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Aula 24 de dieto

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21/11/2017
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Terapia Nutricional na 
Síndrome da 
Imunodeficiência 
Adquirida (AIDS/SIDA)
Profa. Me. Mariana Carrapeiro
Adaptado de: Profa. Me. Chris Barroso
INTRODUÇÃO
• 1981 – EUA (primeiros relatos de pacientes com quadro 
compatível com a AIDS/SIDA)
• Agente etiológico: vírus HIV 
(HIV – human immunodeficiency virus)
• HIV: retrovírus, com RNA e replica-se pela ação
da enzima transcriptase reversa
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DEFINIÇÃO
• HIV – retrovírus com genoma RNA da família Retroviridae
(retrovírus) e subfamília Lentivirinae
• Pela transcrição do seu RNA viral para uma cópia de DNA, 
interage com o genoma do hospedeiro
• Infecta células do sistema imunológico humano (células T 
helper CD4) – componentes chaves do nosso sistema 
imunológico
• O sistema imunológico fica debilitado e o portador fica 
mais suscetível a infecções 
1. Ataque: Proteínas do HIV se acoplam a 
receptores CD4 presentes em glóbulos 
brancos (células de defesa) do sangue. 
2. Cópia dos genes: o HIV faz uma cópia de 
seu próprio material genético. 
3. Replicação: O vírus aloja a cópia de seus 
genes no DNA da célula hospedeira. Quando 
essa célula começa a se reproduzir, partes do 
vírus também são reproduzidas. 
4.Novo vírus: As partes do vírus se unem 
perto da parede celular, originando um novo 
vírus HIV.
FISIOPATOLOGIA
Depleção dos linfócitos T CD4+
no sangue periférico = 
imunodeficiência
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FISIOPATOLOGIA
Estágios Características Contagem de 
células CD4+
Estágio 
inicial
Assintomática. Ocorre em 2 a 4 semanas após a infecção 
pelo vírus, acometendo 50 a 90% dos pacientes
---
Estágio I Com o decorrer do tempo, evolui para infecção sintomática 
(dermatites, linfadenopatia) na maioria dos indivíduos, 
quando o sistema imunológico começa a ficar debilitado
> 500 
células/ mm³
Estágio II Surgem doenças como a candidíase oral e vaginal, 
neuropatia periférica, Herpes zoster, ocorre declínio da 
função imunológica, quando o paciente fica suscetível às 
infecções oportunistas (sarcoma de Kaposi, pneumonia por
Pneumocystis carinii, etc.)
200 a 500 
células/mm³
Estágio III Doenças neurológicas, infecções oportunistas e tumores, 
etc.
< 200 
células/mm³
 Vale salientar que uma pessoa infectada pelo HIV pode levar 10 a 15 anos para 
desenvolver a AIDS
FISIOPATOLOGIA
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• Pode ocorrer ou não
• Sintomas Notáveis
• Alguns meses e até 10 anos
• Diminuição de massa corporal magra sem aparente
redução de peso
• Deficiência de Vit. B12
• Infecção por patógenos de origem alimentar e água
HIV assintomático
• Ocorrência de sintomas:
-Endocardite bacteriana
- Meningite
-Pnemonia
- Sepse
- Candidíase vulvovaginal e orofaríngea
- Displasia cervical ou carcinoma
- Sintomas constitucionais
- Herpes Zoster
- Púrpura trombocitopênica idiopática
- Listeriose
- Infecção por Mycobacterim tubercuylosis pulmonar
- Neuropatia periférica
SINTOMAS 
QUE NÃO 
DEFINEM AIDS
Declínio de 
nutrientes e na 
composição 
corporal
HIV SINTOMÁTICO
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• Aparecimento de infecções oportunistas e 
neoplasias.
• Ligada à imunossupressão induzida por HIV.
• Pelo menos 1 condição clínica definida
como risco de morte.
