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ALTERAÇÕES EM ALIMENTOS E IMPORTÂNCIA DE SUA CONSERVAÇÃO FACUDADE MAURÍCIO DE NASSAU/ ALIANÇA DISCIPLINA: TECNOLOGIA DE ALIMENTOS PROFª MSC CARLA CRISTINA CARVALHO FONSECA • Todos os alimentos sofrem, ao longo do tempo, alterações físicas, químicas e microbiológicas que alteram as suas características e acabam por provocar a sua deterioração. Alimentos alterados • Conceito: Alimento que tenha sido deteriorado ou estragado até um grau que o torne impróprio para consumo. ALTERAÇÕES NOS ALIMENTOS • A deterioração resulta em alterações de cor, odor, sabor, textura e aspecto do alimento. •As alterações são consequência da atividade metabólica natural dos microrganismos que estão tentando perpetuar a espécie, utilizando o alimento como fonte de energia. Fatores que conduzem à deterioração dos alimentos tornando-os impróprios para consumo: • Crescimento e atividade de microrganismos. • Insetos. • Ação de enzimas do próprio alimento (autolíticas). •Alterações físicas causadas pela temperatura, pressão, umidade, etc. • Fatores que condicionam o tipo de contaminação dos alimentos por microrganismos e respectiva extensão PRINCIPAIS ALTERAÇÕES PROVOCADAS POR MICRORGANISMOS NOS ALIMENTOS: TIPOS DE ALIMENTOS Microrganismos x alimentos •Cada tipo de alimento deteriora-se pela a ação de um tipo de microrganismo; •De todos os microrganismos presentes em um alimento, só alguns são capazes de se multiplicar ativamente no alimento, resultando em uma seleção. COMPOSIÇÃO DO ALIMENTO - pH • Alimentos de Baixa Acidez (pH>4,5) • Alimentos potentes para crescimento de patógeno e deteriorantes - têm que sofrer algum processo para destruir os microorganismos • Predomina crescimento bacteriano COMPOSIÇÃO DO ALIMENTO - PH • Alimentos Ácidos (pH 4,0 - 4,5) • Predomina crescimento de bolores, leveduras, bactérias láticas, acéticas, algumas esporogênicas como B. coagulans COMPOSIÇÃO DO ALIMENTO - PH • Alimentos de Alta Acidez (pH < 4,0) • Predomina crescimento de bolores, leveduras, poucas bactérias láticas e acéticas. ALTERAÇÃO DE HORTALIÇAS E FRUTAS Hortaliças • Bactérias • Principais hortaliças • Cebola, alho, ervilha, aipo, alcachofra, espinafre, base de repolho, repolho de Bruxelas, rabanete, nabos, tomates, pepino e pimentões. Frutas • Fungos ALTERAÇÕES DE HORTALIÇAS Composição centesimal de hortaliças • Favorecem o crescimento de bolores e bactérias, podendo ser alteradas por qualquer um deles. • A elevada concentração de água favorece o crescimento bacteriano • Poucas concentrações de carboidrato e de lipídios favorecem que a água esteja disponível ALTERAÇÕES DE HORTALIÇAS Composição centesimal de hortaliças • pH próximos da neutralidade • Crescimento principalmente de Erwinia carotovora • Outros microrganismos: Pseudomonas marginalis, Bacillus e Clostridium ALTERAÇÕES DE HORTALIÇAS • Os microrganismos na superfície de vegetais recém colhidos sobrevivem na estrutura do vegetal. • Primeira etapa: • Microrganismo que possui pectinase destroem a pectina da estrutura externa dos vegetais. • Segunda etapa: • Proliferação de microrganismos que não têm pectinase e participam da fermentação dos carboidratos ALTERAÇÕES DE HORTALIÇAS • Compostos nitrogenados, vitaminas e sais minerais nutrem os microrganismos invasores. • Microrganismos que crescem em meios ácidos descarboxilam os aminoácidos, aumentando o pH. • Celulose e carboidratos complexos são os últimos a serem degradados por bolores e bactérias do solo. • Compostos aromáticos e porfirinas não são degradados até o final do processo de alteração. • Eles também são degradados por microrganismos