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1 Educação Inclusiva Em 1978, foi publicado o relatório Warnock. O documento era a conclusão de uma pesquisa realizada, na Inglaterra, sobre a situação da Educação Especial. E suas sugestões influenciaram as políticas educacionais em diversos países, entre eles o Brasil (LDB). Nesse relatório, foi introduzido o termo “necessidades educacionais especiais” em detrimento da terminologia “deficiente” ou “excepcional”. A ideia central é a de que todos podem aprender. A escola deve buscar recursos educacionais que auxiliem cada aluno na medida de sua necessidade. Isso significa que tanto o aluno que possui dislexia quanto o que possui dificuldade com a disciplina de Matemática, por exemplo, e o aluno que possui atraso no desenvolvimento do pensamento, são capazes de aprender, e a escola deve possibilitar seu aprendizado (cf. CARVALHO, 2000). A escola precisa dar uma resposta educativa para a necessidade de cada aluno. Para isso, ela deve capacitar os profissionais, possibilitar apoio pedagógico, possuir material necessário ao processo de aprendizagem e eliminar dificuldades de acesso — espaço físico. No ano de 1994, foi feita a Declaração de Salamanca, que continha as principais ideias postuladas no relatório Warnock e discutidas ao longo de 26 anos. Essa declaração defende a inclusão de portadores de necessidades especiais nas escolas de Ensino Regular, que deverão proporcionar a inclusão física, social e emocional desses alunos. Com essa mudança, as escolas propiciariam a aprendizagem e a socialização, além de promover a aceitação da diferença entre os alunos e na sociedade de forma mais ampla (cf. CARVALHO, 2000). A implementação da Educação Inclusiva exige uma preparação dos pais, professores, funcionários e alunos, para que ocorra, de fato, a inclusão do aluno portador de necessidades especiais nas instituições de ensino. O que se quer evitar é a exclusão social desse aluno no ambiente escolar. 2 Faz-se, pois, necessário eliminar as dificuldades que existem e impedem um real trabalho de inclusão. Existem dificuldades decorrentes do preconceito e da falta de disponibilidade para trabalhar com diferenças. Encontramos, nas escolas, muitas vezes, uma postura que remete ao desejo de homogeneização dos alunos. Quando um aluno exige mais atenção, seja por motivo de conduta ou de aprendizagem, a escola o descarta ou culpabiliza, quando deveria assumir a postura de dar conta das suas necessidades específicas, como os Transtornos de Aprendizagem, o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade etc. A escola deve estar preparada para lidar com a diversidade e para investir no desenvolvimento integral do aluno, considerando suas necessidades especiais. A capacitação de professores, a reorganização do espaço escolar (quantidade de alunos e professores em sala de aula), as adaptações físicas e os recursos pedagógicos são algumas das questões que precisam ser pensadas para se criar uma escola que sempre favoreça a aprendizagem do aluno, independente de suas especificidades.
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