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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE PEDAGOGIA BRUNA VALERIO GARCIA DA SILVA DOS SANTOS A FUNÇÃO PEDAGÓGICA DOS JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL CURITIBA 2017 BRUNA VALERIO GARCIA DA SILVA DOS SANTOS A FUNÇÃO PEDAGÓGICA DOS JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Trabalho de Pesquisa apresentado como exigência da disciplina Pesquisa e Prática de Educação V. Orientador : MARI ANGELA MONJARDIM BARBOSA CURITIBA 2017 LINHA DE PESQUISA PRÁTICAS EDUCATIVAS ASSUNTO: EDUCAÇÃO INFANTIL TEMA: JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL TÍTULO: A FUNÇÃO PEDAGÓGICA DOS JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL. MEU INTERESSE PELO TEMA O trabalho tem por objetivo investigar a importância do brincar no processo de desenvolvimento da criança, especialmente na Educação Infantil, tendo em vista à ludicidade como acesso para a aprendizagem e a formação do conhecimento através de brincadeiras, jogos e brinquedos. Meu interesse pelo tem surgiu a partir dos estágios vivenciados no curso de Pedagogia. 1.1. APRESENTAÇÃO DO TEMA O brincar promove o desenvolvimento e a interação entre as crianças, não se trata somente de um instrumento didático que ajuda na aprendizagem em sala de aula, mas também no seu cotidiano, visto que os jogos, brincadeiras e brinquedos intervêm em diversas áreas do desenvolvimento infantil como: motricidade, inteligência, sociabilidade, afetividade e criatividade. Já quando falamos dos jogos como ferramenta pedagógica na Educação Infantil, Brougère (2002) destaca que o jogo não é naturalmente educativo, mas transforma-se educativo pelo processo metodológico utilizado, isto é, por meio de jogos e brincadeiras o professor consegue desenvolver metodologias que auxiliem no desenvolvimento e na aprendizagem. Diante disto, sabemos que jogos, brinquedos e brincadeiras não podem ser considerados simplesmente entretenimento, se tornando uma atividade que oportuniza a aprendizagem de múltiplas habilidades, e, sendo assim, o educador deverá relacionar o desenvolvimento prazeroso juntamente com o lúdico, realizando os jogos e brincadeiras não somente como ferramentas pedagógicas. Segundo Fortuna (2003), é essencial que o educador introduza o brincar em um projeto educativo, com objetivos e metodologia estabelecidos, o que pressupõe ter percepção da importância de sua ação em relação ao desenvolvimento e à aprendizagem das crianças. E conforme considera Ramos (2002, p. 6), “nem tão largada que dispense o educador, dando margem às praticas educativas espontaneístas que sacralizam o ato de brincar, nem tão dirigida que deixa de serem brincadeiras.”, os educadores devem cumprir seu papel de auxiliadores para que os jogos e brincadeiras tenham significados na aprendizagem dos alunos. Compreende-se que, através do brinquedo, a criança constitui o seu universo, manuseando-o e trazendo para a sua existência situações inusitadas do seu mundo imaginário, que a ajuda no entendimento de mundo, portanto, nos questionamos: Como educadores pensam as atividades lúdicas e qual a contribuição destas para a aprendizagem? QUESTÕES NORTEADORAS. Como é entendida a Educação Infantil? Como as brincadeiras contribuem na Educação Infantil? Como o uso das brincadeiras contribuem no aprendizado na Educação Infantil? 2 LEVANTAMENTO DO REFERENCIAL DA PESQUISA ANTUNES. Celso. O jogo e a educação infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e ouvir. Fascículo 15.9 ed. Petrópolis: RJ. Vozes, 2014. BROUGÈRE, G. Jogo e Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002. KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira, e a educação. Cortez 14ª ed. São Paulo, 2011. OLIVEIRA, Vera Barros de. (org.) O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis: Vozes, 2000. VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes 1991. 