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FACULDADE MUNICIPAL PROFESSOR FRANCO MONTORO CURSO DE NUTRIÇÃO LETÍCIA VITORIA MORAES BATISTA MÔNICA MILANI PROTEASES (PAPAÍNA E BROMELINA) NA DIGESTÃO DO COLÁGENO. MOGI-GUAÇU 2017 LETÍCIA VITORIA MORAES BATISTA MÔNICA MILANI PROTEASES (PAPAÍNA E BROMELINA) NA DIGESTÃO DE COLÁGENO. Relatório realizado para disciplina De Bioquímica Il, do curso de Graduação em Nutrição na Faculdade Municipal Professor Franco Montoro, ministrada pela professora Thais Rigoletto MOGI-GUAÇU 2017 SUMARIO 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................02 2. OBJETIVO.............................................................................................................03 3.MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................04 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................05 5. CONCLUSÕES......................................................................................................06 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................07 2 1. INTRODUÇÃO As proteínas, além de constituírem o componente celular mais abundante, são as moléculas mais diversificadas quanto a forma e função. As funções que desempenham são estruturais e dinâmicas. Formam os componentes do esqueleto celular e de estruturas de sustentação, como, por exemplo, o colágeno e a elastina. Participam de quase todos os processos biológicos, já que incluem as enzimas, que catalisam as milhares de reações químicas extraordinariamente diversas que ocorrem no organismo. Uma outra função dinâmica das proteínas é o transporte de moléculas (MARZZOCO e TORRES, 1999). Dentre as diferentes funções das proteínas no organismo, destaca-se a sua atividade como enzimas ou catalisadores biológicos. Nessa função, sua ação consiste em acelerar a velocidade de uma reação química mediante a diminuição da energia de ativação da reação — sem que, no entanto, seja consumida durante o processo. Algumas enzimas são capazes de quebrar ligações peptídicas de cadeias protéicas, sendo denominadas assim de proteases, as enzimas proteolíticas são encontradas tanto em animais como em vegetais. Em animais, elas participam de importantes processos biológicos, entre os quais: a digestão protéica, a coagulação sanguínea, a morte celular e a diferenciação de tecidos. Sua atuação no processo digestivo, por exemplo, é essencial para o processo de absorção, pois hidrolisam as proteínas provenientes da alimentação para que seus aminoácidos (monômeros) possam ser absorvidos e reaproveitados pelo organismo (LIMA et al., 2007). Em vegetais, as enzimas proteolíticas estão envolvidas nos processos de amadurecimento, de germinação, de diferenciação e morfogênese, de morte celular, de resposta de defesa de plantas a processos de estresse oxidativo, entre outros. Algumas enzimas envolvidas no amadurecimento de frutos, como a ficina (figo), a papaína (mamão) e a bromelina (abacaxi), podem ser extraídas em grandes quantidades e representam por isso uma significativa importância econômica (LIMA et al., 2007). 3 2. OBJETIVO O objetivo do trabalho é compreender e identificar a ação de duas enzimas, a do abacaxi e a do mamão. 4 3. MÉTODOS E MATERIAIS 3.1 MATERIAIS - Tubo de ensaio - Gelatina (Dr.Oetker) - Liquidificador - Extrato de Mamão Papaia verde - Peneira fina - Extrato de abacaxi Verde - Pipeta volumétrica - Espatula - Caixa com gelo - Béquer de 200 ml - Béquer de 500 ml - Faca. 3.2 MÉTODOS Preparou-se os extratos do mamão e abacaxi com auxílio do liquidificador e peneirou-se com uma peneira fina e preparou a gelatina conforme as instruções da embalagem. Etiquetou-se cinco tubos de ensaio, um contendo 10 ml de gelatina pura que foi levado para a caixa com gelo para gelificar, outro contendo 3 ml de extrato de mamão (sem estar fervido) com 10 ml de gelatina, um contendo 3 ml de extrato de abacaxi com 10 ml de gelatina, um com 3 ml de extrato de mamão fervido (os extratos foram fervidos em banho Maria) com 10 ml de gelatina e outro com 3 ml de extrato de abacaxi fervido com 10 ml de gelatina. Levou-se todos para a caixa com gelo para gelificar. O procedimento com extrato de mamão foi realizado novamente, adicionando-se 5 ml de gelatina em um tubo de ensaio com 8 ml de extrato de mamão e foi levado para a caixa com gelo para gelificar. 5 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Nos tubos de ensaio que foram levados para banho maria contendo os extratos de abacaxi e mamão, juntamente com a gelatina, verificou-se que ao ser gelificados, ficaram firmes. Figura 1: Extrato de abacaxi e mamão que vieram do banho maria e foram gelificados. Fonte: (Autores, 2017) Nos tubos de ensaio que foram somente gelificados, percebe-se que não ficaram firmes os dois extratos, apenas o de gelatina incolor. Figura 2: Gelatina endurecida, extrato de abacaxi e mamão não endurecidos. Fonte: (Autores, 2017). 6 5. CONCLUSÕES A gelatina é rica em colágeno, que por sua vez é uma proteína formada por longas cadeias de aminoácidos que se unem através de ligações peptídicas. Essa proteína pode ser encontrada em nossa pele, tendões, ossos e até mesmo em vasos sanguíneos. O abacaxi é uma fruta rica em uma enzima chamada de bromelina, e o mamão é rico em uma enzima chamada papaína. Ambas enzimas tem o poder de quebrar as ligações entre os aminoácidos, destruindo, dessa forma, a proteína. Quando colocamos ambos extratos em banho maria e elevamos a temperatura, as enzimas foram desnaturadas fazendo que elas ficassem nulas. A gelatina com os extratos aquecidos ficaram duros após irem para a gelificação. Quando colocamos os extratos direto na gelatina, sem passar por aquecimento e levamos para gelificar, verificamos que a gelatina juntamente com os extratos estavam amolecidos, ou seja, houve a ação das enzimas na quebra da cadeia de aminoácidos da gelatina. Hoje conseguimos entender porque muitas pessoas colocam a carne em contato com suco de abacaxi durante minutos para que a carne fique mais macia. É o caso também de quem ingere muita carne vermelha em churrasco e servem abacaxi como sobremesa, pois o abacaxi ajuda na quebra da proteína, auxiliando as enzimas do estômago num processo mais eficiente na digestão. 7 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LIMA, Silvio et al. Estudo da Atividade Proteolítica de Enzimas Presentes em Frutos. Química Nova Escola, Campinas, p. 47-48, 2007. MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo. Bioquímica Básica.2. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A, 1999.