AIDS OU HIV AVANÇADO
• Condições clínicas que definem AIDS:
- Contagem de linfócitos CD4 < 200 mm3
- % de linfócitos < 14%
• Pneumonia por Pneumoyistis jirovecii (antigamente P.
carinii)
• Toxoplasmose do Sistema Nervoso Central
• Tuberculose pulmonar atípica ou disseminada
• Meningite criptocócica
• Retinite por citomegalovírus
AIDS OU HIV AVANÇADO
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• As condições clínicas que caracterizam a
doença são:
MIOCARDIOPATIA, NEFROPATIAS E NEUROPATIAS
As neoplasias mais comuns são:
- Sarcoma de Kaposi (endotélio linfático)
- Linfoma Não-Hodgkin (neoplasia nos linfonodos)
- Câncer de colo uterino em mulheres jovens
AIDS OU HIV AVANÇADO
NÃO PROGRESSÃO A LONGO PRAZO
• Poucos indivíduos: (12 anos ou mais)
• Razões: ? ? ?
- Cepas menos virulentas
- Mutações genético-protetoras
- Características protetoras do sistema imunológico
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• Diarreia 
• Febre
• Má-absorção
• Perda de peso
INFECÇÕES OPORTUNISTAS
• Sangue 
• Sêmen
• Fluido pré-seminal
• Fluido vaginal
• Leite materno
• Outros fluidos corporais com sangue: 
Fluido cerebroespinhal: (cérebro e medula espinhal)
Líquido sinovial: circunda as articulações ósseas
Líquido amniótico: feto
TRANSMISSÃO
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HIV 1
•
•
HIV 2
DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL
Distribuição: universal
Distribuição: África Ocidental
PREVALÊNCIA MUNDIAL
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EPIDEMIOLOGIA - MUNDO
Brasil: 830.000
Brasil: 48.000
Brasil: 14.000
EPIDEMIOLOGIA - MUNDO
Brasil: 830.000
Brasil: 48.000
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• Distribuição de novas infecções por população
EPIDEMIOLOGIA - MUNDO
EPIDEMIOLOGIA - BRASIL
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• Crescimento entre os jovens do sexo masculino de 2006 a 
2015:
• 15 a 19 anos: 2,4 para 6,9 casos por 100 mil habitantes  quase 3x!! 
• 20 a 24 anos: 15,9 para 33,1 casos por 100 mil habitantes  mais do 
que 2x!
• Sexo Feminino: estabilização ou redução do número de casos, 
exceto:
• 55 a 59 anos: 15,7 para 16,1 casos por 100 mil habitantes.
• 60 anos ou mais: 5,6 para 7 casos por 100 mil habitantes.
• Em 2006, para cada 1 caso em mulher, havia 1,2 casos em 
homem. Em 2015 essa razão é de 1 caso em mulher para cada 
3 casos em homens.
EPIDEMIOLOGIA - BRASIL
EPIDEMIOLOGIA - BRASIL
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MECANISMOS DE TRANSMISSÃO
 50% - relação homo, bi ou heterossexual
 30% - transmissão sanguínea (uso de 
drogas parenterais e raros casos de 
acidente por material pérfuro-cortante)
 3 a 5% - transmissão perinatal
 casos de AIDS em usuários de drogas 
intravenosas é crescente: 80% dos casos
Terapia antirretroviral de alta potência 
(highly active antiretroviral therapy — HAART)
1. Inibidores de transcriptase reversa análoga de nucleosídeo: 
Exemplo: AZT, Biovir (AZT+3TC), Zidovudina (AZT), Estavudina (d4T), 
Lamivudina (3TC), Didanosina (ddI), Abacavir (ABC), Tenofovir (TDF)
2. Inibidores de transcriptase reversa não-análogo de nucleosídeo
Exemplo: Efavirenz e Nevirapina
Diarréia, náusea, vômito, fadiga, cefaléia, 
supressão da hemopoiese (anemia, neutropenia) 
Anorexia, Náusea, Vômito, Erupção cutânea, 
tontura, alucinações, euforia
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Terapia antirretroviral de alta potência 
(highly active antiretroviral therapy — HAART)
3. Inibidores de protease:
Exemplos: Amprenavir (APV), Indinavir (IDV), Nelfinavir (NFV), 
Kaletra (LPV/r), Ritonavir (RTV), Atazanavir (ATV), Saquinavir
(SQV). 
Anorexia, diarréia, náusea, vômito, fadiga, 
constipação
Terapia antirretroviral de alta potência 
(highly active antiretroviral therapy — HAART)
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Terapia antirretroviral
de alta potência 
(HAART) -
Efeitos adversos
• Brasil: primeiro país em desenvolvimento a 
administrar a HAART em seu sistema 
público de saúde
Tratamento medicamentoso
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Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008.
