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21/11/2017 1 Terapia Nutricional na Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS/SIDA) Profa. Me. Mariana Carrapeiro Adaptado de: Profa. Me. Chris Barroso INTRODUÇÃO • 1981 – EUA (primeiros relatos de pacientes com quadro compatível com a AIDS/SIDA) • Agente etiológico: vírus HIV (HIV – human immunodeficiency virus) • HIV: retrovírus, com RNA e replica-se pela ação da enzima transcriptase reversa 21/11/2017 2 DEFINIÇÃO • HIV – retrovírus com genoma RNA da família Retroviridae (retrovírus) e subfamília Lentivirinae • Pela transcrição do seu RNA viral para uma cópia de DNA, interage com o genoma do hospedeiro • Infecta células do sistema imunológico humano (células T helper CD4) – componentes chaves do nosso sistema imunológico • O sistema imunológico fica debilitado e o portador fica mais suscetível a infecções 1. Ataque: Proteínas do HIV se acoplam a receptores CD4 presentes em glóbulos brancos (células de defesa) do sangue. 2. Cópia dos genes: o HIV faz uma cópia de seu próprio material genético. 3. Replicação: O vírus aloja a cópia de seus genes no DNA da célula hospedeira. Quando essa célula começa a se reproduzir, partes do vírus também são reproduzidas. 4.Novo vírus: As partes do vírus se unem perto da parede celular, originando um novo vírus HIV. FISIOPATOLOGIA Depleção dos linfócitos T CD4+ no sangue periférico = imunodeficiência 21/11/2017 3 FISIOPATOLOGIA Estágios Características Contagem de células CD4+ Estágio inicial Assintomática. Ocorre em 2 a 4 semanas após a infecção pelo vírus, acometendo 50 a 90% dos pacientes --- Estágio I Com o decorrer do tempo, evolui para infecção sintomática (dermatites, linfadenopatia) na maioria dos indivíduos, quando o sistema imunológico começa a ficar debilitado > 500 células/ mm³ Estágio II Surgem doenças como a candidíase oral e vaginal, neuropatia periférica, Herpes zoster, ocorre declínio da função imunológica, quando o paciente fica suscetível às infecções oportunistas (sarcoma de Kaposi, pneumonia por Pneumocystis carinii, etc.) 200 a 500 células/mm³ Estágio III Doenças neurológicas, infecções oportunistas e tumores, etc. < 200 células/mm³ Vale salientar que uma pessoa infectada pelo HIV pode levar 10 a 15 anos para desenvolver a AIDS FISIOPATOLOGIA 21/11/2017 4 • Pode ocorrer ou não • Sintomas Notáveis • Alguns meses e até 10 anos • Diminuição de massa corporal magra sem aparente redução de peso • Deficiência de Vit. B12 • Infecção por patógenos de origem alimentar e água HIV assintomático • Ocorrência de sintomas: -Endocardite bacteriana - Meningite -Pnemonia - Sepse - Candidíase vulvovaginal e orofaríngea - Displasia cervical ou carcinoma - Sintomas constitucionais - Herpes Zoster - Púrpura trombocitopênica idiopática - Listeriose - Infecção por Mycobacterim tubercuylosis pulmonar - Neuropatia periférica SINTOMAS QUE NÃO DEFINEM AIDS Declínio de nutrientes e na composição corporal HIV SINTOMÁTICO 21/11/2017 5 • Aparecimento de infecções oportunistas e neoplasias. • Ligada à imunossupressão induzida por HIV. • Pelo menos 1 condição clínica definida como risco de morte. AIDS OU HIV AVANÇADO • Condições clínicas que definem AIDS: - Contagem de linfócitos CD4 < 200 mm3 - % de linfócitos < 14% • Pneumonia por Pneumoyistis jirovecii (antigamente P. carinii) • Toxoplasmose do Sistema Nervoso Central • Tuberculose pulmonar atípica ou disseminada • Meningite criptocócica • Retinite por citomegalovírus AIDS OU