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Estudo de caso IRC transplante

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ESTUDO DE CASO - INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA - TRANSPLANTE
M.L.P, 45 anos, sexo masculino, empresário, hipertenso, diabético,fez hemodiálise por dez anos e há 20 dias foi submetido a um tx de rim de doador vivo e encontra-se internado. Durante a hemodiálise e um mês antes do transplante começou a fazer acompanhamento com a nutricionista e relata ter dificuldade de seguir muitas das orientações. Atualmente, está fazendo uso de glicocorticoide (200 mg/dia), anti-hipertensivo (furosemida 40 mg 1 x ao dia) e insulina NPH e Humalog® 5 unidades antes do café da manhã e 5 unidades antes do jantar. Na avaliação nutricional, durante a internação, o exame antropométrico apresentou os seguintes dados: Peso seco: 90 kg, altura: 1,70 m, não há perda de massa magra e tecido adiposo aparente, paciente apresenta ascite leve, relata que está com evacuações líquidas 3 vezes ao dia, diurese de 700 ml/dia, apetite preservado, sem náuseas e vômitos, e a dieta prescrita pelo médico é dieta Branda. Paciente relata gostar da comida do hospital e ingere tudo que lhe é oferecido (a dieta do hospital fornece 2000 Kcal e 78 g de ptn). Os exames bioquímicos apresentam os seguintes resultados: glicemia de jejum – 140 mg/dl (70-99 mg/dl), creatinina de 15 (0,6 – 1,3) e uréia de 120 (16-40), potássio 5,9 (3,5-5,5), Na 134 (135-145), hemácias e hemoglobina 3,5milhões/ml (4 – 5,6) e 12,5g/dL (13-16,5) respectivamente, fósforo 4,0 (2,5 – 4,5). O exame de urina demonstra perda de proteína e cálcio pela urina.
Identifique qual fase do transplante o paciente se encontra?
Pós-transplante imediato, pois foi submetido ao transplante há 20 dias. 
Explique as alterações bioquímicas apresentadas pelo paciente?
Glicemia, creatinina e ureia se encontram altas e perda de cálcio pela urina devido ao uso de glicocorticoide. No caso da glicemia, encontra-se aumentada, porque esta situação tem como consequência resistência a insulina e deficiência na sua produção. A ureia se encontra aumentada, pois é consequências dos medicamentos imunossupressores, dos diuréticos e da função renal prejudicada.
Potássio aumentado
Sódio dentro do valor de referência
Fósforo está perto do limite superior. A hipefosfatemina é consequência da perda tubular renal de fosfato e suas causas são múltiplas: glicocorticoides, elevação da paratireoide, ingestão energética reduzida ou até mesmo deficiência da vitamina D.
Perda de proteína (proteinúria)
Calcule a necessidade calórica, hídrica, proteica, de sódio e potássio.
Necessidade calórica: 30x90= 2700 kcal/dia
Proteína: 1,0 ou 1,5g/kg/dia ?
 Líquido: avaliar diariamente, restrição se disfunção de enxerto
Sódio: 1 a 3g pois o paciente é hipertenso.
Potássio: 1 a 3g pois o paciente possui hipercalemia.
Qual o objetivo da dietoterapia neste caso?
Monitorar o estado nutricional do paciente, recomendações nutricionais personalizadas, educação nutricional à família e ao cuidador do paciente, principalmente pelo fato do paciente relatar ter dificuldade em seguir orientações nutricionais, minimizar interações medicamentosas pois ele faz uso de glicocorticoide, anti-hipertensivo, insulina NPH e Humalog, diminuir a perda de cálcio e proteína pela urina,
(durante a hemodiálise e um mês antes do transplante já realizava acompanhamento com nutricionista)
Identifique os riscos de perda do enxerto apresentados pelo paciente.
São fatores que influenciam na rejeição crônica do enxerto: hipertensão, idade (> 45 anos), presença de diabetes, uso de corticoides, hipertrigliceridemia e, o paciente apresenta todos esses fatores.
Elabore orientações para que a paciente consiga atingir o objetivo da dietoterapia.
Quais as orientações que você daria para o paciente após a alta (identifique as fases do transplante e diferencie as orientações nutricionais em cada uma delas).
Por conta das alterações no exame bioquímico pós transplante, a dieta é extremamente importante para o controle da obesidade, resistência a insulina e da hipertensão renal, por isso é extremamente importante que haja controle nutricional.

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