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RELAÇÕES INTERPESSOAIS E EMPRESARIAIS Prezado(a) aluno(a), A ação e a reação das pessoas em um ambiente pode variar dependendo de como elas são tratadas, podendo contribuir para o crescimento ou limitação dos pontos fortes de uma empresa, o que por sua vez pode representar sucesso ou problemas para a organização. Nesse sentido, uma das principais responsabilidades da Gestão de Recursos Humanos (RH) atualmente é criar condições para que as pessoas que fazem parte de uma empresa possam aplicar suas habilidades e competências de forma eficiente e eficaz, a fim de que a organização alcance seus objetivos. No entanto, para concretizar os objetivos da gestão de recursos humanos, é essencial que as pessoas sejam tratadas como elementos fundamentais para eficiência organizacional. Nesta aula, trataremos das metas e da missão da Gestão de Pessoas, conforme sua configuração no mundo contemporâneo, reconhecendo os processos da moderna Gestão de Recursos Humanos. Além disso, destacaremos a importância de compreender as diferenças entre a forma antiga de gerir pessoas e a forma atual de liderança. Bons estudos! AULA – 5 A GESTÃO DE RH, OBJETIVOS, POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS, APANHADO HISTÓRICO DE GESTÃO DE PESSOAS E DAS RELAÇÕES DE TRABALHO. 5 A GESTÃO DE RH, OBJETIVOS, POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS, APANHADO HISTÓRICO DE GESTÃO DE PESSOAS E DAS RELAÇÕES DE TRABALHO. O desenvolvimento do fator humano nas organizações fez expandir os objetivos da nova gestão de recursos humanos (RH) no cenário contemporâneo global. Na perspectiva atual, entende-se que as pessoas que trabalham em uma ampla variedade de cargos nas organizações empresariais representam seu maior patrimônio e, por esse motivo, devem ser tratadas como capital humano ou capital intelectual de suma importância para o desenvolvimento da organização. Eles representam o maior valor econômico de qualquer instituição em cada segmento. A atual gestão de recursos humanos aposta na difusão da ideia de que todas as pessoas que exerçam funções gerenciais, independentemente da sua área específica, devem implementar políticas e processos que fortaleçam as relações entre colaboradores e empresas. Esses líderes têm finalidade, portanto, de harmonizar o desempenho e as habilidades de cada indivíduo em sua busca de metas organizacionais. Um dos principais objetivos da gestão de pessoas hoje é a promoção do equilíbrio entre as preferências das pessoas e das empresas. Esta estabilidade só é possível por processos de gestão e processos de apoio, alicerçados em bases estruturais. Como podem ver, por um lado encontramos pessoas com competências, habilidades únicas, personalidade constituída, sentimentos e emoções e uma cultura individual enraizada e fortalecida ao longo do tempo. Por outro lado, encontramos empresas com as suas características, metas e objetivos exclusivos com base em sua missão, visão e valores, procura constante pelo lucro e retorno sobre o investimento efetuado. As empresas também têm fortalecido sua cultura organizacional, alinhando-a com as crenças e valores de seus fundadores. O equilíbrio entre esses dois gigantes do universo empresarial é alcançado por meio da correta aplicação dos processos de gestão de recursos humanos, que englobam a contribuição, aplicação, manutenção, desenvolvimento e acompanhamento, juntamente com o fortalecimento da política pessoal, articulada com os processos de gestão, que incluem planejamento, organização, direção e controle. O setor de recursos humanos busca oferecer um suporte adequado e especializado que atenda às necessidades de cada gestor de linha. A nova gestão de pessoas busca fortalecer uma nova cultura nas organizações onde o capital humano, intelectual e talentos são mais estimados quando se considera que são as pessoas que promovem e incentivam o sucesso e o fracasso das organizações. Outros objetivos da gestão de recursos humanos estão relacionados com a eficácia da organização. Essas metas são: Apoiar a organização na consecução dos seus objetivos e na sua implementação da sua missão. Desse ponto de vista, a atual Gestão de Recursos Humanos concentra seus esforços no cumprimento das metas, objetivos e missão da organização, por meio do engajamento e desenvolvimento das pessoas que fazem parte da equipe. Promoção da competitividade da organização - Trata-se de buscar a melhoria das habilidades e competências dos funcionários para maximizar potenciais de todos colaboradores, processo a partir do qual clientes, funcionários e parceiros se beneficiam da organização. Certificar que a empresa possui funcionários treinados e motivados - O objetivo, nesse caso, é implantar processos e estratégias de capacitação e treinamento contínuo na organização. Parte do pressuposto de que funcionários bem treinados trabalham melhor. O incentivo funciona não apenas com recompensa, mas também