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Aula Neoplasia especialização 1 (1)

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Nutrição Clínica nas 
Neoplasias
Profa Me Ana Raquel Oliveira 
ana_luizamo@hotmail.com
Neoplasias
Enfermidade multicausal crônica, caracterizada pelo
crescimento descontrolado de células;
Crescimento descontrolado, disseminado e invasivo
de células anormais, resultante de alterações
genéticas hereditárias ou adquiridas;
Conjunto de mais de 100 doenças que apresentam
como aspecto comum crescimento desordenado, ou
seja, maligno de células que invadem órgãos e tecidos
e podem invadir outras regiões do corpo;
 Células dividem-se rapidamente e tendem a ser
agressivas e incontroláveis.
INCA, 2017
Epidemiologia
Segundo a OMS, atinge pelo menos 9 milhões de
pessoas e mata cerca de 5 milhões a cada ano;
2ª causa de morte no Brasil e países desenvolvidos;
2030: incidência de 27 milhões de casos, 75 milhões
de doentes e cerca de 17 milhões de mortes
anualmente.
INCA, 2017
No Brasil, a estimativa para o biênio de 2016-2017,
aponta a ocorrência de aproximadamente 600
mil casos novos de câncer em cada um desses
anos, incluindo os casos de pele não melanoma,
o que reforça a magnitude do problema no país.
Epidemiologia
INCA, 2017
Epidemiologia
INCA, 2017
Incidência das Neoplasias na População 
Brasileira
Homens:
1. Próstata, pulmão, colorretal, estômago, cavidade oral,
esôfago e laringe.
Mulheres:
1. Mama, colo uterino, colorretal, pulmão e estômago.
INCA, 2017
Etiologia 
Multifatorial
Genéticos e 
composição 
corporal
Ambientais
Alimentação 
Atividade física
Cupari, 2014
Fatores de Risco 
Fatores de risco não 
modificáveis
Fatores de risco 
modificáveis
Idade
Uso de tabaco e bebidas 
alcoólicas
Etnia ou raça Inatividade física 
Hereditariedade Obesidade 
Gênero Agentes infecciosos
Radiação
Poluição
Alimentação inadequada
Cupari, 2014
Alimentação 
 A alimentação e a nutrição inadequadas são
classificadas como a segunda causa de câncer que
pode ser prevenida. São responsáveis por até 20%
dos casos de câncer nos países em
desenvolvimento, como o Brasil, e por
aproximadamente 35% das mortes pela doença
Câncer colorretal Câncer de boca, faringe, 
laringe, esôfago, 
colorretal e mama
Câncer de esôfago, 
pâncreas, vesícula biliar, 
colorretal e mama, 
endométrio e rins
Fatores de Risco Modificáveis - Alimentação 
Cupari, 2014
Recomendações Gerais sobre Alimentação e Câncer 
 Manter o peso corporal dentro dos limites normais do
IMC;
 Evitar o ganho de peso e aumentos de CC.
Gordura corporal
Cuppari (2014)
 Manter-se fisicamente ativo;
 Fazer o mínimo de 30 min AF moderada;
 Limitar os hábitos sedentários.
Atividade física
Recomendações gerais sobre Alimentação e Câncer 
Cuppari (2014)
Alimentos Recomendações
Alimentos e bebidas 
que promovem ganho 
de peso
Consumir raramente alimentos com
↑ DE(225 a 275 kcal/100g)
Evitar bebidas açucaradas e de
fast-food
Alimentos de origem 
vegetal
Consumir pelo menos 5 porções de
frutas e verduras variadas
Consumir cereais pouco
processados e leguminosas em
todas as refeições
Limitar alimentos processados que
contenham amido
Alimentos de origem 
animal
Consumir < 500g de carne
vermelha por semana, incluindo
carne processada
Recomendações gerais sobre Alimentação e Câncer 
Cuppari (2014)
Alimentos Recomendações
Bebidas alcoólicas
 Evitar
 Limitar a 2 doses/dia ♂ e 1 (10 a 15
g de etanol)♀
Preservação, 
processamento e 
preparo
 Evitar alimentos salgados ou
preservados em sal
 Limitar a ingestão de sal (< 6 g/dia)
 Não consumir cereais e grãos
mofados
Suplementos 
alimentares
 NN devem ser alcançadas pela
alimentação
 Não são recomendados para
prevenir o CA
Amamentação exclusiva 
até o 6° mês de vida 
 Seguir as recomendações
de prevenção de câncer;
 Devem receber
assistência nutricional de
um profissional treinado.
