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MICROBIOLOGIA Murillo Sales Eduardo Robson Klebsiella Pertence a família Enterobacteriaceae Bacilo Gram negativo de tamanho moderado Anaeróbio facultativo Fermentação de lactose, catalase positiva e oxidase negativa É normalmente encontrado no intestino e, em menor freqüência, na nasofaringe Principais Espécies Klebsiella pneumoniae Klebsiella oxytoca Klebsiella granulomatis Klebsiella rhinoscleromatis Klebsiella ozaenae Obs: Relevância crescente nas infecções hospitalares e na condição de patógeno oportunista Fatores de Virulência e patogenicidade Endotoxina - Depende do lipídio A, componente do LPS, que é liberado após a lise celular. Causa manifestações sistêmicas por ativar o complemento. Cápsula – Proteção contra a fagocitose (cápsula hidrofílica), que repele a superfície hidrofóbica da célula fagocítica. Variação de fase Antigênica Sistema de secreção tipo III - Seringa molecular que consiste de aproximadamente 20 proteínas, que facilitam a secreção de fatores de virulência bacterianos quando a bactéria entra em contato com as células hospedeiras Fatores de Virulência e patogenicidade Sequestração de fatores de crescimento – Bactéria torna-se predadora a fim de obter nutrientes. Resistência aos efeitos bactericidas do soro Resistência aos antimicrobianos - pode ser codificada por plasmídeos transferíveis e trocada entre as espécies, gêneros e mesmo famílias de bactérias. Doenças Klebsiella pneumoniae e Klebsiella oxytoca são frequentemente isoladas e podem causar pneumonia lobar adquirida na comunidade ou no hospital. A pneumonia causada pelas espécies de Klebsiella frequentemente envolve a destruição necrótica dos espaços alveolares, a formação de cavidades e a produção de escarro com sangue. Esta bactéria também causa feridas, infecções dos tecidos moles e infecções do trato urinário. Doenças K.granulomatis é o agente etiológico do granuloma inguinal, uma doença granulomatosa que afeta a genitália e a área inguinal, também é conhecida como donovanose. A doença pode ser transmitida depois de repetidas exposições por intercurso sexual ou trauma não sexual na genitália. Após um longo período de incubação, semanas ou meses, aparecem os nódulos subcutâneos na genitália ou na área inguinal. Os nódulos posteriormente arrebentam, revelando uma ou mais lesões granulomatosas indolores que podem se expandir e coalescer. Doenças As duas outras espécies de Klebsiella de importância clínica são Klebsiella rhinoscleromatis, agente do rinoescleroma que causa uma doença granulomatosa crônica na mucosa do nariz, e Klebsiella ozaenae, que causa rinite atrófica crônica, acompanhada de secreção nasal mucopurulenta fétida. Diagnóstico Klebsiella pneumoniae: Teste de gram e urocultura(agar MacConkey). Klebsiella granulomatis: Raspagem da lesão, aplicação do tecido coletado a uma lâmina e corando-o com coloração de Giemsa ou Wright. Corpos de Donavan patognomônicos são observados dentro de fagócitos mononucleares. Tratamento A Klebsiella pneumoniae pode ser resistente a vários antibióticos. Assim, o tratamento deve ser ajustado de acordo com a sensibilidade específica dos organismos isolados aos antibióticos, e o progresso do tratamento deve ser acompanhado regularmente. Klebsiella granulomatis: Tetraciclinas, eritromicina e trimetoprim-sulfametoxazol têm sido utilizados com sucesso no tratamento, embora ocorram abusos com o uso desses antibióticos. Escherichia coli Forma e Gram Bactéria bacilar Gram-negativa Utilização de O2: Anaeróbio facultativo Microbiota: Microbiota normal no intestino Fatores de virulência Endotoxina Cápsula Variação de fase antigênica Sistemas de secreção tipo I I I Seqüestração de fatores de crescimento Resistência aos efeitos bactericidas do soro Resistência aos antimicrobianos Fatores de virulência epidemiologia Maioria das infecções é endógenas (flora bacteriana do paciente), embora as cepas que causam gastroenterite são adquiridas exogenamente doenças doenças Infecções extraintestinais: Infecção do trato urinário Menigite neonatal septicemia diagnostico Microorganismos crescem rapidamente na maioria dos meios de culturas O diagnóstico é feito pela cultura de amostras dos líquidos infectados e observação microscópica com análises bioquímicas. São usadas técnicas genéticas para identificar genes presentes no genoma da E.coli. Patógenos entéricos, com exceção de EHEC, são detectados somente em laboratórios de pesquisa Tratamento, prevenção, controle Patógenos entéricos são tratados sintomaticamente a menos que ocorra a disseminação da doença Terapia com antimicrobianos é orientada pelos testes de suscetibilidade in vitro Práticas adequadas de controle de infecção são usadas para reduzir o risco de infecção nosocomial (p. ex. , restrição ao uso de antibióticos e de cateteres urinários desnecessários) Manutenção dos altos padrões de higiene para reduzir o risco de exposição às cepas gastrointestinais Cozimento adequado dos produtos de carne bovina para reduzir o risco de infecções por EHEC Caso clínico Em 2006, a Escherichia coli O157 foi responsável por um grande surto multiestadual de gastroenterite. O surto foi associado à contaminação do espinafre, com um total de 173 casos descritos em 25 estados, durante um período de 18 dias. O surto resultou na hospitalização de mais de 50% dos pacientes com doença documentada, uma taxa de 16% de síndrome urêmica hemolítica e uma morte. Apesar da ampla distribuição do espinafre contaminado, a divulgação do surto e a rápida determinação da fonte responsável pelo surto, prontamente resultou na remoção do espinafre dos estoques dos supermercados e no final do surto. Isto ilustra como a contaminação de um produto alimentar, mesmo com pequeno número de microrganismos, pode levar a um surto disseminado com um microrganismo particularmente virulento como as cepas de EHEC. EHEC pode causar diarréia branda ou colite hemorrágica Diarréia com dor- 3 a 4 dias após incubação ½ vômitos sem febre 2 dias de latência- 30-65% apresentam diarréia com sangue e forte dor abdominal Sem tratamentento- maior parte recupera de 4 a 10 dias 5-10% crianças com menos de 10 anos ocorre complicações Síndrome urêmica hemolítica(HUS) Falha renal Trombopenia Anemia hemolítica microangiopática 3-5% morte Ate 30% seqüelas graves Insuficiência renal, hipertenção, entre outras
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