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Civil VII 7 Termo 1 Bim

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7º Termo – 1º Bimestre
Facebook: @prof.adrianoweller (página) – contato, utilizar a página.
Aula 01 – 16/02/2018
	No primeiro bimestre trataremos de posse.
Direito Civil VII
Bibliografia básica/conteúdo programático
Direitos das coisas
Posse + Direitos reais (art. 1.225)
Posse nada mais é que o exercício de algum ou alguns dos direitos reais, mesmo a pessoa não sendo o proprietário.
Os direitos reais têm rol taxativo (não há dúvida). Se tiver na lista é direito real, senão não é.
Propriedade é o único direito real maior. E o proprietário goza de 4 prerrogativas (U.G.D.R.). Os demais (outros 12) são direitos reais menores, porque descendem do primeiro (propriedade): o proprietário vai conceder a outra pessoa, que não o proprietário, algumas dessas prerrogativas; há, portanto, dois titulares de direitos reais, o proprietário, que cede temporariamente e a outra pessoa.
Há corrente minoritária que entende ser possível outros direitos reais fora do art. 1.225, desde que o legislador diga que aquele direito é um direito real.
	Esse, nosso conteúdo programático: começa pela posse, que não é um direito real, para alguns é um fato, mas que gera direitos, portanto, um misto entre fato e direito; posse e direitos reais (maior, propriedade, e direitos reais menores inciso II a XIII).
	1º bimestre, posse, 2º bimestre, propriedade. A partir do 2º semestre, direitos reais menores, dando seguimento.
Não entendo “direito das coisas”, a culpa é de quem?
A questão do direito das coisas começa no direito romano, onde até mesmo pessoas eram consideradas propriedades (coisas).
Na verdade, a propriedade começa muito antes; o homem, quando fixa em local específico (se estabelece) começa a acumular coisas, nasce o direito de propriedade, apropriação, de vínculo com as coisas. E quanto mais coisas ele tem, mais poder.
Cria-se a noção de dominus, aquela pessoa que se apropria de determinada coisa, e essa coisa passa a ter interesse para o ordenamento jurídico; surge do direito romano o embrião do direito de propriedade. Isso permanece até por volta de 1800, Savigny faz uma releitura do direito de propriedade, e viu que havia a possibilidade de outras pessoas utilizarem e percebem os frutos de determinado bem (posse).
A primeira teoria (de Savigny) tinha uma falha, pois trazia que a posse necessitava de dois elementos: um objetivo e um subjetivo.
Objetivo: contato físico com o bem; (essa era a falha, se não ter o contato físico, não tinha como ter a posse); aí cria uma contra teoria chamada posse derivada.
Subjetivo: animus domini, querer ter a coisa para si.
Já Ihering (aluno de Savigny) traz uma nova visão, trazendo que a posse só precisa de um elemento, do corpus, não o mesmo corpus que Savagny traz, mas que se comporte (conduta) como dono, proprietário (basta ter a coisa consigo), onde o possuidor se utilizada de poderes da propriedade.
Então, aparenta ser o dono, mas pode não ser. Então o possuidor é o proprietário presuntivo (presumível – que se pode presumir).
É claro que com a CF/88 surgem novas teorias chamadas sociológicas, ou seja, alguém que não é proprietário, através da posse contínua no tempo, sem reivindicação (posse mansa, pública e pacífica), pode passar a ser dono da coisa. A CF fala que é mais importante quem torna a coisa produtiva do que ser dono/proprietário.
1. Direito das Coisas (linhas gerais)
Leitura obrigatória (Gonçalves, Vol. V, p. 19 e ss) e Fiuza, César (p. 827 e ss – volume único), Flávio Tartuce também é volume único.
“Revisitação”
O que disciplina o direito civil? Art. 1º, lei nº 3.071 de 1º de janeiro de 1.916.
O Código anterior, de 1916, trazia o seguinte texto no art. 1º: “Este código regula os direitos e obrigações de ordem privada, concernentes às pessoas, aos bens e às suas relações.”
É qualquer tipo de relação? Somente de ordem privada. (entre pessoas, e entre pessoas e bens)
Como é dividido o CC?
Parte Geral
	Livro I: Pessoas
	Livro II: Bens
	Livro III: Fatos jurídicos (ACME)
Parte Especial
	Livro I: Obrigações
	Livro II: Do Direito de Empresa
	Livro III: Direito das coisas
O que são bens?
Bem ou coisa é tudo aquilo que não é humano, e dentre esse universo, aqueles que tem valor econômico, ou não, mas que tem valor jurídico. Ou seja, deve possuir valor jurídico.
O que é fato jurídico? Quais os tipos de relações jurídicas?