Sobreviventes do Câncer
Recomendações gerais sobre Alimentação e Câncer 
Desenvolvimento do Câncer
Câncer
1- Alteração maligna da célula-alvo
(transformação);
2- Crescimento descontrolado das células
transformadas;
3- Invasão local;
4- Metástases à distância.
Desenvolvimento do Câncer
Reconhecimento dos antígenos tumorais pelo sistema imune
Eliminação de células transformadas pelas células citotóxicas :
Crescimento seletivo de variantes
antígeno- negativas;
Perda ou expressão reduzida das
moléculas do MHC;
Produção de citocinas
imunossupressoras;
Apoptose das células citotóxicas.
Desenvolvimento do Câncer: Transformação 
Maligna
Genética e hereditária:
1. Apenas 10%; como síndromes autossômicas dominantes
(retinoblastoma na infância, polipose familiar
adenomatosa; neoplasias endócrinas mútiplas e
cânceres familiares como mama, ovário e pâncreas)
 Condições predisponentes não hereditárias:
1. Inflamações crônicas (colite ulcerativa, doença de Crohn,
gastrite pelo Helicobacter pylori, hepatite viral e pancreatite
crônica);
2. Condições pré-cancerosas (gastrite atrófica e queimaduras
cutâneas solares).
Desenvolvimento do Câncer: Transformação 
Maligna
Exposição a fatores de risco e cancerígenos:
1. Tabagismo;
2. Radiação solar;
3. Hábitos alimentares.
Desenvolvimento do Câncer: Transformação 
Maligna
Carcinogênese
Estágios:
1. Estágio de iniciação: os genes sofrem ação dos
agentes cancerígenos;
2. Estágio de promoção: os agentes oncopromotores
atuam na célula já alterada;
3. Estágio de progressão: caracterizado pela
multiplicação descontrolada e irreversível da célula.
Características dos Tumores Malignos 
Diferenças morfológicas;
Taxa de crescimento acelerado, com rápida
multiplicação celular e evasão da apoptose;
 Crescimento do tumor acompanhado de infiltração,
invasão, angiogênese e destruição progressiva do tecido
adjacente;
 Desenvolvimento de metástases (invasividade).
Características dos Tumores Malignos 
 Destruição de estruturas adjacentes por pressão,
 Síntese de hormônios, fatores de crescimento e
citocinas,
Alterações metabólicas, sangramento e infecções
secundárias e início de sintomas agudos, como obstrução
do trato gastrintestinal; que pode levar a perda de peso e
desnutrição.
Carcinogênese
 Processos tumorais em adultos:
• Envolvem, predominantemente, o tecido epitelial por ser
de alta proliferação e apresentar maior susceptibilidade a
mutações;
Processos tumorais em crianças e adolescentes:
• Maior susceptibilidade para mutações ocorre nos tecidos
em crescimento: ósseo, muscular, nervoso, medula óssea e
sistema linfocitário.
