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RELAÇÕES INTERPESSOAIS E EMPRESARIAIS Prezado(a) aluno(a), O trabalho da área de Gestão de Pessoas é visibilizado por meio de suas práticas, que devem ser estendidas e aplicadas a todos os funcionários da organização. Em um ambiente empresarial competitivo, é essencial que essas práticas sejam conhecidas e implementadas por todos os líderes das empresas, a fim de promover a empregabilidade e alcançar os objetivos estratégicos da empresa. Para que isso aconteça, é necessário ter políticas de gestão de recursos humanos formuladas e implementadas de acordo com a realidade organizacional, garantindo tratamento justo entre todos os funcionários. Neste capítulo, serão estudadas as práticas de gestão de pessoas, incluindo importantes diretrizes organizacionais relacionadas a essas práticas, bem como exemplos de sua aplicação nas empresas. Bons estudos! AULA – 4 POLÍTICAS E PRÁTICAS DA GESTÃO DE PESSOAS NAS EMPRESAS. 4 POLÍTICAS E PRÁTICAS DA GESTÃO DE PESSOAS NAS EMPRESAS. As práticas atuais de gestão de pessoas são consequência de transformações históricas que visam analisar os processos de interação entre as organizações e seus funcionários. Para uma compreensão mais ampla das condições que viabilizaram o desenvolvimento da área, é fundamental conhecer algumas das teorias sociológicas. A questão das relações de trabalho e do poder que elas envolvem tem sido objeto de estudo de muitos pesquisadores ao longo da história, especialmente no contexto empresarial. As teorias de Karl Marx e Friedrich Engels sugerem que existe uma desigualdade entre os titulares do capital e o proletariado, formando uma relação de dominação-submissão ou opressor-oprimido. Além disso, outros autores contemporâneos, como Pierre Bourdieu, Michel Foucault e Silvia Gherardi, fornecem interpretações importantes para entender essas relações de poder e as ações tomadas na prática pelas organizações, como será explicado mais adiante. Bourdieu (1977) desenvolveu pelo menos três conceitos importantes para a compreensão das relações de poder: o capital simbólico, o campo e os hábitos. O capital simbólico refere-se ao poder adquirido por meio do acúmulo de recursos, que cria um efeito simbólico e uma sensação de força sobre os outros, como a situação econômica e o capital cultural que as pessoas possuem. No ambiente das organizações, o maior capital simbólico estaria entre os diretores e altos cargos vistos com prestígio e condição de poder em relação aos demais. O conceito de campo se refere a um espaço social estruturado, composto por um conjunto de posições e relações entre indivíduos ou grupos que competem pelo acesso a determinados recursos, como poder, prestígio, influência e reconhecimento. Cada campo possui suas próprias regras, valores e princípios, que são internalizados pelos indivíduos e orientam suas ações. O campo pode ser visto como um microcosmo da sociedade, no qual se desenrolam lutas por recursos simbólicos e materiais que são relevantes para aqueles que participam dele.Entende-se, assim, que o campo é o espaço onde ocorre as lutas de significado entre as pessoas, levando em conta se as representações legitimadas como certas ou verdadeiras. Podemos considerar o ambiente organizacional, a empresa como um campo de batalha simbólico no qual, segundo Bourdieu (1977), se legitimam e se reproduzem as ideias que se estabelecem práticas imposta pelos administradores de tais lugares. Os hábitos, segundo Bourdieu, representam as tendências que o indivíduo assume para si e incorpora à sua maneira de vida. Eles são frutos da percepção que cada indivíduo tem em relação ao meio social em que se encontra e dos campos sociais dos quais participa. Esses hábitos são importantes porque moldam a forma como o indivíduo percebe o mundo e age nele, e estão intrinsecamente ligados ao poder simbólico presente em cada campo social. O poder simbólico, por sua vez, é uma forma de poder que se manifesta por meio da dominação cultural, ou seja, pela imposição de valores, crenças e normas que são aceitas e reproduzidas pelos membros de uma determinada sociedade ou grupo social. Uma contribuição interessante para entender as relações de poder intrínsecas às organizações vem do filósofo francês Michel Foucault. Na perspectiva do pensador francês. o poder é algo microscópico, que permeia todo o tecido social, praticado produtivamente por todas as pessoas, não localizando em alguns, sendo considerados mais poderosos ou dominantes. Ainda que o empregador possua maior poder dentro da organização, os funcionários também possuem capacidade