HIV AVANÇADO 21/11/2017 6 • As condições clínicas que caracterizam a doença são: MIOCARDIOPATIA, NEFROPATIAS E NEUROPATIAS As neoplasias mais comuns são: - Sarcoma de Kaposi (endotélio linfático) - Linfoma Não-Hodgkin (neoplasia nos linfonodos) - Câncer de colo uterino em mulheres jovens AIDS OU HIV AVANÇADO NÃO PROGRESSÃO A LONGO PRAZO • Poucos indivíduos: (12 anos ou mais) • Razões: ? ? ? - Cepas menos virulentas - Mutações genético-protetoras - Características protetoras do sistema imunológico 21/11/2017 7 • Diarreia • Febre • Má-absorção • Perda de peso INFECÇÕES OPORTUNISTAS • Sangue • Sêmen • Fluido pré-seminal • Fluido vaginal • Leite materno • Outros fluidos corporais com sangue: Fluido cerebroespinhal: (cérebro e medula espinhal) Líquido sinovial: circunda as articulações ósseas Líquido amniótico: feto TRANSMISSÃO 21/11/2017 8 HIV 1 • • HIV 2 DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL Distribuição: universal Distribuição: África Ocidental PREVALÊNCIA MUNDIAL 21/11/2017 9 EPIDEMIOLOGIA - MUNDO Brasil: 830.000 Brasil: 48.000 Brasil: 14.000 EPIDEMIOLOGIA - MUNDO Brasil: 830.000 Brasil: 48.000 21/11/2017 10 • Distribuição de novas infecções por população EPIDEMIOLOGIA - MUNDO EPIDEMIOLOGIA - BRASIL 21/11/2017 11 • Crescimento entre os jovens do sexo masculino de 2006 a 2015: • 15 a 19 anos: 2,4 para 6,9 casos por 100 mil habitantes quase 3x!! • 20 a 24 anos: 15,9 para 33,1 casos por 100 mil habitantes mais do que 2x! • Sexo Feminino: estabilização ou redução do número de casos, exceto: • 55 a 59 anos: 15,7 para 16,1 casos por 100 mil habitantes. • 60 anos ou mais: 5,6 para 7 casos por 100 mil habitantes. • Em 2006, para cada 1 caso em mulher, havia 1,2 casos em homem. Em 2015 essa razão é de 1 caso em mulher para cada 3 casos em homens. EPIDEMIOLOGIA - BRASIL EPIDEMIOLOGIA - BRASIL 21/11/2017 12 MECANISMOS DE TRANSMISSÃO 50% - relação homo, bi ou heterossexual 30% - transmissão sanguínea (uso de drogas parenterais e raros casos de acidente por material pérfuro-cortante) 3 a 5% - transmissão perinatal casos de AIDS em usuários de drogas intravenosas é crescente: 80% dos casos Terapia antirretroviral de alta potência (highly active antiretroviral therapy — HAART) 1. Inibidores de transcriptase reversa análoga de nucleosídeo: Exemplo: AZT, Biovir (AZT+3TC), Zidovudina (AZT), Estavudina (d4T), Lamivudina (3TC), Didanosina (ddI), Abacavir (ABC), Tenofovir (TDF) 2. Inibidores de transcriptase reversa não-análogo de nucleosídeo Exemplo: Efavirenz e Nevirapina Diarréia, náusea, vômito, fadiga, cefaléia, supressão da hemopoiese (anemia, neutropenia) Anorexia, Náusea, Vômito, Erupção cutânea, tontura, alucinações, euforia 21/11/2017 13 Terapia antirretroviral de alta potência (highly active antiretroviral therapy — HAART) 3. Inibidores de protease: Exemplos: Amprenavir (APV), Indinavir (IDV), Nelfinavir (NFV), Kaletra (LPV/r), Ritonavir (RTV), Atazanavir (ATV), Saquinavir (SQV). Anorexia, diarréia, náusea, vômito, fadiga, constipação Terapia antirretroviral de alta potência (highly active antiretroviral therapy — HAART) 21/11/2017 14 Terapia antirretroviral de alta potência (HAART) - Efeitos adversos • Brasil: primeiro país em desenvolvimento a administrar a HAART em seu sistema público de saúde Tratamento medicamentoso 21/11/2017 15 Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008. Ampla utilização da HAART Melhora nos indicadores de morbidade, mortalidade e qualidade de vida dos brasileiros que realizam