2 Tipos de relação jurídica, que geram ACME:
P-P, chamado pela doutrina de relação jurídica obrigacional, sendo as pessoas o sujeito ativo, porque tem direito, e sujeito passivo porque tem deveres. O vinculo entre os sujeitos é chamado de prestação devida, ou relação jurídica obrigacional, ou pessoal, ou creditícia. Essa relação produz um efeito jurídico, por isso um fato jurídico.
P-B, relação jurídica real. Há o sujeito ativo e objeto, podendo o objeto ser mediato ou imediato. O vínculo entre a pessoa e o bem é chamado de domínio (se tangível ou corpórea). Nesse caso, o sujeito passivo é as demais pessoas. Para quem não tem vínculo com o objeto, surge o dever real de respeitar o livre exercício do direito pelo proprietário.
	Bens: Silvio Rodrigues, bem ou coisa é tudo aquilo que não é humano; o que é humano é pessoa; cachorro é coisa; ouro é coisa. Dentro do universo das coisas, temos algumas que tem valor econômico e por isso jurídico; mas há coisas que não tem valor econômico, mas tem valor jurídico, como exemplo um cachorrinho vira-lata.
	O bem nada mais é que uma coisa, que tem valor econômico ou jurídico.
	Ato lícito: conforme a lei manda; ilícito, contrário ao que a lei determina.
Segundo Beviláqua (“apud” Gonçalves, p. 19):
Direito das coisas “é o complexo de normas reguladoras das relações jurídicas referentes às coisas suscetíveis de apropriação pelo homem. Tais coisas são, ordinariamente, do mundo físico, porque sobre elas é que é possível exercer o poder de domínio.”
	São várias normas. As normas são divididas em princípios e regras. Relações jurídicas entre pessoas e bens. O homem é sujeito e as coisas são objetos da relação jurídica. Relações jurídicas reais quando o homem se apropria de alguma coisa.
	Poder de domínio é o vinculo entre a pessoa e a coisa.
	Se o bem não for corpóreo, não há como exercer domínio, pois não é tangível, mas pode-se exercer a propriedade.
	Pode-se dizer que propriedade é gênero do qual domínio é espécie.
Coisa é gênero do qual bem é espécie!
Coisa é conceito maior no qual está inserido o conceito de bem.
Coisa, bem e domínio
Conceito de coisa: Coisa é tudo que existe objetivamente, com exclusão do homem. A.W.R.
Bens: são coisas úteis, que contém valor econômico, suscetíveis de apropriação pelo homem, sobre as quais possa existir um vínculo, denominado domínio.
≠ Caio Mário da Silva Pereira
Nesse sentido a crítica de Flávio Tartuce => “Direito dos bens”
≠ CC -> português, alemão, austríaco
Quanto à expressão “domínio”, Antonio Houaiss: Domínio é o direito legal de propriedade sobre alguma coisa
- Para FIUZA: “O Direito das Coisas é o ramo do Direito Civil que regula as relações jurídicas reais, entendidas estas com as que se estabelecem entre titular de uma coisa e a sociedade em geral.”
Para a próxima aula: fichamento: Os bens e sua classificação. Individual e manuscrito. Mínimo de 4 laudas, bibliografia Gonçalves, vol. I, página 283 a 322. Valor 1,5 na média.
Aula 02 – 23/02/2018
	 Na página, vídeo de Clóvis (ler e entender é questão de brio).
1 – Direito das coisas (linhas gerais)
- Direito das coisas para BEVILÁQUA
	Várias normas jurídicas. As normas são divididas em princípios e regras. Regras que ocorrem entre uma pessoa e um bem (P-B).
	Para o homem se apropriar, tem que valer alguma coisa, seja de valor econômico ou jurídico. É por isso que é possível que o dano seja moral.
- Para FIUZA:
	“O Direito das Coisas é o ramo do Direito Civil que regula as relações jurídicas reais, entendidas estas como as que se estabelecem entre o titular de uma coisa e a sociedade em geral.”
	Ele já diz que que o direito das coisas éum dos ramos do direito civil. Como se pode ver nos livros I (direito das obrigações) e livro III (direito das coisas).
	Titular de uma coisa e a sociedade em geral: óticas diferentes; Gonçalves olha numa escala microscópica (relação jurídica que produz ACME). Temos um direito (UGDR) e um bem, por isso foca nessa relação.
	Já o FIUZA tem uma visão mais ampla: todo mundo que está fora dessa relação é um sujeito passivo.
	Aula de hoje: tratar dessa diferença de análise.
	Na primeira aula diferenciamos relações obrigacionais (P-P) das relações reais (P-B).	
Direito das Obrigações X Direito das Coisas (FIUZA, p. 827)
Relações jurídicas obrigacionais (pessoais ou creditícias)
	Pessoa e pessoa, entre eles uma relação (vinculo) chamada de prestação. São pessoais porque entre pessoas; creditícias porque referem-se a uma relação de crédito.
