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* Proteínas Definição: substâncias nitrogenadas complexas de alto peso molecular que, por hidrólise ácida, alcalina ou enzimática produzem aminoácidos. As proteínas compõem 50% do peso fresco das células. Estrutura geral dos aminoácidos: NH2 grupo amino R – C – COOH H grupo carboxila Na natureza existem 20 diferentes aminoácidos que se unem por ligações peptídicas para formar as proteínas. * Aminoácidos essenciais: Leucina Isoleucina Lisina Triptofano Fenilalanina Metionina Valina Histidina Treonina * Funções: Estrutural e contrátil Catalizadores biológicos Hormônios Transporte Imunológica Nutricional * Tipos de proteínas Origem animal Origem vegetal Fontes não convencionais. * Estrutura das Proteínas: Primária – seqüência de aminoácidos unidos por ligações peptídicas Determina: qualitativa e quantitativa os aminoácidos que compõem o polipeptídio ou proteína. Determina: a seqüência dos aminoácidos na cadeia polipeptídica. Secundária: é o arranjo espacial ao longo de um eixo. Arranjos: Helicoidal ( hélice), originada pela formação de pontes de hidrogênio intramoleculares. Foliar (folhas pregueadas paralelas e antiparalelas), mantidas por pontes de hidrogênio intermoleculares. Ao acaso: hélices e pregueadas intercaladas * Estrutura helicoidal Estrutura foliar * Terciária: organização tridimensional do polipeptídio contendo regiões de estrutura secundária definida. Representação esquemática da estrutura terciária da lisozima, com quatro ligações dissulfeto Representação esquemática da estrutura terciária de mioglobina, com seu radical heme. * Forças que mantêm a estrutura terciária: 1. Ligações dissulfeto (covalentes) 2. Ligações salinas ou interações eletrostáticas 3. Ligações ou pontes de hidrogênio 4. Interações dipolares 5. Interações hidrofóbicas * Quaternária: associação não covalente de polipeptídios Estrutura quaternária da hemoglobina mostrando seus peptídios e e os radicais heme (discos em negro) * CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS DA CARNE QUANTO A SUA FUNÇÃO: MIOFIBRILARES (actina e miosina) TEC CONJUNTIVO (colágeno e elastina) PROT. DO SIST. MUSC. INVOLUNTÁRIO * ACTINA “rigor mortis” = contração irreversível das fibras musculares como resultado do abaixamento do pH (respiração anaeróbica), diminuição da concentração de ATP, produção irreversível do complexo actomiosina. MIOSINA COMPLEXO ACTOMIOSINA + * ELASTINA: Cor amarela, união dos osso ao músculos, rica em LISINA, no aquecimento incha mas não se dissolve. COLÁGENO: Rica em prolina, mantém feixes de fibras unidos. Quando aquecida GELATINA * Alterações da proteína da carne: Tratamento térmico: reação de Maillard, conversão do colágeno em gelatina e desnaturação da proteína. No congelamento: (se lento ou impróprio) formação e crescimento de cristais de gelo diminuindo o teor de água nas células alterando: concentração de solutos pH modificado desnaturação de proteínas campactação das fibras aumento das reações enzimáticas * Propriedades organoléticas (Sensoriais) são propriedades que se manifestam através dos órgãos dos sentidos (textura, cor, gosto e aroma). Textura da carne (maciez): proporção de tecido conjuntivo (colágeno e elastina) e complexo actomiosina Cor: evaporação superficial COR MAIS ESCURA com o congelamento ação de aditivos O AQUECIMENTO reação de Maillard transformação da MIOGLOBINA em HEMATINA (cor marrom) O AR: a mioglobina oxida-se transformando-se em OXI-HEMOGLOBINA (verm vivo). * PROTEÍNAS DO LEITE Emulsão de gordura em água. Principais proteínas: caseína, globulina e albumina CASEÍNA Principal componente do coalho Precipita-se : adição de acido e adição de enzima, separação do soro (SINÉRESE) * LACTGLOBULINA E LACTOALBUMINA Facilmente desnaturada pelo calor, As albuminas pela desnaturação formam película “nata”. EFEITO DO TRATAMENTO TÉRMICO Líquido: Homogeneização