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ADITIVOS ALIMENTARES 2016 Gisele Ribeiro Kosminsky giseleko@feevale.br CONCEITOS E NORMAS Aditivos alimentares Aditivos Alimentares Conceitos • Aditivo Alimentar: é qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento. • Portaria SVS/MS 540 de 21/10/1997 Aditivos Alimentares Usos Aditivos que mantém o frescor e impedem a deterioração (conservantes) Antioxidantes Impedem a oxidação (rancidez e descoloração) do alimento Conservador Limitam, retardam ou previnem a proliferação de mo no alimento • European Food Information Council Antioxidantes Conservador Sorbato Nitrito Sulfitos Aditivos Alimentares Usos • Aditivos que mantém o frescor e impedem a deterioração • Aditivos que aumentam ou potencializam qualidades sensoriais • European Food Information Council • Aditivos que melhoram ou mantém o valor nutricional • Food and Drug administration Aditivos Alimentares Usos • Aditivos que aumentam ou potencializam qualidades sensoriais Modificadores de sabor e textura Emulsionantes, estabilizantes; espessantes; edulcorantes, realçadores de sabor; acidulantes e reguladores de acidez; umectantes e antiumectantes; espumantes e antiespumantes; etc.... Corantes • European Food Information Council Aditivos que aumentam ou potencializam qualidades sensoriais • Emulsionantes • Estabilizantes Aditivos que aumentam ou potencializam qualidades sensoriais • Espessantes • Edulcorantes Aditivos que aumentam ou potencializam qualidades sensoriais • Realçadores de Sabor Aditivos que aumentam ou potencializam qualidades sensoriais • Acidulantes • Reguladores de acidez Aditivos que aumentam ou potencializam qualidades sensoriais • Umectantes • Anti umectantes Aditivos que aumentam ou potencializam qualidades sensoriais • Espumantes • Anti espumantes Aditivos que aumentam ou potencializam qualidades sensoriais Aditivos que aumentam ou potencializam qualidades sensoriais • Corantes Objetivo de uso de corantes • Para recuperar perdas de cor durante o processo • Para corrigir variações naturais de cor • Para enfatizar cores naturais • Para alimentos mais coloridos e divertidos Aditivos Alimentares Regulação e referência • No Mundo: Codex Alimentarius (JECFA) • IARC • No Brasil: ANVISA e MS • Nos Estados Unidos: FDA • Na Europa: SCF JECFA Joint Expert Committee on Food Adictives • Codex Alimentarius Revisão Toxicológica N O A E L I D A Aditivos alimentares Aspectos sobre Toxicidade • IDA: Ingestão Diária Aceitável • Aditivos BPF • GRAS: Generally Recognized As Safe •European Food Information Council Monografia de cada aditivo Aditivos Alimentares Uso no Brasil/Mercosul • Portaria 540/1997 • RDC 259/2002 (rotulagem): • 6.2.4. Declaração de Aditivos Alimentares na Lista de Ingredientes Os aditivos alimentares devem ser declarados fazendo parte da lista de ingredientes. Esta declaração deve constar de: a) a função principal ou fundamental do aditivo no alimento; e b) seu nome completo ou seu número INS (Sistema Internacional de Numeração, Codex Alimentarius FAO/OMS), ou ambos......... • Res. GMC 11/2006 • Lista geral harmonizada harmonizada de aditivos alimentares Aditivos Alimentares permitidos no Brasil • A legislação brasileira sobre aditivos alimentares é positiva, e como tal estabelece que um aditivo somente pode ser utilizado pela indústria alimentícia quando estiver explicitamente definido em legislação específica, com as respectivas funções, limites máximos e categorias de alimentos permitidas. • O que não constar da legislação, não tem permissão para ser utilizado em alimentos. • Deve ser consultado o Regulamento Técnico especifico que aprova o uso de aditivos, suas funções e limites máximos para a categoria de alimentos. A Resolução CNS/MS nº 4 • 24/11/1987 • Algumas questões desta resolução foram revogadas, mas a lista de aditivos ainda é a base da legislação de aditivos • As alterações vieram com a port. 540/97 • Códigos de aditivo Classes de Aditivos • Portaria 540/1997 Aditivo Função Exemplos Toxicidade 1 - Agente de Massa Substância que proporciona o aumento do volume e/ou da massa dos alimentos, sem contribuir significativamente para o valor energético do alimento. Polidextrose Não são absorvidas 2 - Anti- espumante Substância que previne/reduz formação de espuma. Alginato de cálcio Goma proveniente de algas marinhas. Não são absorvidas 3 – Antiumectante Substância capaz de reduzir as características higroscópicas dos alimentos e diminuir a tendência de adesão, umas às outras, das partículas individuais. Carbonato de Cálcio, Silicato de alumínio e sódio Muitos não são (referidos como) tóxicos, mas o ferrocianeto de sódio pode ser tóxico sobre os rins 4 – Antioxidante Substância que retarda o aparecimento de alteração oxidativa no alimento. Àcido ascórbico, EDTA, BHT, BHA O EDTA pode causar anemia e descalcificação por seqüestrar metais. O BHT e o BHA podem ser tóxicos ao rim e ao fígado 5 – Corante Substância que confere, intensifica ou restaura a cor de um alimento. Clorofila, betanina, corantes sintéticos Amarelo de tartrazina Os corantes azóicos (amarelo de tartrazina) : potencialmente cancerígenos crises alérgicas (hipersensibilidade imunológica), 6 – Conservador Substância que impede ou retarda a