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Profa. Me Gerusa Matias dos Santos/Profa. Me. Mariana Carrapeiro ! Definição Grupo variado de substâncias cuja estrutura básica é formada por C, H, O. Em sua maioria são polihidroxialdeídos ou polihidroxicetonas. ! São as biomoléculas mais abundantes na natureza; ! Cerca de 75% dos vegetais (complexas ou simples); ! Macronutriente - fonte primária de energia para o organismo: 4 kcal/g; ! Única fonte de energia utilizada pelo cérebro; ! O corpo armazena carboidratos em três lugares: fígado, músculo (glicogênio) e sangue (glicose); ! Matéria-prima para produtos fermentados. ! Classificação ◦ Quanto ao número de unidades glicosídicas: ! Monossacarídeos ! Oligossacarídeos (2-10 unidades) ! Polissacarídeos (> 10 unidades) MONOSSACARÍDEO Glicose DISSACARÍDEO Lactose Amido POLISSACARÍDEO (ETTINGER,2005) ! Principal papel: energético ! Maior parte do fornecimento de energia para o corpo (cérebro) ! Unidades fundamentais: glicose, galactose e a frutose ! Dissacarídeos: - sacarose: glicose + frutose - lactose: glicose + galactose - maltose: glicose + glicose ! Não há relatos de deficiência isolada de CHO na literatura ! O carboidrato é o nutriente que mais contribui como VET da dieta ! Indústria confeiteira e indústria processadora de frutas: reações de escurecimento; ! Indústria de alimentos em geral: propriedades do amido para obtenção de textura. Conteúdo de Carboidratos nos Alimentos Alimento % Tipo de Carboidrato Frutas 6 – 12 Frutose Milho e Batata 15 Amido Trigo 60 Amido Açúcar Branco 99,5 Sacarose Açúcar de Milho 87,5 Glicose Mel 75 Açúcares Redutores ! Açúcar redutor: qualquer açúcar que, em solução básica, forma algum aldeído. - frutose, glicose, maltose e lactose - sacarose se hidrólise ! Não há um método analítico capaz de quantificar todos os carboidratos de uma só vez. ! Combinam-se dois ou mais métodos. ! Baseiam-se em: - Reações coloridas provenientes da condensação de produtos de degradação dos açúcares em ácidos fortes com vários compostos orgânicos - Propriedades redutoras do grupo carbonila Muitos testes qualitativos têm sido adaptados como métodos quantitativos. ! Técnica que permite comparar a radiação absorvida ou transmitida por uma solução que contém uma quantidade desconhecida de soluto ! Enxergamos cores, pois as moléculas absorvem parte da luz visível e refletem outra parte. ! A parte refletida é captada pelo olho humano e interpretada pelo nosso aparato visual ! As espécies que absorvem luz são chamadas substâncias cromóforas. ! Ex: Jeans azuis absorvem luz alaranjada. Atribuição de um valor numérico à quantidade de luz que é absorvida. ! Requerimentos: ◦ O analito deve ser uma substância cromófora. ◦ Deve-se fazer a análise em um comprimento de onda específico para a substância. ◦ O aparelho deve ser zerado. ◦ Necessário a construção de uma curva-padrão. ◦ A quantidade de amostra analisada deve ficar dentro da curva padrão. ! Determinação de açúcares redutores: reação com cobre ◦ Munson-Walker: gravimetria ◦ Lane-Eynon: titulometria ◦ Somogy: microtitrimétrico ! Métodos cromatográficos: ◦ CG e HPLC Na determinação de açúcares totais, os açúcares não redutores são transformados em açúcares redutores por hidrólise ácida. ! Açúcares solúveis totais: ◦ Reação com Fenol + Ácido sulfúrico concentrado = Resulta em compostos de cor alaranjada que são medidos no espectrofotômetro. ! Açúcares redutores: ◦ Reação com Antrona + Ácido sulfúrico = compostos de cor que vão do marrom- esverdeado ao verde e que são medidos no espectrofotômetro. ! Amido: ◦ Reações com enzimas específicas + uma substância cromófora (ABTS) = Resulta em compostos de cor verde e que são medidos no espectrofotômetro. ◦ Amido resistente, amido disponível e amido total ! Mono e oligossacarídeos: ◦ CLAE – Cromatografia Líquida de Alta Eficiência ◦ CG – Cromatografia a gás ! Carboidratos totais por diferença: ! Método mais utilizado em análise de alimentos ! Limitação: superestimativa quando a % fibras não é determinada. 100 – (% umidade + % cinza + % proteína + % lipídeos + % fibras) ! Definição ◦ Fibra alimentar (FA) é a parte comestível de plantas ou carboidratos análogos que são resistentes à digestão e absorção no intestino delgado com fermentação completa ou parcial no intestino grosso. ! Falta definição universal ! A Food and Nutrition Board/ Institute of Medicine (2002): ◦ Fibra dietética: CHO e lignina não-digeríveis que estão intrínsecos e intactos nas plantas ◦ Fibra funcional: consiste no isolamento de CHO não- digeríveis que têm efeitos benéficos na fisiologia humana ◦ Fibra total: é a soma das fibras dietéticas com as funcionais ! Regulação da função intestinal; ! Prevenção de obstipação/constipação; ! Melhoramento da flora