; •Aumento da tolerância; •Auxiliar na modulação intestinal; •Diminuição TNF-α. TRATAMENTO NUTRICIONAL •Retirada total de produtos derivados de leite de vaca •Hidratação adequada •Controle da inflamação •Reposição de nutrientes • Substituições aos alimentos (origem vegetal) CASO CLÍNICO M.O, 32 ANOS • Investigação das alergias alimentares •Uso de anti‐histamínicos •Apresenta muito inchaço abdominal •Muitas reações na pele após comer diversos alimentos • Faz dieta de exclusão com acompanhamento médico •Uso de complexo B e antioxidantes •Uso de Corebiome®️ OBJETIVO •Desinflamar; •Entender os gatilhos; •Modular o intestino; •Ajuste de nutrientes; •Estimular detox. MANUTENÇÃO •Manter os suplementos; •Alimentação com frutas e vegetais permitidos e cozidos; •Uso de enzimas digestivas; •Uso de tintura (orégano, unha de gato e cúrcuma 80ml). BUTIRATO NA SAÚDE INTESTINAL • Butirato - 300mg/dia • Atividade antimicrobiana e anti-inflamatória • Melhora da permeabilidade intestinal • Benefício nos protocolos LOW FODMAP • Antidiarreico • Inibição TNF- alfa, IL-1, IL-6 EXEMPLO DE EXAME DE IGE ESPECÍFICO IgE ESPECÍFICO (G14) - Gramíneas - Aveia Ausente ou indetectável 3,50 IgE Painel (FX2) – Alimentos 2 Material biológico Soro Método Fluorescência Enzimática Ausente ou indetectávelda inflamação ● Dieta hipocalórica ● Dieta cetogênica em alguns casos ● Modular sono e estresse ESPOSITO, Sabrina et al. The role of diet in multiple sclerosis:a review. Nutritional Neuroscience, v. 21, n. 6, p. 377-390, 2017. ● Ômega 3 (3-5g ao dia) ● Vitamina D (doses 4.000-40.000UI/dia) ● Metilfolato e Metilcobalamina ● Chás e ervas: gengibre, verde, alecrim, cúrcuma ● Coenzima Q10 (100mg/dia) ● NAC (100mg/dia) ● Incontinência urinária, dificuldade motora em membros inferiores, gases e estufamento. ● Uso de corticóide ● Anti‐inflamatórios ● Em uso de Vitamina D (10.000 UI/dia) ‐ prescrição médica. AVALIAÇÃO ● Excesso de farinha branca ● Embutidos ● Baixa ingestão de água ● Intestino sensibilizado ● Emocional desestabilizado OBJETIVO ● Desinflamar ● Melhorar o padrão alimentar ● Modular o intestino TRATAMENTO – FASE 1 •Retirada de alimentos (sem glúten, caseína, açúcar e embutidos) •Carne vermelha 1-2 dias/semana •Muita hidratação •Vegetais verde escuros, semente de abóbora •Vitamina D + K2 (prescrição médica) •Ômega 3 (1000mg/dia) •Complexo B (metilfolato e metilcobalamina) •Azeite antes das refeições •Chás: espinheira santa, unha de gato, tulsi •Antioxidantes •Manter dieta mediterrânea •Manter suplementos Coenzima Q10 - 100mg + NAC - 100mg. 1 dose ao dia TRATAMENTO - FASE 2 ● Não fez todas as orientações alimentares, mas teve melhora em sintomas; ● Se mantém resistente às mudanças; ● Manter conduta anterior; ● Adicionar Glutamina (5g) + Probióticos. Iniciar probióticos L. rhamnosus 1bi UFC L. reuteri 1bi UFC L. acidophilus 1bi UFC L. casei 1bi UFC B. bifidum 1bi UFC TRATAMENTO – FASE 3 ● Após 120 dias refere melhora de sintomas; ● Come glúten e queijos diariamente; ● Uso dos suplementos; ● Refere que não vai dar continuidade no tratamento por questões pessoais. TIREOIDITE DE HASHIMOTO NÓBREGA, et al. Tireoidite de hashimoto: aspectos