tratamento para HIV/AIDS Impacto +++ programa brasileiro DST/AIDS Terapia antirretroviral Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008. Por outro lado contribui para: O desenvolvimento crônico- degenerativo assumido pela doença na atualidade Parte das pessoas que estão em uso de TARV há mais tempo convivem com efeito da TOXICIDADE dos medicamentos.Terapia antirretroviral 21/11/2017 16 Causas de morte relacionadas à AIDS e Infecções oportunistas Causas não-associadas diretamente ao HIV: Eventos cardiovasculares e diabetes mellitus DIMINUINDO AUMENTANDO Novo perfil da doença em populações que têm acesso ao tratamento Cerca de 70% dos pacientes em TARV Dislipidemia em níveis altos • A dislipidemia encontrada nesses pacientes é maior que na população geral: • Caracterizada por níveis: - Triglicérides - Colesterol total - LDL plasmáticos - HDL Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008. DISLIPIDEMIA 21/11/2017 17 Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008. • Pacientes que têm HIV devem sempre ser avaliados para identificar a presença de risco cardiovascular • Incluir valores desejáveis mais baixos de lipídios séricos • Controle rigoroso e frequente da pressão arterial e diabetes RISCO CARDIOVASCULAR Em pacientes portadores de HIV tem sido observada maior incidência de: • Diabetes • Intolerância à glicose • Resistência à insulina - após a instituição do tratamento antirretroviral potente Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008. DIAGNÓSTICO IGUAL AO DA POPULAÇÃO EM GERAL! DIABETES MELLITUS 21/11/2017 18 • A mudança no perfil metabólico nestes pacientes determina o desenvolvimento de resistência à insulina e, em alguns casos, de diabetes mellitus Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008. - Obesidade abdominal - Redução da tolerância oral à glicose -Elevação da trigliceridemia - Diminuição dos níveis de HDL-c - Aumento da pressão arterial SÍNDROME METABÓLICA ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS Relacionadas a baixa ingestão alimentar, má absorção de nutrientes, alterações metabólicas, infecções oportunistas, fatores psicossociais e neurológicos e interação drogas-nutrientes. •Desnutrição – importante fator prognóstico nos pacientes nos estágios mais avançados • 95 a 100% dos pacientes perdem peso • > 50% dos pacientes com AIDS tem valores de IMC abaixo dos valores normais • Redistribuição anormal da gordura corporal • Associada à DM e à resistência à insulina • Efeito adverso da HAART (terapia antirretroviral altamente ativa) 21/11/2017 19 Síndrome Consumptiva Critérios atuais para diagnóstico da síndrome consumptiva (POLKY et al, 2001) Perda de peso não intencional de 10% em 12 meses 5% de perda de massa celular corporal (MCC) em 6 meses ♂ MCC < 35% do peso corporal total + IMC < 27kg/m² Perda de peso não intencional de 7,5% em período superior a 6 meses IMC < 20 kg/m² ♀ MCC < 23% do peso corporal total + IMC < 27 kg/m² O paciente deve cursar com pelo menos um dos critérios acima Síndrome Consumptiva • Presente em 20% dos pacientes no momento do diagnóstico da AIDS • Representam 70% dos pacientes que evoluem para óbito durante a internação hospitalar • Diagnosticada inicialmente: perda ponderal > 10% do peso habitual diarreia crônica (> 2 evacuações/dia por mais de 30 dias) - 50% casos febre (> 30 dias) astenia (fraqueza crônica) sem outra causa • Condições clínicas: Anorexia Disfagia Náuseas Vômitos Lesões orais e esofágicas Doenças