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Direito Civil - OS BENS

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Direito Civil
Sobre Bens : 
Conceito : Bens são todos os objetos materiais e imateriais existentes na natureza, que proporcionam uma utilidade às pessoas. O estudo dos bens é importante, pois são considerados objetos de direitos nas relações jurídicas, cujos titulares são as pessoas (sujeitos de direitos). A matéria tem implicações no Direito Civil, Penal, Administrativo, Tributário e em vários outros ramos do ordenamento jurídico. Embora toda relação jurídica subjetiva exija um objeto, nem sempre este será algo material (p. ex.: um livro). Também podem ser considerados objeto de relações jurídicas os direitos (direito autoral, direito de crédito etc.) e as obrigações (de dar, de fazer, de não fazer).
Patrimônio: É o complexo de relações jurídico-materiais (valoráveis economicamente) de uma pessoa física ou jurídica, abrangendo os direitos reais e obrigacionais (pessoais). A noção de patrimônio tem íntima relação com a de personalidade jurídica, pois representa o conjunto de bens (universalidade de direito) sobre o qual incide as relações jurídicas econômicas.
A classificação do patrimônio pode se dar:
Patrimônio global: é o patrimônio que abrange todas as relações jurídicas de conteúdo econômico de uma pessoa. Engloba ex: (créditos e débitos)
Patrimônio ativo: restringe-se às relações jurídicas em que a pessoa é credora (sujeito ativo). Aplica-se somente aos casos em que a pessoa tenha um crédito a receber. Pode ser subdividido em bruto (soma de todos os créditos de uma pessoa) e líquido (composto pelo resultado de todos os créditos, subtraídos os débitos e as obrigações de uma pessoa).
Das diversas classificações dos bens:
a) bens considerados em si mesmos (imóveis e móveis; fungíveis e infungíveis; consumíveis e inconsumíveis; divisíveis e indivisíveis; materiais e imateriais; singulares e coletivos);
 b) bens reciprocamente considerados (principais e acessórios);
 c) considerados em relação ao titular (particulares e públicos).
Classificação dos bens de acordo com a Mobilidade:
Bens imóveis ou bens de raiz são aqueles que não podem ser transportados, sem destruição, de um lugar para outro. A remoção causaria alteração de sua substância ou de sua forma.
Na doutrina, apresentam-se diversas espécies de bens imóveis: 
a) Por natureza (ou por essência): trata-se do solo e tudo quanto lhe for incorporado de forma natural ( ex: árvores, frutos, pedras etc.). Compreende também o espaço aéreo e o subsolo.
b) Por acessão física artificial: são todos os bens que as pessoas incorporam ao solo de forma artificial e permanente – não podem ser retirados, em regra, sem destruição, modificação, fratura ou dano.
As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local. Exemplo: o deslocamento de uma casa de madeira ou mesmo de alvenaria de um lugar para outro.
Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem: para o Direito Civil, prédio é toda construção que tem a característica de imóvel. Pode ser uma casa, um galpão, uma ponte etc. Se o prédio for demolido para reconstrução, os materiais continuarão sendo tratados como imóveis
c) Por acessão intelectual (ou por destinação): são todos os bens móveis que o proprietário mantém empregados de forma duradoura e intencional na exploração industrial, aformoseamento (embelezamento) ou comodidade do bem imóvel. Como exemplos de bens imóveis por acessão intelectual, a doutrina costumeiramente aponta os ornamentos (vasos, estátuas nos jardins, cortinas etc.), máquinas agrícolas, animais e materiais utilizados para plantação, escadas de emergência justapostas nos edifícios, geradores, aquecedores, aparelhos de ar-condicionado etc.
* Bens móveis
São aqueles que podem ser movidos de um local para outro sem que seja alterada a substância ou a destinação econômico-social. A remoção de um lugar a outro pode ocorrer por força própria (semoventes), no caso dos animais, ou por força alheia, que são os móveis propriamente ditos (ex.: livro, caneta, fruta etc.). 