ambientais. Vegetais alterados por microrganismos ALTERAÇÕES DE TUBÉRCULOS Principais agentes: Erwinia carotovora produzem : • endopectato liases, • exopectato liases, • celulases • Erwinia sp Mesófilas e crescem até 1,0°C, não necessitam de compostos nitrogenados orgânicos, então % baixos de nitrogênio das plantas é suficiente para o seu desenvolvimento. ALTERAÇÕES DE TUBÉRCULOS • Cepas de E. coli contendo plasmídeo clonado produzem: • endopectato liases, • exopectato liases, • endopoligalacturonidase ou celulases • Que promovem amolecimento superficial dos tubérculos • Estas enzimas atuando com a fosfotidase C e a fosfolipase A interferem no apodrecimento. ALTERAÇÕES DE FRUTAS • As frutas em geral possuem menores teores de água e proteínas do que as hortaliças; • Possuem valores mais elevados de carboidratos, lipídios e cinzas do que as hortaliças ; • Estes nutrientes são eficientes para o desenvolvimento de bactérias, fungos e leveduras. ALTERAÇÕES DE FRUTAS • Alterações mais freqüentes ocorrem por leveduras que fermentam os carboidratos com produção de álcool e CO2 • As leveduras apresentam crescimento mais rápido do que bolores. ALTERAÇÕES DE FRUTAS • As leveduras para crescer, por exemplo, utilizam o álcool produzido como fonte de energia; • Quando acaba o álcool, degradam o restante dos nutrientes presentes (polissacarídios estruturais e do córtex) ALTERAÇÕES EM CARNE Identificação • Deterioração : • Carne “in natura” • Fígados • Carnes envasadas a vácuo • Aves ALTERAÇÕES EM CARNE Carnes alteradas por microrganismos ALTERAÇÕES DE CARNES Fatores predisponentes: • pH compatível com crescimento bacteriano, • Nutrientes em quantidade e qualidade • Potencial de oxi-redução interno baixo, na superfície mais elevados favorecendo o desenvolvimento de microrganismos aeróbios e facultativos viáveis ALTERAÇÕES DE CARNES Principais agentes: Bactérias •Bactérias que estejam presentes na faca utilizada na sangria, pele, tubo digestivo, poeira, mãos, superfícies, água, facas de desossa, etc. •Enterobactérias, Clostridium perfringens, são os principais agentes •Alterações de carnes em refrigeração estão relacionadas principalmente ao Pseudomonas ALTERAÇÕES DE CARNES • Embutidos •Defumados ALTERAÇÕES DE CARNES Produtos curados alterados por microrganismos ALTERAÇÕES DE CARNES ALTERAÇÕES DE CARNES Desenvolvimento microbiano em carne de frangos e bovina armazenadas a 5° C ALTERAÇÕES DE CARNES Embutidos alterados por microrganismos LATICÍNIOS ALTERADOS POR MICRORGANISMOS PÃES ALTERADOS POR MICRORGANISMOS •Deterioração por fungos: bolores RESISTÊNCIA À COLONIZAÇÃO DE UM ALIMENTO •Existem uma série de fatores que “dirigem esta seleção”: a)Fatores intrínsecos: constituem os derivados da composição dos alimentos: quantidade de água, pH, nutrientes, agentes antimicrobianos naturais, interação entre microrganismos, etc. b)Tratamentos tecnológicos: fatores que modificam a flora inicial em função do processamento do alimento: uso de radiação, óxido de etileno, etc. c)Fatores extrínsecos: Derivados das condições físicas do ambiente em que se armazena os alimentos: temperatura ambiental, umidade, atmosfera de O2 e CO2 PRESERVAÇÃOE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS Preservação Impedir as contaminações microbiológicas Manter os produtos sem microrganismos Obstar os processos enzimáticos desfavoráveis Evitar as reações químicas prejudiciais Impossibilitar as alterações provocadas por animais Conservação Eliminar microrganismos Deter a proliferação de microrganismos Reduzir, nos casos previstos, o número de microrganismos Destruir ou inativar enzimas Atrasar as reações