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Dislepidemias
Alterações dos níveis sanguíneos dos lipídios circulantes
Lipoproteínas
➜ Quilomícrons → formados no intestino, transportam triglicerídeos
(TG) exógenos, compostos por 95-99,5% de lipídios.
➜ VLDL → formados no fígado, transportam TG endógenos, compostos
por 85-90% de lipídios e 10-15% de proteínas.
➜ IDL → originada do catabolismo de outras lipoproteínas, atua como
precursora da LDL.
➜ LDL → produto metabólico da VLDL, contém 75% de lipídios e 25% de
proteínas, transporta grande quantidade de colesterol (CT) para
produção de ácidos biliares.
➜ HDL → formada no fígado e intestino, capta excesso de colesterol e
triglicerídeos e os transporta de volta ao fígado (transporte reverso do
colesterol).
CLASSIFICAÇÃO DAS DISLIPIDEMIAS
Classificação laboratorial
 • 🔺 Hipercolesterolemia isolada → Elevação isolada do LDL-C (>
160 mg/dL)
 • 📊 Fórmula de Friedewald → LDL = CT - HDL - TG/5
 • 🔻 Hipertrigliceridemia isolada → Elevação isolada dos TG
 • 150 mg/dL (Em jejum)
 • 175 mg/dL (Sem jejum)
 • 🔗 Hiperlipemia mista → Elevação de ambos
 • LDL-C > 160 mg/dL
 • TG > 150 mg/dL (Em jejum) ou > 175 mg/dL (Sem jejum)
 • OBS: Quando TGs ≥ 400 mg/dL, a fórmula de Friedewald para
cálculo do LDL-C é inadequada. Considera-se hiperlipidemia mista
quando não HDL-C ≥ 190 mg/dL.
 • ⚠ HDL-C baixo → Redução do HDL-C
 • Homenspara adentrarem na mitocôndria, sendo portanto oxidados mais rapidamente
que os ácidos graxos de cadeia longa
AGCL
AGCM
Independem do
sistema Carnitina
acil-transferase
🔎 Revisão Sistemática e Meta-Análise (Circulation, AHA - Jan/2020)
📌 Objetivo: Comparar os efeitos do óleo de coco (~90% gordura saturada)
com óleos vegetais (milho, canola, soja, girassol, oliva, amendoim).
📊 Resultados:
✅ ⬆ LDL-c: +10,47 mg/dL (aumento significativo)
✅ ⬆ HDL-c: +4,00 mg/dL
✅ ⬆ CT: +14,69 mg/dL
❌ Sem diferença: Triglicérides, adiposidade, glicemia, marcadores
inflamatórios
⚠ Conclusão: O consumo de óleo de coco deve ser feito com precaução,
pois aumenta o LDL-c, fator de risco cardiovascular.
Ácidos graxos ômega-6: Incluem o ácido linoleico (encontrado em óleos de
girassol, milho, soja, nozes e castanha-do-pará) e o ácido araquidônico
(derivado do linoleico). O aumento do consumo de ω6 reduz levemente o
colesterol total, sem grandes efeitos sobre HDL ou LDL. Não há evidências
suficientes para recomendar suplementação de ω6 na prevenção
cardiovascular.
Ácidos graxos ômega-3: Incluem o ácido alfalinolênico (ALA), de fontes vegetais
como soja, canola, linhaça e chia, e os ácidos eicosapentaenoico (EPA) e
docosaexaenoico (DHA), provenientes de peixes e crustáceos dos oceanos
Pacífico e Ártico.
Os ácidos graxos linoleico (ômega-6) e linolênico (ômega-3) são essenciais para
os seres humanos, devendo ser obtidos através da alimentação.
⚠ Sem evidência para substituir óleo de coco por óleos vegetais ricos em
insaturados.