3. ÁREAS PRINCIPAIS QUE OS ITENS ESCOLHIDOS LIVRO/ARTIGO/TEXTO ABORDAM Livro de Brougère: Jogos e Educação: o autor faz uma análise sobre a importância do jogo como uma das estratégias fundamentais para o desenvolvimento físico e cognitivo do indivíduo. Livro de KISHIMOTO: Jogo, brinquedo, brincadeira, e a educação: a autora mostra como o brincar surge ao longo da história da humanidade relacionado à criança e à educação, assumido diversos significados como recreação, excesso de energia, atividade inútil, expressão de qualidades espontâneas, recriação. Entretanto, psicólogos, antropólogos, sociólogos e linguistas contemporâneos criaram referenciais teóricos para explicitar o brincar. Livro de ANTUNES: O jogo e a educação infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e ouvir: O autor aponta para a importância da brincadeira na Educação Infantil. O prazer, alegria e satisfação proporcionados por ela constituem um fim desejável em si mesmo. Livro de Vygotsky: A formação social da mente: No livro Formação Social da Mente – Vygotsky tem por objetivo caracterizar os aspectos tipicamente humanos do comportamento e elaborar hipóteses de como essas características se desenvolveram durante a vida do indivíduo e enfatiza três aspectos: • Relação entre seres humanos e o seu ambiente físico e social. • Novas formas de atividade que fizeram com que o trabalho fosse o meio fundamental de relacionamentos entre o homem e a natureza e as consequências psicológicas dessas formas de atividade. • A natureza das relações entre o uso de instrumento e desenvolvimento da linguagem. Livro: Oliveira: O brincar e a criança do nascimento aos seis anos: Com sólida fundamentação teórica e redigido de forma acessível ao grande público, analisa o despertar e as etapas do brincar nas crianças de zero a seis anos e sua centralidade no desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e social. 4. CONTRIBUIÇÃO DOS ITENS PARA A PESQUISA Livro de Brougère: Jogos e Educação: O livro contribui pois afirma que o educador deve agir, estimular, interver e aceitar os papéis que a criança desempenha, organizando um espaço rico em potencialidades lúdicas. Hoje, as creches que atendem as crianças de 2/3 anos, se caracterizam pelo espaço lúdico, do jogo livre ao dirigido. No livro, o autor trata das relações entre jogo e educação, procedendo a uma profunda análise sócio-antropológica para chegar às suas conclusões acerca do lugar do jogo no universo infantil e na natureza humana. O autor aborda o jogo do ponto de vista da filosofia, da sociologia e da antropologia. Segundo Brougère o jogo é um fenômeno social, produz cultura e é produzido por ela, o que torna possível a aprendizagem do lúdico. Isto é, a pessoa que participa da cultura, aprende a jogar. Livro de KISHIMOTO: Jogo, brinquedo, brincadeira, e a educação: ressalta que o brincar como uma ação metafórica, que contribui para o desenvolvimento integral da criança e propicia a construção do conhecimento. Por tais razões, o brincar passa a fazer parte de programas de formação de professores. São tais dimensões que podem ser analisadas nesta obra. Livro de ANTUNES: O jogo e a educação infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e ouvir: Além do prazer em jogar e chegar a um objetivo ,acrescentam-se outros benefícios do jogo, como a estimulação das inteligências, o desenvolvimento de competências e a ativação de relações sociais, ensinando procedimentos e propondo atitudes positivas para um crescimento saudável e integral. Livro de Vygotsky: A formação social da mente: Para Vygotsky, o brinquedo exerce enorme influência na promoção do desenvolvimento infantil, apesar de não ser o aspecto predominante da infância. Para ele, o termo brinquedo refere-se essencialmente ao ato de brincar, à atividade. Embora mencione modalidades diferentes de brinquedos, como jogos esportivos, seu foco é o estudo dos jogos de papéis ou brincadeiras de faz-de-conta (mamãe e filhinha, por exemplo), típicas de criançasque aprendem a falar e, portanto, já são capazes de representar simbolicamente e envolver-se em situações imaginárias. A característica definidora do brinquedo, por excelência, é a situação imaginária. Livro de Oliveira: O brincar e a criança do nascimento aos seis anos: O brincar principalmente nos primeiros anos de vida, vem a ser altamente significativo para a formação da personalidade saudável da criança favorecendo inclusive a identificar, controlar e canalizar impulsos provenientes de fantasias agressivas para atividades mais adaptadas. Nesse processo a motricidade e a representação da realidade tornam-se dinâmicos e refletem a estruturação mental.O brincar da criança combina corpo e símbolo inserindo-se gradual e progressivamente no universo histórico- cultural, que contem regras sociais e morais que a ajudam a manter-se no eixo maior do respeito a si, ao outro e à liberdade.
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