Relações jurídicas reais
	Relação jurídica que acontece entre pessoa e bens, e entre eles um vínculo chamado de domínio.
Livro I – O Direito das Obrigações (segundo FIUZA)
	Cuida das relações de crédito entre credor e devedor. Nas relações jurídicas obrigacionais, haverá sempre, de um lado, o devedor, e de outro, o credor; e entre eles, a prestação devida. Ao dever de realizar a prestação corresponde o direito de exigi-la. (WELLER, Adriano)
	De uma forma gráfica: Devedor - prestação devida - Credor. Devedor sujeito passivo, credor sujeito ativo; Direito do credor, receber o bem; Direito do devedor, entregar o bem.
	Em se falando do comprador e devedor, ambos são sujeitos ativos e sujeitos passivos. O Vendedor tem o direito de receber a grana e o comprador o dever de pagar; E se ele pagar? ...
	Um outro exemplo, seria uma prestação incerta, gerando certa dúvida no cumprimento, pois o artigo 104 permite objeto determinável (gênero, quantidade).
Livro III – Já no Direito das coisas,
Isto é, nas relações jurídicas reais, primeiramente haverá sempre uma pessoa e um bem. A pessoa é titular do bem (se é titular, existe um vínculo, que é o domínio); porém devem existir outras pessoas ainda, que não detém qualquer direito sobre esse bem. Portanto, as relações jurídicas reais estabelecem-se entre o titular de um direito de um bem e os não titulares de direito sobre esse bem.
O vínculo entre pessoa (objetivo ou subjetivo); o seu dono é o sujeito ativo, porque tem um direito subjetivo.
	Direito objetivo: não há escolha; ou cumpre a norma jurídica, ou há uma punição.
Direito subjetivo: há a “facultas agendi”, prerrogativas de fazer ou não fazer.
	Então, o direito de propriedade, o vínculo de um sujeito com um objeto dá a ele prerrogativas.
	Portanto, o vínculo de uma pessoa e um objeto dá prerrogativa de usar, gozar, dispor e reaver, exercendo se quiser ou não. Cuidado apenas com o reivindicar (reaver), os demais são prerrogativas. Lembrar da usucapião.
	O vínculo entre a pessoa e o objeto é subjetivo.
Só há titular porque existem não titulares
Robinson Crusoé X Índio “sexta-feira”
	Não há dúvidas que Crusoé exercia prorrogativas sobre a cabana. Enquanto sozinho, não havia necessidade de estabelecer um Direito (ordenamento jurídico), não havendo necessidade de norma agendi, de um ordenamento jurídico, quanto mais de um direito (com d minúsculo – como o de propriedade), porque era só ele que usava a ilha.
	Com a chegada o índio, estabelecem-se regras para que não hajam conflitos, surgindo assim o Direito.
	É isso que esse autor está falando. Se não houver outras pessoas, não há direito de propriedade.
Quem seriam esses titulares?
	E outras pessoas que não tenham vínculo com esse bem, ou seja, que não estejam em condomínio.
	Pegando-se como exemplo um imóvel, é possível saber quem é o proprietário (titular), portanto sendo um sujeito ativo determinado, e um objeto determinado; já o não titular, trata-se de número indeterminado, ou seja, todos os que estão fora da relação.
	Todas as demais pessoas, em vista da relação real, têm um dever real. Dever real de se abster (abstenção), de não atrapalhar a relação.
	Se atrapalhar a relação, esse sujeito passivo passa a ser determinado, pois é contra ele que será movida a ação possessória.
	O proprietário pode sofrer: esbulho (perda da posse – reintegração de posse), turbação (ainda tem a posse – manutenção de posse) e ameaça (ainda não está interferido no direito do proprietário – interdito proibitório). 
	Os não titulares seriam os sujeitos passivos, todos que têm o dever real, porque não tem o domínio do bem.
Direitos e obrigações reais (FIUZA):
	O professor prefere o termo de dever real, porque obrigações remete ao direito das obrigações, mas é opção pessoal.
	Da oposição entre titulares e não titulares, surgem direitos e deveres. Os deveres, também chamados obrigações reais, traduzem-se na abstenção de qualquer ato prejudicial ao direito do titular (UGDR). São deveres respeito ao direito do titular. Correspondendo a esses deveres, há os direitos do titular, direitos sobre o bem, sobre a coisa, daí seu nome, direitos reais. (WELLER, Adriano).
	No direito romano, expressão dominus, daí surgiu dono. Os romanos tinham a expressão “jus in re”, direito sobre a coisa. O direito real adere a essa coisa, por isso, por onde essa coisa vá, essa coisa continua sendo minha, porque o direito aderiu a coisa.
