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analise bromatologica

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA – SZ1
DISCIPLINA DE BROMATOLOGIA
ANÁLISE DE ALIMENTOS
Milho
RECIFE – 2017
Ana Carolina Lima
Ana Luiza Nicoloff
Dijaina Ferreira
José Francisco Neto
Kalinina Ribeiro
ANÁLISE DE ALIMENTOS
MILHO
Seminário apresentado no curso de graduação de Bacharelado em Zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernambuco, para obtenção parcial de notas referentes a disciplina de Bromatologia, ministrada pela professora Ângela Maria Vieira Batista.
RECIFE- 2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
O milho é uma das plantas cultivadas mais antigas. Estudos fornecem elementos que permitem afirmar que o milho já existia como cultura, ou seja, em estado de domesticação, há cerca de 4.000 anos e já apresentando as principais características morfológicas que definem, botanicamente na atualidade.
A importância do cereal não se restringe ao fato de ser produzido em grande volume e sobre imensa área cultivada, mas, também pelo papel socioeconômico que representa. Em relação ao valor agrícola e industrial, as variedades podem ser divididas em grãos ricos em substâncias proteicas, próprias para a alimentação; grãos ricos em amiláceos, para fabricação de polvilho e álcool; grãos ricos em gorduras para a engorda de animais domésticos e grãos ricos em açúcares para produção de vários pratos.
Segundo Lima (2001), os produtos do milho podem ser obtidos no processo de industrialização tanto pela via seca quanto pela via úmida. Nas duas vias é possível observar variedade de produtos resultantes do processamento que poderão ser destinados à alimentação animal. Sendo que, os principais ingredientes obtidos do milho pela via seca são: 
a) gérmen de milho, que é o gérmen triturado e peneirado, podendo ser integral ou desengordurado; 
b) óleo do gérmen de milho, que é o produto da extração do farelo de gérmen de milho; 
c) canjica refere-se ao grão de milho, desprovido da película e do farelo de gérmen. Industrialmente, a canjica é obtida da passagem do milho limpo por degerminadores. É possível ter a apresentação granulométrica fina ou canjiquinha e uma granulométria maior, denominada canjicão; 
d) farelo de milho, que é o resultado da moagem parcial do grão de milho a seco, antes ou depois de germinado. O fubá de milho é o resultado da moagem fina do grão de milho a seco, antes ou depois de germinado, que é usualmente utilizado na alimentação humana; 
e) gritz, que são resíduos que sobram de todos os processos de fabricação dos produtos do milho. Por outro lado, na via úmida podem ser citados como ingredientes o farelo de gérmen de milho e o farelo de glúten de milho.
Os alimentos comerciais para animais de estimação são formulados com o objetivo de atender às necessidades específicas de nutrientes para suprir os diferentes estados fisiológicos. A cultura está presente nas principais regiões de criação, e constitui a base energética das rações de todos os animais domésticos por conter uma boa porcentagem de extrato etéreo. A energia presente nos alimentos é um produto resultante da transformação dos nutrientes, pelo metabolismo, sendo um dos fatores mais importantes na nutrição animal. É consenso entre os nutricionistas que a energia é um dos fatores limitantes do consumo, sendo utilizada nos mais diferentes processos, que envolvem desde a mantença, reprodução e alta performance, permitindo assim o máximo potencial produtivo. É também rico em amido, do qual se pode extrair glicose e dextrina. Da casca e glúten são produzidos o glúten 21 e o glúten 60. O glúten 21 é o mais utilizado para nutrição de ruminantes, apresentando alta disponibilidade no mercado e preços viáveis.
MATERIAL E MÉTODOS
	Foi coletada amostras do milho moído, que foram identificadas e armazenadas em sacos plásticos para posteriores análises laboratoriais. Posteriormente, as amostras foram trituradas em moinho tipo Willey passando por peneira de crivo de 1 mm de diâmetro e, então, submetidas a análises bromatólogicas no Laboratório de Nutrição animal (LNA) do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernambuco.