através do bem-estar psicossocial de cada trabalhador. Promoção da competitividade da organização - Trata-se de buscar a melhoria da habilidades e competências dos funcionários para maximizar potenciais de todos colaboradoes, processo a partir do qual clientes, funcionários e parceiros se beneficiam da organização. Certificar que a empresa possui funcionários treinados e motivados - O obetivo, nesse caso, é implatar processos e estratégias de capacitação e treinamento contínuo na organização. Parte do pressupsoto de que funcionários bem treinados trabalham melhor. O incentivo funciona não apenas com recompensa, mas também através bem-estar psicossocial de cada trabalhador. Manter pessoas - é um processo que envolve a oferta de condições adequadas de higiene, segurança e qualidade de vida nas organizações, bem como o alinhamento das relações entre trabalhadores e sindicatos. Essa prática busca garantir condições dignas para que as pessoas permaneçam na empresa por um período mais longo, evitando a rotatividade de funcionários em suas funções Monitorar pessoas – é o processo responsável por informações sobre cada funcionário por meio de um banco de dados e sistemas de informações gerenciais. O processo de monitoramento destina-se a garantir que o plano e os objetivos da organização sejam alcançados, fazendo o mapeamento do comportamento dos trabalhadores dentro da organização. Todos os processos indicados acima devem ser aplicados em harmonia, pois estão profundamente conectados. A falha ou má realização de qualquer um dos processos pode prejudicar outro. Por exemplo, um erro ao inserir um novo funcionário pode causar altos custos e tempo no processo de desenvolvimento do mesmo. Segundo Ivanchevich (2011, p. 9): Na maioria das organizações, a eficácia é medida com base no equilíbrio entre características complementares, como cumprimento de metas, aproveitamento máximo das habilidades, capacidades dos funcionários e garantia de captação e retenção de empregados bem treinados e motivados. Gestores de todo o mundo está começando a reconhecer que os recursos humanos merecem atenção porque são fatores relevantes nas decisões estratégicas da alta administração, que orientam as operações futuras da organização. Uma empresa eficaz exige três elementos fundamentais: (1) missão e estratégia; (2) estrutura organizacional; e (3) gestão de RH. Contudo, é importante lembrar que são as pessoas que executam o trabalho e que criam as ideias fundamentais para a sobrevivência da organização. Mesmo as mais sólidas e mais bem estruturadas financeiramente precisam das pessoas para geri-las. A Gestão de Pessoas consiste basicamente em gerenciar a relação entre pessoas e organizações, considerando que ambas compartilham um ambiente amplo e comum. Por um lado, quando as pessoas e seus desejos alcançam seus objetivosindividuais, adicionado às necessidades de sucesso pessoal; por outro lado, existem organizações que precisam de pessoas para atingir seus objetivos globais e estratégicos. Sua interação resulta em um complemento de vida para ambas as partes. A Gestão de Recursos Humanos passou por diversas transformações ao longo do tempo, evoluindo constantemente. Inicialmente, a gestão de RH estava focada na administração e orientação do comportamento humano no ambiente de trabalho, definindo princípios, estratégias, políticas e práticas de gestão. Posteriormente, houve uma mudança de foco para um modelo mais humanista, voltando-se para a formação gerencial, interações interpessoais, processos de avaliação de desempenho e incentivo ao desenvolvimento de perfis de liderança alinhados com as necessidades da empresa. A partir das décadas de 1970 e 1980, a gestão de RH adquiriu um caráter estratégico, tornando-se um elemento chave na formulação e implementação das estratégias da empresa. O advento da era competitividade exigia um novo papel da liderança de recursos humanos, uma vez que a concorrência entre as organizações fomentou o surgimento de uma gestão de recursos humanos baseada nas competências de cada indivíduo. A maioria das empresas hoje tem uma nova visão das pessoas,que estão inseridas em seu quadro; deixaram de enxergá-las apenas como meros recursos organizacionais, mas sim como colaboradores ativos, parceiros e importantes para o crescimento das mesmas. A gestão de recursos humanos evoluiu ao longo do tempo, passando de uma administração do comportamento humano no trabalho para um modelo humanista e estratégico. Atualmente, muitas empresas adotam, como indicamos, um modelo de gestão do talento humano, que valoriza e promove as habilidades intelectuais e o envolvimento ativo dos colaboradores. Exemplos como a IBM destacam-se por valorizar seus colaboradores, proporcionando-lhes bem-estar e condições adequadas de trabalho. De acordo com Chiavenato (2010, p. 13), a IBM adota uma abordagem estratégica e centralizada de recursos humanos, com soluções locais adequadas promovidas por cada