Diferenças entre Tumores Benignos e Malignos
Benignos Malignos
Formados por células bem 
diferenciadas (semelhantes às 
dos tecido normal); estrutura 
típica do tecido de origem
Formados por células anaplásicas
(diferentes das do tecido normal); 
atípicos; falta diferenciação
Crescimento progressivo; 
podem regredir; mitoses 
normais e raras
Crescimento rápido; mitoses 
anormais e numerosas
Massa bem delimitada, 
expansiva, não invadem nem 
infiltram tecidos adjacentes
Massa pouco delimitada, 
localmente invasivos, infiltram 
tecidos adjascentes
Não ocorre metástase
Metástase frequentemente
presente
Diagnóstico
Diagnóstico precoce e estadiamento dos tumores 
são importantes para o prognóstico e o tratamento
Baseada em sinais e sintomas;
Exames de imagem do órgão-alvo;
Métodos histopatológicos, citológicos e/ou
moleculares de uma biópsia ou fragmento do
tumor.
Marzzoco; Torres, 2014
O estádio de um tumor reflete:
 Taxa de crescimento; Extensão da doença;
 Tipo de tumor e sua relação com o hospedeiro.
A classificação das neoplasias malignas em grupos
obedece a diferentes variáveis:
 Localização, tamanho ou volume do tumor,
 Invasão direta e linfática,
 Metástases à distância,
 Diagnóstico histopatológico,
 Produção de substâncias, manifestações sistêmicas, 
duração dos sinais e sintomas, sexo e idade do 
paciente.
Estadiamento
Evolução clínica, resposta terapêutica e prognóstico
Classificação
 É o primeiro estágio em que o câncer pode
ser classificado, com excessão dos cânceres
sanguíneos;
As células estão somente na camada que se
desenvolveram, não se espalharam para
outras camadas de tecido.
Câncer não invasivo ou carcinoma in situ (Tis)
1. Tamanho da lesão primária;
2. Extensão de disseminação para os
linfonodos regionais;
3. Ausência ou presença de metástases.
Estadiamento dos Tumores Malignos 
O sistema de estadiamento mais utilizado é o
preconizado pela União Internacional Contra o
Câncer (UICC), denominado Sistema TNM de
Classificação dos Tumores Malignos.
O estadiamento pode ser clínico e patológico. 
1. Estadiamento clínico:
É o estabelecido a partir dos dados do exame físico e dos
exames complementares pertinentes ao caso.
2. Estadiamento patológico :
 Baseia-se nos achados cirúrgicos e no exame
anátomopatológico da peça operatória.
 É estabelecido após tratamento cirúrgico e determina a
extensão da doença com maior precisão.
O estadiamento patológico pode ou não coincidir com
o estadiamento clínico e não é aplicável a todos os
tumores.
Estadiamento dos Tumores Malignos 
A determinação da extensão da doença e a
identificação dos órgãos por ela envolvidos auxiliam
nas seguintes etapas:
1. Obtenção de informações sobre o comportamento
biológico do tumor;
2. Seleção da terapêutica;
3. Previsão das complicações;
4. Obtenção de informações sobre o prognóstico do
caso;
5. Avaliação dos resultados do tratamento;
6. Investigação em oncologia: pesquisa clínica,
publicação de resultados e troca de informações.
Estadiamento dos Tumores Malignos 
Os parâmetros de estadiamento devem incluir os
fatores relacionados ao tumor e ao hospedeiro:
1. órgão e tecido de origem do tumor;
2. classificação histopatológica do tumor;
3. extensão do tumor primário: tamanho ou volume;
4. invasão de tecidos adjacentes;
5. comprometimento de nervos, vasos ou sistema
linfático;
6. locais das metástases detectadas;
7. dosagem de marcadores tumorais;
8. estado funcional do paciente.
Estadiamento dos Tumores Malignos 
O tratamento do câncer pode ser feito:
Cirurgia,
Radioterapia,
Quimioterapia,
Transplante de medula óssea.
Muitos casos é necessário combinar mais de uma
modalidade de tratamento.
Tratamento
Cirurgia Quimioterapia 
Radioterapia Transplante de Células-
Tronco Hematopoéticas
Tratamento
Cirurgia 
 É a terapia definitiva quando o
tumor está em estágio inicial e
localizado em condições
anatômicas favoráveis;
 Estimula alterações homeostáticas
(hemorragia, hipovolemia, lesões,
choque, alterações de pH
sanguíneo);
 Administração venosa
intraoperatória de medicamentos,
anestesia, trauma emocional, jejum
prolongado e a hiperglicemia
comum em pacientes de cirurgia de
grande porte.