Os bens móveis podem ser classificados em:
Por natureza: compreendem tanto os semoventes (aqueles que se movem por força própria – exemplo: os animais) como as coisas inanimadas que possam ser transportadas de um lugar a outro, sem que se destruam, isto é, sem que ocorra alteração de sua substância ou de sua destinação social
Por antecipação: são aqueles mobilizados (transformados em bens móveis) pelos seres humanos em atenção a sua finalidade econômica (p. ex.: fruta colhida, madeira cortada, pedra extraída, casa vendida para ser demolida etc.). Por receberem o tratamento de bens móveis, não exigem escritura pública para sua alienação e dispensam a vênia conjugal (autorização do cônjuge).
Por determinação legal: são: a) as energias que têm valor econômico: elétrica, térmica, solar, nuclear, eólica, radioativa, radiante, sonora, da água represada etc.; b) os direitos reais sobre bens móveis (direito de propriedade, usufruto, penhor e propriedade fiduciária) e as ações correspondentes; c) os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações: direitos obrigacionais, também denominados de crédito
Bens fungíveis:
A fungibilidade é uma característica natural dos bens móveis, mas as partes podem transformar, mediante simples manifestação de vontade (contrato), um bem fungível em infungível.
São os móveis passíveis de substituição por outros da mesma espécie (gênero), qualidade e quantidade. Como exemplo de bens fungíveis, podemos citar dinheiro, milho, água..
Bens infungíveis:
São os bens que não podem ser substituídos por outros em razão de determinadas qualidades individuais e especificas . A infungibilidade pode resultar da natureza do bem ou da vontade das partes.( Ex: se encontra presente em alguns bens móveis, como os veículos automotores).
Bens consumíveis: São os destinados à satisfação de necessidades e interesses das pessoas. Os bens consumíveis podem ser de duas espécies:
a) Consumíveis de fato: são os bens cujo uso importa na destruição imediata da própria substância ou na sua extinção – a consuntibilidade é natural 
 p. ex.: frutas, verduras etc.;
 b) Consumíveis de direito: são os bens destinados à alienação – a consuntibilidade (característica dos bens consumíveis) é jurídica – ex.: livros e automóveis à venda em uma loja
Bens inconsumíveis: Os bens inconsumíveis caracterizam-se pela possiblidade de retirada de suas utilidades, sem que seja atingida sua integridade. As partes podem transformar um bem consumível em inconsumível por meio de disposição contratual (p. ex.: o empréstimo de uma garrafa de vinho para exposição)
Bens divisíveis: Os bens divisíveis são os que podem ser fracionados em partes homogêneas e distintas, sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor ou prejuízo para o uso a que se destinam. Para que o bem possa ser considerado divisível, cada fração autônoma deve manter as mesmas utilidades e qualidades essenciais do todo. Exemplo: (um saco de feijão é divisível, pois pode ser fracionado em duas ou mais partes, mantendo as suas características originais).
-OBESERVAÇÃO: Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação legal ou por vontade das partes.
Bens indivisíveis: São naturalmente indivisíveis os bens que não podem ser fracionados, sob pena de perderem sua utilidade, valor ou qualidades essenciais.
pode ser de três espécies:
Por sua natureza: São os bens que não podem ser divididos sob pena de alterarem sua substância, perderem sua utilidade ou reduzirem consideravelmente o seu valor. Exemplos: touro reprodutor, automóvel, obra de arte ..
Por determinação legal: são os bens considerados indivisíveis por força de dispositivo legal expresso. A lei rotula o bem como indivisível. Exemplos: o direito à sucessão aberta/herança, que é considerado indivisível até o momento da partilha; as servidões prediais; o direito de hipoteca); o condomínio forçado instituído pela usucapião coletiva .
Por vontadedas partes: são os bens divisíveis transformados em indivisíveis por força da vontade manifestada em contrato (exercício da autonomia privada), deixando seu aspecto de divisibilidade para trás. Temos duas hipóteses legais previstas no Código Civil que bem retratam a indivisibilidade por vontade das partes: quando duas ou mais pessoas forem proprietárias de um mesmo bem (ou seja, o tiverem em condomínio), poderão contratar a indivisibilidade por prazo não superior a cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior.
Bens Materiais: Também denominados bens corpóreos ou tangíveis, são aqueles que têm existência material, podendo ser percebidos por nossos sentidos. Exemplos:( armários, lâmpadas, telefones celulares, livros ..)
