Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa Manoela Pessanha PRINCIPAIS CEREAIS MILHO TRIGO ARROZ CENTEIO CEVADA AVEIA SORGO Processamento Operações preliminares Colheita REGULAMENTAÇÃO ➢ Resolução RDC nº 263, de 22 de setembro de 2005; ➢ Aprova o "REGULAMENTO TÉCNICO PARA PRODUTOS DE CEREAIS, AMIDOS, FARINHAS E FARELOS“; ➢ Produtos de Cereais: são os produtos obtidos a partir de partes comestíveis de cereais, podendo ser submetidos a processos de maceração, moagem, extração, tratamento térmico e ou outros processos tecnológicos considerados seguros para produção de alimentos; ➢ Estabelece definições para cada tipo de produto derivado (farinhas, pães e massas alimentícias, por exemplo) e os requisitos específicos para cada um. MORFOLOGIA DO GRÃO Distribuição dos nutrientes de forma não uniforme – pode haver perdas ou concentração durante o processamento. COMPOSIÇÃO CARBOIDRATOS Amido (75-80% do grão) COMPOSIÇÃO CARBOIDRATOS Amido (75-80% do grão); Fibras (pericarpo) COMPOSIÇÃO PROTEÍNAS (10-15%) Pobre em lisina -Albuminas: solúveis em água -Globulinas: solúveis em solução salina -Prolaminas: solúveis em soluções alcoólicas; -Glutelinas: insolúveis e parcialmente solúveis em soluções ácidas e alcalinas COMPOSIÇÃO PROTEÍNAS (10-15%) Pobre em lisina; Glúten – trigo, centeio, aveia e cevada COMPOSIÇÃO LIPÍDIOS(Conteúdo variável) Principalmente ácidos graxos insaturados (germe) COMPOSIÇÃO VITAMINAS Complexo B Vitamina E PIGMENTOS Carotenoides ENZIMAS Amilases Proteinases Lipases MINERAIS 1-3% do grão Conteúdo variável NÃO NUTRIENTES Fitoquímicos Ácido fítico Esteróis PROCESSAMENTO DE CEREAIS MACERAÇÃO MOAGEM EXTRAÇÃO TRATAMENTO TÉRMICO OUTROS PROCESSOS DERIVADOS DE CEREAIS Farinhas Farelos Amido Massas alimentícias Produtos de panificação Biscoitos e cereais processados TRIGO ➢ O trigo (Triticum sativum) é uma gramínea originada no sudoeste da Ásia; ➢ Mais de 30 tipos geneticamente diferenciados, sendo produzidos: ➢ Aestivum vulgaris – adequado à panificação; ➢ Turgidum durum – macarrão e outras massas; ➢ Turgidum compactum – fabricação de biscoitos; ➢ Matéria prima para elaboração de farinhas utilizadas em pães, biscoitos, bolos e massas. FARINHAS ➢ São os produtos obtidos de partes comestíveis de uma ou mais espécies de cereais, leguminosas, frutos, sementes, tubérculos e rizomas por moagem e ou outros processos tecnológicos considerados seguros para produção de alimentos; ➢ Farinha de trigo é a mais consumida ➢ Facilidade de cultivo do grão; ➢ Ampla aceitação e aplicação em diversos produtos; ➢ Classificadas de acordo com a característica. TRIGO Moagem do trigo Obtenção da farinha de trigo Composta principalmente pelo endosperma Separação do farelo e do gérmen FARINHA DE TRIGO (refino) *Moagem ocorre numa série de moinhos *Percentual de extração – o quanto do grão é aproveitado como farinha TRIGO FARINHA DE TRIGO Farinha integral 100% de extração Farinha branca Em torno de 70-78% de extração (depende de como será usada) Subprodutos: farelo e gérmen TRIGO FARINHA DE TRIGO - SUBPRODUTOS Nutriente Farelo de trigo Gérmen de trigo Proteínas (g) 15,5 23,1 Lipídios (g) 4,2 9,7 Carboidratos (g) 64,5 51,8 Fibra dietética (g) 42,8 13,2 Cálcio (mg) 73,0 39,0 Ferro (mg) 10,5 6,2 B1 (mg) 0,5 1,8 B2 (mg) 0,6 0,5 B3 (mg) 13,6 6,8 Composição nutricional (100g) do farelo e do gérmen de trigo. Fonte: National Nutrient Database (USDA) TRIGO FARINHA DE TRIGO INTEGRAL X BRANCA Mudanças na característica de massas Influência no sabor, aroma e cor Características nutricionais TRIGO FARINHA DE TRIGO Taxa de extração (%) Proteína (%) Lipídios (%) Carboidratos (%) Fibra bruta (%) Cinzas (%) 100 12,2 2,4 64,1 2,00 1,55 85 12,1 1,6 69,8 0,40 0,76 80 11,7 1,4 70,2 0,21 0,60 70-72 11,3 1,1 72,0 0,10 0,41 40 10,0 0,8 74,5 Tr 0,34 Composição centesimal de farinhas com diferentes graus de extração -Alta extração, melhor qualidade nutricional; -Quanto menor o grau de extração maior a proporção de proteínas formadoras do glúten; -Controle pode ser realizado pelo teor de cinzas. FARINHA DE TRIGO ➢ Aditivação da farinha de trigo ➢ Agentes antioxidantes ➢ Peróxido de benzoila (agente branqueador) ➢ Enzimas (amilase, protease, hemicelulase) ➢ Adição de fermento ➢ Adições nutricionais – Adição obrigatória de ferro e ácido fólico. FARINHA DE TRIGO FARINHA DE TRIGO ➢ Qualidade da farinha FARINHA DE TRIGO Tipo de grão Tipo de processo TRIGO DURO Maior teor de proteínas Maior formação de glúten Produção de pães TRIGO MOLE Menor teor protéico Menor formação de glúten Produção de biscoitos e bolos TRIGO ➢ Pães: são os produtos obtidos da farinha de trigo e ou outras farinhas, adicionados de líquido, resultantes do processo de fermentação ou não e cocção, podendo conter outros ingredientes, desde que não descaracterizem os produtos. Podem apresentar cobertura, recheio, formato e textura diversos. PANIFICAÇÃO TRIGO PANIFICAÇÃO Mistura Fermentação Assamento TRIGO ➢ Elementos da massa PANIFICAÇÃO Farinha de trigo Água Sal Fermento biológico Açúcar Gordura TRIGO ➢ Elementos da massa PANIFICAÇÃO Farinha de trigo Formação do glúten FORMAÇÃO DE REDE PELA HIDRATAÇÃO E MISTURA VISCOSIDADE E ELASTICIDADE RETENÇÃO DE GÁS CARBÔNICO DA FERMENTAÇÃO VOLUME TRIGO ➢ Elementos da massa PANIFICAÇÃO Água Hidratação FORMAÇÃO DO GLÚTEN PERMITE A GELATINIZAÇÃO DO AMIDO DURANTE O COZIMENTO TRIGO ➢ Elementos da massa PANIFICAÇÃO Sal Agente de massa MELHORA A FORÇA DO GLÚTEN – AUMENTA SOLUBILIDADE DA GLIADINA CONTROLE DA FERMENTAÇÃO REALÇADOR DE SABOR AGENTE DE CONSERVAÇÃO TRIGO ➢ Elementos da massa PANIFICAÇÃO Fermento biológico Crescimento Levedura do gênero S. cerevisiae TRIGO ➢ Elementos da massa PANIFICAÇÃO Fermento biológico Crescimento Levedura do gênero S. cerevisiae PRODUÇÃO DE CO2 – EXPANSÃO E AERAÇÃO DA MASSA ADIÇÃO DE AÇÚCAR – FACILITA O PROCESSO DE ADAPTAÇÃO DA LEVEDURA ADIÇÃO DE ENZIMAS (AMILASES) – QUEBRAM O AMIDO TRIGO ➢ Elementos da massa PANIFICAÇÃO Fermento biológico Crescimento Levedura do gênero S. cerevisiae TEMPO E TEMPERATURA DE FERMENTAÇÃO – INFLUENCIAM NA MASSA TEMPERATURA MUITO ELEVADA – RÁPIDA