imunológicos e patogênicos. Revista Multidisciplinar em Saúde, v. 2, n. 2, p. 1‐20, 2021. ● Produção de anticorpos contra as células da tireoide, prejudicando a função da glândula ● Perda da tolerância imunológica ● Inicialmente pode estar relacionada com hipertireoidismo e evoluir para um hipotireoidismo A tireoide é uma glândula responsável pela produção e regulação hormonal, essenciais para o crescimento, reprodução e regulação do metabolismo. As doenças autoimunes que acometem essa glândula constituem 30%, destacando-se a Tireoidite de Hashimoto (TH). A TH é uma doença caracterizada pela presença de autoanticorpos que destroem os tecidos tireoidianos. RALLI, massimo. Hashimoto's thyroiditis: An update on pathogenic mechanisms, diagnostic protocols, therapeutic strategies,and potential malignant transformation. Autoimmunity Reviews, v.19, n.10, 2020. SINTOMAS ● Cansaço ● Queda de cabelo e unhas fracas ● Pele seca ● Depressão ● Sonolência ● Intolerância ao frio ● Câimbra ● Infertilidade DIAGNÓSTICO ● Exame de sangue ● Sintomas clínicos EXAMES IMPORTANTES PARA OBSERVAR ● Anti Peroxidase Tireoidiana (TPO) ● Anti Tireoglobulina (Tg) ● TSH (2-3 mU/mL) ● Hemograma ● Vitamina b12 ● Vitamina b6 ● Vitamina b9 ● Selênio ● Zinco ● Magnésio ● PCR ● Vitamina D ● Ferritina ● T4 e T3 livre ● T3 reverso ● Prolactina ● Cortisol ● Metais pesados INTESTINO E TIREOIDITE DE HASHIMOTO PRIORIZAR RESULTADO ● Diminuição PCR ● Diminuição anticorpos tireoglobulina ● Diminuição de sintomas ● Diminuição da inflamação ● Aumento da energia celular ● Diversidade microbiana Maior incidência de LEAKY GUT em pessoas com Hashimoto ● Vitamina D ● Selênio ● Magnésio ● Tirosina ● Complexo B ● Ferro ● Ômega 3 ● Boa saúde intestinal INTERFERÊNCIAS POSITIVAS E NEGATIVAS NA TIREOIDE Figura. São apresentados os principais fatores que afetam a função da tireoide. É óbvio que fatores como estresse, infecção, toxinas, trauma e certos medicamentos são diretamente responsáveis pela produção inadequada dos hormônios da tireoide. Porém, a identificação de sintomas e detecção precoce de valores anormais de hormônios da tireoide após a investigação clínica ajudará a estabelecer o diagnóstico adequado e a prescrever o medicamento correto. Além disso, o paciente deve avaliar periodicamente seu estado clínico para receber o tratamento que ele precisar. IONITÃ, Irina; IONITÃ, Liviu. Prediction of Thyroid Disease Using Data Mining Techniques.Factors that Affect Thyroid Function (The Institute for Functional Medicine, v.7, n.3, 2016. COMO GARANTIR BOA CONVERSÃO HORMONAL? Garantir que T4 converta em T3 ativo ● Vitamina D em níveis acima de 30ng/ml ● Selênio: doses de 200mcg/dia (4‐6 meses) ● Evitar glúten na alimentação O QUE TOMAR CUIDADO? ● Glúten ● Soja ● Cloro ● Industrializados ● Metais pesados (mercúrio, chumbo, alumínio) ● Toxinas ambientais (bisfenol, fitalatos, agrotóxicos) ● H. pylori ● Suplementação de iodo (após avaliação do iodo urinário) Dentre os indicadores preconizados pela OMS para o monitoramento da deficiência de iodo, o mais aceito e utilizado atualmente é a avaliação da excreção urinária de iodo devido seu alto valor diagnóstico