Bens Imateriais: Também denominados bens incorpóreos ou intangíveis, são todos os bens que possuem existência abstrata, não podendo ser sentidos/tocados fisicamente pelos seres humanos. São bens que consistem em direitos. Somente existem porque a lei assim determina, por força de determinação jurídica. Exemplo: (direitos autorais de quem escreveu um livro, direitos de crédito, direito à herança, invenções, direitos reais, direitos obrigacionais..)
Classificação dos bens de acordo com a individualidade:
Bens singulares: singulares ou individuais são aqueles que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais. Em regra os bens são singulares. Somente serão considerados coletivos quando houver determinação legal ou determinação das partes. Os bens singulares podem ser de duas espécies:
Bens singulares simples: são os bens cujas partes formam um todo homogêneo e estão agrupadas em razão da sua própria natureza (a coesão é natural). Podem ser materiais (p. ex.: árvore) ou imateriais (p. ex.: crédito).
Bens singulares compostos: são aqueles bens que, reunidos, formam um só todo, mas sem desaparecer a condição jurídica de cada parte (a coesão é artificial – p. ex.: navios, materiais utilizados na construção de uma casa ..)
Bens coletivos
São aqueles formados por vários bens singulares que, reunidos, passam a formar uma coisa só (individualidade incomum), mas sem que desapareça a condição jurídica de cada parte (autonomia funcional ) o titular dos bens pode contratar sobre a coletividade dos bens (p. ex.: vender uma biblioteca) ou sobre um dos bens de forma individualizada (p. ex.: alienar apenas um livro de uma biblioteca). A coletividade aqui mencionada pode ser de duas espécies:
Universalidade de fato: é a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. A universalidade de fato é formada pela coletividade de bens singulares, corpóreos e homogêneos, pertencentes a uma mesma pessoa. Exemplos: (rebanho, biblioteca, pinacoteca, frota, floresta, cardume etc..)
Universalidade de direito: complexo de relações jurídicas de uma mesma pessoa, dotadas de valor econômico. É formada pela coletividade de bens singulares incorpóreos (direitos) e, eventualmente, entre estes e bens corpóreos heterogêneos (na verdade, reúne os direitos existentes sobre os bens corpóreos). Exemplo: herança, patrimônio, massa falida.
Bem Principal: Considera-se bem principal todo aquele que tem sua existência independente de qualquer outro. O bem principal existe sobre si mesmo, abstrata ou concretamente), enquanto o acessório depende de outro para sua existência. Exemplos:( a caneta é o principal, a tampa é o acessório; o computador é o principal, o teclado é o acessório; o automóvel é o principal, o pneu é o acessório; o capital é o principal, os juros são acessórios etc)
Bem Acessório: Bem acessório é aquele cuja existência pressupõe a do principal, isto é, sua existência é subordinada à existência de outro bem considerado principal. De acordo com a doutrina, os bens acessórios podem ser classificados em naturais, civis e industriais.
 Naturais: aqueles que aderem naturalmente ao bem principal (p. ex.: árvores e frutos – ainda que venha a existir atividade humana voltada a melhoria ou aumento de produção). 
Civis: aqueles que aderem ao bem por determinação legal (abstração jurídica), não dependendo de vinculação material (p. ex.: aluguel, juros, dividendos, ônus reais em relação à coisa gravada etc.).
 Industriais: aqueles que aderem ao bem principal por força do engenho humano (ex: prédio erigido sobre um lote, um vestido costurado com uso de um tecido, um desenho sobre a folha de papel, uma escultura desenvolvida a partir da argila..)
Fruto: Fruto é toda utilidade que um bem produz de forma periódica e cuja percepção mantém intacta a substância do bem que a produziu. Embora sejam bens acessórios, podem ser objeto de relação jurídica independentemente do bem principal. Em relação à sua natureza, os frutos podem ser classificados em: naturais ou verdadeiros (p. ex.: frutas), civis (p. ex.: aluguel) e industriais (ex.:canetas fabricadas).
São classificados de acordo com a vinculação com o bem principal e o seu estado em:
Percebidos ou colhidos: aqueles que já foram colhidos, isto é, já foram destacados do bem principal. Se o fruto for natural ou industrial, reputa-se colhido e percebido logo que é separado do bem principal. Se o fruto for civil, reputa-se percebido dia por dia (Código Civil, art. 1.215).