químicas favorecedoras de oxidações CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS A principal finalidade da conservação de alimentos é manter, o máximo possível, as suas características originais, com o menor grau de alteração física, química, nutritiva ou sensorial. Os alimentos, para serem conservados, devem impedir toda alteração devida aos microrganismos. O desenvolvimento dos microrganismos é possível somente em ambiente nutritivo, com taxa de umidade, oxigênio, temperatura e outras condições favoráveis, segundo a espécie microbiana. Para que os profissionais da área de alimentos possa fazer uso de métodos de conservação é necessário: Conhecer os alimentos Tipos – carnes, frutas, laticínios, hortaliças, grãos Composição – proteínas, lipídios, açúcares, vitaminas Bioquímica – reações enzimáticas, maturação, envelhecimento Microbiologia – microrganismos característicos Características sensoriais Técnicas e processos aos quais o alimentos foi ou será submetido. OS TRÊS PRINCÍPIOS DA CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS 1– Prevenir ou retardar a decomposição microbiana. Como fazer: •Evitar o contato do alimento com os microrganismos (assepsia, embalagem); •Remover os microrganismos; •Impedir ou dificultar a atividade dos microrganismos (secagem, condições anaeróbias, conservantes, temperaturas baixas); •Destruir os microrganismos (temperaturas altas, irradiação) OS TRÊS PRINCÍPIOS DA CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS 2 – Prevenir ou retardar a auto-decomposição do alimento: •Destruir ou inativar as enzimas do alimento (branqueamento); •Prevenir ou retardar as reações puramente químicas (uso de aditivos como antioxidantes) 3 – Prevenir os danos causados por insetos, animais e causas mecânicas. PROCESSOS DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS Ação direta sobre o microrganismo • Calor (branqueamento, tindalização, pasteurização, esterilização, defumação e apertização) • Radiação Ação indireta sobre o microrganismo • Frio (refrigeração, congelamento, liofilização) • Secagem (natural, desidratação, concentração) • Fermentação (alcoólica, lática, acética) • Aditivos • Embalagens REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA • FELLOWS P. J.-Tecnologia de Processamento de Alimentos. Princípios e Práticas. Ed. Artmed. 2ª Edição. 2006. • GAVA, A.J. ; SILVA, C.A.B. ; FRIAS, J.R.G. Tecnologia de alimentos: princípios e aplicações. São Paulo: Nobel, 2008. �� ALTERAÇÕES EM ALIMENTOS� E IMPORTÂNCIA DE SUA CONSERVAÇÃO � Número do slide 2 � ALTERAÇÕES NOS ALIMENTOS Fatores que conduzem à deterioração dos alimentos tornando-os impróprios para consumo: Número do slide 5 � PRINCIPAIS ALTERAÇÕES PROVOCADAS POR MICRORGANISMOS NOS ALIMENTOS: � �TIPOS DE ALIMENTOS Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 �COMPOSIÇÃO DO ALIMENTO - pH COMPOSIÇÃO DO ALIMENTO - PH �COMPOSIÇÃO DO ALIMENTO - PH �ALTERAÇÃO DE HORTALIÇAS E FRUTAS �ALTERAÇÕES DE HORTALIÇAS �ALTERAÇÕES DE HORTALIÇAS �ALTERAÇÕES DE HORTALIÇAS ALTERAÇÕES DE HORTALIÇAS Número do slide 20 ALTERAÇÕES DE TUBÉRCULOS �ALTERAÇÕES DE TUBÉRCULOS �ALTERAÇÕES DE FRUTAS ALTERAÇÕES DE FRUTAS ALTERAÇÕES DE FRUTAS ALTERAÇÕES EM CARNE ALTERAÇÕES EM CARNE ALTERAÇÕES DE CARNES Número do slide 29 Número do slide 30 Número do slide 31 Número do slide 32 Número do slide 33 Número do slide 34 Número do slide 35 Número do slide 36 Número do slide 37 Número do slide 38 Número do slide 39 Número do slide 40 Número do slide 41 Número do slide 42 Número do slide 43 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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