de influência, por meio de ações como reuniões, greves ou redução da taxa de produção. Esses atos de poder exercidos pelos funcionários têm potencial para impactar toda a empresa (FOUCAULT, 2014). Nessa perspectiva, como indica Bitencourt et al (2010), a gestão de pessoas nas organizações não é uma responsabilidade exclusiva da área de recursos humanos, mas sim uma responsabilidade compartilhada e distribuída por todos os integrantes da estrutura organizacional, independentemente do cargo hierárquico. Ainda que exista uma área de RH formalmente constituída, essa gestão deve ser igualmente distribuída pelos gestores e áreas da organização, sendo a área de RH responsável pela formulação de políticas que estejam alinhadas aos objetivos estratégicos da organização e pelo suporte aos gestores na aplicação diária dessas políticas. Dessa forma, observa-se que o poder é distribuído entre todos os integrantes da empresa e que a aprendizagem baseada na prática pode ser uma estratégia eficaz para o desenvolvimento pessoal e organizacional. Essa visão compartilhada da gestão de pessoas se relaciona com o pensamento de Foucault sobre poder, que entende que ele não é algo que se possui, mas algo que se exerce e se distribui nas relações sociais. O pensamento sobre poder em Foucault pode ser relacionado com a abordagem de Bitencourt sobre a gestão de pessoas nas organizações. Em Foucault, o poder não é visto como algo que uma pessoa ou grupo tem, mas sim como algo que é exercido nas relações sociais. Ou seja, o poder não é algo que se tem, mas algo que se faz. Nesse sentido, Bitencourt destaca que a gestão de pessoas não é uma atribuição exclusiva da área de RH, mas sim uma responsabilidade compartilhada e distribuída ao longo da estrutura organizacional. Assim como Foucault, Bitencourt também enfatiza a importância das relações de poder nas organizações. A gestão de pessoas é uma prática que envolve o exercício de poder, tanto por parte dos gestores quanto dos empregados. O poder é distribuído por todos os integrantes das empresas, independentemente de seu cargo hierárquico. Além disso, Bitencourt destaca a importância da formulação de políticas de gestão de pessoas que estejam vinculadas aos objetivos estratégicos da organização, o que é consistente com a abordagem foucaultiana sobre o poder. Para Foucault, o poder é exercido em relação a determinados objetivos, que são definidos pelos próprios mecanismos de poder. Portanto, as políticas de gestão de pessoas não devem ser vistas como algo neutro ou objetivo, mas sim como algo que está intrinsecamente ligado aos mecanismos de poder presentes nas organizações. Gherardi (2006) apresenta importantes contribuições ao conceito de prática organizacional, afirmando que consiste em quatro componentes: 1º grupo de atividades; 2º tempo de desenvolvimento; 3. Reconhecimento social; 4. Modo de organização do ambiente. Uma prática organizada envolve várias atividades executadas por um grupo social com alguma unidade e reconhecimento por esses elementos com o passar do tempo permanecem em operação e tem como resultado a mudança ou a continuidade paraatuar no ambiente empresarial. Práticas são um fragmento importante e determinante na execução dos processos organizacionais, sempre disponível em todas as áreas e deve ser sempre observado em gestão de recursos humanos. Os planos organizacionais só podem ser executados por pessoas. Nesta situação, deve-se aprimorar um desempenho superior dos membros da organização. Isso torna a gestão de recursos humanos uma responsabilidade de todos os líderes, não apenas gestão pessoal ou Recursos Humanos (RH). Quando comentamos sobre políticas organizacionais, devemos frisar que existem diretrizes para orientar o que se faz, elas são de caráter geral e específico e devem ser colocadas em prática pelos membros da organização. Então, as políticas de gestão de pessoas buscam estabelecer os princípios que devem ser considerados por todos os gestores ao implementarem suas ações destinadas aos funcionários. Entende-se, assim, que estabelecer políticas de gestão de recursos humanos alinhadas com as metas organizacionais é fundamental para facilitar o alcance dessas metas e garantir a efetividade das práticas de gestão de pessoas na organização. Armstrong e Taylor (2014) acrescentam que as políticas de gestão de pessoas retratam como a empresa se posiciona, quais são as expectativas e valores da organização sobre o tratamento das pessoas. As diretrizes são consideradas referências para o desenvolvimento das práticas organizacionais e para a tomada de decisões e para um