Ampla utilização da HAART
Melhora nos indicadores de
morbidade, mortalidade e
qualidade de vida dos
brasileiros que realizam
tratamento para HIV/AIDS
Impacto +++ programa 
brasileiro DST/AIDS
Terapia antirretroviral
Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008.
Por outro lado contribui para: 
 O desenvolvimento crônico-
degenerativo assumido pela doença na
atualidade
 Parte das pessoas que estão em uso de
TARV há mais tempo convivem com efeito
da TOXICIDADE dos medicamentos.Terapia antirretroviral
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Causas de morte
relacionadas
à AIDS e
Infecções oportunistas
Causas não-associadas 
diretamente ao HIV:
Eventos cardiovasculares e
diabetes mellitus
DIMINUINDO AUMENTANDO
Novo perfil da doença em populações 
que têm acesso ao tratamento
Cerca de 70% dos pacientes em TARV
Dislipidemia em níveis altos
• A dislipidemia encontrada nesses pacientes é maior 
que na população geral:
• Caracterizada por níveis:
- Triglicérides
- Colesterol total
- LDL plasmáticos
- HDL 
Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008.
DISLIPIDEMIA
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Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008.
• Pacientes que têm HIV devem sempre ser
avaliados para identificar a presença de risco
cardiovascular
• Incluir valores desejáveis mais baixos de lipídios
séricos
• Controle rigoroso e frequente da pressão arterial
e diabetes
RISCO CARDIOVASCULAR
Em pacientes portadores de HIV tem sido 
observada maior incidência de:
• Diabetes
• Intolerância à glicose 
• Resistência à insulina
- após a instituição do tratamento antirretroviral 
potente
Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008.
DIAGNÓSTICO IGUAL AO DA POPULAÇÃO EM GERAL!
DIABETES MELLITUS
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• A mudança no perfil metabólico nestes pacientes
determina o desenvolvimento de resistência à
insulina e, em alguns casos, de diabetes mellitus
Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008.
- Obesidade abdominal
- Redução da tolerância oral à glicose
-Elevação da trigliceridemia
- Diminuição dos níveis de HDL-c
- Aumento da pressão arterial
SÍNDROME METABÓLICA
ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS
Relacionadas a baixa ingestão alimentar, má absorção de nutrientes, 
alterações metabólicas, infecções oportunistas, fatores psicossociais e 
neurológicos e interação drogas-nutrientes.
•Desnutrição – importante fator prognóstico nos 
pacientes nos estágios mais avançados
• 95 a 100% dos pacientes perdem peso
• > 50% dos pacientes com AIDS tem valores de IMC 
abaixo dos valores normais
• Redistribuição anormal da gordura corporal
• Associada à DM e à resistência à insulina
• Efeito adverso da HAART (terapia antirretroviral
altamente ativa)
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Síndrome Consumptiva
 Critérios atuais para diagnóstico da síndrome consumptiva
(POLKY et al, 2001)
Perda de peso não 
intencional de 10% 
em 12 meses
5% de perda de 
massa celular 
corporal (MCC) em 6 
meses
♂
MCC < 35% do peso 
corporal total + 
IMC < 27kg/m²
Perda de peso não 
intencional de 7,5% 
em período superior 
a 6 meses
IMC < 20 kg/m²
♀
MCC < 23% do peso 
corporal total + 
IMC < 27 kg/m²
O paciente deve cursar com pelo menos um dos critérios acima
Síndrome Consumptiva
• Presente em 20% dos pacientes no momento do diagnóstico da AIDS
• Representam 70% dos pacientes que evoluem para óbito durante a 
internação hospitalar
• Diagnosticada inicialmente: 
perda ponderal > 10% do peso habitual 
diarreia crônica (> 2 evacuações/dia por mais de 30 dias) - 50% casos
febre (> 30 dias)
astenia (fraqueza crônica) sem outra causa
• Condições clínicas:
Anorexia
Disfagia
Náuseas
Vômitos
Lesões orais e esofágicas
Doenças neurológicas
↓ingestão 
de 
alimentos
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Síndrome Consumptiva
↓ Síndrome 
Consumptiva
Suplementação 
nutricional
Redução de 
citocinas
inflamatórias
Terapia 
hormonal
Treinamento 
resistido
Controlar a perda de 
tecido magro 
associado ao HIV
Síndrome Lipodistrófica do HIV
• 50 a 80% dos indivíduos com AIDS desenvolvem lipodistrofia
relacionada ao uso de antirretrovirais (efeito adverso do HAART)
• Diagnóstico: exame físico
Giba de búfalo
Buffalo Hump
Lipoatrofia
Lipohipertrofia
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• Lipohipertrofia
• Acúmulo de gordura:
- Visceral
- Cutânea
- Mamas
- Região cervical
Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008.