FORMAÇÃO DE GÁS E IMPEDE O DESENVOLVIMENTO DO GLÚTEN TRIGO ➢ Elementos da massa PANIFICAÇÃO Açúcar Enriquecedor ALIMENTO PARA A LEVEDURA FEMENTADORA CONFERE SABOR AO PRODUTO – REAÇÃO DE MAILLARD (CASCA DO PÃO) EXCESSO – RETARDA A AÇÃO FERMENTATIVA TRIGO ➢ Elementos da massa PANIFICAÇÃO Gorduras Plasticidade CONFEREM MACIEZ E UMIDADE À MASSA CONFEREM SABOR, COR E TEXTURA AJUDA NA EXPANSÃO DO GLÚTEN – ENVOLVE A MOLÉCULA TRIGO PANIFICAÇÃO Mistura Fermentação Assamento ➢ Mistura dos ingredientes da formulação e amassamento (sova) ➢ A absorção da água pela farinha leva à formação do glúten; ➢ Formação de massa elástica e viscosa; ➢ Incorporação de ar pelo amassamento; ➢ Adição de proteases – diminui o tempo de mistura. TRIGO PANIFICAÇÃO Mistura Fermentação Assamento ➢ Etapa de descanso da massa; ➢ Objetivos: produção de gás, complementação do desenvolvimento do glúten, produção de sabor e aroma; ➢ Os açúcares utilizados como substrato pelo microrganismo podem ser provenientes da farinha,adicionados ou pela ação de enzimas; ➢ A temperatura influencia bastante o processo de fermentação; ➢ O tempo influencia nas características sensoriais. TRIGO PANIFICAÇÃO Mistura Fermentação Assamento ➢ Desnaturação proteica: formação de estrutura rígida porosa; ➢ Gelatinização do amido; ➢ Ação ou inativação enzimática; ➢ Produção de cor e aroma: Reação de Maillard (reação entre açúcares e aminoácidos) forma melanoidinas e compostos voláteis; ➢ Resfriamento: retrogradação do amido. TRIGO ➢ São os produtos obtidos da farinha de trigo e ou derivados de outros cereais, leguminosas, raízes e ou tubérculos, resultantes do processo de empasto e amassamento mecânico, sem fermentação. MASSAS ALIMENTÍCIAS TRIGO BISCOITOS ➢ São os produtos obtidos pela mistura de farinha(s), amido(s) e ou fécula(s) com outros ingredientes, submetidos a processos de amassamento e cocção, fermentados ou não. Podem apresentar cobertura, recheio, formato e textura diversos. CENTEIO ➢ Estrutura e composição bastante similar à do trigo; ➢ Segundo grão mais utilizado em panificação. AVEIA ➢ Existem várias espécies de aveia, mas a mais conhecida é a aveia branca, que é utilizada na alimentação humana; ➢ Apresenta uma casca não comestível – necessário descascamento; ➢ Elevado teor de fibra solúvel (beta-glucana) – efeitos benéficos à saúde. AVEIA ➢ Características próprias de processamento ➢ Casca não digerível; ➢ Elevado teor de gorduras – rancificação; ➢ Enzimas – principalmente lipases; ➢ Elevado conteúdo protéico; ➢ Consumida na forma integral – sem remoção do farelo ou gérmen. Cultivo por sistema de rotação Contaminação por proteínas tóxicas a celíacos AVEIA ➢ Aveia x Glúten – Cultivo sistema de rotação Na troca de colheita podem ficar sementes e resíduos da planta no campo e equipamentos que contaminam a aveia com o glúten. AVEIA ➢ Formas de comercialização Flocos Grão integral prensado Farelo Casca do grão moída Farinha refinada Parte interna do grão moída Aplicações: Cereais matinais, produtos de panificação, biscoitos, granola