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AULAS 1 A 4 CPC

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AULA 1
A data da sessão de julgamento da apelação interposta por Manoel Carlos foi devidamente publicada no Diário Oficial. Diante do alto número de recursos pautados para serem julgados, o julgamento da apelação de Manoel foi transferida para sessão do dia seguinte. Após o julgamento desfavorável do respectivo recurso, o advogado de Manoel requereu a nulidade do julgamento vez que não foi intimado e que o recurso não poderia ter sido julgado no dia posterior à data previamente designada. Assiste razão ao patrono de Manoel?
Sim, segundo art. 935 CPC o prazo mínimo entre a publicação da pauta e a efetiva realização da sessão de julgamento deve ser de 05 dias, sendo vedado ao tribunal transferir para sessão seguinte quando esta ocorrer no mesmo prazo mencionado
AULA 2
João ingressou com uma ação de reintegração de posse em face de Valdomiro visando obter a retomada de seu imóvel como também a indenização por perdas e danos. A pretensão foi acolhida em parte pelo juízo tão somente para determinar a reintegração do autor na posse do imóvel. O autor interpõe recurso de apelação para o respectivo Tribunal de Justiça visando obter a indenização por perdas e danos, o que foi negado pela Câmara que apreciou o recurso. O recorrente, diante da omissão do colegiado acerca de pontos relevantes abordados no recurso, apresenta pedido de reconsideração no prazo de 15 dias, que foi rejeitado imediatamente pelo relator. Diante do caso indaga-se: 
a) O pedido de reconsideração possui natureza recursal?
Não, o pedido de reconsideração possui um sucedâneo recursal e não se confunde com recurso, por mais que ambos tenham o mesmo objetivo, qual seja, reformar ou invalidar uma decisão judicial.
 b) Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse caso?
Não, pois não é considerado como recurso.
AULA 3
Marcos Antônio ingressou com uma ação declaratória em face do plano de saúde Vida Saudável, responsável por atender importante parcela da população brasileira, visando obter reconhecimento da abusividade de determinada cláusula que impede o tratamento de pacientes com doenças infectocontagiosas. Diante da repercussão social do julgado, a associação de portadores de HIV solicitou seu ingresso como amicus curiae, o que foi prontamente autorizado pelo juiz da causa. Diante do caso indaga-se:
 a) Poderá a associação atuar como se parte fosse?
Não poderá ser parte. A atuação do amicus curiae tratada pelo CPC permite o ingresso nos processos judiciais desta figura quando estivermos diante de causas com ampla repercussão social, econômica e política, em conformidade com o atr. 138, CPC. O amigo da corte pode ter seu ingresso solicitado de ofício pelo juiz ou através de requerimento da parte.
AULA 4
Carlos ingressou com uma ação indenizatória em face da Construtora JSP com o objetivo de obter indenização pela demora na entrega de seu imóvel. Após a citação, constatou-se que a construtora encerrou suas atividades irregularmente, o que motivou o autor a requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que foi indeferido de plano pelo juiz. Terminada a instrução, o juiz condenou a construtora a indenizar ao autor no valor de R$10.000,00, devidamente atualizado e com juros legais. Irresignado com a sentença o autor interpôs recurso de apelação visando reformar a decisão interlocutória que indeferiu a desconsideração da personalidade como também aumentar o valor fixado a título de indenização. Diante do caso indaga-se: 
a) A apelação de Carlos foi formulada adequadamente? 
Quanto à interposição do Recurso de Apelação de Carlos, temos que analisar a questão sob duas óticas: Quanto a parte do recurso de apelação em que Carlos insurge contra a decisão interlocutória que rejeitou o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, na verdade o recurso correto seria o agravo de instrumento conforme preceitua o art. 1015, IV do CPC, no momento em que a decisão fora proferida.
No entanto, no que tange à insurgência de Carlos por intermédio do seu recurso de apelação em que objetiva a majoração do valor fixado à título de indenização pelos danos morais, está corretíssimo.
b) O juiz sentenciante poderá inadmitir o recurso de Carlos?
Não, no sistema recursal do CPC/15, o juízo de admissibilidade será feito diretamente pelo juízo ad quem, na forma do art. 1010, §3º, CPC.

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