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Pesquisa em Educação. o Desafio da Escola

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ANDRÉ DE OLIVEIRA RODRIGUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O DESAFIO DA ESCOLA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de Pesquisa apresentado 
como requisito parcial para aprovação 
na disciplina de Pesquisa em Educação 
no curso História, 
Universidade de Caxias do Sul. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Orientador: Cesar Augusto Erthal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caxias do Sul/RS 
Ano 
 
 
1. TEMA: 
 
 Um Novo Modelo de Professor 
 
 
 
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA: 
 
 A responsabilidade do estado e a função da escola no papel formador, como ela se 
identifica, quais seus limites e desafios os quais levam a necessidade de um novo 
modelo de professor como resposta para estes paradigmas. 
 
3. PROBLEMA: 
 
 De quem é a responsabilidade do ensino no processo formador humano? 
 
4. HIPÓTESES: 
 
 4.1 O estado direcionando a escola a responder a demanda de mão de obra imposta 
pelo capitalismo. 
 4.2 Sociedades atribuindo a responsabilidade da educação apenas a escola. 
 4.3 A emergência de docentes inovadores como resposta a uma crescente 
necessidade de humanizar a sociedade. 
 
 
5. OBJETIVO GERAL: 
 
 Mostrar a necessidade de a escola assumir uma responsabilidade social mais 
voltada ao a humanização através de uma docência voltada a inovação micológica do 
ensino trabalhando elementos subjetivos interativos da realidade humana . 
 
 
6. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
 
 Analisar a pressão que o governo faz as escolas através de decretos com o objetivo 
de acelerar a formação de mão de obra. 
Identificar a tendência crescente do ensino tecnicista em contraponto ao pensamento 
construtivista. 
Pesquisar novas metodologias desenvolvidas por professores e quem tem se mostrado 
ferramentas capazes de transformar na pratica. 
 
 
 
 
 
7. JUSTIFICATIVA: 
 
 
 Em meio a uma crise escolar, “principalmente ensino médio” percebemos a falta de 
qualificação ou o atraso metodológico de alguns professores dos quais se percebe certa 
dificuldade em se adequar a emergência de uma geração nascida em meio ao 
capitalismo e o evento da tecnologia e a globalização. 
 Neste mesmo espaço observamos a pressão do capitalismo sob forma de 
crescimento da economia em exigir do mercado mão de obra qualificada, capazes de 
suprir suas demandas. Dessa forma o governo tem demonstrado estar mais interessado 
na formação de trabalhadores do que a formação humana, ao qual notasse seu reflexo no 
crescente índice de marginalidade infanto-juvenil. 
 Essa demanda dada pela proposta de crescimento econômico do capitalismo ao qual 
se funda sobre a base do consumismo desenfreado que exige cada vez mais, respostas 
rápidas não se importando com as implicações ou meios para obter os recursos para que 
se tenham seus objetivos sanados. 
 Em meio a esta turbulência encontra-se a escola, que acuada pela pressão da 
sociedade acaba por transferir a responsabilidade alegando que “educação vem de casa”, 
o que se caracteriza como uma isenção de responsabilidade social. 
 Em contra ponto a isso tudo o crescimento da corrente construtivista tem nos aberto 
os olhos para a necessidade de uma educação voltada à formação humana do vinculo, 
afeto, interação, auto-organização. Aspectos estes que fazem parte da eco-pedagogia 
que tem como um de seus objetivos integrar o ser humano com o meio em que vive. 
 Esbarrando em perfis curriculares, nota-se o crescente número de professores 
emergindo com novas metodologias as quais demonstram ótimos resultados e muitos 
deles só não permanece no anonimato devido ao veiculo de comunicação chamado 
internet. 
 Assim vemos a necessidade de trazer a tona exemplos que podem nos incentivar a 
também inovar na questão do ensino. 
 
 
8. METODOLOGIA: 
 
 
 Buscando fomentar um dialogo entre o os interesses políticos do estado e da real 
necessidade de um resgate de valores humanos dentro da educação pública do estado do 
Rio Grande do Sul, cruzaremos informações que nos conduzam a uma reflexão sobre os 
argumentos apresentados pelos mesmos aja visto a proposta de implantação do ensino 
politécnico. 
 Contrastando com a constituição brasileira, percebemos o quão longe estamos de 
cumpri-la. 
 Há muito tempo existe um grande esforço por parte da sociedade em direcionar a 
educação e isso se tem dado através de reportagens, debates, conferências como O 
MANIFESTO DOS PIONEIROS, 1932 entre outros e o mais recente o CONAE 2014 
assim como a teoria construtivista que propõe um ensino voltado a humanização. 
 A partir destes pressupostos será possível perceber a pressão estado/sociedade em 
tentar resolver a inerente crise educacional, pressão esta sentida pelos gestores escolares 
que permeiam este impasse. 
 A pesquisa também se norteará sobe a perspectiva de renomados autores e 
estudiosos da educação que anteviram este paradigma e elaboraram propostas 
pedagógicas assim como professores que em seu anonimato desenvolvem metodologias 
e seus resultados. 
 
