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AULA PRÁTICA 3: INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA ATIVIDADE ENZIMÁTICA IMPERATRIZ – MA ABRIL DE 2018 Universidade Federal do Maranhão Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia - CCSST Engenharia de Alimentos – 2018.1 Química de Alimentos 27 de abril de 2017 Profa Msc. Francineide Firmino Cristian da Silva Neres Gleyce Kelly de Sousa Oliveira CRISTIAN DA SILVA NERES GLEYCE KELLY DE SOUSA OLIVEIRA AULA PRÁTICA 2: INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA ATIVIDADE ENZIMÁTICA Relatório da disciplina de Química de Alimentos do curso Engenharia de Alimentos sobre a influência da temperatura na atividade enzimática para obtenção de nota parcial na disciplina. IMPERATRIZ – MA ABRIL DE 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................1 2. OBJETIVOS...............................................................................................................2 3. MATERIAIS UTILIZADOS......................................................................................2 4. PROCEDIMENTOS...................................................................................................2 5. RESULTADOS ..........................................................................................................3 6. DISCUSSÃO...............................................................................................................3 7. CONCLUSÃO.............................................................................................................5 8. REFERÊNCIAS..........................................................................................................5 1. INTRODUÇÃO Seguindo o comportamento das reações químicas, a velocidade da atividade enzimática aumenta quando se aumenta a temperatura. Entretanto, a velocidade da reação aumenta até um máximo, após determinada temperatura a velocidade declina rapidamente, mesmo aumentando a temperatura. Isso ocorre por que a estrutura tridimensional das enzimas-substrato. Pode-se dizer que a velocidade de reação aumenta ou diminui por um fator de 2 a cada variação de 10 graus centrifugados na faixa de 10° a 70°[1]. Embora a natureza molecular das enzimas não estivesse totalmente reconhecida, Haldane fez a notável suposição de que ligações fracas entre a enzima e seu substrato poderiam ser usadas para catalisar a reação. Essa ideia ainda permanece essencial no conhecimento da catálise enzimática [2]. A atividade catalítica depende da integridade das suas conformações nativas. Se uma enzima for desnaturada ou dissociada nas suas subunidades, geralmente a atividade catalítica é perdida. Se uma enzima for degradada até os aminoácidos que a compõem, a atividade catalítica é sempre destruída. Então, as estruturas proteicas primária, secundária, terciária e quaternária das enzimas são essenciais para a atividade catalítica [2]. Nas condições biológicas relevantes, as reações não catalisadas tendem a ser lentas – a maioria das moléculas biológicas é muito estável nas condições internas das células com pH neutro, temperaturas amenas e ambiente aquoso [2]. A propriedade característica das reações catalisadas por enzimas é que a reação ocorre confinada em um bolsão da enzima denominado sítio ativo (Figura 6-1). A molécula que liga no sítio ativo e sobre a qual a enzima age é denominada substrato. O contorno da superfície do sítio ativo é delimitado por resíduos de aminoácidos com grupos nas cadeias laterais que ligam o substrato e que catalisam a sua transformação química. Frequentemente, o sítio ativo engloba o substrato, sequestrando-o completamente da solução. O complexo enzima-substrato, cuja existência foi primeiramente proposta por Charles-Adolphe Wurtz em 1880, é fundamental para a ação enzimática. Também é o ponto de partida para o tratamento matemático que define o comportamento cinético das reações catalisadas por enzimas e para a descrição teórica dos mecanismos das enzimas [2]. 1 Para entender a catálise, deve-se primeiro avaliar a importância de distinguir entre o equilíbrio e a velocidade de uma reação. A função do catalisador é aumentar a velocidade da reação. A catálise não afeta o equilíbrio da reação [2]. A coagulação do leite é o processo que consiste na transformação do leite em estado líquido para gel, também conhecida como coalhada. Este processo é decorrente de modificações físico-químicas nas micelas de caseína, que podem ocorrer por meio de acidificação ou por ação enzimática [3]. A coagulação enzimática do leite é o processo mais utilizado, e é realizado por meio da adição de enzimas específicas, conhecidas como coalho ou coagulante. A denominação coalho é reservada para as enzimas obtidas do quarto estômago de ruminantes como, por exemplo, o coalho bovino [3]. 