alteração dos alimentos, provocada por microrganismos ou enzimas. Nitritos Ac. Acético, Ac. Propiônico, Ac. Benzóico Nitritos e nitratos podem originar nitrosaminas que podem causar câncer de garganta e esôfago, ac. Benzóico:alergênico Ácidos de cadeia curta são GRAS 7 – Edulcorante Substância diferente dos açúcares que confere sabor doce ao alimento. Sorbitol, ciclamato, aspartame O manitol e o sorbitol:diarréia. O ciclamato e a sacarina, quando em doses suficientes (?) pode causar câncer(controvertido). Para uma pessoa de 60 Kg a dose de sacarina p/ câncer é 30g/dia, quant. (Absurda) 8 – Espessante Substância que aumenta a viscosidade de um alimento Gelatina, alginato de sódio, carragena Gelatina não é tóxica(é proteína) Alginato e carragena são fibras 9 – Geleificante Substância que confere textura através da formação de um gel. Gelatina, alginato de sódio Gelatina não é tóxica(é proteína) Alginato e carragena são fibras 10 – Estabilizante Substância que torna possível a manutenção de uma dispersão uniforme de duas ou mais substâncias imiscíveis em um alimento. Mono e di glicerídeos de ácidos graxos Elevação das taxas séricas de gorduras 11 – Aromatizante Substância ou mistura de substâncias com propriedades aromáticase/ou sápidas, capazes de conferir ou reforçar o aroma e/ou sabor dos alimentos. Aroma idêntico ao natural (pêssego) Aromatizantes artificiais podem causar problemas de alergia 12 – Umectante Substância que protege os alimentos da perda de umidade em ambiente de baixa umidade relativa ou que facilita a dissolução de uma substância seca em meio aquoso. Óxido de Magnésio, sílica 13 – Regulador de acidez Substância que altera ou controla a acidez ou alcalinidade dos alimentos. Carbonato de cálcio, ácido acético É fonte de cálcio na dieta. Pode causar constipação. Ac. Acético pode prejudicar quem tem problemas estomacais (úlcera/gastrite) 14 – Acidulante Substância que aumenta a acidez ou confere um sabor ácido aos alimentos. Ác. Acético, ac. Málico, ac. Láctico Pode favorecer a descalcificação Ácidos de cadeia curta são GRAS 15 – Emulsionante/ Emulsificante Substância que torna possível a formação ou manutenção de uma mistura uniforme de duas ou mais fases imiscíveis no alimento. Lecitinas, citrato monossódico 16 – Melhorador de farinha Substância que, agregada à farinha, melhora sua qualidade tecnológica para os fins a que se destina. Ácido ascórbico, a-amilase São nutrientes (não são tóxicos) Ac. Ascórbico é GRAS 17 – Realçador de sabor Substância que ressalta ou realça o sabor/aroma de um alimento. Glutamato monossódico O glutamato monossódico pode causar enjôo e mal estar (síndrome do restaurante chinês – não confirmada). É GRAS 18 – Fermento químico Substância ou mistura de substâncias que liberem gás e, desta maneira, aumentam o volume da massa. Bicarbonato de sódio, ácido glucônico 19 – Glaceante Substância que, quando aplicada na superfície externa de um alimento, confere uma aparência brilhante ou um revestimento protetor. Ac. Esteárico, isomalte 20 – Agente de Firmeza Substância que torna ou mantém os tecidos de frutas ou hortaliças firmes e crocantes, ou interage com agentes geleificantes para produzir ou formar um gel. Cloreto de cálcio, lactato de cálcio 21 – Sequestrante Substância que forma complexos químicos com íons metálicos. Ácido cítrico, sulfato de cálcio 22 – Estabilizante de cor Substância qu estabiliza, mantém ou intensifica a cor de um alimento. Carbonato de magnésio 23 - Espumante Substância que possibilita a formação ou a manutenção de uma dispersão uniforme de uma fase gasosa em um alimento líquido ou sólido. Metilcelulose É fibra, não é absorvido A segurança FDA: Material de informações aos consumidores, atualizados periodicamente A segurança • Apesar do número extremamente grande de substâncias utilizadas como aditivos intencionais dos alimentos, um indivíduo adulto não irá ingerir mais do que 500g por ano de todos os aditivos, dentro de uma alimentação diversificada. Assim, considera-se que o risco de intoxicações agudas é praticamente nulo, enquanto para intoxicações crônicas é muito baixo. (Midio & Martins, 2000) Material consultado - Sites • www.anvisa.gov.br • Legislação, FAQ (sistema de perguntas e respostas), Informes técnicos • htpp//e-legis.bvs.br • www.eufic.org • www.cfsan.fda.gov Material consultado – Livros/revistas • COENDERS, A. Química culinaria: estudio de lo que les sucede a los alimentos antes, durante y después de cocinados. [1. ed.] Zaragoza: Acribia, 2001. • COULTATE, T. P. Alimentos: a química de seus componentes. 3. ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2004. (Biblioteca Artmed) • FENNEMA, Owen R (Dir.).QUÍMICA de los alimentos. 2. ed. Zaragoza, Espanha: Acribia, 2003. • MÍDIO, Antonio Flávio; MARTINS, Deolinda Izumida. Toxicologia dos alimentos. São Paulo, SP: Varela, 2000. • ORDÓÑEZ PEREDA, Juan A. et al. (Org.).TECNOLOGIA de alimentos. Porto Alegre, RS: Artmed, 2005. • RIBEIRO E. SERAVALLI, E. Química dos Alimentos. São Paulo, SP Ed. Edgar Blücher 2004 • SALINAS, Rolando D. Alimentos e nutrição: introdução à bromatologia. 3. ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2002. (Biblioteca Artmed )
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