e à facilidade de aplicação em estudos epidemiológicos. Para a determinação da prevalência da deficiência severa, moderada e leve de iodo, a OMS estabeleceu os pontos de corte dos valores medianos de excreção urinária. O intervalo de referência de 100-299µg/L foi considerado normal para a população geral e 150- 499µg/L para gestantes, segundo a OMS. IODO •Excesso de iodo é tóxico para a célula e causa apoptose ou necrose •Destruição tecidual •Produção de radicais livres •Bloqueio de enzimas relacionadas ao Selênio e Glutationa CASO CLÍNICO CM, 28 anos •Hashimoto desde 2014 •Uso de T4 125mcg •Peso: 59kg •Candidíase recorrente após DIU de cobre •Queda de cabelo •Alterações em exames AVALIAÇÃO •Embutidos e álcool •Muito açúcar e trigo •Muita cafeína •Emocional abalado • Intestino sensibilizado Em relação à suplementação, a forma química de maior biodisponibilidade do iodo é o quelado. AVALIAÇÃO DOS EXAMES •Desinflamar •Melhorar o padrão alimentar •Modular o intestino •Ajuste emocional AVALIAÇÃO DOS EXAMES Anti TPO 500 u/ml (acima) Anti tireoglobulina 400 u/ml (acima) Vitamina D 22 (abaixo) T3 livre 3,0 pg/ml T3 reverso - T4 livre 1,7 ng/dl TSH 4,0 mu/ml (acima) Glicose 89 Alumínio? - CONDUTA MÉDICA •Hormônio T4 •Vitamina D (600.000 UI) CONDUTA NUTRICIONAL • Dieta LOWFODMAP por 6 semanas • Melhorar ingestão de fibras • Uso de chás (alecrim, orégano, boldo, gengibre, cúrcuma, tulsi e funcho) • Complexo B • Enzimas digestivas • Própolis 2x ao dia (15 gotas em água) • Miodesin como anti-inflamatório (250mg ao dia) - Tomar 1 vez ao dia. Diminui inflamação Inibe NK-KB Auxilia em doenças como Diabetes, Doenças Gastrointestinais e Hepáticas • Diminui inflamação • Inibe NK-KB • Auxilia em doenças como Diabetes, Doenças Gastrointestinais e Hepáticas • Ação antimicrobiana Figura. Os mecanismos anti-inflamatórios da astaxantina. Biomarcadores inflamatórios, como muitas proteínas de fase aguda (APPs), enzimas induzíveis, quimiocinas e citocinas, são genes alvo regulados pela astaxantina. Além de moléculas inflamatórias, a astaxantina pode promover as vias de sinalização PI3K / AkT e fator nuclear eritroid 2-like 2 (Nrf2), e bloquear NF-κB, quinase regulada por sinal extracelular (ERK1 / 2), c-Jun N-terminal quinases (JNK), p38 MAPK e vias de sinalização JAK-2 / STAT-3 para atenuar a inflamação. As setas vermelhas indicam a ação inibitória e as setas pretas mostram a ação de aumento. CHANG, Ming Xian; XIONG, Fan. Astaxanthin and its Effects in Inflammatory Responses and Inflammation-Associated Diseases: Recent Advances and Future Directions. Molecules, v. 25, n. 22, p. 1-14, 2020. • Ômega 3 - (660mg EPA + 500mg DHA) • Vitamina E - 100mg • Astaxantina - 4mg • Cranberry - 200 a 450mg ALFA INFLAMINUS (PURA VIDA) Efeitos do carvãoativado • Desintoxicação; • Adsorve substâncias tóxicas e elimina junto com as fezes; • Usado em intoxicações; • Redução de gases intestinais; • Ser administrado longe das refeições. Doses • Doses dos estudos variando entre 1g/kg ou 50g; • Doses usuais de até 500mg. APÓS 60 DIAS • Melhorou a candidíase; • Ainda sentindo borbulhas intestinais; • Gases; • Melhora da disposição •Manter