tratamento mais justo dos trabalhadores. Por isso, a política de gestão de pessoas dá uma contribuição muito importante para que estas pessoas possam adaptar seus interesses e expectativas aos fatores organizacionais, também definem como eles podem ser realizados. Os processos de ajustamento são necessários para que cada colaborador se encaixe perfeitamente na sua ocupação e desenvolva as competências necessárias para poder colaborar com os resultados desejados pela empresa. Entre as diversas políticas de liderança estabelecidas nas organizações modernas, podemos citar o acompanhamento Armstrong e Taylor (2014), como segue: ➢ Políticas de organização; ➢ Políticas de RH; ➢ Políticas de aprendizagem e desenvolvimento; ➢ Políticas de gerenciamento de recompensas; ➢ Políticas de relacionamento interpessoal. ➢ Políticas de relacionamento interpessoal. É importante destacar que a política de gestão de pessoas envolve também elementos filosóficos relacionados à percepção das pessoas no ambiente profissional, e está representada nos valores da cultura organizacional. Essa política considera os aspectos ambientais internos e externos em sua formação e estabelece diretrizes para a descrição e desenvolvimento do trabalho e gestão do conhecimento organizacional. Dessa forma, é possível definir responsáveis por cada área que devem acompanhar o chefe de departamento de pessoal na descrição e análise das vagas existentes. Essa política estimula futuras admissões e permite ajustes de habilidades necessários dos funcionários que trabalham na organização. As políticas de gestão de recursos humanos estão alinhadas com as práticas organizacionais contemporâneas e são exemplos de aplicação da prática. Inicia-se a análise das políticas de recursos humanos e como elas influenciam as práticas empregadas por seus subsistemas. Frequentemente, essas políticas ocorrem de maneira complementar, simultaneamente cobrindo várias áreas. 4.1 Gestão pessoal e suas diretrizes. Entre as diretrizes de relacionamento que visam potencializar a conexão entre colaboradores com as organizações, temos as definições quanto as estratégias postas em prática para reconhecer o trabalho de profissionais como: feedbacks são feitos entre colaboradores e seus respectivos supervisores, quais canais de comunicação são utilizados, entre outras coisas. Para reforçar a importância da existência desta política de gestão pessoal podemos relatar a pesquisa de Turci (2013) em uma grande instituição bancária que opera internacionalmente. Nesta organização, a técnica de feedback é usada sistematicamente como uma ferramenta para a melhoria progressiva do desempenho e desenvolvimento de seus colaboradores em todas as suas repartições. Muitas empresas brasileiras também têm adotado políticas de recompensa para reconhecer os esforços dos colaboradores e sua participação fundamental na obtenção dos resultados organizacionais. No entanto, é importante implementar essas diretrizes de forma justa e equitativa, levando em consideração as diferentes motivações das pessoas e evitando possíveis insatisfações nos grupos de trabalho. É fundamental que as políticas de recompensa sejam desenvolvidas com base em critérios claros e objetivos, e que sejam comunicadas de forma transparente a todos os colaboradores. Dessa forma, é possível criar um senso de justiça social dentro da organização, incentivando a motivação e o comprometimento dos funcionários em busca dos objetivos comuns. Para que uma organização alcance seus objetivos, é necessário contar com uma estrutura bem definida e uma gestão eficiente dos recursos, sejam eles tangíveis ou intangíveis. Nesse contexto, as pessoas desempenham um papel crucial, pois são responsáveis por impulsionar a organização em direção aos seus propósitos. Porém, é importante destacar que uma organização é composta por diversos elementos que moldam o ambiente de trabalho e influenciam as interações entre as pessoas, gerando percepções positivas ou negativas, conhecidas como clima organizacional. Com o intuito de criar um ambiente propício ao desenvolvimento humano e à consecução dos objetivos da organização, as metodologias de gestão de pessoas têm sido cada vez mais expandidas e aprimoradas. É fundamental que essas iniciativas sejam benéficas e tenham um impacto positivo em todas as áreas da empresa, o que requer políticas de gestão de pessoas que estimulem e motivem os colaboradores. As práticas de gestão de pessoas são extremamente relevantes para a obtenção dos resultados organizacionais, mas é importante destacar que o tipo de prática que pode gerar os efeitos desejados