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apostila microbiologia de alimentos coliformes

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Prévia do material em texto

André Fioravante Guerra 
1ª Edição 
Valença – RJ, 2014 
 
 
MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS 
Análise de coliformes 
GRUPO COLIFORME 
 A presença das bactérias deste grupo nos alimentos 
fornece evidência indireta sobre a qualidade da matéria 
prima, condições de processamento, condições do 
armazenamento e transporte ao qual este alimento foi 
submetido. Portanto, são análises que evidenciam 
indiretamente: 
Condições higiênicas – o grupo responsável por indicar 
indiretamente as condições higiênicas ao qual o alimento foi 
submetido durante toda cadeia produtiva é o grupo dos 
coliformes totais, que incluem: Escherichia coli, Citrobacter, 
Enterobacter e Klebsiella. 
Condições higiênicas sanitárias – além de evidências 
indiretas sobre higiene, também há evidências da 
possibilidade da veiculação de microrganismos patogênicos 
pelos alimentos. O grupo responsável por indicar 
indiretamente as condições higiênicas sanitárias é o grupo 
dos coliformes fecais. 
 Atualmente, na RDC n°12/2001 está descrito os 
padrões microbiológicos dos alimentos no Brasil. Em quase 
todos alimentos são exigidos limites para coliformes a 45°C, 
mas somente em alguns exige-se padrões para coliformes a 
35°C. Acredita-se que dentro dos limites propostos pela 
legislação, há certa segurança sobre a presença de 
patogênicos. 
 Atualmente sabe-se que alguns sorovares de 
Escherichia coli (coliformes fecais) são patogênicos, assim 
como algumas Enterobacter (coliformes totais). Sabe-se que 
alguns sorovares de Escherichia coli, mesmo que em doses 
baixíssimas, podem causar doenças de origem alimentar. 
Este risco é assumido quando se analisa a presença do grupo 
coliformes dentro dos limites exigido pela RDC n° 12/2001. 
 
 
 
Introdução 
Os coliformes totais são 
bactérias anaeróbicas 
facultativas, Gram negativas, 
não formadoras de esporos, 
com capacidade de fermentar 
a lactose com produção de 
ácido e gás a 32-35 ºC em 
um intervalo de 48 horas. As 
bactérias presentes neste 
grupo são: Escherichia coli, 
Citrobacter, Enterobacter e 
klebsiella. Os coliformes 
fecais são bactérias em 
forma de bastonetes, Gram 
negativas, não esporuladas, 
anaeróbicas facultativas, 
capazes de fermentar a 
lactose com produção de 
ácido e gás a 44,5-45,5 ºC 
em um intervalo de 24 horas. 
Na maioria das vezes, a 
Escherichia coli é a bactéria 
representante deste grupo, 
porém sabe-se que algumas 
Enterobacter e Klebsiella 
também conseguem 
fermentar a lactose com 
produção de gás em 24 horas 
na temperatura de 44,5-45,5 
ºC (HAJDENWURCEL, 
2004). 
 
 
 
 
 
CURIOSIDADE!!! 
A legislação microbiológica 
brasileira vigente RDC n°12/2001 
exige padrões de coliformes totais 
apenas para um restrito grupo de 
alimentos. 
ANA LISE DE COLIFORMES FECAIS E 
TOTAIS EM ALIMENTOS 
 A análise de coliformes pode ser realizada basicamente de duas formas: 
contagem em placas ou técnica dos tubos múltiplos. Para cumprimento dos 
padrões exigidos pela RDC n°12/2001, nesta apostila será contemplado a 
contagem de coliformes pela técnica de tubos múltiplos. Esta análise é realizada 
em duas etapas: fase presuntiva e fase confirmativa. 
 
FASE PRESUNTIVA 
 
Baseia-se na inoculação da amostra em caldo lauril sulfato de sódio, em que 
a presença de coliformes é evidenciada pela formação de gás nos tubos de Durhan, 
produzido pela fermentação da lactose contida no meio. 
O caldo lauril sulfato de sódio contém uma mistura de fosfatos que lhe 
confere um poder tamponante, impedindo a acidificação. A seletividade do meio é 
devido à presença do lauril sulfato de sódio, um agente surfactante aniônico que 
atua na membrana citoplasmática de microrganismos Gram positivos, inibindo o 
seu crescimento. 
 