por mais 45 dias os suplementos anteriores •Dieta mediterrânea •Magnésio dimalato 300mg/dia •Glutamina 5g a noite • Fibras através da alimentação •Reforçar alimentação com magnésio, zinco e ômega 3. APÓS 120 DIAS • Melhora de exames (anticorpos e vitamina D); • Melhora digestão; • Sem crises candidíase; • Padrão fezes mantendo escala 3-4 Bristol; • Manter dieta mediterrânea; • Manter suplementos; • Coenzima Q10 - 100mg ao dia. INICIAR PROBIÓTICOS EXAMES EVOLUTIVOS (2019-2020) EXAME RESULTADO APÓS 120 DIAS ANTI TPO 500 U/ml (acima) 80 ANTI TIREOGLOBULINA 400 U/ml (acima) 19 L. rhamnosus 1bi UFC L. reuterii 1bi UFC L. casei 1bi UFC B. bifidum 1bi UFC Streptococcus aureus 1bi VITAMINA D 22 (abaixo) 45 T3 livre 3,0 pg/mL 2,5 pg/mL T3 reverso - T4 livre 1,7 ng/dL 1,66 ng/dL TSH 4,0 mU/ml (acima) 2,8 mU/ml GLICOSE 89 89 ALUMÍNIO? - ARTRITE REUMATOIDE NAGAYOSHI, et al. Rheumatoid arthritis: profile of patients and burden of caregivers. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 21, n. 1, p. 44‐52, fev. 2018. • Ativação TNF‐alfa, IL‐1, IL‐6 • Ativação e diferenciação das células T (fator reumatoide) • Ocorre a degradação da cartilagem • Dor, deformação, edema, perda de função articular Doença inflamatória sistêmica, crônica e degenerativa, caracterizada principalmente pelo comprometimento da membrana sinovial das articulações periféricas. Atinge aproximadamente 0,5 a 1% da população mundial, com taxa de incidência de 2 a 3 vezes maior em mulheres acima de 40 anos. Legenda. A presença de imunoglobulina G (IgG) ou da Ig do fator reumatoide ativam o sistema complemento que também pode dar início à uma inflamação vascular que impacta na qualidade de vida do paciente. Fagócitos que reconhecem esses complexos liberam citocinas pró-inflamatórias como o fator de necrose tumoral aumentando a resposta inflamatória. Além disso, é o líquido sinovial que contém esses altos nível de (TNF-α), interleucina 1-β (IL-β), interleucina-6 (IL-6) e IL- 8, e o fator estimulante de colônias de macrófagos/granulócitos. RODBARD, Camila Ávila. Artrite reumatoide: um processode inflamaçãocrônica. Artrite Reumatoide: Um Processo de Inflamação Crônica, v. 5, n. 8, p. 1-9, 2019. DIAGNÓSTICO •Velocidade de hemossedimentação (VHS) •PCR • Anticorpos contra filagrina/profilagrina e anticorpos contra peptídio citrulinado cíclico (PCC) •C3 e C4 (diminuídos) SINTOMAS •Dor e inchaço nas articulações •Rigidez articular •Dificuldade de movimentação • Febre baixa •Apetite reduzido • Fadiga •Nódulos perto das articulações EXAMES PARA OBSERVAR ●Hemograma ●Insulina ●Vitamina B12 ●Vitamina B6 ●Vitamina B9 ●Selênio ●Zinco ●Magnésio •PCR •Vitamina D • Ferritina •Vitamina C •Vitamina E •VHS • FAN Artrite pode se manifestar em outros locais além das articulações TRATAMENTO • Atenção e retirada de trigo, leite de vaca, carne vermelha, gordura saturada, gordura trans, carboidratos refinados, açúcar, bebida alcoólica; •Dieta vegana; •Controle carga glicêmica e índice glicêmico; •Hidratação adequada; •Controle da inflamação; •Dieta hipocalórica; •Modular sono e estresse. •Desordem inflamatória com efeitos articulares e sistêmicos •Ativação