• Lipomas
• Lipoatrofia: Perda de gordura: pernas, braços, glútea
e face
• Evidenciação de veias dos 
MMSS e MMII
Síndrome Lipodistrófica do HIV
Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008.
Lipoatrofia facial:
Perda progressiva de gordura da região
Gordura de Bichat temporal e pré - auricular
Surgem áreas de depressão:
Acentuação do arcabouço óssea e 
aspecto de envelhecimento
Essa condição trouxe de volta o estigma da AIDS, quebra 
do sigilo (pois permite identificação dos pacientes) e 
dificuldade de socialização
Síndrome Lipodistrófica do HIV
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• Aumento das circunferências da cintura e do quadril
• Acúmulo de gordura abdominal
• Mudanças na face com perda de gordura lateral
• Aumento da gordura dorso cervical
• Aumento de peso
• Nas mulheres: aumento das mamas e diminuição nas 
coxas
• Aumento do colesterol total, LDL, TGR e diabetes tipo 2
Lipodistrofia e Acúmulo de gordura 
em adultos infectados por HIV
• Perda da auto-estima
Repercussões sociais negativas
Impacto desfavorável na adesão do tratamento
• As alterações anatômicas
Tendem a afetar o funcionamento músculo-esquelético
Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008.
Lipodistrofia e Acúmulo de gordura 
em adultos infectados por HIV
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IPs podem inibir formação óssea:
- estimulando a atividade osteoclástica
- inibindo a atividade osteoblástica
Quando necessário, tratar ambas condições,
recomenda-se, sempre que possível, iniciar o
tratamento antirretroviral, buscando melhorar o
estado imunológico antes do início do
tratamento quimioterápico
Osteoporose
Neoplasias em HIV e AIDS
SARCOMA DE KAPOSI
Condição definidora de AIDS,
independente da contagem de linfócitos T
CD4+
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Alterações do Estado Nutricional em Pacientes com 
HIV/Aids no Passado e no Presente
• Perda de peso
• Depleção de massa corpórea
• Hiperlipidemia
• Ausência de resistência à 
insulina
• Sinais de pior prognóstico
• Ganho e perda de peso
• Alteração da distribuiçãode 
gordura corpórea
• Hiperlipidemia
• Resistência à insulina
• Sinais de melhor prognóstico
PASSADO PRESENTE
CUPPARI, 2002
Quais são os 
medicamentos?
Ministério da Saúde
www.aids.gov.br/pagina/quais-sao-os-antirretrovirais
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OBJETIVOS DA DIETOTERAPIA
• Detectar, prevenir e reduzir a ocorrência de problemas nutricionais
• Preservar massa corporal magra
• Prevenir perda ponderal e recuperar o estado nutricional
• Fornecer aporte adequado de nutrientes, a fim de evitar 
deficiências ou excessos
• Contribuir para a eficácia da terapia medicamentosa
• Auxiliar no alívio dos sintomas e nas complicações/infecções 
oportunistas
• Colocar para o manejo dos transtornos relacionados à medicação
• Promover educação nutricional em todas as fases da doença
• Contribuir para uma melhor qualidade de vida
TERAPIA NUTRICIONAL
Paciente 
Avaliação 
do estado 
nutricional
Macro e 
micronu-
trientes
Terapia 
medica-
mentosa
Aconselha-
mento 
nutricional
Necessi-
dades de 
energia
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TERAPIA NUTRICIONAL
Avaliação 
do estado 
nutricional
História Clínica
Exame físico
Avaliação antropométrica
Bioimpedância elétrica
Avaliação bioquímica
Avaliação do consumo alimentar
Macro e 
micronu-
trientes
Necessi-
dades de 
energia
Recomendações de energia 
(maior gasto calórico – varia de acordo com o 
estágio da doença, presença de infecções 
oportunistas)
Recomendações de macronutrientes
Recomendações de micronutrientesTERAPIA NUTRICIONAL
Necessi-
dades de 
energia