 
 
9. REFERENCIAL TEÓRICO: 
 
 Observando a legislação vigente da educação básica no Brasil (LDB, Lei Federal 
nº. 9.394/1996) objetivamos compreender qual a prioridade de formação dos cidadãos 
brasileiros. 
 Identificamos dentro da proposta pedagógica de implantação do ensino politécnico 
no estado do Rio Grande do Sul a urgência em formar mão de obra, conforme trecho a 
seguir que se encontra na apresentação da PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA O 
ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA 
AO ENSINO MÉDIO - 2011-2014 diz: 
 
“No entanto, a realidade que se apresenta está a exigir, urgentemente, 
mudanças e novos paradigmas para o Ensino Médio e para Educação 
Profissional. A qualidade cidadã da educação está ancorada em três 
fatores estruturantes: valorização profissional, diretamente relacionada 
à questão salarial, à carreira e à formação inicial e continuada; 
reestruturação física da rede estadual de ensino; e reestruturação do 
currículo da educação básica, em especial o ensino médio”. 
 
 Alguns autores já identificam aspectos da concepção capitalista de desenvolvimento. 
 
Ainda segundo Morin (1995), 
“o desenvolvimento tem dois aspectos. De um lado, é um mito global 
no qual as sociedades industrializadas atingem o bem-estar, reduzem 
suas desigualdades extremas e dispensam aos indivíduos o máximo de 
felicidade que uma sociedade pode dispensar. De outro, é uma 
concepção redutora, em que o crescimento econômico é o motor 
necessário e suficiente de todos os desenvolvimentos sociais, 
psíquicos e morais. Essa concepção tecno-econômica ignora os 
problemas humanos de identidade, da comunidade, da solidariedade, 
da cultura. Assim, a noção de desenvolvimento se apresenta 
gravemente subdesenvolvida. A noção de subdesenvolvimento é um 
produto pobre e abstrato da noção pobre e abstrata de 
desenvolvimento”. (p. 83). 
 Segundo reportagem da revista veja do dia 28 de janeiro de 2012 (São comuns os 
conflitos acerca da responsabilidade de cada um na formação das crianças. A solução 
está na aproximação entre as partes). 
 A falta de metodologias ou de uma didática que vise o desenvolvimento do ser 
humano em sua plenitude, pois em sua maioria as aulas são deveras alienantes. 
Moraes, Maria Cândida (2004, p.242) diz: 
“Hoje, mais do que nunca, percebemos quanto nossa escola é 
reprodutora, autoritária e prepotente ao trabalhar com o conhecimento 
em sua vertentemais linear, voltada para o professor que fala e o 
aluno que escuta e copia”. 
Para Freire (1970), a educação bancária mantém e estimula a contradição: 
 
 “O educador é o que educa, os educandos, os que são educados; oeducador é o que sabe, os 
educandos, os que não sabem; o educador é o que pensa, os educandos, os pensados; o educador 
é o que diz a palavra, os educandos, os que a escutam docilmente; o educador é o que disciplina, 
os educandos, os disciplinados; o educador é o que opta e prescreve sua opção, os educandos, os 
que seguem a prescrição; o educador é o que atua, os educandos, os que têm a ilusão de que 
atuam, na atuação do educador; o educador escolhe o conteúdo programático, os educandos, 
jamais ouvidos nesta escolha, se acomodam a ele; o educador identifica a autoridade do saber 
com sua autoridade funcional, que opõe antagonicamente à liberdade dos educandos, estes 
devem adaptarse às determinações daquele; o educador, finalmente, é o sujeito do processo, os 
educandos, meros objetos” 
 
 Dificuldades como estas os tem feito buscar novas alternativas para melhorar a 
qualidade do ensino em meio a tantos desafios como é o caso relatado na reportagem de 
Ocimara Balmante - O Estado de S.Paulo do dia 04 de junho de 2012 onde entre outros 
exemplos relata que: 
 
“O que a matemática tem a ver com Fernando Pessoa? "Tudo!", 
afirma Danielle Cavallo, de 16 anos. No ano passado, quando cursava 
o primeiro ano do ensino médio, ela e a colega Karen Oliveira, da 
Escola Lourenço Castanho, redesenharam o famoso retrato do escritor 
português a partir de gráficos com retas, parábolas e curvas”. 
 
10. REFERÊNCIAS: 
 
 
 
BALMANT, Ocimara. Professores que inovam no ensino de matemática. 
Estadão.com.br. O Estado de S.Paulo, junho. 2013. Disponível em: 
<http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,professores-inovam-no-ensino-de-
matematica-,881947,0.htm 
>. Acesso em: 02 junho. 2013. 
 
FREIRE, P., A concepção Bancária da educação como instrumento da opressão. 
Seus pressupostos, sua crítica. In: FREIRE, P., Pedagogia do oprimido, 17º edição, 
Editora Paz e Terra, Coleção o Mundo Hoje, v.21, Rio de Janeiro, 1970, p. 57-75. 
 
GOULART, Nathalia. Pais e professores, uma relação difícil. Veja. Veja.abril.com.br, 
Juho. 2013. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/pais-e-
professores-uma-relacao-dificil 
>. Acesso em: 01 junho. 2013. 
 
MORAES, Maria Cândida. Pensamento eco-sistemico: Educação aprendizagem e 
cidadania no século XXI. Maria Cândida Moraes. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 
2004. 
 
MORIN, Edgar; KERN, Anne Brigitte. Terra-pátria. Porto Alegre, Rio Grande do Sul: 
Sulina, 1995.