pasteurização ou esterilização Leite evaporado (concentrado ou condensado): aumenta a reação de Maillard Leite em pó: rancidez oxidativa. * PROTEÍNAS VEGETAIS Importante papel no efeito estrutural DESNATURAÇÃO DE PROTEÍNAS: alteração nas estruturas quaternárias, terciárias ou secundárias das proteínas. Agentes de desnaturação de proteínas: por meio mecânico por meio físico por meio químico Pode ser reversível ou irreversível dependendo do agente desnaturante. * pH: Distantes do ponto isoelétrico - solúvel Próximas do ponto isoelétrico - Temperatura: Alta temperatura - MENOR capacidade de retenção de água (acima de 40oC), (de zero a 40oC), (congelamento) Íons: Sua concentração e natureza estabelecem relação com a água e a cadeia lateral de aminoácidos Menor concentração: Maior hidratação (“salt-in) Maior concentração: diminui a interação água-proteína (“salt-out”) * Propriedades Funcionais É toda propriedade NÃO NUTRICIONAL e que INFLUENCIARÁ no comportamento de certos componentes de um ALIMENTO. * Classificação 1. Propriedades Hidrofílicas: depende da afinidade da proteína pela água. 1. Solubilidade Classificação das proteínas: Albuminas Globulinas Prolaminas Glutelinas A SOLUBILIDADE É VARIAÉVEL EM FUNÇÃO DO: Ph, forças iônicas e temperatura. * 2. Capacidade de hidratação e retenção de água -capacidade de ligar, reter ou absorver água Ex. carne: Textura Suculência Maciez * 2. Propriedades Interfásicas: capacidade das moléculas de proteínas de se unirem e formarem uma película entre duas fases imiscíveis. 1. Emulsificação * Ex. salsicha (“óleo em água”) emulsificante: proteínas da carne) * 2. Formação de espuma: expansão de volume da dispersão protéica com a incorporação de ar por batimento, agitação ou aeração. Ex. ovoalbumina * Propriedades intermoleculares: habilidade da proteína de formar ligações cruzadas entre suas próprias moléculas ou com outros componentes do alimento. 1. Formação de fibras de proteínas -filamentosas e globulares -fibras resistentes albumina do ovo, zeína do milho, colágeno * 2. Geleificação Ex.: Enrigecimento durante cocção de carnes e farinhas; alteração da consistência de ovos durante a cocção. * 3. Formação de massas visco-elásticas Panificação: * gluten = complexo de proteína (75%) + carboidrato (15%) + lipídios (6%) + minerais (0,8%) Proteínas Gliadina = prolamina (etanol 70%) Glutenina = glutelinas (solução ácida ou alcalina ) Hidratação dos constituintes da farinha formação de pontes de hidrogênio oxidação de grupos –SH livres pela batedura da massa formação de rede de massa contínua resistente à ruptura (glutenina) associação de proteínas e lipídios sob estrutura alternada laminar * Gosto e aroma (sabor): Maioria das proteínas não apresentam gosto. Exceção para taumatina (doce), monelina (doce) e miraculina (prévia exposição faz com que substâncias ácidas sejam percebidas como doces) Dipeptídios doces (edulcorantes): ester metílico do L-aspartil-L-tirosina (50x da sacarose); ester metílico do L-aspartil-L-fenilalanina (100-200x da sacarose); L-aspartil-L-(-ciclohexil) alanina (360x da sacarose) Aminoácidos com sabor doce: L-alanina, D-histidina, D-leucina, D-fenilalanina, D-triptofano, D-tirosina, glicina Aminoácidos amargos: L-leucina, L-fenilalanina, L-triptofano, L-tirosina. Aminoácidos com sabor sulfuroso: cisteína e metionina Aminoácidos intensificadores de sabor (umami): glutamato *Referências Bibliográficas BOBBIO, P.A.; BOBBIO, F.O. Química do Processamento de Alimentos. 3 ed. São Paulo: Varela, 2001. DAMODARAN, S.D.; PARKIN, K.L.; FENNEMA, O.R. Química de Alimentos de Fennema. 4 ed. Artmed, 2010. ORDOÑEZ PEREDA, J.A. et al. Tecnologia de Alimentos. v.1. Artmed, 2005. RIBEIRO, E.P.; SERAVALLI, E.A.G. Química de Alimentos. 2 ed. Instituto Mauá de Tecnologia. Editora Blucher. 2012. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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