Óleo de Palma: Apesar de se tratar de óleo vegetal, o óleo de palma é
composto por ácidos graxos SAT (45% de ácido palmítico e 5% de ácido
esteárico) e INSAT (40% ácido oleico e 10% ácido linoleico)
O aumento no consumo direto de óleo de palma, ou indireto, por meio da
ingestão de
produtos industrializados, contribuirá para maior consumo de SATURADOS que
elevam o risco CV. O consumo de óleo de palma deve ser mantido dentro do
percentual de recomendação de consumo de SAT
Chocolate: Aproximadamente 63% da gordura do cacau é constituída pelos
ácidos graxos SAT esteárico (34%) e palmítico (27%). Os 37% restantes estão sob
a forma de MONO (33,5%) e POLI (3,5%)
O maior consumo de óleo de palma, direto ou indireto, aumenta a ingestão de
saturados e o risco cardiovascular, devendo ser mantido dentro das
recomendações.
A manteiga: contém 51,5% de gorduras saturadas, com destaque para os ácidos
palmítico, esteárico, mirístico e láurico. Seu consumo deve fazer parte de um
padrão alimentar saudável e individualizado, considerando o valor calórico e o
controle de peso.
A manteiga: contém gorduras saturadas, como os ácidos palmítico, esteárico,
mirístico e láurico. Seu consumo deve ser equilibrado, considerando o valor
calórico e o controle de peso.
Lácteos: o consumo de lácteos integrais pode elevar o consumo de ácidos
graxos SAT, especialmente mirístico, que possui forte correlação com aumento
do risco CV. Recomendação: Lácteos Desnatados
🔎 Óleo de Palma & Chocolate
📌 Óleo de Palma:
✅ Composição: SAT (50% - 45% palmítico, 5% esteárico) | INSAT (50% - 40%
oleico, 10% linoleico)
⚠ Impacto: Aumento no consumo (direto/indireto) eleva a ingestão de
saturados, aumentando o risco CV.
🔹 Recomendação: Consumir dentro dos limites recomendados para gorduras
saturadas.
📌 Chocolate:
✅ Composição: SAT (63% - 34% esteárico, 27% palmítico) | MONO (33,5%) | POLI
(3,5%)
⚠ Impacto: Esteárico tem efeito neutro na colesterolemia, mas chocolate é
fonte de calorias e açúcar, podendo levar ao ganho de peso e aumentar o risco
CV.
Ácidos Graxos Poli-insaturados:
LINOLEICO
No entanto, de acordo com DRI, sua suplementação não
é necessária, uma vez que a ingestão moderada de óleo
de soja ou canola (cerca de 15 mL/dia) garante o
consumo adequado.
EPA DHA
Já os ácidos EPA e DHA podem ser produzidos endogenamente por
ação enzimática de dessaturases e elongases sobre o ALA, porém essa
conversão é limitada e sofre interferência de fatores fisiológicos e
externos
Outra fonte de EPA e DHA é o óleo de krill, crustáceo semelhante ao
camarão, encontrado nos mares do Sul. O óleo de krill é fonte singular
de EPA e DHA, pois a maior parte dos ácidos graxos ω3 encontra-se
em fosfolípides, apresentando maior biodisponibilidade de ω3 do krill
em comparação ao ω3 marinho
Os ácidos graxos POLI estão também envolvidos na redução da concentração
plasmática de triglicérides por bloquear o SREBP (Fator de transcrição que
estimula a síntese de enzimas lipogênicas) – efeito mais pronunciado pelos
ácidos graxos da série ω3
ÔMEGA 3
Inúmeros efeitos que podem ↓ chance de DCV →
melhora da função autonômica → efeito antiarrítmico
→ ↓ agregação plaquetária e da pressão arterial
→ melhora da função endotelial → estabilização da
placa de ateroma → ↓ triglicerídeos.
↓ síntese de APO-B e ↑ catabolismo de APO-B → Acelera o catabolismo
dos quilomícrons ao estimular a atividade da enzima lipase lipoprotéica.
Altas doses de ω-3 (EPA e DHA) (2 a 4g ao dia) → ↓ TG em até 25 a 30%.
Ácidos Graxos Monoinsaturados (ômega 9):
O consumo adequado de MONO tem mostrado efeito positivo sobre o
metabolismo lipídico com efeitos contrários aos observados SAT
Fontes: azeite de oliva, óleo de canola, oleaginosas (castanha, amêndoas,
amendoim, nozes), azeitona e abacate.