	As determinações de matéria seca (MS), matéria mineral (MM), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), da fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA) foram efetuadas segundo metodologias descritas por Detmann et al. (2012). As análises de FDN e FDA foram realizada no Determinador de Fibra TE-149 da marca Tecnal, usando sacos confeccionados com TNT – tecido não tecido. Para análises de FDN do milho moído, cada amostra foi tratada no momento da análise com duas gotas de α-amilase, por amostra, durante a lavagem com o detergente, bem como na lavagem com água para auxiliar na retirada dos resíduos solubilizados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
As médias dos coeficientes da matéria seca (MS), da proteína bruta (PB), da fibra em detergente ácido (FDA), da fibra em detergente neutro (FDN), e Extrato Etéreo (EE) do alimento de referência e teste obtido, estão apresentadas na Tabela 1.
Tabela 1. Composição química (%MS) do Milho Moído (MM).
	Analises (%) MS
	 Milho Moído (MM)
	Matéria Seca (MS)
	88,46
	Matéria Mineral (MM)
	1,37
	Matéria Organica (MO)
	87,24
	Proteína Bruta (PB)
	10,8
	FDN
	86,09
	FDA
	4,85
	Extrato Etério (EE)
	4,08
FDN= Fibra solúvel em detergente neutro. FDA= Fibra solúvel em detergente ácido.
Os valores de MS, MM E MO <88,46;1,37,87,24> estão dentro do estudo realizado por Zambom, M. A. et al.(2001), que realizou o estudou em relação ao valor nutricional da casca do grão de soja, farelo de soja, milho moído e farelo de trigo para bovinos, onde foi encontrado valores para composição química (%MS) do milho moído <88,63;1,15;98,85> para MS, MM E MO respectivamente. 
Já para Valadares Filho, S.C., Machado, P.A.S.,Chizootti, M.L. et al. (CQBAL, 2017), se apresenta valores de < 87,93; 1,60; 97,67> para as mesma analises. Sendo assim apresentado valores próximos ao esperado.
A partir dos resultados obtidos (tabela 1) nota-se que o valor de Extrato Etéreo (EE) foi de 4.08 (%/MS), concordando dos resultados encontrados por Zambom et al. (2001), que obtiveram valores de (4,14 %/MS). Concordando também com os resultados de registrados no CQBAL (2017) (imagem 1), que foi de 4,04%. A PB encontrada para o milho também foi similar ao resultado obtido por Zambom et al. (2001) o qual verificou valor médio de 9,04 %. As médias dos coeficientes da matéria seca (MS), da proteína bruta (PB), da fibra em detergente ácido (FDA), da fibra em detergente neutro (FDN), e Extrato Etério (EE) do alimento de referência e teste obtido, estão apresentadas na Tabela 1.
Figura 1: Dados do CQBAL (2017)
O valor FDA, 4,85 está dentro do estudo realizado por Zambom, M. A. et al.(2001), já o FDN, 86,09 está superior ao valor da literatura, onde o FDN pode ser explicado por algum erro ocorrido durante a análise, como alguma contaminação da amostra ou erro na solução de FDN. 
CONCLUSÃO
	Para as determinações de matéria seca (MS), matéria mineral (MM), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE) e fibra em detergente ácido (FDA) encontramos valores próximo ao da literatura, confirmando que os valores estão corretos. No entanto, para a determinação de fibra em detergente neutro (FDN) temos um valor muito alto, onde pode ter ocorrido algum erro durante o procedimento.
REFERÊNCIAS
DETMANN, E.; et al., Métodos para Análise de Alimentos.Visconde do Rio Branco, MG: Suprema, p. 214, 2012.
ZAMBOM, Maximiliane Alavarse et al. Valor nutricional da casca do grão de soja, farelo de soja, milho moído e farelo de trigo para bovinos. Acta Scientiarum. Animal Sciences, v. 23, n. 1, p. 937-943, 2001.
VALADARES FILHO, S.C., MACHADO, P.A.S., CHIZZOTTI, M.L. et al. CQBAL 3.0. Tabelas Brasileiras de Composição de Alimentos para Bovinos. Disponível em www.ufv.br/cqbal. Acesso em 14 de março de 2017.

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