Cálculo das necessidades energéticas
Necessidade energética = TMB (ou REE) x 
Fator Atividade (FA) x Fator Lesão (FL) x Fator Térmico (FT)
TMB: Harris & Benedict (1919)
Homens: 66,5 + (13,75 x P) + (5 x E) – (6,77 x I) 
Mulheres: 655,1 + (9,65 x P) + (1,85 x E) – (4,68 x I)
Fator atividade (FA): 
Acamado = 1,2 
Acamado + movél = 1,2 
Ambulante = 1,3
Fator Térmico (FT):
38 ºC = 1,1 
39 ºC = 1,2 
40 ºC = 1,3
Fator lesão ou injúria (FL/FI):
AIDS = 1,4
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TERAPIA NUTRICIONAL
Necessi-
dades de 
energia
Estágio Energia
Estágio – assintomático, peso 
estável
30 a 35 kcal/kg de peso 
atual/dia
Estágio – sintomático com 
complicações do HIV, 
necessidade de ganho de peso
40 kcal/kg de peso atual/dia
Estágio – infecções oportunistas 
e/ou AIDS (CD4 < 200 céls/mm³)
40 a 50 kcal/kg de peso/dia
Estágio – com desnutrição grave Iniciar com 20 kcal/kg de 
peso atual/dia, aumentando 
gradativamente para evitar a 
síndrome da realimentação
Obesidade 20 a 25 kcal/kg de peso 
atual/dia
Kcal/ kg de peso atual
TERAPIA NUTRICIONAL
Macro e 
micronu-
trientes
Estágio Necessidades de PTN
Estágio – assintomático, peso 
estável
1,1 a 1,5 g/kg de peso atual
(1,2g/kg de peso atual)
DITEN
Estágio – sintomático com 
complicações do HIV, 
necessidade de ganho de peso
1,5 a 2,0 g/kg de peso atual
(1,5g/kg de peso atual)
DITEN
Estágio – infecções oportunistas 
e/ou AIDS (CD4 < 200 céls/mm³)
2 a 2,5 g/kg de peso atual
Estágio – com desnutrição grave Aumentar a oferta 
gradativamente, conforme a 
evolução das calorias
Obesidade Utilizar o peso ajustado para 
o cálculo das necessidades 
proteicas
PTN
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TERAPIA NUTRICIONAL
Macro e 
micronu-
trientes
C
H
O45 a 65% 
do VET Fi
b
ra
s25 a 
30g/dia
LI
P20 a 35% 
do VET
Lí
q
u
id
o
s
30 a 35 
mL/kg de 
peso
Paciente com má absorção
• Dieta com TCM
Paciente com diarreia
• Dieta isenta de lactose
Vitamina A: 2 a 4 vezes a RDA
Vitamina E: 15 – 800 UI
Vitamina C: 1.000 mg
Tiamina: 5 vezes a RDA
Riboflavina: 5 vezes a RDA
Vitamina B6: 2 vezes a RDA
Zinco: 1,3 vezes a RDA
 seguir as DRIs
Deficiência de vit A e B12 –
↓ contagem linfócitos CD4+
DITEN, 2011
RECOMENDAÇÕES DIETOTERÁPICAS
Ainda falta evidência clínica conclusiva quanto aos benefícios da 
utilização de fórmulas especializadas para o paciente com 
HIV/AIDS, entretanto estudos demonstram que a suplementação 
oral contendo ácidos graxos ômega-3 por três meses é tolerada e 
resulta em ganho de peso corporal e aumento da contagem de 
células CD4 de pacientes infectados pelo HIV.
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DITEN, 2011
RECOMENDAÇÕES DIETOTERÁPICAS
Dieta livre de glúten e de lactose parece melhorar a diarreia infecciosa
em pacientes infectados pelo vírus HIV;
Dietas com baixo teor de gordura ou exercício físico podem resultar na
perda de tecido adiposo e, portanto, devem ser indicados como
prevenção nos pacientes com lipodistrofia;
A TN associada à atividade física promove significante alteração na
composição corporal e pode ser usada de forma complementar nos
pacientes com HIV sob terapia com HAART;
Na presença de desnutrição
Na presença de diarreia
Suplementos Nutricionais
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PEDIATRIA:
LACTENTES:
Suplementos Nutricionais
Lidando com os alimentos
• Como comprar
• Como preparar
Não comprar alimentos com
aparência duvidosa (latas
amassadas, estufadas,
embalagens furadas ou
abertas)
Comprar a carne bovina de cor
vermelha clara e não comprar a
carne suína se notar pequenas
bolinhas brancas
Como armazenar
• Hortaliças, frutas, carnes, 
ovos, leite e derivados, não-
perecíveis.