Princípio da taxatividade ou “numerus clausus” (art. 1.225, CC)
Conclusão
Art. 5º, “caput”, XXII e XXIII, CF
Art. 170, I e III, CF
Ordenamento composto dual
Capitalismo Liberal – Dirigismo econômico
Welfare State / Social-Democracia
Aula 03 – 02/03/2018
1. Direito das coisas (linhas gerais)
- Conclusão
- Art. 5º, “caput”, XXII e XXII, CF
- Art. 170, II e III, CF
Capitalismo Liberal – Dirigismo econômico
Welfare State / Social-Democracia
	Pode-se afirmar que, tomado nos seus lineamentos básicos, o direito das coisas resume-se em regular o poder (domínio) dos homens, no aspecto jurídico (direitos e deveres), sob a natureza física, nas suas variadas manifestações, mais precisamente sobre os bens e os modos de sua utilização econômica (usar no trabalho, emprestar). Para enfatizar a sua importância basta relembrar que se trata da parte do direito civil que rege a propriedade, instituto de significativa influência na estrutura da sociedade. WELER, ADRIANO.
	Quem disse isso foi Gonçalves. Até agora os conceitos eram de fácil compreensão, mas este acima é um dos mais densos.
	Nos seus lineamentos básicos: o resumo da obra é o seguinte, regular o poder dos homens; que poder? Vínculo, chamado de domínio (esse é o poder do homem); aspecto jurídico, porque esse domínio é exercido de forma bastante ampla, mas jurídico estamos falando de direitos e deveres; natureza física porque só dá para falar de domínio quando o bem é corpóreo, sendo incorpóreo até há propriedade, mas não domínio.
	Utilização econômica: como utilizar? O primeiro direito elementar é usar, o segundo é gozar. Quem fala muito disso foi Karl Marx.
	Nas suas mais variadas manifestações: se estamos falando de propriedade, no art. 1.225 há 13 possiblidades de relações jurídicas reais; além dessas, infinitas possiblidades quando se estiver tratando de contrato.
	O Contrato realiza a circulação de riqueza gerando desenvolvimento/crescimento.
	O resumo da obra é o seguinte, o direito das coisas regula as relações para geração de capital, e gerando riqueza o pais se desenvolve; e isso pode ser feito de várias formas.
	Gonçalves arremata que a propriedade tem grande importância na sociedade: Por que? o art. 5º traz 5 direitos, os demais são desdobramentos desses direitos.
	A Constituição é o documento legal que cria e organiza o Estado brasileiro. No art. 5º traz 5 direitos fundamentais: V.L.I.S.P. Propriedade é importante? Sim, tal quanto à vida.
	Além disso, nos incisos XXII do artigo 5º/CF ele (legislador) reafirma o direito de propriedade. 
	O direito de propriedade é garantido, mas não é absoluto pois a propriedade deve cumprir a sua função social (XXII do art. 5º).
	Um terreno urbano abandonado, por exemplo, pode ser apropriadopor usucapião.
- Ordenamento posto dual
	O ordenamento jurídico brasileiro possui ordenamento dual porque mistura um comportamento capitalismo liberal com social democracia.
	No art. 170 da CF define como será...
	Segundo Eros Graus, o Estado brasileiro está assentado em pilares: soberania, valor social do trabalho. Quando se fala em constituição econômica, está se construindo um segundo andar, e os pilares desse segundo andar está no art. 170, ou seja, a economia se assenta no pilar da propriedade privada, na livre iniciativa, na livre concorrência, etc. Para se manter a livre concorrência e a livre iniciativa, que são coisas antagônicas, como será? É o que ocorre quando se impede que se crie forme-se grandes grupos econômicos, ou seja, havendo liberdade de empreender e de concorrer, deve-se limitar a liberdade de empreender para dar liberdade de concorrer.
	O Nosso ordenamento, portanto, fala de capitalismo liberal (Adam Smith – liberdade de empreender), mas não é pleno porque aceitam-se formas de dirigismo estatal (o estado só faz aquilo que o particular não consegue). Só que ele oscila entre capital liberal e a social democracia.
	A social democracia: (justiça social / welfare state). No brasil temos o SUS, nos Estados Unidos não; o miserável tem cartão para acesso ao hospital particular.
	Progresso: por conta da propriedade privada.
	Nesse sentido temos o direito público e o direito privado
2. Direitos reais x direitos pessoais
- Direitos reais: dentro de uma relação jurídica real
	Direitos reais: 
	Deveres reais: não titulares
- Direitos pessoais: dentro de uma relação pessoal ou creditícia
	Inseridos dentro da relação jurídica obrigacional, com sujeito ativo e passivo.
- Direitos absolutos e relativos
	A doutrina também utiliza para diferenciação dos direitos reais e pessoas.