Ácidos Graxos Trans-isoméricos:
Fontes: óleos e gorduras hidrogenadas, margarinas duras, shortenings
(sorvetes, chocolates, maioneses, cremes para sobremesa)
Efeito aterogênico: O ácido graxo trans tem o maior efeito aterogênico
devido à sua forte ação sobre a colesterolemia.
Semelhança com os saturados: Propriedades físicas, químicas e
metabólicas similares aos ácidos graxos saturados.
Efeitos no perfil lipídico:
 → ↑ LDL-C (↓ receptores hepáticos do LDL)
 → ↓ HDL-C (↑ catabolismo da APO A1 e ↑ transferência de
colesterol esterificado para VLDL-C e LDL-C)
 → ↓ clearance das partículas contendo ApoB100, elevando sua
concentração no plasma, contribuindo para a formação de partículas
LDL pequenas e densas, mais aterogênicas.
Os ácidos graxos trans devem ser excluídos da dieta por aumentarem a
concentração plasmática de LDL-c e induzirem intensa lesão aterosclerótica
Rotulagem de Ácidos graxos Trans
A Anvisa (2003) exige a declaração de gordura trans nos rótulos, mas permite
que produtos com até 0,2 g por porção sejam rotulados como "zero trans". Isso
pode levar ao consumo elevado dessa gordura, pois porções menores que as
habituais podem mascarar sua presença.
A gordura interesterificada é uma alternativa à gordura trans, sem ácidos
graxos trans, mas com alto teor de ácidos graxos saturados. É feita a partir de
gorduras totalmente hidrogenadas misturadas a óleos vegetais, como estearina
de palma e óleo de coco. Ainda não há evidências conclusivas sobre seus efeitos
metabólicos e cardiovasculares.
Colesterol dietético:
⚠ A resposta ao colesterol alimentar varia conforme fatores genéticos e
metabólicos. O genótipo das apoE-LP influencia a absorção: 🧬 E-4 aumenta a
captação, enquanto E-2 reduz em dietas ricas em colesterol. 📌 Diretrizes
atuais não estabelecem um limite específico para consumo devido à falta de
evidências conclusivas.
🥚 Durante décadas, o ovo foi associado ao risco cardiovascular devido ao seu
teor de colesterol (225 mg/unid.). No entanto, estudos prospectivos indicam que
o consumo de mais de um ovo por dia não impacta significativamente o risco de
doenças cardiovasculares em pessoas saudáveis.
A Coenzima Q10 é crucial para o desempenho dos músculos esquelético e
cardíaco, atuando como transportadora de elétrons na mitocôndria durante a
respiração celular no miócito. 
📊 Dose recomendada: 200 mg/dia (Deichmann et al., 2010)
⚠ A absorção de CoQ10 proveniente da dieta (carnes e nozes) é lenta e
ineficiente devido ao seu peso e natureza hidrofóbica.
As estatinas reduzem a síntese de CoQ10, o que poderia causar Sintomas
Musculares Associados a Estatinas (SMAE). No entanto, a suplementação de
CoQ10 não mostrou benefício comprovado. Fatores como dieta, vitaminas e
álcoolinfluenciam a eficácia do tratamento. Estatinas também aumentam as
espécies reativas de oxigênio (ROS) no músculo, o que pode causar mialgia,
independentemente do dano muscular.
🥚🔍 As evidências atuais não estabelecem uma relação causal entre o
consumo de ovos e DCV. Contudo, estudos observacionais divergentes indicam
cautela para diabéticos tipo 2 e hiper-responsivos ao colesterol. Como alimento
de alta densidade nutritiva e proteica, pode ser incluído na dieta, desde que
dentro de um padrão alimentar saudável. ✅🍽
⚠ Algumas populações, como diabéticos, podem se beneficiar da ↓ da
ingestão de colesterol dietético devido a possíveis anormalidades no transporte
de colesterol. 🩸 Esse grupo pode apresentar maior risco cardiovascular,
exigindo maior cautela na ingestão. 🍽
 O consumo elevado de ovos (>1/dia) não está associado ao aumento do risco de
DCV e AVE. ⚠ Em diabéticos, há indicação de maior risco de doença coronária,
mas estudos adicionais são necessários para confirmar essa relação. 