FASE CONFIRMATIVA 
 
coliformes totais – a confirmação da presença de coliformes totais é feita por meio 
da inoculação dos tubos positivos na prova presuntiva em caldo verde brilhante 
bile 2% lactose, e posterior incubação a 36 ± 1ºC. A presença de gás nos tubos de 
Durhan do caldo verde brilhante evidencia a fermentação da lactose presente no 
meio. O caldo verde brilhante bile 2% lactose contém bile bovina e um corante 
derivado do trifenilmetano (verde brilhante), responsáveis pela inibição dos 
microrganismos Gram positivos. 
Coliformes termotolerantes - a confirmação da presença de coliformes totais é 
feita por meio da inoculação dos tubos positivos na prova presuntiva em caldo EC, 
com incubação em temperatura seletiva de 45 ± 0,2ºC. A presença de gás nos tubos 
de Durhan evidencia a fermentação da lactose presente no meio. O caldo EC 
contém uma mistura de fosfatos que lhe confere poder tamponante, impedindo a 
acidificação. A seletividade do meio se deve à presença de sais biliares, 
responsáveis pela inibição dos microrganismos Gram positivos e pela temperatura 
de incubação. 
ANA LISE 
 
Pesar 25 ± 0,2 g ou pipetar 25 ± 0,2 mL da amostra do alimento e adicionar 
225 mL de água peptonada a 0,1%. Homogeneizar por aproximadamente 60 
segundos em “stomacher”. Esta é a diluição 10-1. Preparar diluições subsequentes 
através da transferência de 1 mL para tubos contendo 1 mL do mesmo diluente. 
A partir de cada diluição, inocular alíquotas de 1 mL em série de 3 tubos 
contendo caldo lauril. Incubar os tubos a 36 ± 1°C por 24 a 48 horas. Os tubos 
positivos são evidenciados pela presença no mínimo 1/10 de gás do volume total 
do tubo de Duhran ou efervescência quando agitado gentilmente. 
Os tubos positivos devem ser confirmados quanto a presença de coliformes 
fecais ou totais quando for o caso. 
 
 
 
 
 
 
CURIOSIDADE!!! 
O grupo dos coliformes totais são denominados como 
indicadores higiênico. 
O grupo dos coliformes fecais são denominados como 
indicadores higiênico-sanitário. 
Há também os microrganismos indexadores, estes são 
microrganismos não patogênicos que evidenciam 
diretamente a possibilidade da presença de um 
patógeno específico, como Escherichia coli indexa a 
presença de Salmonella spp. 
 
COLIFORMES FECAIS 
 
Transferir com auxílio de alça microbiológica uma alçada do tubo positivo 
da fase presuntiva para tubo contendo caldo EC. Incubar os tubos a 45 ± 0,2°C, por 
24 a 48 horas em banho maria com agitação. 
A presença de coliformes termotolerantes é confirmada pela formação de 
gás (mínimo 1/10 do volume total do tubo de Durhan) ou efervescência quando 
agitado gentilmente. 
Anotar o resultado obtido para cada tubo, bem como a diluição utilizada. 
 
COLIFORMES TOTAIS 
 
Transferir com auxílio de alça microbiológica uma alçada do tubo positivo 
da fase presuntiva para tubo contendo caldo verde brilhante. Incubar os tubos a 
36°C, por 24 a 48 horas em estufa. 
A presença de coliformes totais é confirmada pela formação de gás (mínimo 
1/10 do volume total do tubo de Durhan) ou efervescência quando agitado 
gentilmente. 
Anotar o resultado obtido para cada tubo, bem como a diluição utilizada. 
Na Figura 1 está apresentado o esquema de inoculação de coliformes totais 
e fecais. 
 
CURIOSIDADE!!! 
Há algumas diferenças na nomenclatura que podem 
gerar confusão. Há diferentes nomes para referenciar 
ao mesmo grupo de microrganismo, por exemplo: 
coliformes totais e coliformes a 35°C significam a 
mesma coisa. Da mesma forma, coliformes fecais 
coliformes termotolerantes e coliformes a 45°C. 
 