* Doutrina
Para Santiago Dantas (“apud” Gonçalves, p. 26):
O direito é relativo quando o dever recai sobre determinada pessoa ou determinadas pessoas; o direito é absoluto quando o dever jurídico recai indistintamente sobre todas as pessoas. WELER, Adriano.
Assim, os direitos reais são absolutos. Os romanos chamavam de “erga omnes”, também se trata do principio absolutivo.
Direitos reais => direitos absolutos.
Direitos pessoais => direitos relativos. Quem tem que adquirir a prestação é o sujeito passivo; o dever recai sobre pessoa ou pessoas determinadas. Os contratos fazem lei entre as partes, princípio da ... “pacta sunt servanda”; pode-se escolher se quer ou não fazer; trata-se de autonomia da vontade. É oponível somente contra quem contratou.
Caracteres distintivos (p.30) – Segundo Gonçalves
	Ainda dentro dos direitos reais e pessoas, sobre como eles se diferenciam. Nos direitos reais há 8 ou 9 princípios. Se aplicar o princípio, dá para saber se é ou não direito real
O objeto do direito real há de ser, necessariamente, uma coisa determinada:
(No direito obrigacional não).
O sujeito ativo é determinado, o objeto determinado e o sujeito passivo é indeterminado (todo mundo que não tem o vínculo)
Obrigação, sujeito passivo e ativo determinado, mas o vínculo pode ser determinado ou determinável.
A violação de um direito real consiste sempre num fato positivo: 
Por que um fato positivo? No direito real, os direitos são (UGDR); os deveres é abstenção; não fazer; se interfere, há um fazer, quando deveria abster-se. No direito pessoal obrigacional ou creditício: dar, fazer ou não fazer.
O direito real concede ao titular um gozo permanente porque tende à perpetuidade:
Quando se compra uma casa, dize que o vínculo é perpetuo (P-B). O vinculo será extinto, se não for pela alienação, é com a morte, mas o vínculo não se encerra; ou seja, não se perde a não ser pelas formas legais. E o direito obrigacional? Quando se cria uma obrigação, há uma data para ser adimplida. Havendo o pagamento de uma nota promissória, por exemplo, a obrigação é extinta. Portanto o direito real segue o princípio da perpetuidade e os pessoais o princípio da 
Somente os direitos reais podem ser adquiridos por usucapião
O direito real só encontra um sujeito passivo concreto no momento em que é violado, pois, enquanto não há violação, dirige-se contra todos, em geral, e contra ninguém, em particular.
Já os direitos pessoais já nascem com um credor e um devedor determinado.
4. Traços característicos (da relação jurídica real ou do direito real)
Para Guillermo Allende (“apud” Gonçalves, p.29):
O direito real é um direito absoluto, de conteúdo patrimonial, cujas normas, substancialmente de ordem pública, estabelecem entre uma pessoa (sujeito ativo) e uma coisa determinada (objeto) uma relação imediata, que previa publicidade obriga a sociedade (sujeito passivo) a abster-se de praticar qualquer ato contrário ao mesmo (obrigação negativa), nascendo, para a hipótese de violência, uma ação real que outorga a seus titulares as vantagens inerentes ao “ius persequendi”... WELER, Adriano.
Absoluto porque o dever recai sobre a coletividade.
Porque obrigação negativa? É um não fazer, se ele faz, obrigação positiva.
“ius persequendi”: direito de perseguir; por exemplo, móveis, dá-se com a tradição, havendo publicidade, o direito adere a coisa, e aderindo, pode-se perseguir a coisa.
Direitos reais => normas de natureza cogente (de ordem pública)
Direitos pessoais => normas dispositivas ou facultativas (que permite as partes o exercício da autonomia da vontade)
Aula 04 – 09/03/2018
	Recomendação: vídeo Leandro Carnal, falando sobre o direito de propriedade (+- 1 hora - palestra).
Direitos reais x direitos pessoais
	Terminado na última aula; alguns confrontos, que diferenciam direitos reis de direitos pessoais.
Traços característicos
	Estabeleceu-se alguns conceitos (Guilherme). No ordenamento jurídico brasileiro, duas possibilidades: consensualismo e formalismo, no que tange à manifestação de vontade.
A manifestação de vontade é importante porque, para ser direito pessoal, tem que ter negócio jurídico. O direito pessoal, com a publicidade, vai se transformar em direito real.
Começa pelo fato, humano, licito, com intenção de produção de efeitos, e para ser negócio jurídico, para existir, primeira coisa manifestação de vontade.
Essa primeira manifestação de vontade corresponde ao primeiro requisito de validade. Para ser existente e válido, a manifestação tem que ser emitida por agente capaz, ou suprida a sua capacidade. Normalmente existe e válido já produz efeito, a não ser que as parte modifiquem o tempo para produzir efeito.