TNF-alfa, IL-1, IL-6 •Ativação e diferenciação das células T (fator reumatoide) •Ocorre a degradação da cartilagem •Dor, deformação, edema, perda de função articular ✓ Olhos ✓ Pulmão ✓ Coração ✓ Baço ✓ Medula óssea ✓ Pele ✓ Sistema nervoso Littlejohn, Emily A; Monrad Seetha U Monrad. Early Diagnosis and Treatment of Rheumatoid Arthritis, Prim Care, n.45,v.2,2018. Figura. Os hábitos alimentares podem representar tanto risco de doença quanto fator de proteção, com base nas propriedades de alimentos específicos. As escolhas dietéticas específicas podem de fato mostrar efeitos pró-inflamatórios (por exemplo, carne vermelha, sal, ingestão calórica excessiva) ou, pelo contrário, reduzir a inflamação (óleo, peixes gordurosos, frutas e outros). A dieta ocidental, caracterizada por uma alta ingestão de carne vermelha, gorduras saturadas e trans, uma baixa proporção de ômega-3: ácidos graxos ômega-6 e alto consumo de carboidratos refinados, foi associada a um risco aumentado de AR, principalmente por meio de um aumento de inflamação e uma indução de resistência à insulina e obesidade. Mesmo que a relação entre AR e dieta não seja tão forte quanto outros fatores de risco (principalmente fumo), a influência da dieta tem sido amplamente estudada, considerando também a natureza complexa do fornecimento de nutrientes. Além disso, a dieta representa um fator importante que influencia a composição da microbiota, que tem estado envolvida no desenvolvimento da doença. Gioia, Chiara et al. “Dietary Habits and Nutrition in Rheumatoid Arthritis: Can Diet Influence Disease Development and Clinical Manifestations ?.” Nutrients, v. 5,n.12,2020 A dieta mediterrânea pode fornecer benefícios na redução da dor e articulações inchadas e sensíveis em pacientes com AR. ✓ Alimentação mediterrânea ✓ Ômega 3 ✓ 27/mg/kg EPA ✓ 18mg/kg DHA Há mais e melhores evidências que a suplementação de gordura poli-insaturada n-3 (PUFA) tem o potencial de reduzir a inflamação e fornecer benefício clínico, possivelmente retardando a progressão para farmacoterapia. • Redução de IL‐1, IL‐6, TNF‐a • Homeostase tecidual • Redução da inflamação e dor Foi realizada uma dieta vegana por 4 semanas •Vitamina D (resultados acima de 30) •Selênio (50mcg/dia) •Zinco (8mg/dia) •Vitamina A 400mcg/dia •Vitamina E 40mg/dia •Vitamina C 125mg/dia •Lactobacillus casei •Lactobacillus plantarum •Bifidobacterium bifidum •Uso de colágeno tipo 2 •Doses variando até 45mg/dia • Inibição citocinas inflamatórias • Aumento IL-10 • Aumento de Ácido Retinóico • Aumento de fatores regulatórios da inflamação CASO CLÍNICO C,L,S 52 ANOS •AR + FIBROMIALGIA •Peso: 60kg, Altura: 1,67m •Uso de corticoides e anti-inflamatórios •Uso de vitamina D (2000UI - prescrição médica) •Vegetariana há 15 anos •Refere muita fadiga • Intestino irregular •Dores e rigidez matinal • Libido baixa AVALIAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO • Carga glicêmica alta nas refeições • Falta de proteína • Intestino sensibilizado • Falta de nutrientes e antioxidantes OBJETIVO •Desinflamar •Melhorar o padrão alimentar •Modular o intestino EXAMES Exames iniciais 2020 2021 Glicose 109 (acima) 77 Ácido úrico 