neurológicas ↓ingestão de alimentos 21/11/2017 20 Síndrome Consumptiva ↓ Síndrome Consumptiva Suplementação nutricional Redução de citocinas inflamatórias Terapia hormonal Treinamento resistido Controlar a perda de tecido magro associado ao HIV Síndrome Lipodistrófica do HIV • 50 a 80% dos indivíduos com AIDS desenvolvem lipodistrofia relacionada ao uso de antirretrovirais (efeito adverso do HAART) • Diagnóstico: exame físico Giba de búfalo Buffalo Hump Lipoatrofia Lipohipertrofia 21/11/2017 21 • Lipohipertrofia • Acúmulo de gordura: - Visceral - Cutânea - Mamas - Região cervical Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008. • Lipomas • Lipoatrofia: Perda de gordura: pernas, braços, glútea e face • Evidenciação de veias dos MMSS e MMII Síndrome Lipodistrófica do HIV Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008. Lipoatrofia facial: Perda progressiva de gordura da região Gordura de Bichat temporal e pré - auricular Surgem áreas de depressão: Acentuação do arcabouço óssea e aspecto de envelhecimento Essa condição trouxe de volta o estigma da AIDS, quebra do sigilo (pois permite identificação dos pacientes) e dificuldade de socialização Síndrome Lipodistrófica do HIV 21/11/2017 22 • Aumento das circunferências da cintura e do quadril • Acúmulo de gordura abdominal • Mudanças na face com perda de gordura lateral • Aumento da gordura dorso cervical • Aumento de peso • Nas mulheres: aumento das mamas e diminuição nas coxas • Aumento do colesterol total, LDL, TGR e diabetes tipo 2 Lipodistrofia e Acúmulo de gordura em adultos infectados por HIV • Perda da auto-estima Repercussões sociais negativas Impacto desfavorável na adesão do tratamento • As alterações anatômicas Tendem a afetar o funcionamento músculo-esquelético Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008. Lipodistrofia e Acúmulo de gordura em adultos infectados por HIV 21/11/2017 23 IPs podem inibir formação óssea: - estimulando a atividade osteoclástica - inibindo a atividade osteoblástica Quando necessário, tratar ambas condições, recomenda-se, sempre que possível, iniciar o tratamento antirretroviral, buscando melhorar o estado imunológico antes do início do tratamento quimioterápico Osteoporose Neoplasias em HIV e AIDS SARCOMA DE KAPOSI Condição definidora de AIDS, independente da contagem de linfócitos T CD4+ 21/11/2017 24 Alterações do Estado Nutricional em Pacientes com HIV/Aids no Passado e no Presente • Perda de peso • Depleção de massa corpórea • Hiperlipidemia • Ausência de resistência à insulina • Sinais de pior prognóstico • Ganho e perda de peso • Alteração da distribuiçãode gordura corpórea • Hiperlipidemia • Resistência à insulina • Sinais de melhor prognóstico PASSADO PRESENTE CUPPARI, 2002 Quais são os medicamentos? Ministério da Saúde www.aids.gov.br/pagina/quais-sao-os-antirretrovirais 21/11/2017 25 OBJETIVOS DA DIETOTERAPIA • Detectar, prevenir e reduzir a ocorrência de problemas nutricionais • Preservar massa corporal magra • Prevenir perda ponderal e recuperar o estado nutricional • Fornecer aporte adequado de nutrientes, a fim de evitar deficiências ou excessos • Contribuir para a eficácia da terapia medicamentosa • Auxiliar no alívio dos sintomas e nas complicações/infecções oportunistas • Colocar para o manejo dos transtornos relacionados à medicação • Promover educação nutricional em todas as fases da doença • Contribuir para uma melhor qualidade de vida TERAPIA NUTRICIONAL Paciente Avaliação do estado nutricional