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UNIVERDIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA CAMPUS JUVINO OLIVEIRA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS - DCEN PRÁTICA 4: TÉCNICAS DE COLORAÇÃO GRAM MICHELLE DE JESUS MACÊDO ITAPETINGA – BAHIA JUNHO/2016 UNIVERDIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA CAMPUS JUVINO OLIVEIRA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS - DCEN Relatório de Estágio apresentado ao Professor Danilo Silva Ruas, da Disciplina Microbiologia para fins avaliativos do Curso de Ciências Biológicas. ITAPETINGA – BAHIA JUNHO/2016 INTRODUÇÃO O mecanismo da coloração de Gram se refere à composição da parede celular, sendo que as Gram-positivas possuem uma espessa camada de peptideoglicano e ácido teicóico, e as Gram-negativas, uma fina camada de peptideoglicano, sobre a qual se encontra uma camada composta por lipoproteínas, fosfolipídeos, proteínas e lipopolissacarídeos. Durante o processo de coloração, o tratamento com álcool-acetona extrai os lipídeos, daí resultando uma porosidade ou permeabilidade aumentada da parede celular das bactérias Gram-negativas. Assim, o complexo cristal violeta-iodo (CVI) pode ser retirado e as bactérias Gram-negativas são descoradas. A parede celular das bactérias gram-positivas, em virtude de sua composição diferente, torna-se desidratada durante o tratamento com álcool-acetona, a porosidade diminui, a permeabilidade é reduzida e o complexo CVI não pode ser extraído. Outra explicação baseia-se também em diferenças de permeabilidade entre os dois grupos de bactérias. Nas Gram-positivas, o complexo CVI é retido na parede após tratamento pelo álcool-acetona, o que causa, provavelmente, uma diminuição do diâmetro dos poros da camada de glicopeptídeo ou peptideoglicano da parede celular. A parede das bactérias Gram-negativas permanece com porosidade suficientemente grande, mesmo depois do tratamento com álcool acetona, possibilitando a extração do complexo CV-l. OBJETIVOS Identificar bactérias Gram + e Gram - por meio de coloração celular MATERIAIS Alça bacteriológica Lâminas de vidro Pipeta de Pasteur Culturas bacterianas Bico Bunsen Violeta genciana Lugol Álcool 95% Fucsina Água destilada Óleo de imersão METODOLOGIA Coloração Gram + Colocou-se 1 gota de água destilada sobre a lâmina, em seguida coletou-se a cultura bacteriana e a dispôs sobre a lâmina, secando-a próximo ao bico de bunsen, em seguida corando-a durante 1 minuto com a solução de cristal de violeta e lavando-a com água destilada. Cobriu-se com lugol e aguardou-se por mais 1 minuto, a lâmina foi lavada com álcool para descorar e novamente foi coberta com corante de fucsina onde aguardou-se secar. A lâmina foi observada no microscópio óptico com óleo de imersão. Coloração Gram – Coletou-se a cultura bacteriana e a colocou sobre a lâmina, secando-a próximo ao bico de Bunsen, em seguida corando-a durante 1 minuto com a solução de cristal de violeta e lavando-a com água destilada. Cobriu-se com lugol e aguardou-se por mais 1 minuto, a lâmina foi lavada com álcool para descorar e novamente foi coberta com corante de fucsina onde aguardou-se secar. A lâmina foi observada no microscópio óptico com óleo de imersão. RESULTADOS Bactérias Gram-positivas: roxo. Bactérias Gram-negativas: rosa. QUESTÕES Para que serve a coloração ou a técnica de Gram? São utilizadas para diferenciar as bactérias em Gram + ou Gram -. Como, quando e quem idealizou a coloração de Gram? A coloração de Gram foi desenvolvida em 1884 pelo bacteriologista dinamarquês Hans Crhistian Gram ao observar que bactérias depois de serem coradas com diferentes corantes, adquiriam cores e assim as diferenciava, algumas bactérias após o banho de corantes se coram de roxo (Gram +) e outras ficam avermelhadas (Gram -). Descreva como cada um dos reagentes utilizados na coloração agiu nos componentes celulares. Soluções em ordem de aplicação Reação do aspecto das bactérias Gram-positivas Reação do aspecto das bactérias Gram-negativas Violeta genciana Coradas em violeta Coradas em violeta Solução de Iugol Formação do complexo CV-I no interior da célula, que permanece violeta Formação do complexo CV-I no interior da célula, que permanece violeta Álcool Desidratação peptideoglicana, diminuição da porosidade e da permeabilidade; o complexo CV-I não pode sair da célula, que permanece violeta Extração dos lipídeos da parede celular, aumento da porosidade; o complexo CV-I é removido da célula, ela perde a cor violeta. Fucsina A célula não é afetada, pois retêm a cor violeta A célula adquire o corante, tornando-se rosa Como você explica o comportamento das bactérias G+ e G- na coloração de Gram? O comportamento das bactérias G+ e G- dependem da estrutura da parede celular e como cada uma dessas estruturas reage aos vários reagentes. Desta forma, a diferente estrutura da parede bacteriana e, em particular a espessura da camada de peptidoglicana, é a responsável pelo diferente comportamento das bactérias face à coloração de Gram. As bactérias Gram + apresentam uma parede espessa, homogénea, geralmente não estratificada e predominantemente constituída por peptidoglicana. Deste modo, o precipitado insolúvel que se forma por ação do mordente, fica retido no interior da célula pela camada espessa de peptidoglicana, logo, estas células não são descoradas permanecendo com a coloração conferida pelo corante primário (púrpura). As bactérias Gram - apresentam uma parede estratificada constituída por uma membrana externa e por uma camada mais interna que contém peptidoglicana e que é mais fina que a da Gram-positiva. Deste modo, o precipitado insolúvel, que se forma por ação do mordente, é removido (camada de peptidoglicana é mais fina que a das Gram-positivo e a membrana externa é parcial ou totalmente solubilizada pelo agente descolorante), pelo que as células ficam descoloradas, corando de vermelho pelo contrastante. As bactérias do gênero Mycobacterium não se coram pelo método Gram. Qual seria o motivo? Porque a parede do gênero Mycobacterium é diferente da parede de bactérias Gram positivas e Gram negativas. A sua parede contém alta concentração (60%) de lipídeo céreo hidrofóbico (ácido micólico) que previne a entrada dos corantes, ou seja, a torna impermeável. CONCLUSÃO Portanto foi possível observar e diferenciar as bactérias G+ e G- através da técnica de coloração Gram. Concluindo que esta técnica de coloração é de fundamental importância para o estudo e identificação das bactérias. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Tortora, Gerard J.; Berdell R. Funke.; Christine L. Case. Microbiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. Cap 3. Observando micro-organismos através do microscópio; p. 69 e 87. Google analytics. Disponível em: <http://www.uff.br/bacteriologia/aulaspraticas/coloracaodegram.htm>Acesso em 17 de junho de 2016. Google analytics. Disponível em: < http://www.biomedicinabrasil.com/2011/06/coloracao-de-gram.html >Acesso em 17 de junho de 2016. Google analytics. Disponível em: < http://www.prof2000.pt/users/biologia/tcolgram.htm >Acesso em 17 de junho de 2016.