Tratamento
Cirurgia 
Injúria
Alterações vasculares, humorais, neurológicas e celulares
com dor, rubor, calor, edema, perda de função do local;
 TG: ↓ do peristaltismo e capacidade de absorção.
Resposta orgânica de fase aguda
Processo inflamatório local
Ativação de macrófagos, ↑ de citocinas e 
mediadores inflamatórios
Tratamento
Quimioterapia 
 Tratamento medicamentoso sistêmico (combinação de
fármacos);
 Aplicação venosa, via oral, intramuscular, subcutânea,
tópica ou intratecal;
Efeitos colaterais: anorexia, náuseas, vômitos, diarreia,
mucosite, edema, hiperglicemia, alteração da função
hepática e renal.
Tratamento
Radioterapia 
Emprega feixe de radiações
ionizantes(eletromagnéticas ou
corpusculares);
 Dão origem à elétrons que ionizam
o meio e criam efeitos químicos
(hidrólise de água e ruptura do
DNA);
Útil para tumores que não podem
ser ressecados, sem morbidade
grave ou com tendência a
disseminar para locais previsíveis.
Tratamento
Radioterapia 
Efeitos colaterais: mucosites,
enterites, disgeusia, xerostomia e
descamação da pele;
Efeitos tardios: ulceração da
mucosa, lesões vasculares, atrofia de
tecidos moles, perda ou mudança no
paladar, fibrose, edema, necrose de
tecidos moles, perda de dente,
diminuição do fluxo da saliva e
diarréia.
Comprometimento da ingestão e absorção de alimentos
durante e após o tratamento → impacto no estado nutricional
Tratamento
Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas
Procedimento terapêutico que
consiste me altas doses de de QT
e/ou RXT, seguido por infusão
intravenosa de células-tronco
hematopoéticas com a finalidade de
restabelecer a hematopoese após
aplasia medular;
 Eficaz para doenças hemtológicas
malignas ou não, alguns tumores
sólidos e desordens autoimunes;
Fonte de células: medula óssea,
sangue periférico e do cordão
umbilical.
Tratamento
Quando o paciente possui doença avançada, metastática
ou recidiva, sem tratamento curativo eficaz, é indicado o
tratamento ou cuidados paliativos
Abordagem para melhorar a qualidade de vida (Identificação
precoce e tratamento da dor e outros sintomas de ordem
física, espiritual e psicossocial
 Câncer avançado: expectativa de vida > 6 meses;
 Estágio terminal: expectativa de vida < 6 meses;
 Fim de vida: expectativa de vida < 72 horas.
Alterações Metabólicas
Desenvolvimento e crescimento do tumor
Alterações metabólicas no metabolismo energético e de 
CHO, LIP e PT
Estresse metabólico do câncer
Anorexia e ↑ do gasto energético (↑da utilização 
de nutrientes e produção de citocinas)
Efeito da Produção de Citocinas
Citocinas Produção Efeito
IL-1
Macrófagos, monócitos, 
células endoteliais,
fibroblastos, eosinófilos, 
neutrófilos
↑ CRH – anorexia
↓ NPY
TNF-α Macrófagos, monócitos
↑ CRH – anorexia
↑ Cortisol/glucagon ↑ TMB
Perda de peso, proteólise e 
lipólise
IL-6
Macrófagos, monócitos, 
células endoteliais, fibroblastos 
e queratinócitos
Perda de peso, proteólise e 
caquexia
IFN-gama Células T e NK
Caquexia, ↑ TNF, ↓Ingestão 
e LPL
PIF Tumor Proteólise
TGF-beta
Macrófagos, células epiteliais,
fibroblastos e células tumorais
Inflamação, tumorigênse, 
invasão, metástase e 
caquexia
Alterações Metabólicas
 ↑ captação de glicose, preferência do metabolismo anaeróbico 
(formação de lactato e ↑ gasto de energia para produzir < ATP),
 ↑ gliconeogênese, produção hepática de glicose e a partir do lactato e 
PTN
Glicose 
Ativação do ciclo de cori, produção de lactato muscular, 
proteólise e degradação da PT muscular, RI e hiperglicemia
Efeito Warburg (↑
produção endógena e
turnover de glicose)
Depleção de MM com perda de peso e sarcopenia
A desnutrição calórica e proteica em indivíduos
com câncer é muito frequente.