Objeto idôneo: no penhor, tem que ter, necessariamente na formação do negócio, um objeto móvel.
Ou seja, precisa ver se o objeto é móvel, quando mais saber se é real ou não.
O objeto, possível determinado ou determinável.
Depois se é consensualismo ou formal: a regra é o art. 5º, consensualismo; formalismo é exceção, art. 107, CC.
No direito real existe forma? Sim. Se não preencher o que a lei está mandando, não haverá direito real.
Na servidão, um dos requisitos é que o prédio seja de outro dono, se for do mesmo dono, trata-se de mera serventia e não servidão. Mesmo que se faça contrato de servidão, o cartório não registra, se registra não tem publicidade, se não tem publicidade não tem aderência, portanto não tem direito real.
Direitos reais => normas de natureza cogente (de ordem pública)!
Aplica-se a todos. O direito absoluto quando o dever recai sobre um número indeterminado de pessoal.
O direito real é absoluto. O pessoal é relativo.
Por que no direito pessoal as regras são livres, ou seja, qualquer tipo de negócio, sejam os nominados ou os inominados? Por que se pode criar mais direitos pessoais do que estão no código e direitos reais não pode?
É possível criar um 14º direito real? O problema é que o direito real tem um sujeito ativo determinado e um sujeito passivo indeterminado, por isso não é possível. Trata-se de questão de ordem pública (absolutismo: contra todo mundo)
No direito pessoal é possível porque o vínculo é entre os sujeitos, vale o as partes estabelecerem(“pacta sunt servanda”) 
Direitos pessoais => normas dispositivas ou facultativas (que permitem as partes o exercício da autonomia da vontade)!
Considerando a pirâmide de Kelsen, a sentença e o contrato ficaria na base, fazendo lei entre as partes.
Princípios fundamentais dos direitos reais
*** serão muito falados durante as aulas.
Os princípios são muito importantes. Por exemplo, por mais que o código fale da publicidade de modo genérico, em todos os tipos ele reforça a necessidade da publicidade. Por exemplo, 1.339 (de superfície, etc.). Cada um dos direitos reais tem o seu tipo.
São fundamentais porque se não preenchidos, não é direito real.
São oito, embora alguns tragam nove.
Princípios:
	Pelo professor, taxatividade, tipicidade, publicidade, aderência, absolutismo... Mas deve começar pelo menos pela publicidade, só que a ordem abaixo foi a ordem que Gonçalves escolheu.
Princípio da aderência, especialização ou inerência; (2º)
Significa que o direito real adere a coisa. Para onde quer que essa coisa vá, exerce-se a reivindicação.
Princípio do absolutismo; (3º)
Oposição desse direito, “erga omnes”. Todas as características que vimos, ensejam esse conceito.
Não titulares em número indeterminado.
Princípio da publicidade ou da visibilidade; (1º)
Requisito sem o qual não tem direito real. Se tem publicidade, há uma possibilidade de ter direito real. O contrato de servidão, se não registrado, não é direito real.
Por que tem que ter publicidade? Porque os não titulares precisam saber para respeitar o UGDR.
É a partir daí que tem a aderência, e a possibilidade de oposição.
Princípio da taxatividade ou ‘numerus clausus’;
Nosso conteúdo programático está na taxatividade, art. 1.225, CC.
São os 13 incisos do 1.225. A alienação fiduciária em garantia a corrente minoritária diz que não importa que esteja naquela lista, por exemplo, o pacto de retrovenda, considerada pela corrente minoritária um direito real, também a alienação fiduciária em garantia.
Já a maioria, entende que não.
Princípio da tipicidade;
Vai além da taxatividade. Na taxatividade o legislador diz quais são os direitos reais; na tipicidade o legislador descreve o que tem cada direito real.
Princípio da perpetuidade;
Vem de perpetuo, ou seja, para toda a vida. Os doutrinadores afirmam que os direitos reais não se perdem, a não ser pelas hipóteses legais.
Princípio da exclusividade;
Um mesmo direito real não pode ser ocupado por dois titulares diferentes. No caso de condomínio, duas pessoas e um bem, por exemplo, o bem pertence a dois, mas estes não ocupam o mesmo espaço, pode ser 50% de um e 50% de outro.
Princípio do desmembramento;
Esse princípio é um dos mais importantes no segundo semestre.
Só há um direito real maior: propriedade, que tem os quatro poderes reunidos (UGDR). Então só o proprietário tem a propriedade plena ou limitada. O proprietário tem a propriedade limitada quando ele cede alguns desses poderes a alguém. Isso ocorre em razão do princípio do desmembramento.