EXPRESSA O DOS RESULTADOS 
 Os resultados devem ser calculados com auxílio de uma tabela estatística de 
número mais provável por g ou mL (NMP/g ou mL). Deve-se atentar que a as 
diluições dos inóculos estão equivalentes às diluições da tabela utilizada. 
0.1g 0.01g 0.001g 
NMP/g ou 
mL 
Intervalo de Confiança 
(95%) 
0 0 0 <3.00.15 9.5 
0 0 1 3.0 0.15 9.6 
0 1 0 3.0 0.15 11 
0 1 1 6.1 1.2 18 
0 2 0 6.2 1.2 18 
0 3 0 9.4 3.6 38 
1 0 0 3.6 0.17 18 
1 0 1 7.2 1.3 18 
1 0 2 11 3.6 38 
1 1 0 7.4 1.3 20 
1 1 1 11 3.6 38 
1 2 0 11 3.6 42 
1 2 1 15 4.5 42 
1 3 0 16 4.5 42 
2 0 0 9.2 1.4 38 
2 0 1 14 3.6 42 
2 0 2 20 4.5 42 
2 1 0 15 3.7 42 
2 1 1 20 4.5 42 
2 1 2 27 8.7 94 
2 2 0 21 4.5 42 
2 2 1 28 8.7 94 
2 2 2 35 8.7 94 
2 3 0 29 8.7 94 
2 3 1 36 8.7 94 
3 0 0 23 4.6 94 
3 0 1 38 8.7 94 
3 0 2 64 17 180 
3 1 0 43 9 180 
3 2 0 93 18 420 
3 2 1 150 37 420 
3 2 2 210 40 430 
3 2 3 290 90 1000 
3 3 0 240 42 1000 
3 3 1 460 90 2000 
3 3 2 1100 180 4100 
3 3 3 >1100 420 -- 
EXEMPLOS 
1 – Combinação de resultados 
Diluição 
utilizada 
Tubos 
positivos 
 10-1 + + + 
10-2 + + 
10-3 + 
 
2 – Combinação de resultados 
Diluição 
utilizada 
Tubos 
positivos 
 10-1 + + + 
10-2 + + + 
10-3 + + + 
10-4 + + 
 
3 – Combinação de resultados 
Diluição 
utilizada 
Tubos 
positivos 
 10-1 - - - 
10-2 - - - 
10-3 - - - 
 
4 – Combinação de resultados 
Diluição 
utilizada 
Tubos 
positivos 
 10-0 - - - 
10-1 - - - 
10-2 - - - 
 
5 – Combinação de resultados 
Diluição 
utilizada 
Tubos 
positivos 
 10-1 - - - 
10-2 - - - 
10-3 - - - 
 
Combinação de tubos positivos 
3 2 1 
Pela Tabela NMP/g = 150 NMP/g 
Combinação de tubos positivos 
3 3 3 2 
Pela Tabela NMP/g = 11 000 NMP/g 
Combinação de tubos positivos 
0 0 0 
Pela Tabela NMP/g = <3,0 NMP/g 
Combinação de tubos positivos 
0 0 0 
Pela Tabela NMP/g = <0,3 NMP/g 
Combinação de tubos positivos 
3 3 3 
Pela Tabela NMP/g = >1100 NMP/g 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
BAM - BACTERIOLOGICAL ANALYTICAL MANUAL On Line . U.S. Food and Drug 
Administration. Department of Health and Human Services, 2001. 
 
BRASIL. Ministério da Agricultura. Instrução Normativa nº 62 de 26 de agosto de 
2003. Oficializa os Métodos Analíticos Oficiais para Análises Microbiológicas para o 
Controle de produtos de Origem Animal e Água. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. 
Regulamento Técnico sobre Padrões Microbiológicos para produtos expostos à 
venda ou de alguma forma destinados ao consumo. Resolução RDC nº 12, de 2 de 
janeiro de 2001. 
 
DOWNES, F.P. & ITO, K. Compendium of Methods for the Microbiological 
Examination of Foods. 4th ed. Washington, D.C.: American Public Health 
Association (APHA), 2001. 
 
FRANCO, B. D. G. M. Microbiologia dos Alimentos. São Paulo: Ed. Atheneu, 2003. 
 
JAY, James M. Modern Food Microbiology. 4. ed. Van Nostrand Reinhold. 1992. 
 
JAY, J.M. Microbiologia de Alimentos. 6ª ed. Artmed Editora S.A. Porto Alegre, 2005, 
711 p. 
 
HAJDENWURCEL, J. R. Atlas de microbiologia de alimentos. Fonte Comunicações e 
Editora. São Paulo, v.1, ed. 2, 2004, p. 41–53. 
 
HARRIGAN, W.F. Laboratory Methods in Food Microbiology. 3rd. ed., 532 p. 
London: Academic Press, 1998. 
 
ICMSF. Microorganismos de los alimentos. Metodos de isolamiento. 2º ed. 
Zaragoza: Ed. Acribia.1982. 
 
SBCTA / PROFIQUA. Amostragem por Atributos para Empresas de Alimentos. 
Manual – Série Qualidade. Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de 
Alimentos, Campinas, SP. 36 p., 1995.

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