DIABETES ↓ Apolipoproteína E + ↑ Apolipoproteína C-III → Transporte
anormal de colesterol
↓ Sensibilidade à insulina → Influência no metabolismo do HDL (↓ LCAT)
OVO
Medidas no controle da Hipercolesterolemia
A Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2017)
recomenda resgatar o padrão alimentar por meio do incentivo à alimentação
saudável, orientando sobre a seleção de alimentos, modo de preparo,
quantidade e substituições alimentares, sempre alinhado com a mudança de
estilo de vida.
Uma metanálise com cerca de 59 mil indivíduos mostrou que substituir
parcialmente ácidos graxos saturados por poli-insaturados por mais de 2 anos
reduziu em 17% o risco de eventos cardiovasculares.
O consumo de gorduras saturadas deve ser limitado, mas o mais importante é
sua substituição parcial por insaturadas, especialmente poli-insaturadas. (Grau
de Recomendação: I; Nível de Evidência: A)
• Excreção fecal aumentada de esteróis neutros e ácidos biliares.
 • A excreção fecal de ácidos biliares desvia o colesterol para o pool dos
ácidos biliares, deixando menos colesterol disponível.
 • A fermentação das fibras produz ácidos graxos de cadeia curta,
absorvidos via veia porta, que inibem a síntese hepática de colesterol.
O uso de fibras pode não ser suficiente para normalizar a colesterolemia,
mas aceleram o trânsito intestinal, sendo úteis quando se usam resinas de
troca, que são constipantes.
Cafestol e Kahweol ↑ Colesterol sérico. ⚠ Sempre que possível, utilizar o
filtro de papel para reduzir a presença dessas substâncias.
Em uma análise de 1113 alimentos consumidos nos EUA, o café está entre os 50
alimentos com maior quantidade de antioxidantes. Uma porção típica de café
contém mais antioxidantes do que um copo de suco de uva, framboesa ou
laranja. 
Mulheres de 55 a 69 anos que consumiam de 1 a 3 xícaras de café/dia ↓
risco de doenças cardiovasculares em 24%. O café é rico em polifenóis
(antioxidantes). O principal método de preparo foi a filtração, que reduz a
exposição a substâncias aterogênicas do café.
Tratamento Famacológico das Dislipidemias
A decisão para iniciar a terapia medicamentosa das dislipidemias depende de:
Risco cardiovascular do paciente
Tipo de dislipidemia presente
Divisão dos hipolipemiantes:
🔹 Agem nas taxas de colesterol: Estatinas, Ezetimiba, Resinas
🔹 Agem nas taxas de TG: Fibratos, Ácido nicotínico, Ácidos graxos ômega-
↓ Colesterol pela redução da absorção do colesterol alimentar, que é
deslocado para fora das micelas por competição.
Estatinas x Coenzima Q10
Fitosteróis são encontrados apenas nos vegetais e possuem funções
estruturais análogas ao colesterol.
Fontes: Óleos vegetais, cereais, grãos e outros vegetais.
Consumo habitual: 100 a 300 mg/dia, podendo chegar a 600 mg/dia em
vegetarianos.
 São pouco absorvidos e possuem eficiente excreção biliar após captação
hepática.
Consumo de 2 g/dia → ↓ 10% do LDL-c, com diminuições maiores quando
associado a uma dieta pobre em gorduras saturadas e colesterol.
Substituição parcial de ácidos graxos saturados por mono e poli-
insaturados
↑ Ácidos graxos saturados → ↑ colesterol plasmático e ação pró-
inflamatória.
CAFÉ
Tratamento Não Medicamentoso das Dislipidemias
FIBRAS
Psyllium é a fibra solúvel mais estudada na redução do colesterol.
Doses de 7 a 15 g/dia → ↓ 5,7% a 20,2% de LDL-c e ↓ 2% a 14,8% de
colesterol total (CT). O psyllium → não afeta significativamente os níveis
de HDL-c e TG.