nos colaboradores depende diretamente das políticas de recursos humanos estabelecidas pela empresa. Assim, as políticas e práticas constituem uma relação de interdependência e complementaridade. Para garantir um ambiente organizacional saudável e produtivo, é importante que a liderança da empresa esteja atenta às diversas diversidades que compõem e influenciam o ambiente de trabalho. Dentre essas diversidades, podemos destacar as diferenças culturais, as preferências pessoais, as diferenças de gênero e de raça, as diferenças geracionais, entre outras. O ambiente organizacional é composto por diversos fatores que influenciam a percepção dos colaboradores e, consequentemente, seu desempenho e satisfação no trabalho. Entre esses fatores, destacam-se o clima organizacional, que se refere à atmosfera que permeia a organização e afeta as interações entre as pessoas; a cultura organizacional, que é o conjunto de valores, crenças e normas compartilhados pelos membros da organização; e a espiritualidade, que se refere à busca de um propósito mais elevado no trabalho. Além disso, a qualidade de vida no emprego é um aspecto cada vez mais valorizado pelas organizações, que buscam criar um ambiente saudável e equilibrado para seus colaboradores, promovendo a saúde física e mental e incentivando o desenvolvimento pessoal e profissional. É importante que as lideranças compreendam a importância desses fatores e trabalhem para criar um ambiente organizacional positivo, que promova a realização pessoal e profissional dos colaboradores e contribua para o sucesso da organização (CHIAVENATO, 2014). Então, se você pensar em tudo que estudamos até agora entenderá que a gestão de pessoas está estrategicamentefocada na compreensão da relação entre a cultura e o clima organizacional, embora esses termos possuam significados distintos. A cultura organizacional se refere às suposições e valores aprendidos pelos membros da organização, que legitimam a forma como as atividades são realizadas. No entanto, a cultura pode causar problemas no ambiente de trabalho quando aspectos distorcidos impedem a participação de todos os colaboradores. Por exemplo, algumas empresas tendem a não ouvir ou considerar novas contratações até que elas completem um período inicial na organização. Isso demonstra a importância de uma cultura saudável e inclusiva, que permita a todos os colaboradores participarem plenamente das atividades diárias da empresa. Além disso, a espiritualidade e a qualidade de vida no emprego são fatores que também influenciam o clima organizacional e devem ser considerados na gestão de pessoas. Uma corrente contemporânea que tem ganhado destaque nas pesquisas na área de gestão é a espiritualidade organizacional, que busca ajudar os funcionários a lidar com as tensões do dia a dia no atual sistema econômico, os altos níveis de estresse e as demandas do trabalho contemporâneo. Algumas empresas têm tentado lidar com essa questão compreendendo o ser humano de forma holística, ou seja, entendendo que o indivíduo não é dissociável entre o trabalho e outras dimensões relevantes de sua vida. As instituições podem utilizar práticas de gestão pessoal com base no discernimento de que o processo de transformação é interno e deve partir de cada sujeito, que deve saber as consequências de suas atitudes para o ambiente externo (os colegas, a estrutura na totalidade, o mercado em que atua) para poder realmente evoluir-se. Como se vê, o clima organizacional engloba uma série de fatores que os líderes precisam considerar em todas as áreas, com o suporte da gestão de recursos humanos, com o objetivo de promover a felicidade e satisfação dos colaboradores com a organização, contribuindo em tarefas-chave, produtivas e alinhadas aos objetivos organizacionais. A busca por um ambiente de trabalho mais agradável deve ser acompanhada de ações que fortaleçam essa cultura e fazer parte do processo de aprendizado organizacional, a fim de capacitar seus colaboradores a enfrentar desafios e promover um ambiente mais saudável e produtivo. Uma importante ferramenta tem se destacado na gestão de pessoas é a análise preditiva o qual as instituições podem prever quais serão as áreas mais sensíveis no futuro e, com isso, elaborar ações preventivas. Por exemplo, a análise preditiva pode ser usada para prever o aumento ou diminuição do absenteísmo, da rotatividade e outros índices diversos. A empresa também pode desenvolver modelos que preveem os resultados de mudanças ou modificações na composição dos grupos, tanto do ponto de vista técnico quanto comportamental. Além disso, a instituição