2. OBJETIVO Verificar o efeito da temperatura na atividade enzimática 3. MATERIAL Tubo de ensaio Pipeta graduada de 5 mL Conta gotas Bequer de 50 mL Cronometro Leite liquido Banho Maria Gelo (banho de gelo) Renina (enzima) Termômetro Estante para tubo de ensaio Pipetador 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Foi pipetado 5 mL de leite em 4 tubos de ensaio enumerados, o tubo I foi ao banho de gelo(entre 0 e 5°C) e teve o tempo cronometrado (5min), logo em seguida foi colocado 1 mL de renina e após 5 minutos agitando não houve coagulação, então foi necessário que fosse ao Banho Maria (entre 37 e 40°C) agitando sempre e após 1min 42s houve a coagulação. O tubo II ficou em temperatura ambiente (entre 28 e 30°C) tendo assim seu tempo cronometrado (5min), em seguida foi adicionado 1 mL de renina, agitado e em 4min 20s ocorreu a coagulação. O tubo III foi ao Banho Maria 2 (entre 37 e 40°) por 5 minutos e após colocar 1 mL de renina e agitar, houve a coagulação em 58 segundos. O tubo IV foi levado ao Banho Maria a aproximadamente 100°C por 5 minutos e após colocar 1 mL de renina e agitado, não houve coagulação em 5 minutos, então ao ser levado ao Banho Maria (entre 37 e 40°C) não houve coagulação também. 5. RESULTADO De acordo com o experimento proposto da aula prática os resultados estão apresentados na tabela abaixo (tabela 1): Tabela 1: Resultados gerais do experimento. Tubo Volume de leite (mL) Volume de Enzima (mL) Tempo de Reação (local previamente determinado) Tempo de Reação (Reação em outra faixa de temperatura) Faixas de temperaturas (°C) Condições de reação (em relação à temperatura) I 5,0 1,0 Não ocorreu reação 1min42s 0 a 5 Reagiu na faixa de 37 a 40 °C II 5,0 1,0 4min20s Reação ocorreu sem essa necessidade 28 a 30 Ocorreu a reação III 5,0 1,0 58 s Reação ocorreu sem essa necessidade 37 a 40 Ocorreu a reação IV 5,0 1,0 Não ocorreu reação para essa faixa de temperatura 100 Não ocorreu reação Autores, 2018. 6. DISCUSSÃO Para que reaçõesenzimáticas ocorram alguns fatores são primordiais no que diz respeito um desses fatores é a temperatura. Cada enzima apresenta uma faixa de temperatura que a mesma exercerá com boa desenvoltura suas atividades, no caso deste experimento proposto observou que na faixa de temperatura ótima a enzima provocou a coagulação do leite que é um processo em que enzima hidrolisa caseínas, especificamente a fração proteica kappa-caseína (substrato), 3 que estabiliza a formação de micelas e previne a coagulação do leite. Portanto, a coagulação do leite corresponde à formação de um coágulo firme (insolúvel), a coalhada, obtido através de modificações físico-químicas das micelas de caseína. Na faixa de temperatura ótima (37 a 40°C) a enzima age de forma eficaz e logo pode-se ver o que foi gerado na reação como foi no caso do tubo III em que com apenas 58 segundos para a coagulação do leite, nos demais casos, em temperatura ambiente (28 a 30°C) que é uma faixa inferior à temperatura ótima ocorreu a reação só que mais lenta a enzima vai demorar um pouco mais de tempo até chegar ao substrato ocorrendo assim a reação. Em um outro momento, foi adicionando a enzima ao leite que estava a uma faixa de temperatura de 0 a 5°C, faixa essa bem inferior à da temperatura ótima, nesse caso ocorreu a inativação da enzima e dessa forma não teve reação. Entretanto, ao ser alocado para o banho maria que está previamente aquecido com temperaturas próximas de 28 a 30°C, nesse momento a reação demora ocorrer em virtude do aquecimento do leite que ao chegar em um equilíbrio térmico ao ambiente demora cerca de um minuto e quarenta e dois segundos. Em outro caso extremo quando se adicionou a enzima ao leite em uma temperatura próxima a de 100°C houve a desnaturação da enzima isso porque a maioria das proteínas pode ser desnaturada pelo calor, que tem efeitos complexos nas muitas interações fracas da proteína (principalmente sobre as ligações de hidrogênio). Se a temperatura é aumentada lentamente, a conformação da proteína em geral permanece intacta até que, em uma estreita faixa de temperatura, ocorre uma perda abrupta da estrutura (e da função). A mudança repentina sugere que o desdobramento é um processo cooperativo: a perda de estrutura em uma parte da proteína desestabiliza as outras partes. Lembrando que se trata de desnaturação proteica irreversível. 4 Abaixo a reação enzimática é esquematizada de acordo com a velocidade em função da temperatura. 7. CONCLUSÃO As seguintes conclusões que podem ser feitas conforme o experimento proposto são: A faixa de temperatura ótima foi a que a enzima reagiu em menor tempo, ou seja, a faixa de 37 a 40°C, nas demais faixas ou não ocorreu reação em virtude da inativação da enzima e desnaturação proteica irreversível, faixas de 0 a 5°C e temperaturas próximas a 100°C, respectivamente, ou a reação ocorreu de forma em mais lenta que foi em temperatura ambiente (28 a 40°C). A coagulação do leite por ação enzimática é um método que também pode ser utilizado na fabricação de queijos devido aos bons resultados apresentados. 8. REFERÊNCIAS [1] BRASIL. Atividade enzimática. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/alimentus1/pao/ingredientes/ing_enzimas_atividade.htm>. Acesso em 30 de abril de 2018. [2] LEHNINGER, A. L. Princípios de bioquímica. São Paulo: Sarvier, 1993. [3] BRASIL. Dossiê enzimas – Enzimas. Disponível em: <http://www.revista- fi.com/materias/113.pdf>. Acesso em 30 de abril de 2018. 5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90A ti v id ad e en zi m át ic a Temperatura (°C) Gráfico da atividade enzimática da Renina em função da temperatura
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