RECOMENDAÇÃO: 25g/dia (6g solúveis).
Farelo de Aveia → O alimento mais rico em fibras solúveis.
Conteúdo de fibra alimentar: 15 a 19%, sendo 34 a 48% de fibras solúveis.
1 colher de sopa (10g) → Aproximadamente 0,9g de fibra solúvel.
Psyllium é a fibra solúvel mais estudada na redução do colesterol.
Doses de 7 a 15 g/dia → ↓ 5,7% a 20,2% de LDL-c e ↓ 2% a 14,8% de CT.
O Psyllium → não afeta significativamente os níveis de HDL-c e TG.
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da
Aterosclerose (2017): Sugere-se o consumo de aproximadamente 3 g/dia de
betaglucanas.
FITOSTERÓIS
O uso de fitosteróis é recomendado para:
Indivíduos com colesterol elevado e risco cardiovascular baixo ou
intermediário, que não se qualifiquem para tratamento farmacológico
(Grau de Recomendação: IIa; Nível de Evidência: A).
Parte das mudanças de estilo de vida, como medida adjunta ao
tratamento farmacológico em pacientes que não atingem as metas de
LDL-c com estatinas (Grau de Recomendação: IIa; Nível de Evidência: A).
Adultos ou crianças (a partir dos 5 anos) com hipercolesterolemia
familiar (HF) (Grau de Recomendação: IIa; Nível de Evidência: A).
Fitosteróis podem ser administrados:
Incorporados a alimentos ou sob forma de cápsulas, com eficácia
semelhante.
Preferencialmente nas refeições, podendo ser fracionados em várias
tomadas, com efeitos observados a partir de 3 a 4 semanas.
A dose recomendada é:
2 colheres de sopa de creme vegetal com fitosteróis ou 2 a 3 cápsulas
de fitosteróis por dia para efeitos hipolipemiantes.
É importante observar que pode haver modesta redução nos níveis de
vitaminas lipossolúveis (como carotenoides).
Medidas no controle da Hipertrigliceridemia
A Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2017)
aponta que:
A concentração plasmática de TG (triglicerídeos) é muito sensível a
variações no peso corporal e mudanças na composição da dieta,
especialmente em relação à quantidade e qualidade de carboidratos e
gorduras.
A quantidade recomendada de carboidratos e gorduras na dieta
depende do tipo de hipertrigliceridemia, que pode ser primária ou
secundária, com bases fisiopatológicas distintas.
Aqui está a versão com as setas no lugar de "aumento":
Hipertrigliceridemia primária grave (↑ quilomícrons): ↓ gordura da
dieta, com limite de 10% do VCT.
Hipertrigliceridemia primária moderada (↑ quilomícrons): De 25 a 35%
das calorias provenientes de gorduras e controle da ingestão de açúcares.
Hipertrigliceridemia secundária (causada por obesidade e diabetes): 30 a
35% das calorias provenientes de gorduras, com adequação no consumo
de carboidratos, priorizando a restrição de açúcares.
Medidas para controle incluem:
Manter quantidades moderadas de gordura na dieta.
Eliminar ácidos graxos trans.
Controlar o consumo de gorduras saturadas.
Priorizar gorduras poli-insaturadas e monoinsaturadas.
Reduzir açúcares.
Incluir carnes magras, frutas, grãos e hortaliças na dieta.
Efeito cardioprotetor: ↑ HDL-C e ↓ o fibrinogênio
A alta ingestão de carboidratos aumenta a glicemia, elevando a insulinemia, o
que favorece a síntese de ácidos graxos e triglicerídeos, aumentando os
fatores de risco.