unidade de RH. Segundo as palavras do autor: A Internacional Business Machines (IBM) é uma empresa que dá ênfase ao respeito e consideração aos empregados como pessoas humanas, tratando-os com dignidade. Para tanto, a IBM explicita os papéis do seu RH corporativo e das diversas unidades de negócios da função de RH para proporcionar condições adequadas à sua força de trabalho. A primeira é estratégica, centralizada e generalista, e cada unidade local de RH promove as soluções locais adequadas (CHIAVENATO, 2010, p. 13). As macrotendências na gestão de recursos humanos evidenciam a busca constante pela valorização das pessoas nas organizações, visando ampliar o potencial da empresa em um contexto de avanços e desafios contínuos. Essas tendências refletem a necessidade de promover o comprometimento e o desenvolvimento pessoal dos colaboradores em relação à empresa, oferecendo um retorno sobre o investimento que, sem dúvida, contribuirá para o crescimento integral da organização. As empresas estão adotando políticas e estratégias de planejamento para alcançar resultados satisfatórios no mercado altamente competitivo, além de manter uma boa imagem.. 5.1 Planejamento e estratégia na gestão de pessoas Uma boa opção para entender o significado de planejamento estratégico é elucidar os conceitos de planejamento e estratégia. O planejamento faz parte da nossa vida; seja um processo decorrente dos atos de análise, reflexão e previsão de ações que, se seguidas, podem produzir os resultados almejados no futuro. Por isso, a formulação de planos ou programas de implementação acompanham as medidas de planejamento.O planejamento, portanto, é uma tentativa de organizar meios e ações que podem levar à realização de um objetivo definido. O termo estratégia tem sua origem na guerra e remete aos antigos estrategos, que eram os generais responsáveis por estudar e planejar ações para alcançar a vitória sobre o inimigo. Na gestão de pessoas, a estratégia também desempenha um papel fundamental, pois consiste no planejamento e definição de ações que permitam à empresa alcançar seus objetivos e superar seus concorrentes. A estratégia de gestão de pessoas envolve a análise do ambiente interno e externo da organização, identificando as forças e fraquezas da empresa, bem como as oportunidades e ameaças do mercado. Com base nessa análise, são definidas as políticas, práticas e programas de RH que permitam à empresa alcançar suas metas e objetivos de negócio. Além disso, a estratégia de gestão de pessoas deve levar em consideração a valorização e o desenvolvimento dos colaboradores, promovendo um ambiente de trabalho saudável e motivador. Dessa forma, a empresa pode contar com um time engajado e comprometido em alcançar os resultados esperados. Assim como na guerra, na gestão de pessoas é fundamental ter uma estratégia clara e bem definida para alcançar os objetivos desejados. A estratégia permite que a empresa se diferencie dos seus concorrentes e se mantenha competitiva em um mercado em constante transformação. Desta maneira, quando combinamos esses dois conceitos, planejamento e estratégia, chegamos ao importante conceito de planejamento estratégico. Segundo Oliveira (2010), esse é o processo administrativo que dá suporte metodológico para definir o melhor rumo para a empresa, com o objetivo de otimizar a interação com fatores externos não controláveis e atuar de forma inovadora e diferenciada. Ainda segundo o autor, existem vários modelos criados para o planejamento estratégico; todos eles têm componentes semelhantes que devem ser considerados pelas instituições. Os executivos devem definir a direção que a empresa seguirá a longo prazo; para tanto, é necessário formular a visão da organização. Oliveira (2010) acrescenta ainda que é importante realizar e avaliar, a princípio, um diagnóstico estratégico da organização, observando seus pontos fortes, suas fraquezas, as ameaças e oportunidades oferecidas pelo seu segmento de mercado. Desta maneira, campanhas devem ser realizadas de forma direcionada, para medir o desempenho dos planos implementados e visualizar os ajustes necessários nas estratégias ou mesmo em alguns casos sobre a visão que a organização formulou para o seu futuro. Entende-se, desta maneira, que o planejamento estratégico é uma característica frequente nas ações de planejamento empresarial. A flexibilidade é um aspecto importante, já que um mercado altamente competitivo pode trazer eventos repentinos e novos cenários a serem considerados e modificados nas ações estratégicas da organização. O planejamento estratégico empresarial é composto por diferentes níveis igualmente significativos e complementares. Quando formulado de forma eficiente, integrando todos os setores e pessoas da organização, é capaz de conduzir a empresa para seus objetivos e estratégias de longo prazo Em resumo, o planejamento estratégico ajuda as empresas a traçarem linhas de ação que aplicarão ao resultado desejado