Direito objetivo: quebrar a regra, recebe sanção; direito subjetivo: quebra a regra, nada acontece, facultas agendi.
Então UGDR trata-se de direito subjetivo. A pegadinha se dá em razão do direito de reaver. A princípio uma invasão pode ser violenta, neste caso há o detentor, se não exercer o direito de reaver, a detenção passa à posse, podendo a partir de então a ter direito contra terceiros e contra o dono. A partir daí passa a contar o prazo para usucapião, transformando a posse em titular de propriedade.
Mas de qualquer forma a reivindicação é direito subjetivo, mas se não for exercida, pode haver a perda da propriedade.
O direito real menor é perpetuo? Não. Se a propriedade plena sofreu desmembramento, a ideia é que haja um remembramento.
Uma doação, com reserva de usufruto, quem recebeu a doação pode vender? Para ilustrar, pessoa que faz a doação transmite o vínculo para terceiro (P-B); se houve a doação, em regra os poderes vão para quem é feito a doação (UGDR), só que o usufruto (UG) permite que o usufrutuário alugue um imóvel (G – frutos civis, alugueis de imóveis). Se o usufruto for vitalício, com a morte do doador, os poderes de U e G voltam para quem recebeu a doação. Nesse caso, quem recebe a doação é Nú-proprietário.
Havendo a venda, aquele que comprar deve respeitar o direito do usufrutuário.
* Princípio da consolidação
Princípio da aderência, especialização ou inerência
Estabelece um vínculo, uma relação de senhoria entre o sujeito e a coisa, não dependendo da colaboração de nenhum sujeito passivo para existir.
Enquanto não houver a aderência, não haverá o vínculo de domínio entre a pessoa e a coisa. Não é que não precisa de sujeito passivo, mesmo porque a própria ideia do direito surge da relação de alteridade.
A apropriação se dá em razão de utilidade, ou do valor econômico, como ocorrem com as coisas raras.
No direito pessoal, o vínculo se refere a uma pessoa. Até mesmo quando se visa a alcançar uma coisa que deve ser prestada pelo devedor, o que se encontra em primeiro plano não é a coisa, mas sim o devedor. (Gonçalves).
Pela redação do art. 481, CC (Compra e Venda), fala-se, não que transfere, mas que se obriga a transferir a propriedade. Isso quer dizer que há uma obrigação de dar, um vínculo com uma pessoa, e não com a coisa, ainda que isso recaia sobre uma coisa.
“A aderência do direito real à coisa não é senão a constatação do fato de que o direito real permanece incidindo sobre o bem, ainda que este circule de mão em mão e se transmita a terceiros, pois o aludido direito segue a coisa (ius persequendi) em poder de quem quer que ela se encontre.“. WELER, Adriano.
Aula 05 – 16/03/2018
Princípios fundamentais dos direitos reais
* Leitura recomendada: Gonçalves, p. 30-38.
* Para próxima aula: 23/03/2018
Fichamento: “Jus praeferendi” (prelação) e “Jus persequendi”: Páginas 539 a 543.
* Maiores informações na Página!
	São fundamentais porque são alicerces para se descobrir se ele é real ou não.
Princípio da aderência, especialização ou inerência
É através desse princípio que é estabelecido o vínculo (domínio). No direito pessoal, o vínculo se refere a uma pessoa (P-P – Dar, fazer ou não fazer).
Havia uma máxima romana (“adere à coisa como a lepra adere ao corpo”). A aderência no direito real, é a mesma coisa. Uma vez que o direito adere à coisa, surge o direito de perseguir a coisa.
O art. 1.228 estabelece os direitos elementares referentes à propriedade (4); este artigo não traz a definição de propriedade, mas que o proprietário tem a faculdade (direito subjetivo positivado) de UGD, de forma livre, da sua coisa (P-B – aquela que o direito real aderiu). Se não for respeitado, nasce o direito de sequela (art. 1.228, parte final).
O direito de reaver era chamado no direito romano de “rei vindicatio”.
Apesar de livre, não é tão livre: função social, preservar patrimônio histórico, etc. (ver artigo 1.228).
A reivindicação permite até mesmo o desforço próprio, indo buscar a sua coisa, dentro de um parâmetro, não ultrapassando atos necessários para reaver a sua coisa.
Como exemplo típico, Eldorado dos Carajás onde quase todo mundo morreu.
Não conseguindo, dentro dos três poderes (E.L.J), busca o judiciário para buscar a pacificação dos conflitos.