Empachamento, falta de 
apetite, alterações na boca e ao 
engolir
Náuseas e Vômitos
Diarreia
Constipação
Febre
Perda de peso
Síndrome da Lipodistrofia
SEGURANÇA 
ALIMENTAR
SINTOMAS
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TERAPIA NUTRICIONAL
Terapia 
medica-
mentosa
Algumas situações: 
Necessário optar por uso de estimulantes do 
apetite, anabolizantes ou inibidores de citocinas
concomitante à terapia nutricional
TERAPIA NUTRICIONAL
Educação nutricional
- Importância e princípios da alimentação 
saudável
- Segurança higiênico sanitária da água e dos 
alimentos
- Manejo nos sintomas clínicos e efeitos 
adversos de medicações
- Manejo nutricional de comorbidades 
dislipidemias, diabete, osteoporose, etc.
- Interação droga-nutriente
- Importância de hábitos de vida saudáveis
Aconselha-
mento 
nutricional
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CAMPANHAS 
CAMPANHAS 
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33
CAMPANHAS 
CAMPANHAS 
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CAMPANHAS 
CAMPANHAS 
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35
CAMPANHAS 
OBRIGADA!
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CASO CLÍNICO
MMF, 28 anos, sexo masculino, HIV positivo desde 2006, contudo, o paciente não
faz terapia antirretroviral. Apresenta 1,78 m de estatura e peso habitual de 88 kg.
Nos últimos doze meses, apresentou perda de peso involuntária de 38 kg.
No dia 20/10/2013, foi internado com febre (38ºC), pneumonia e tuberculose.
Além disso, apresenta candidíase oral e anorexia.
Nega DM2 e HAS.
Apresenta 28 dentes em bom estado e não utiliza qualquer tipo de prótese
dentária.
Paciente iniciou a terapia antirretroviral na admissão hospitalar com os seguintes
medicamentos: Lamivudina e Aciclovir.
Paciente tem leve limitação das atividades básicas (higiene pessoal, alimentação
própria), necessitando de auxílio da acompanhante (mãe).
Nega qualquer alergia/restrição alimentar anterior à internação.
Dorme bem, cerca de 9 horas por dia (22h às 7h).
Apresenta momentos de depressão e apatia, comprometendo a alimentação,
sendo necessário acompanhamento por psicólogo e terapeuta ocupacional.
Exames bioquímicos:
Glicemia – 252 mg/dl (70 – 99 mg/dl)
Hemoglobina – 8,49 g/dl (13,5 – 17,5 g/dl)
Hematócrito – 30,7% (41 – 53%)
Plaquetas – 100.000/mm³ (150.000 – 450.000/mm³)
Leucócitos – 5.390/mm³ (4.000 – 10.000/mm³)
Uréia – 68 mg/dl (15 – 40 mg/dl)
Creatinina – 0,8 mg/dl (0,4 – 1,3 mg/dl)
PCR – 105 mg/dl (0 – 5 mg/dl) 
Contagem de CD4 – 250 células CD4/mm³ (> 500/mm³).
CASO CLÍNICO
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Recordatório Alimentar 24 horas:
Refeição Preparação Alimento Medida Caseira
Café da manhã (8h) Café com leite 
adoçado
Café solúvel ½ xícara chá
Leite líquido integral ½ xícara chá
Açúcar refinado 2 col chá ch
Almoço (12h) Baião com ovo Arroz branco cozido 3 col s ch
Feijão fradinho 2 col s ch
Ovo frito 1 und
Jantar (19h) Vitamina de fruta 
com sanduíche de 
queijo
Leite líquido integral ½ copo M
Banana prata 1 und P
Açúcar refinado 1 col s ch
Pão carioquinha ½ und
Queijo mussarela ½ fatia M
Maionese 1 sachê
CASO CLÍNICO

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