no futuro. Atualmente, no ambiente organizacional, existe um forte entendimento de que as pessoas são as grandes responsáveis pelos resultados previstos das instituições. Portanto, o planejamento estratégico da organização pode ser feito por meio delas, podendo haver resultados satisfatórios. Sob uma perspectiva estratégica de gestão de pessoas, as ações planejadas podem contribuir para expandir o capital humano dos colaboradores, permitindo que estes se tornem parte integrante da cadeia de valor da organização. Entretanto, é importante salientar que as pessoas apresentam variações significativas em termos de nível de experiência, educação formal e não formal, conhecimentos e habilidades. Uma organização idealmente possuium capital humano composto por uma equipe de funcionários talentosos, combinado com elementos que definem sua arquitetura organizacional, políticas e práticas de liderança, cultura organizacional e estilo de liderança adotado pelos líderes empresariais. Isso leva ao aumento do capital intelectual da organização e, consequentemente, mais chances de alcançar resultados. Liderar pessoas, aprimorar suas competências e ampliar seu capital humano eleva significativamente as chances de sucesso do planejamento estratégico organizacional. É fundamental reconhecer que a gestão de pessoas deve estar em consonância com os objetivos estratégicos da organização, a fim de garantir que as ações planejadas estejam alinhadas com os resultados desejados. Portanto, para cada estratégia formulada pela organização, deve haver uma ação de planejamento estratégico para gestão de recursos humanos conforme ensinado Chiavenato (2014, p. 68): Um dos elementos mais destacados no planejamento estratégico de gestão pessoal (GP) é o alinhamento da função com a estratégia de organização. Tem que traduzir metas e estratégias organizacionais em metas e estratégias de gestão de pessoas, ou seja, feito pelo planejamento estratégico da mesma. Assim, seu planejamento estratégico refere-se a como a função gestão de pessoas pretende contribuir para a realização de metas organizacionais e, simultaneamente, favorecer e promover sua realização das metas funcionais de suas áreas e os objetivos singulares dos trabalhadores prioridades da organização. Para conseguir o alinhamento entre a gestão de recursos humanos e a estratégia da organização, é preciso considerar o perfil estratégico adotado pela empresa. Existem três modelos de estratégia mais utilizados: o modelo de estratégia moderada, o modelo de estratégia ofensiva e o modelo de estratégia defensiva. Eles podem ser definidos da seguinte maneira: • Modelo de estratégia moderada: Neste modelo, a organização busca equilibrar a estabilidade e a inovação, ou seja, busca manter um nível de competitividade razoável, sem se arriscar demasiadamente. A empresa costuma investir em melhorias incrementais, em vez de apostar em mudanças radicais, e procura manter sua posição no mercado sem grandes oscilações. • Modelo de estratégia ofensiva: Este modelo é caracterizado por uma postura agressiva, em que a empresa busca ativamente conquistar novos mercados, investir em inovação, lançar novos produtos e se destacar frente à concorrência. É uma estratégia arriscada, que exige investimentos significativos e pode gerar grandes ganhos ou perdas. • Modelo de estratégia defensiva: Neste modelo, a organização busca proteger sua posição no mercado e se defender de ameaças externas. Em vez de se concentrar em inovação ou expansão, a empresa procura manter seus clientes fiéis, investe em eficiência operacional e procura minimizar riscos e incertezas. É uma estratégia mais conservadora, que busca minimizar perdas em vez de maximizar ganhos. Cabe salientar, que cada um deles implica em diferentes condições para as competências que os colaboradores devem possuir e afeta diretamente os sistemas de gestão de recursos humanos e as práticas organizacionais. As metas estabelecidas pela organização em seu planejamento estratégico só poderão ser alcançadas se houver uma orientação das pessoas para agir de forma estratégica e um desenvolvimento das habilidades necessárias. É fundamental que o departamento de gestão pessoal esteja atento às necessidades de desenvolvimento de competências, tanto individuais quanto coletivas, que suportem a estratégia adotada pela empresa, a fim de garantir a efetividade das ações planejadas. Para conseguir esse alinhamento, a gestão de recursos humanos precisa considerar o perfil da organização e como está estrategicamente posicionada no mercado em que está inserida, isto é, o estilo de estratégia usada, se mais moderada ou mais ofensiva, também afetará as ações do departamento de gestão pessoal. Entende-se, assim, que as estratégias organizacionais, seja o modelo de estratégia moderada, ofensiva ou defensiva, têm um impacto direto nas competências necessárias que os colaboradores devem possuir. Isso porque as estratégias estabelecem as condições primordiais para o desenvolvimento das competências requeridas pela organização, o que influencia diretamente os sistemas de gestão de recursos humanos e suas práticas organizacionais. Conclui-se, portanto, que as metas estipuladas pela organização em seu planejamento estratégico podem ser alcançadas quando há uma orientação adequada das pessoas, com foco na estratégia, desenvolvimento dos funcionários e na organização como um todo, visando o desenvolvimento das habilidades necessárias para atingir tais objetivos. 