pode utilizar esses dados para detectar riscos e oportunidades futuras, mapeando com algum nível de confiança o que poderá acontecer nos ciclos seguintes. Tudo isso possibilita que a empresa tome decisões mais assertivas e antecipe-se aos problemas que possam surgir (PERCK, 2013). Observa-se que a construção de algoritmos tem sido usada para avaliar o potencial dos colaboradores em diversos períodos. Por exemplo, o uso de e-mails pode ser uma fonte de informações sobre o desempenho dos trabalhadores, suas interações com colegas, seus padrões de escrita e comportamento. É extremamente importante ter uma boa estratégia de gestão de pessoas que inclua a avaliação e reavaliação de métricas, a fim de intensificar o acompanhamento e obtenção dos resultados esperados. Após fixar, programar e executar sua estratégia, as organizações devem monitorar e avaliar constantemente seus resultados e confirmar se o que foi elaborado está sendo executado. Portanto, é necessário medir os resultados alcançados, avaliar o andamento das metas propostas e os resultados do planejamento estratégico na gestão de recursos humanos. Isso é feito por meio do monitoramento de metas e indicadores, que são essenciais para o planejamento e controle de processos em todas as organizações. Eles permitem a definição de medidas de averiguação da obtenção de objetivos e metas que fornecem direção e suporte para a tomada de decisões dos gestores (PINTO JÚNIOR, 2006). Na prática de medir os resultados na gestão de pessoas, podem surgir lacunas entre a estratégia estabelecida e sua implementação real, mesmo quando cuidadosamente planejada, o que pode levar a problemas inesperados. Para evitar isso, é importante que os gestores conheçam os indicadores do planejamento estratégico e sua aplicação adequada, permitindo a investigação do que funciona e do que precisa ser ajustado ao longo do tempo antes que ocorram erros graves ou repercussões negativas. A definição de indicadores é um desafio para as instituições, já que eles devem ser adaptados às características e necessidades específicas da empresa para fornecer informações úteis que auxiliam na gestão eficiente e segura. Os indicadores devem ser usados para avaliar e verificar o desempenho da área e sua contribuição para o alcance dos objetivos propostos. A determinação dos resultados permite verificar com precisão se algo está errado ou fora de controle e requer uma mudança de plano para evitar prejudicar o planejamento realizado. No entanto, um indicador sozinho não representa o desempenho geral de uma estratégia. É tão ou mais importante interpretar cada indicador em um determinado contexto. Por exemplo, uma alta taxa de turnover pode ser um indicador positivo se representar uma alta taxa de recrutamento de talentos. Então o critério tem significado real apenas quando avaliado dentro do contexto e objetivos de negócios. Portanto, deve estar sempre interagindo com os objetivos concretos e vinculado a um plano de ação em andamento (BITENCOURT et al., 2010). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARMSTRONG, M.; TAYLOR, S. Armstrong’s handbook of human resource management practice. 13rd ed. United Kingdom: Kogan Page, 2014. BITENCOURT, C. et al. Gestão Contemporânea de pessoas: novas práticas, conceitos tradicionais. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. BOURDIEU, P. Outline of a theory of practice. Cambridge: Cambridge Press, 1977. CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4. ed. Barueri: Manole, 2014 COUTO, P. R.; PASCHOAL, T. Relação entre ações de qualidade de vida no trabalho e bem-estar laboral. Psicologia Argumento, Florianópolis, v. 30, n. 70, p. 585-593, jul./set. 2017. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/psicologiaargumento/article/view/20460. Acesso em: 25 mar. 2023. FOUCAULT, M. Microfísica do poder. 28. ed. São Paulo: Paz & Terra, 2014. GHERARDI, S. Organizational knowledge: the texture of workplace learning. Oxford: Blackwell Publishing, 2006 . PECK, D. They're watching you at work. The Atlantic, 2013. Disponível em: https://www. theatlantic.com/magazine/archive/2013/12/theyre-watching-you-at- work/354681/. Acesso em: 06 de abril de 2023. PINTO JÚNIOR, R. P. A Necessidade dos indicadores para a gestão. In: SEGeT - Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 3., 2006, Anais. Resende, Rio de Janeiro, 2006. TURCI, R. H. Feedback: a importância desta técnica na rotina empresarial. Revista Interatividade, v. 1, n. 1, p. 81-89, 2013. Disponível em: http://www.firb.br/editora/index. php/interatividade/article/view/47/63. Acesso em: 06 abr. de 2023.