Macro e micronu- trientes Terapia medica- mentosa Aconselha- mento nutricional Necessi- dades de energia 21/11/2017 26 TERAPIA NUTRICIONAL Avaliação do estado nutricional História Clínica Exame físico Avaliação antropométrica Bioimpedância elétrica Avaliação bioquímica Avaliação do consumo alimentar Macro e micronu- trientes Necessi- dades de energia Recomendações de energia (maior gasto calórico – varia de acordo com o estágio da doença, presença de infecções oportunistas) Recomendações de macronutrientes Recomendações de micronutrientesTERAPIA NUTRICIONAL Necessi- dades de energia Cálculo das necessidades energéticas Necessidade energética = TMB (ou REE) x Fator Atividade (FA) x Fator Lesão (FL) x Fator Térmico (FT) TMB: Harris & Benedict (1919) Homens: 66,5 + (13,75 x P) + (5 x E) – (6,77 x I) Mulheres: 655,1 + (9,65 x P) + (1,85 x E) – (4,68 x I) Fator atividade (FA): Acamado = 1,2 Acamado + movél = 1,2 Ambulante = 1,3 Fator Térmico (FT): 38 ºC = 1,1 39 ºC = 1,2 40 ºC = 1,3 Fator lesão ou injúria (FL/FI): AIDS = 1,4 21/11/2017 27 TERAPIA NUTRICIONAL Necessi- dades de energia Estágio Energia Estágio – assintomático, peso estável 30 a 35 kcal/kg de peso atual/dia Estágio – sintomático com complicações do HIV, necessidade de ganho de peso 40 kcal/kg de peso atual/dia Estágio – infecções oportunistas e/ou AIDS (CD4 < 200 céls/mm³) 40 a 50 kcal/kg de peso/dia Estágio – com desnutrição grave Iniciar com 20 kcal/kg de peso atual/dia, aumentando gradativamente para evitar a síndrome da realimentação Obesidade 20 a 25 kcal/kg de peso atual/dia Kcal/ kg de peso atual TERAPIA NUTRICIONAL Macro e micronu- trientes Estágio Necessidades de PTN Estágio – assintomático, peso estável 1,1 a 1,5 g/kg de peso atual (1,2g/kg de peso atual) DITEN Estágio – sintomático com complicações do HIV, necessidade de ganho de peso 1,5 a 2,0 g/kg de peso atual (1,5g/kg de peso atual) DITEN Estágio – infecções oportunistas e/ou AIDS (CD4 < 200 céls/mm³) 2 a 2,5 g/kg de peso atual Estágio – com desnutrição grave Aumentar a oferta gradativamente, conforme a evolução das calorias Obesidade Utilizar o peso ajustado para o cálculo das necessidades proteicas PTN 21/11/2017 28 TERAPIA NUTRICIONAL Macro e micronu- trientes C H O45 a 65% do VET Fi b ra s25 a 30g/dia LI P20 a 35% do VET Lí q u id o s 30 a 35 mL/kg de peso Paciente com má absorção • Dieta com TCM Paciente com diarreia • Dieta isenta de lactose Vitamina A: 2 a 4 vezes a RDA Vitamina E: 15 – 800 UI Vitamina C: 1.000 mg Tiamina: 5 vezes a RDA Riboflavina: 5 vezes a RDA Vitamina B6: 2 vezes a RDA Zinco: 1,3 vezes a RDA seguir as DRIs Deficiência de vit A e B12 – ↓ contagem linfócitos CD4+ DITEN, 2011 RECOMENDAÇÕES DIETOTERÁPICAS Ainda falta evidência clínica conclusiva quanto aos benefícios da utilização de fórmulas especializadas para o paciente com HIV/AIDS, entretanto estudos demonstram que a suplementação oral contendo ácidos graxos ômega-3 por três meses é tolerada e resulta em ganho de peso corporal e aumento da contagem de células CD4 de pacientes infectados pelo HIV. 21/11/2017 29 DITEN, 2011 RECOMENDAÇÕES DIETOTERÁPICAS Dieta livre de glúten e de lactose parece melhorar a diarreia infecciosa em pacientes infectados pelo vírus HIV; Dietas com baixo teor de gordura ou exercício físico podem resultar na perda de tecido adiposo e, portanto, devem ser indicados como prevenção nos pacientes com lipodistrofia; A TN associada à atividade física promove significante alteração na composição