 Pendentes: aqueles que ainda estão unidos naturalmente ao bem principal (p. ex.: uma fruta que está ligada à árvore que a produziu). Percipiendos: aqueles que deveriam ter sido colhidos, mas não o foram. Estantes: são os frutos que já foram colhidos e encontram-se armazenados ou acondicionados para venda. 
Consumidos: são os frutos que não mais existem em razão de seu destino normal (consumo), ou que pereceram.
Produtos: são bens que se retiram da coisa desfalcando a sua substância e diminuindo a sua quantidade. As frutas colhidas de um pomar são frutos, pois nascem e renascem de forma periódica. Os cereais colhidos de uma plantação de arroz, assim como os minerais extraídos de uma jazida e o petróleo extraído de um poço, são produtos, por não se renovarem. Assim como os frutos, os produtos também pode ser objeto de negócio jurídico autônomo.
Benfeitorias: Benfeitoria é toda espécie de despesa ou obra (melhoramento) realizada em um bem, com o objetivo de evitar sua deterioração (benfeitoria necessária), aumentar seu uso (benfeitoria útil), ou dar mais comodidade (benfeitoria voluptuária).
 (retirar) a benfeitoria. O de má-fé não tem direito à indenização (não tem direito a nada).
Pertenças: São os bens que, não constituindo partes integrantes, destinam-se, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro (p. ex.: trator em uma fazenda, cama, mesa ou armários de uma casa, o ar-condicionado de uma loja etc.). Em regra, são bens móveis que servem a um imóvel, mas, excepcionalmente, um bem imóvel também pode ser pertença.
Bens particulares: que não forem públicos, isto é, que não pertencerem às pessoas jurídicas de direito público interno.
Bens públicos: Os bens de domínio nacional, pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, como os de propriedade da União, Estados e Municípios. Os bens públicos podem ser classificados em três tipos:
Bens públicos de uso comum do povo: Aqueles bens que, embora pertencentes a uma pessoa jurídica de direito público, podem ser utilizados por qualquer pessoa do povo. O domínio é da entidade de direito público e o uso é do povo (ex.: mares, rios, estradas, ruas, praças etc.).
Bens públicos de uso especial: São os bens que as pessoas jurídicas de direito público interno destinam aos seus serviços ou outros fins determinados. Como exemplos, podem ser citados os imóveis onde estão instalados prefeituras, escolas, creches, hospitais, quartéis, museus e teatros públicos e os móveis utilizados na realização dos serviços públicos (radar, caneta, computador etc.).
Bens públicos dominicais: também conhecidos como patrimoniais, são aqueles que compõem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público interno, como objetode direito pessoal ou real, de cada uma dessas entidades.
Características dos bens públicos:
a) Inalienabilidade: é uma característica dos bens afetados, logo os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação Por outro lado, os bens públicos desafetados, também denominados como bens dominicais, podem ser alienados, observadas as exigências da lei: em regra, deve haver prévia avaliação e a alienação deve ser realizada mediante licitação expressa de lei ordinária. No que diz respeito às terras indígenas, o art. 231, § 4º, da Constituição Federal impõe a inalienabilidade e a indisponibilidade. 
b) Imprescritibilidade: são imprescritíveis as pretensões da administração pública com relação aos bens públicos. Como efeito da imprescritibilidade, os bens públicos também não podem ser adquiridos por usucapião. Embora os bens desafetados possam ser alienados, o Código Civil de 2002, em consonância com os arts. 183, § 3º, e 191, parágrafo único, da Constituição Federal, dispôs que os bens públicos (afetados ou desafetados) não estão sujeitos a usucapião (art. 102). Essa proibição se justifica pelo descaso da administração pública na conservação de seu patrimônio. Todavia, alguns autores ainda defendem a possibilidade de usucapião de bens dominicais, sobretudo de terras devolutas (terras que não pertencem a particulares e não estão sendo destinadas a qualquer uso público).
 c) Impenhorabilidade: a impenhorabilidade dos bens públicos decorre de sua inalienabilidade. Desta forma, os bens públicos não podem ser dados em garantia e não podem ser objeto de execução judicial (adjudicação ou arrematação).

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