bacteriana intestinal; ! Inibição da absorção de substâncias prejudiciais; ! Prevenção de câncer de cólon; Funções ! Regulação do conteúdo de açúcar no sangue; ! Regulação do conteúdo de gordura no sangue, e do conteúdo de colesterol; ! Prevenção de formação de cálculo biliar; ! Prevenção de obesidade. ! Excessos: - Interferência no metabolismo - Redução da biodisponibilidade de alguns minerais - Fator antinutricional ◦ Ácido fítico - Encontrado em legumes, farelo de trigo e sementes - Prejudica a absorção de: Fe, Ca, Mg, Zn Apesar dessas evidências não existe UL para fibras ! As recomendações de consumo: baseadas na distinção da solubilidade em água " Solúveis (Pectinas e hemiceluloses) - Diminuem a absorção de ácidos biliares e têm atividades hipocolesterolêmicas - Diminui os níveis de triglicerídeos, colesterol - Reduz a insulinemia " Insolúveis (Lignina, Celulose e Hemiceluloses) - Aumentam o conteúdo do bolo alimentar - Auxiliam a redução da ingestão calórica ! Extração a quente com: ◦ H2SO4 (1,25%) ◦ NaOH (1,25%) ! Filtração ! Determinação ◦ Pesagem dos resíduos insolúveis ! Limitações: ◦ Perda de ! 20 a 50% de celuloses ! 50 a 90% de lignina ! 100 % de pectinas ! ± 75% de hemicelulose ! Extração a quente com soluções detergentes ! Tratamento com α-amilase / Termamyl ! Filtração ! Determinação ◦ Pesagem dos resíduos insolúveis ! Analisa: ◦ Celulose, hemicelulose insolúvel e lignina → NDF ◦ Celulose e lignina → ADF ! Limitações: ◦ Não determina → Fibras solúveis ◦ Perde uma parte da hemicelulose insolúvel ◦ Não solubiliza a proteína totalmente (Ex: isolado de soja) ◦ Amido não é totalmente removido mesmo na presença de enzimas (Ex: Leguminosas) ! Hidrólise do amido e da proteína com enzimas (puras) ! Precipitação fibra solúvel ! Separação das fibras por filtração ! Determinação ◦ Pesagem dos resíduos insolúveis (estufa a 105oC) ◦ Determinação das cinzas (525oC) e proteína (Nx6,25) ! Analisa: ◦ Fibra total ◦ Fibra solúvel ◦ Fibra insolúvel ! Utilizado: ◦ Tabelas de composição de alimentos ◦ Rotulagem de alimentos Etapa 1: ! Pesar 1 g de amostra desengordurada e seca em papel ! Adicionar a um béquer de 250 ml ! Adicionar 50 mL de tampão fosfato 0,08 M pH 6,0 ! Adicionar 0,1 mL de α-amilase termoresistente (hidrolisa as ligações α-1,4 do amido) ! Tampar com folha de alumínio e levar ao banho- maria em ebulição por 30 minutos ! Esfriar em temperatura ambiente. Etapa2: ! Acertar o pH para 7,5 c/ cerca de 10 mL de NaOH 0,275 N ! Adicionar 0,1 mL de protease (hidrolisa ptn = aa) ! Tampar com folha de papel alumínio ! Incubar a 60ºC/30 min. com agitação horizontal ! Esfriar em temperatura ambiente Etapa 3: ! Acertar o pH para 4,3 c/ cerca de 10 mL de HCl 0,325 N ! Adicionar 0,1 mL de amiloglicosidase (hidrolisa as ligações α 1-4 e α 1-6 do amido) ! Tampar com folha de papel alumínio ! Incubar a 60ºC/30 min. com agitação horizontal ! Transferir o hidrolisado para um béquer de 600 mL Etapa 4: ! Adicionar 280 mL etanol 98% a 60°C ! Deixar em repouso a T°C ambiente / 60 min. para precipitar Fibra Solúvel ! Transferir a mistura sob vácuo p/ um cadinho filtrante (pesar) c/ placa porosa, lã de vidro (1g), montado em um Kitassato Etapa 5: ! Lavar o o resíduo: ◦ 3 x 20 mL Etanol 78%; ◦ 2 x 20 mL Etanol 95%; ◦ 2 x 20 mL c/ acetona. ! Deixar evaporar o solvente orgânico na capela e secar o cadinho em estufa a 105 ºC/ overnight ! Deixar no dessecador p/ esfriar e pesar o cadinho ! Determinar proteínas e cinzas do resíduo na lã de vidro para descontar. ! Separação dos componentes da fibra ! Hidrólise dos polímeros ! Determinação: ◦ Espectrofotometria ◦ Cromatografia (GC ou HPLC) ! ANÁLISE DE CARBOIDRATOS ! Objetivo: ! Determinação de açúcares redutores em glicose. Lane-Eynon: titulometria ! Procedimento: ! Pese 2 a 5 g da amostra em um béquer de 100 mL e transfira para um balão volumétrico de 100 mL com o auxílio de água destilada; ! Complete o volume e agite. Filtre se necessário em papel de filtro seco e coloque o filtrado em Erlenmeyer de 250 mL. ! Transfira o filtrado para a bureta. ! Coloque num balão de fundo chato de 250 mL, com auxílio de pipetas de 10 mL, cada uma das soluções de Fehling A e B, adicionando 40 mL de água. ! Aqueça até ebulição. Titule com a solução da bureta sobre a solução do balão em ebulição, agitando sempre, até que esta solução passe de azul a incolor (no fundo do balão deverá ficar um resíduo vermelho de Cu2O) OU de azul para vermelho. ! ! Cálculo: ! ! ! 100 x A x a = glicídios redutores em glicose % ! P x V ! A = nº de mL da solução de P g da amostra a = nº de g de glicose correspondente a 10 mL das soluções de Fehling P = massa da amostra em g V = nº de mL da solução da amostra gasto na titulação
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