A desnutrição do paciente oncológico adulto
normalmente ocorre por contínua e inadequada
ingestão, aumento das necessidades ou perdas,
prejuízos na absorção e/ou utilização de nutrientes.
Além da perda de peso crônica, os pacientes
apresentam uma resposta imunoinflamatória que
aumenta o metabolismo, gerando um estado
inflamatório hipercatabólico, decorrente do trauma
agudo ou do próprio tumor.
Alterações Nutricionais
Alterações Nutricionais
 Perda de peso e desnutrição são os distúrbiosnutricionais
mais frequentes (de 40% a 80% dos casos), sendo que até
30% dos pacientes adultos apresentam perda superior a 10%
do peso corporal;
 Déficit do EN está relacionado com ↓ da resposta ao
tratamento específico e à qualidade de vida;
 A agressividade, a localização do tumor, os órgãos
envolvidos, as condições clínicas e imunológicas, o
diagnóstico tardio e a magnitude da terapêutica
contribuem para o agravo nutricional com implicações
prognósticas
Desnutrição e Caquexia
A caquexia pode ser definida como uma síndrome
multifatorial caracterizada pela perda de massa
muscular (com ou sem perda de tecido adiposo),
que não pode ser revertida com suporte nutricional e
acarreta progressiva disfunção orgânica;
A fisiopatologia é caracterizada por balanço
nitrogenado e proteico negativo, associado a
redução da ingestão (anorexia) e alterações
metabolicas (hipermetabolismo)
Estágios da Caquexia
• Perda de peso ≤5 %
• Anorexia e alterações metabólicas
Pré 
caquexia 
• Perda de peso > 5%, IMC< 20
• Ou sarcopenia e perda de peso> 2%
• Redução da ingestão/Inflamação 
sistêmica
Caquexia 
• Catabolismo e ausência de resposta 
terapia anticâncer
• Expectativa de vida < 3 meses
Caquexia 
refratária
Recomedações
Nutricionais para 
Pacientes 
Oncológicos
Terapia Nutricional nos Períodos Pré e Pós-
operatório
Tratamento Nutricional
 TNO: quando a ingestão oral for < 70% das
necessidades nutricionais nos últimos 3 dias, os
suplementos nutricionais estão indicados;
TNE: quando a alimentação por via oral está
contraindicada, ou a ingestão alimentar por via oral
for < 60% das necessidades nutricionais nos últimos 3
dias;
 TNP: quando há impossibilidade total ou parcial de
uso do TGI; como complemento da TNE, nos casos
em que essa for incapaz de fornecer as
necessidades nutricionais dentro dos 3 primeiros dias.