4,0 2,9 Fator reumatóide 300 90 VHS 39 mm (acima) 30 mm PCR 2,0 (acima) 0,5 Complemento C3 50 mg/dL (abaixo) - Vitamina D 32 (abaixo) 45 TSH 2,8 (ok) - CONDUTA MÉDICA •Anti-inflamatório CONDUTA NUTRICIONAL • Dieta mediterrânea (vegetariana); • Melhorar ingestão de fibras; • Ingestão de proteínas (quinoa, proteína em pó, colágeno, leguminosas); • Uso de chás (alecrim, gengibre, cúrcuma e funcho); • Suplementação Vitamina D (4000 UI/dia); • Ômega 3 (720mg EPA + 480mg DHA); •Nutricolin 250mg (Tomar 1 vez ao dia longe das refeições). APÓS 60 DIAS •Melhora das dores; •Tomando 300ml de água em jejum (menos rigidez); •Melhora da disposição; •Melhora performance física; •Melhora do sono. RECOMENDAÇÕES •Manter por mais 45 dias os suplementos anteriores; •Complexo B - 1 dose ao dia; •Zinco 20mg - 1 dose ao dia; •Creatina 5g - 1 dose ao dia; • Fibras através da alimentação; •Hidratação; •Reforçar alimentação com magnésio, zinco e ômega 3. APÓS 60 DIAS • Segue com melhora da digestão; •Refere que intestino melhorou porém ainda com episódios de oscilação; •Melhora de exames; •Dores bem menores RECOMENDAÇÃO •Manter e avaliaros suplementos posteriormente; •Glutamina 5g - 1 dose antes de dormir; •Uso de pool de probiótico (IBS CARE - 1 dose antes de dormir); •Protocolo Low FODMAP a cada 6 meses; •Protocolo ayurvédico (medicina indiana) 1x ao mês para estimular a digestão. EXAMES EXAME VALOR IDEAL OBS Hemograma Hemácias 4,0-6,0 milhões/mm3 Sinais de anemia Hemoglobina 12,0-18,0 g/dL Hematócrito 40-45% VCM 85-90 fL HCM 30 pg CHCM 31-36% RDW‐CV 13-15% Leucócitos 4000-10000/mm3 Sinais de alergia e inflamação Imunosupressão Uso de corticóide Contagem 0-300/mm3 Bastões 1700-7000/mm3 Segmentados 20-600/mm3 Eosinófilos 0-200/m3 Basófilos 1000-5000/mm3 Linfócitos 80-1200/mm3 Monócitos 130000-400000/mm3 Plaquetas 130000-400000/mm3 Eosinófilos 40 a 500 células/μl de sangue Vitamina B12 Acima de 500 pg/ml Acima de 1000: Inflamação Vitamina A 76 mg/dL Vitamina B9 10-20 ng/mL Vitamina B6 40-76 mcg/dL Vitamina D-25 (OH) D 40-60 ng/mL Cálcio 8,5-10 mg/dL Ferro 50-170 mcg/dL Ferritina 70-100 ng/mL Zinco 70-120 ug/dL Magnésio 1-7-2,6 mg/dL Ácido úrico 3,5-7 mg/dL Creatinina 0,6-1,3 mg/dL Ureia 16-40 mg/dL T3 Livre 3 ng/dL T3 Reverso 150-200 ng/mL T4 Livre Até 1,8 ng/mL TSH Até 2,5 mUI/mL TGO 5-40 U/L TGP 7-56 U/L GGT Homem: até 85 U/L Mulher: até 38 Ul CPK 30-200 U/L Lipidograma Triglicérides (70-100 mg/dL) Alteração por uso de medicamentos Glicose em jejum Menor que 99 mg/dL Insulina Até 10 uU/mL Resistência à insulina Hemoglobina glicada Até 6% Cortisol Manhã: até 12 mcg/dL Muito baixo: Hipotireoidismo/ Hashimoto Testosterona total Homens 22-49 anos: 241-827 ng/dL Homens acima de 50 anos: 86-788 ng/dL Mulheres 16-21 anos: 17-50 ng/dL Mulheres com mais de 21 anos: 12-59 ng/dL Mulheres na menopausa: até 48,93 ng/dL Proteínas totais e frações 6 a 8 g/dL Homocisteína 5-15 nMol/L Sinais inflamatórios Falta de complexo B PCR Menor que 0,1 mg/dL Potássio 3,5 a 5,0 m/E Sódio 135 a 145 m/Eq/L Selênio 46 a 143 mcg/L Alumínio Até 10µg Chumbo Até 40,00 µg/dL Mercúrio Atenção maiores que 5 mcg/dL Cobre 70 a 150 µg/dL Calprotectina fecal