5.2 Responsabilidades das lideranças das empresas A gestão de pessoas em uma empresa atua em todas as áreas da organização. Seu escopo não deve ser limitado apenas aos recursos que demandam suas atividades, mas é de grande importância que o gestor responsável pela área seja atuante junto às demais lideranças. Por exemplo, é necessário um planejamento específico para grupos de funcionários em cada área que demanda tal abordagem. Como serão as contratações desses funcionários, os perfis adequados, como essas pessoas estão serão treinadas, como atuarão e quais as atividades decorrerão os membros deste grupo que consente seu cargo e nível hierárquico.Todos esses aspectos devem ser planejados pelo departamento de gestão pessoal em conjunto com os líderes para dar continuidade às atividades necessárias e com ela todo gestor foca no desenvolvimento de suas atividades correspondentes às áreas. Dependendo do ramo da empresa, a gestão de recursos humanos pode ser realizada de forma mais operacional ou mais gerencial. A gestão de pessoas pode ser mais operacional em indústrias de manufatura, onde o foco está na eficiência da produção e na gestão de equipes operacionais. Nesse caso, as atividades de recursos humanos podem incluir recrutamento e seleção, treinamento operacional, gestão de escalas de trabalho, controle de ponto e cumprimento de normas de segurança. Por outro lado, a gestão de pessoas pode ser mais gerencial em setores como serviços financeiros, tecnologia da informação, consultoria e marketing, onde o foco está na gestão de equipes especializadas e na criação de estratégias de negócios. Nesse caso, as atividades de recursos humanos podem incluir recrutamento e seleção de profissionais altamente qualificados, programas de desenvolvimento de liderança, gestão de desempenho, remuneração estratégica e programas de retenção de talentos. É importante ressaltar que o nível de operacionalidade ou gerencialidade da gestão de pessoas pode variar de acordo com o porte, cultura e objetivos específicos de cada empresa, sendo essencial adaptar as práticas de RH de acordo com as necessidades e características do negócio. Cabe salientar, que o modo como as empresas gerenciam seus colaboradores se tornou um diferencial competitivo e contribui para o crescimento da organização. A gestão de pessoas se tornou mais parceira do que nunca nas estratégias de negócios. É fundamental planejar de forma assertiva como as pessoas serão recrutadas e selecionadas, assim como projetar e acompanhar programas de capacitação e treinamento tanto para os iniciantes como para os colaboradores com mais tempo de casa. Esses fatores não apenas impactam o sucesso empresarial em termos de eficiência, mas também servem como referências para boas práticas de gestão. Outro ponto a observar é que as pessoas não são apenas escolhidas para fazer seu trabalho de maneira objetiva e previsível, mas também na sua capacidade de entrega. Por isso, uma das tendências nessa área são as denominadas gestão por competências, que defende a alteração de todos ossubsistemas de gestão de pessoas ao não ver as pessoas como meros ocupantes de posições, mas participantes da empresa para poder contribuir com seus conhecimentos, atitudes e ações. Independentemente das atividades a serem exercidas pela administração de pessoas em uma empresa, é um dos pontos mais importantes que os gestores devem enfatizar prestar atenção nos seus liderados. Às vezes, a empresa planeja a implementação de programas de última geração, inspirados, por exemplo, na gestão por competências, no entanto, os colaboradores podem não estar preparados para tal modificação. É importante conhecer os membros que constituem a cultura organizacional da empresa e as identidades dos profissionais que lá trabalham. Se a decisão precisa ser alterada, é imprescindível preparar de alguma forma as pessoas para receber as ideias de maneiras positivas, caso contrário, programas e ideias que poderiam trazer benefícios para a empresa, podem resultar completamente opostos ao esperado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4. ed. Barueri: Manole, 2014. IVANCEVICH, J. M. Gestão de recursos humanos. 10. ed. Porto Alegre: McGraw- Hill, 2011. LACOMBE, F. J. M.; HEILBORN, G. L. J. Administração: princípios e tendência. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceito, metodologia e práticas. 28. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2010.