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Carboidratos Profa. Dra. Cristiane J. Furlaneto Caracterização dos carboidratos Classificação dos carboidratos De acordo com a possibilidade ou não de sofrer hidrólise: • Monossacarídeos: açúcares simples. Ex: glicose , galactose , frutose, manose, arabinose... • Dissacarídeos: açúcar que por hidrólise fornece dois monossacarídeos. Ex: sacarose e maltose • Oligossacarídeos: Açúcar que por hidrólise fornece de 3 a 10 monossacarídeos. Ex: dextrinas do amido • Polissacarídeos: açúcar que por hidrólise fornece acima de 10 monossacarídeos. Ex: amido e glicogênio Monossacarídeos • sólidos, cristalinos, brancos, solúveis em água e a maioria possui sabor adocicado Caracterização dos carboidratos Quanto ao número de carbonos: • Trioses (gliceroaldeído) • Tetroses (eritrose, treose) • Pentoses (ribose, arabinose, xilose) • Hexoses (glicose, manose, galactose, frutose) • Quanto ao grupo funcional: Aldoses (aldeído) e cetoses (cetona) Caracterização dos carboidratos Fórmulas N. Carbonos Aldoses Cetose C3H6O3 Triose Gliceroaldeído Diidroxiacetona C4H8O4 Tetrose Eritrose Eritrulose C5H10O5 Pentose Ribose Ribulose C6H12O6 Hexose Glicose Frutose Radical aldeído Radical cetona Caracterização dos carboidratos Isômeros de função: Substâncias com a mesma fórmula molecular, mas com diferentes formas Estruturais (ex. C6H12O6 glicose e frutose). • A quantidade de isômeros é indicada pela quantidade de carbonos assimétricos (ou quirais) ou seja, o carbono que possui quatro ligações diferentes. O número de isômeros é igual a 2n C3H6O3 – mesma fórmula molecular mas diferença estrutural e físico-química Isômeros de função aldeído cetona Caracterização dos carboidratos Forma 2 isômeros Não forma isômeros Carbono assimétrico Caracterização dos carboidratos • A isomeria criou duas importantes famílias ou séries para os carboidratos, chamadas de D e L Caracterização dos carboidratos • Série D: CHs que possuem a configuração do último carbono assimétrico idêntica a do D- gliceroaldeído, com a OH dirigida para direita. São mais frequentes na natureza. • Série L: OH do último carbono assimétrico dirigida para esquerda. Caracterização dos carboidratos A glicose pode ter 16 isômeros (ou enantiômeros) A frutose pode ter 8 isômeros (ou enantiômeos) Caracterização dos carboidratos: Segundo Fisher Modelo de Fisher: • Estrutura química apresentada de forma plana, linear e acíclica. entretanto Fischer não conseguiu explicar algumas propriedades dos monossacarídeos alguns monossacarídeos quando em solução aquosa comportam-se como se possuíssem um centro assimétrico a mais Caracterização dos carboidratos segundo Tollens • Os monossacarídeos, quando em solução aquosa adquirem uma conformação cíclica. • Baseado nestas características, Tollens criou um modelo baseado em características planas e lineares, porém cíclicas. Caracterização dos CH –Tollens Caracterização dos CH - Tollens • Hemiacetais: produtos das reações entre um aldeído e álcool ou cetona e álcool de carbonos distantes. • A ligação existente entre eles é chamada de ligação hemiacetal. • A ligação hemiacetal leva a formação de um novo carbono assimétrico, chamado de carbono anomérico, criando a possibilidade de novos isômeros. (lembrar... 2n) Caracterização dos CH - Glicose D-Glicose - Fisher D-Glicose - Tollens Caracterização dos CH - Frutose Hidroxila anomérica Anomeria • anômeros - formas isoméricas dos monossacarídeos que diferem entre si apenas na configuração ao redor do átomo de carbono hemiacetal • Nesta caso o carbono do hemiacetal passa a se chamar carbono anomérico juntamente com a hidroxila anomérica. Caracterização dos CH – segundo Haworth Modelo de Haworth: • Modelo mais estável – pirano e furano • Baseado no Modelo de Tollens • Explica a capacidade de reduzir certos reagentes • Explica a formação de polímeros • Classifica os CH em série D e L , formas α e β. Caracterização dos carboidratos- Haworth Caracterização dos carboidratos Série D ou L: segundo a posição do último carbono fora da ciclização Série D : Carbono 6 voltado para cima Série L : Carbono 6 voltado para baixo Caracterização dos carboidratos Forma α (trans) ou β(cis): segundo a posição da OH anomérica • β (cis): quando a OH anomérica estiver na mesma posição do último Carbono fora da ciclização ou estiver apontada para cima na série D • α (trans) : quando a OH anomérica estiver na posição contrária do último C fora da ciclização ou apontada para baixo na série D Carbono terminal para cima - série D Hidroxila anomérica em posição oposta ao C terminal– anomeria a Hidroxila anomérica na mesma posição do C terminal - anomeria b Poder de mutarrotação : interconversão das formas a em b provocando variações no desvio de luz polarizada Poder redutor: é a capacidade que a hidroxila anomérica têm de ceder seu elétron, a Hidroxila anomérica confere o poder redutor aos monossacarídeos – Todos os monossacarídeos são redutores. Formação de polímeros: é a propriedade que os monossacarídeos tem de se condensar uns com os outros devido a hidroxila anomérica. Características dos monossacarídeos Mutarrotação Ligação glicosídica • Ligação entre os açúcares para formar di, oligo e polissacarídeos. • Realizada entre a OH de dois açúcares com saída de uma molécula de água. • Uma das OHs de um dos açúcares tem que ser a OH anomérica. Dissacarídeos Para originar um dissacarídeo temos uma ligação glicosídica entre dois monossacarídeos comprometendo 1 ou + hidroxilas anoméricas e liberando H20 A hidroxila anomérica livre dá o poder redutor aos monossacarídeos. Ex. a maltose é redutora e sacarose não é. Para se nomear as ligações glicosídicas observa-se: . O tipo de hidroxila anomérica envolvida na ligação (a ou b) . O número dos átomos de carbono envolvidos na ligação ex. maltose ligação a (1-4)-glicosídica sacarose ligação a- b (1,2)-glicosídica Dissacarídeo Maltose Hidroxila anomérica livre- -Acúcar redutor Sacarose- açúcar não redutor Polissacarídeos Definição: liberam quando hidrolisados + de 6 moléculas de monossacarídeos. • ex. amido - ligações a-D-glicose tipo 1,4 e 1,6 é um açúcar não redutor, tem origem vegetal • Glicogênio – ligações a-D-glicose tipo 1,4 e 1,6 tem origem animal Polissacarídeos Amido – polímero de armazenamento vegetal Amilose – cadeias longas não Ramificadas Amilopectina – altamente ramificada Pontas não redutoras Glicogênio – polímero de reserva animal Glicogênio - 8 a 12 resíduos de monossacarídeos lineares Pontas redutoras Celulose Homopolissacarídeo linear não ramificado Principal constituinte das paredes das células vegetais
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