Vias de Administração
Terapia Nutricional no Transplante de Células-
tronco
Terapia Nutricional em Pacientes sob 
Cuidados Paliativos
Conduta Terapêutica Visando Tratamento do 
dos Sinais e Sintomas 
Anorexia 
 Conscientizar o paciente da necessidade de comer, apesar da 
inapetência
 Ajustar a ingestão atual para o ideal
 Aumentar o fracionamento da dieta e reduzir o volume por 
refeição, oferecendo de 6 a 8 refeições ao dia
Aumentar a densidade calórica e proteica das refeições
 Estimular lanches calóricos na consistência e textura adaptada à 
melhor preferência do paciente
 Estimular o aumento de consumo de alimentos de melhor tolerância
 Em caso de aporte nutricional insuficiente, associar com TNO 
hipercalórico e hiperproteico palatável ao paciente de 2 a 3x ao dia
 Orientar o paciente a: Consumir alimentos com boa fonte de 
proteína de alto valor biológico
 Escolher líquidos ricos em calorias
 Manter lanches prontos para beliscar
 Fazer a principal refeição em horários em que sentir mais fome
Conduta Terapêutica Visando Tratamento do 
dos Sinais e Sintomas 
Disgeusia e Distomia
 Conscientizar o paciente da necessidade de comer
 Estimular a ingestão de alimentos mais prazerosos
 Aumentar o fracionamento da dieta, (6 a 8 refeições/dia)
 Modificar a consistência dos alimentos conforme aceitação,
liquidificando-os quando necessário
 Em caso de aporte nutricional insuficiente, associar com TNO
hipercalórico e hiperproteico palatável ao paciente, de 2 a 3x ao dia
Orientar o paciente a:
 Preparar pratos visualmente agradáveis e coloridos
 Lembrar do sabor dos alimentos antes de ingeri-los
 Dar preferência a alimentos com sabores mais fortes
 Utilizar gotas de limão nas saladas e bebidas como sucos de frutas,
chás e água
 Utilizar ervas aromáticas e condimentos nas preparações para
realçar o sabor
Conduta Terapêutica Visando Tratamento do 
dos Sinais e Sintomas 
Náuseas e Vômitos 
 Conscientizar o paciente da necessidade de comer, apesar 
das náuseas e dos vômitos
 Aumentar o fracionamento da dieta e reduzir o volume por 
refeição, oferecendo de 6 a 8 refeições ao dia
 Dar preferência a alimentos mais secos, cítricos, salgados e 
frios ou gelados
 Adequar a consistência à tolerância do paciente
 Em caso de aporte nutricional insuficiente, associar com TNO 
hipercalórico e hiperproteico, palatável ao paciente, fracionado 
em pequenos volumes, gelado ou congelado
Conduta Terapêutica Visando Tratamento do 
dos Sinais e Sintomas 
Náuseas e Vômitos 
 Orientar o paciente a: Manter a higiene oral
 Evitar jejuns prolongados
 Mastigar ou chupar gelo 40 min antes das refeições
 Evitar frituras e alimentos gordurosos
 Evitar alimentos e preparações que exalem odor forte e 
procurar realizar as refeições em locais arejados
 Evitar preparações e alimentos muito doces
 Evitar beber líquidos durante as refeições, utilizando-os em 
pequenas quantidades nos intervalos, preferencialmente 
gelados (ex.: picolé)
 Manter cabeceira elevada (no mínimo 45°) durante e após as 
refeições
 Utilizar gengibre em infusão, como tempero ou adicionado a 
sucos (antinauseante)
Conduta Terapêutica Visando Tratamento do 
dos Sinais e Sintomas 
Constipação Intestinal 
 Aumentar a ingestão hídrica;
Orientar o consumo de alimentos ricos em fibra, como pão,
biscoito e cereais integrais; frutas frescas do tipo mamão, laranja
com bagaço, ameixa, tangerina, caqui, uva com casca,
verduras, abóbora, quiabo, lentilha, feijão, farela de trigo e
aveia;
 Restringir alimentos com ação constipante. 
Conduta Terapêutica Visando Tratamento do 
dos Sinais e Sintomas 
Xerostomia
 Evitar alimentos secos;
 Preferir preparações com caldo e molho;
 Se não houver contraindicação, utilizar chicletes, gelo e picolé 
que aumentam a produção de saliva.
Considerações Finais
Doença crônica de etiologia complexa;
 Caracterizada pela presença de alterações metabólicas e 
distúrbios nutricionais como desnutrição e caquexia;
 Dessa forma, necessita de atenção especial do profissional 
nutricionista.

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