Ácidos graxos saturados na dieta → ↑ trigliceridemia
→ ↑ lipogênese hepática
→ ↑ secreção de VLDL
Recomenda-se:
→ Inclusão de ácidos graxos poli e monoinsaturados
Ômega-3 (ALA, EPA e DHA) → Atividade cardioprotetora
→ ALA (C18:3) → origem vegetal (soja, canola, linhaça) Produz pequenas
quantidades endógenas de EPA
e DHA, e também exerce ação cardioprotetora
→ EPA (C20:5) e DHA (C22:6) → peixese crustáceos de águas frias: Mais
associados à proteção cardiovascular
A doença é rara, autossômica recessiva, causando hipertrigliceridemia grave
(1500 a 15000 mg/dL) devido à deficiência da enzima LPL.
Recomendações Nutricionais:
Restringir gordura (10% a 15% do VCT);
Excluir açúcares, sucos concentrados e álcool;
Consumir carboidratos complexos e garantir ácidos graxos essenciais;
Monitorar vitaminas lipossolúveis e suplementar se necessário;
Incluir TCM para aporte calórico conforme tolerância.
Redução de bebidas alcoólicas
1. Impacto do Álcool na Hipertrigliceridemia:
O álcool inibe a lipase das lipoproteínas.
Isso reduz a hidrólise de quilomícrons, levando ao aumento dos níveis de
lipemia.
2. Metabolização do Etanol:
O etanol é metabolizado em acetil-CoA.
A acetil-CoA é um precursor chave na síntese de ácidos graxos,
contribuindo para o aumento da trigliceridemia.
3. Combinação Perigosa:
Quando o consumo de álcool é excessivo e combinado com ácidos
graxos saturados, o efeito na trigliceridemia é ainda mais negativo.
Então, a recomendação é evitar o álcool para manter os níveis de
triglicerídeos sob controle.
Perda de peso → pode resultar na redução de 20% da concentração
plasmática de TG
Os efeitos deletérios devem ser considerados (↑ PA, ↑ Peso, ↑ TG, ↑
Glicemia, Alterações gastrointestinais).
VINHO TINTO
Parece fornecer maiores benefícios do que qualquer outro tipo
de bebida alcoólica, provavelmente devido aos flavonóides (Resveratrol).
Síndrome da Quilomicronemia Familiar
FLAVONOÍDES - VINHO
Substituição parcial de ácidos graxos saturados por mono e poli-
insaturados
Consumo diário de 15 a 30 g de proteína de soja (1-2 porções) pode ser
recomendado.
 Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2017).
 (Grau de Recomendação: IIa; Nível de Evidência: A).
↓ 5% LDL
↓ 11% TG
↑ 3% HDL
Consumo de soja para obter em torno de 25 gramas de proteína:
Proteína de soja texturizada crua (Carne de soja) – 1/2 xícara de chá
(25g) = 13g de proteína
Hambúrguer de soja – 1 unidade = 12g de proteína
OU
Leite de soja – 1 copo de 300ml = 7,8g de proteína
Extrato de soja – 3 colheres de sopa (45g) = 18g de proteína
Controle do Peso Corporal
Além do controle de calorias na dieta (redução de 500 a 1.000 Kcal)
Enfatiza-se
Qualidade dos nutrientes em aspectos relacionados ao desenvolvimento da
obesidade, como saciedade, resposta insulínica, lipogênese hepática,
adipogênese, gasto energético e microbiota.
O consumo superior a 50 g de frutose ao dia eleva os TG pós-prandiais.
ALCOOL
NÃO SE RECOMENDA O CONSUMO DE ÁLCOOL
PARA PREVENÇÃO DA ATEROSCLEROSE
SUCO DE UVA!
Redução de açúcares e de carboidratos
PROTEÍNA DA SOJA
Mudanças no estilo de vida - Exercícios físicos
Melhora a estrutura e a função vascular
↑ HDL-C
↓ TG, CT, LDL
Recomenda-se:
3 a 5 sessões por semana
Duração: 60 minutos
Intensidade: entre o limiar aeróbio e o ponto de compensação
respiratória, ou 60 a 80% da frequência cardíaca de pico.
Cessação do Tabagismo
A exposição à fumaça do cigarro causa prejuízos à vasodilatação
dependente do endotélio em artérias coronárias, assim como em leitos
microvasculares
A prática clínica recomenda o uso de farmacoterapia para a
cessação do tabagismo em fumantes motivados a parar de
fumar

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