e adição às preparações AVEIA ➢ Formas de comercialização Nutriente Aveia em flocos Farelo de aveia Farinha de aveia Proteínas (g) 14,9 16,0 12,3 Lipídios (g) 8,9 7,1 10,0 Cinzas (g) 1,8 2,8 1,5 Carboidratos (g) 49,3 46,2 56,0 Fibra dietética (g) 16,9 18,2 11,2 Betaglucana (g) 7,56 9,68 3,82 Composição nutricional (100g) das formas comerciais de aveia. Fonte: Fujita & Figueiroa, 2003. FARINHA INTEGRAL DE AVEIA – Composição semelhante aos flocos AVEIA ➢ Betaglucanas ➢ Fibras solúveis presentes em altas concentrações na aveia; ➢ Polissacarídeos lineares, constituídos por várias unidades de glicose unidas por ligações b-1,3 e b-1,4; ➢ Fazem parte da parede celular dos grãos; ➢ Auxiliam na regulação do trânsito intestinal, absorção de glicose e redução do colesterol plasmático. CEVADA ➢ Quarto cereal de importância mundial (170 milhões de t/ano); ➢ Na alimentação humana é consumida in natura, malteada ou na forma de farinhas; ➢ Infusão do grão torrado – utilizada em substituição ao café; ➢ Maior parte destinada a produção do malte; ➢ Malte – produto da germinação dos grãos de cevada. MILHO ➢ Um dos principais produtos da agricultura nacional, tendo papel importante na alimentação humana; ➢ Ampla aplicação na indústria de alimentos – milho verde; ➢ Possui elevado conteúdo lipídico – óleo de milho. Processamento seco Processamento úmido MILHO Colheita, secagem e armazenagem Limpeza Degerminação Limpeza Fubá integral Gérmen Extração do óleo Farelo Moagem MILHO Degerminação Moagem Grits Fubá Farinha de milho MILHO Fração moída Granulometria (Mesh) Finalidade industrial Canjica de milho 3,5 a 6 Cereal matinal e canjica Grits grosseiro 10 a 20 Cereais matinais e snacks Grits regular 15 a 30 Cereal matinal, snacks e indústria da cerveja Grits fino 30 a 40 Cereais matinais, snacks e bebidas destiladas Fubá de milho 40 a 60 Panificação, massas, pratos regionais Farinha de milho 60 Pães e misturas de farinhas MILHO Processamento úmido Fermentação (bebidas alcoólicas) Xarope de glicose Separação do amido (centrifugação) Envolve a maceração dos grãos – separação do amido ARROZ ➢ Um dos cereais mais cultivados no mundo; ➢ No Brasil consumido principalmente na forma de grãos inteiros. ARROZ Beneficiamento do arroz Cozimento Arroz integral Cascas Arroz parboilizado Polimento Arroz polido Farelo PSEUDOCEREAIS ➢ Grãos semelhantes aos cereais; ➢ Apresentam composição aproximada à do trigo; ➢ Alto teor e qualidade protéica; ➢ Ausência de glúten; ➢ Grande quantidade de vitaminas e minerais. AMARANTO QUINOA CHIA TRIGO SARRACENO PSEUDOCEREAIS Nutriente Trigo Amaranto Quinoa Chia Trigo Sarraceno Proteínas (g) 13,2 13,6 14,1 16,5 13,2 Lipídios (g) 2,5 7,0 6,1 30,7 3,4 Carboidratos (g) 71,9 65,2 64,2 42,1 71,5 Fibra dietética (g) 10,7 6,7 7,0 34,4 10,0 Cálcio (mg) 34,0 159 47,0 631,0 18,0 Ferro (mg) 3,6 7,6 4,6 7,7 2,2 B1 (mg) 0,5 0,1 0,4 0,6 0,1 B2 (mg) 0,2 0,2 0,1 0,2 0,4 B3 (mg) 4,9 0,9 1,5 8,8 7,0 Composição nutricional (100g) do trigo e pseudocereais. Fonte: National Nutrient Database (USDA)
Compartilhar