corporal e pode ser usada de forma complementar nos pacientes com HIV sob terapia com HAART; Na presença de desnutrição Na presença de diarreia Suplementos Nutricionais 21/11/2017 30 PEDIATRIA: LACTENTES: Suplementos Nutricionais Lidando com os alimentos • Como comprar • Como preparar Não comprar alimentos com aparência duvidosa (latas amassadas, estufadas, embalagens furadas ou abertas) Comprar a carne bovina de cor vermelha clara e não comprar a carne suína se notar pequenas bolinhas brancas Como armazenar • Hortaliças, frutas, carnes, ovos, leite e derivados, não- perecíveis. Empachamento, falta de apetite, alterações na boca e ao engolir Náuseas e Vômitos Diarreia Constipação Febre Perda de peso Síndrome da Lipodistrofia SEGURANÇA ALIMENTAR SINTOMAS 21/11/2017 31 TERAPIA NUTRICIONAL Terapia medica- mentosa Algumas situações: Necessário optar por uso de estimulantes do apetite, anabolizantes ou inibidores de citocinas concomitante à terapia nutricional TERAPIA NUTRICIONAL Educação nutricional - Importância e princípios da alimentação saudável - Segurança higiênico sanitária da água e dos alimentos - Manejo nos sintomas clínicos e efeitos adversos de medicações - Manejo nutricional de comorbidades dislipidemias, diabete, osteoporose, etc. - Interação droga-nutriente - Importância de hábitos de vida saudáveis Aconselha- mento nutricional 21/11/2017 32 CAMPANHAS CAMPANHAS 21/11/2017 33 CAMPANHAS CAMPANHAS 21/11/2017 34 CAMPANHAS CAMPANHAS 21/11/2017 35 CAMPANHAS OBRIGADA! 21/11/2017 36 CASO CLÍNICO MMF, 28 anos, sexo masculino, HIV positivo desde 2006, contudo, o paciente não faz terapia antirretroviral. Apresenta 1,78 m de estatura e peso habitual de 88 kg. Nos últimos doze meses, apresentou perda de peso involuntária de 38 kg. No dia 20/10/2013, foi internado com febre (38ºC), pneumonia e tuberculose. Além disso, apresenta candidíase oral e anorexia. Nega DM2 e HAS. Apresenta 28 dentes em bom estado e não utiliza qualquer tipo de prótese dentária. Paciente iniciou a terapia antirretroviral na admissão hospitalar com os seguintes medicamentos: Lamivudina e Aciclovir. Paciente tem leve limitação das atividades básicas (higiene pessoal, alimentação própria), necessitando de auxílio da acompanhante (mãe). Nega qualquer alergia/restrição alimentar anterior à internação. Dorme bem, cerca de 9 horas por dia (22h às 7h). Apresenta momentos de depressão e apatia, comprometendo a alimentação, sendo necessário acompanhamento por psicólogo e terapeuta ocupacional. Exames bioquímicos: Glicemia – 252 mg/dl (70 – 99 mg/dl) Hemoglobina – 8,49 g/dl (13,5 – 17,5 g/dl) Hematócrito – 30,7% (41 – 53%) Plaquetas – 100.000/mm³ (150.000 – 450.000/mm³) Leucócitos – 5.390/mm³ (4.000 – 10.000/mm³) Uréia – 68 mg/dl (15 – 40 mg/dl) Creatinina – 0,8 mg/dl (0,4 – 1,3 mg/dl) PCR – 105 mg/dl (0 – 5 mg/dl) Contagem de CD4 – 250 células CD4/mm³ (> 500/mm³). CASO CLÍNICO 21/11/2017 37 Recordatório Alimentar 24 horas: Refeição Preparação Alimento Medida Caseira Café da manhã (8h) Café com leite adoçado Café solúvel ½ xícara chá Leite líquido integral ½ xícara chá Açúcar refinado 2 col chá ch Almoço (12h) Baião com ovo Arroz branco cozido 3 col s ch Feijão fradinho 2 col s ch Ovo frito 1 und Jantar (19h) Vitamina de fruta com sanduíche de queijo Leite líquido integral ½ copo M Banana prata 1 und P Açúcar refinado 1 col s ch Pão carioquinha ½ und Queijo mussarela ½ fatia M Maionese 1 sachê CASO CLÍNICO
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