Tutela do direito real é sempre mais enérgica e eficaz do que o direito de crédito (Gonçalves)
Essa é uma das consequências do direito de crédito. É necessário socorrer-se do judiciário para buscar que a prestação seja satisfeita;
Já no direito real, é possível utilizar-se de uma ação real, como as ações reivindicatórias, com possibilidade inclusive de pedido liminar. Qual a diferença entre liminar e da antecipação da tutela? Em ambos se conseguirá uma antecipação do que se pede, mas a diferença entre uma e outra é o contexto probatório. Na liminar há apenas uma suposição, já na antecipação da tutela a prova é mais robusta; já no pedido liminar só uma “fumaça do bom direito”.
Por isso, além de mais enérgica, é mais eficaz.
Tal princípioé encontrado no art. 1.228, “in fine”, CC
Princípio do absolutismo
Os direitos reais se exercem “erga omnes”, ou seja, contra todos que devem abster-se de molestar o titular.
“Erga omnes”: contra todos; se é contra todos, é contra todos os não titulares, que se encontram fora da relação, do vínculo, P-B. Porque se não houver não titulares, eu não tenho portadores de dever. Sendo direito absoluto, o dever recai sobre um número indeterminado de pessoas.
Surge daí o direito de sequela ou “jus persequendi”, isto é, de perseguir a coisa e de reivindicá-la em poder de quem quer que esteja (ação real), bem como o “jus praeferendi” ou direito de preferência.
É justamente por ele ser oponível “erga omnes” que o direito aderiu a coisa; em razão de ele estar na coisa.
Se houvesse UGD e não houve o direito de reaver, não seria possível manter os primeiros, todavia o 4º só existe em relação aos primeiros.
Direito de sequela na lição de ORLANDO GOMES:
“Direito de sequela é o que tem o titular de direito real de seguir a coisa em poder de todo e qualquer detentor (é injusta) ou possuidor (terá que ponderar se é justa ou injusta)” ADRIANO
Detenção é uma posse degradada; parece posse, mas não é.
Detenção ou posse injusta: Marcada pela violência, clandestina e precária.
Por exemplo, se o locatário não devolve o imóvel locado, ato término do período, tem-se a posse precária, que não convalesce (é o único vício que não convalesce).
Se a posse for justa, não dá para tomar um bem pela violência, porque a posse é legítima.
Os obrigacionais, por não estabelecerem vínculo dessa natureza, resolvem-se em perdas e danos e não se exercem contra todos, mas em face de uma ou de alguns sujeitos determinados. Dispõem de ação pessoal.
Que natureza? Domínio. O nome do vínculo da relação obrigacional é prestação.
Contrato de compra e venda trata-se de direito pessoal. Há um vendedor e um comprador, cada um com direitos e deveres. Qual a definição do contrato para o código civil? Pelo contrato de compra e venda, uma pessoa se obriga...
Transmite? Ainda não. É um contrato celebrado pelo proprietário, que tem o direito de dispor. Como é que ele vai transferir? Através da visibilidade.
Se ele transferiu, direito de sequela, se não transferiu, ação pessoal; também não abrange todo mundo; não é direito absoluto, mas relativo, porque o direito recai sobre pessoa determinada.
Considerações (antecipado o que será feito no trabalho)
É o que será feito no trabalho. 
Gonçalves exemplifica a ação pessoal. Nesta, geralmente o sujeito ativo é um credor quirografário, ou seja, um credor sem garantia. Se for executar um devedor, ele vai concorrer com todo mundo.
Se o devedor tem uma casa no valor de 100 mil, mas tem 11 devedores, devendo 10 mil para cada um, o credor entra no bolo; cada um vai receber, então, 9 mil.
A garantia pessoal: por exemplo, fiança;
A garantia real: hipoteca, penhor e anticrese.
Um credor hipotecário (tem que tem um bem imóvel ou móvel especial: navio, avião). Neste caso, se o credor tiver garantia, este recebe primeiro, o restante será dividido entre os demais credores.
A diferença do credor com garantia real, é que ele tem o “jus praeferendi”.
Princípio da publicidade ou da visibilidade
Os direitos reais sobre imóveis só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de imóveis do respectivo título (CC, Art. 1.227); os sobre móveis, só depois da tradição (CC, Art. 1.226 e 1.267).
O título será uma escritura pública, considerando o valor.
Consensualismo (autonomia da vontade): Art. 107; Formalismo: art. 108. Isso é inciso III (validade do negócio).
Quem não registra não é dono; após registrado tem-se publicidade.
Coisas móveis, a partir da tradição, o direito adere a coisa. A partir da tradição tem-se, então, o direito de sequela.
O art. 1.226 fala de atos entre vivos, já causa mortis, princípio de Saissine.
A propriedade das coisas móveis não se transmite antes da tradição por razão de visibilidade.
Regra: bem imóvel tem-se levada a escritura pública para registro, porque se não tem publicidade não tem a propriedade.
Por que publicidade? Resposta abaixo:
Sendo oponíveis “erga omnes”, faz-se necessário que todos passam conhecer os seus titulares para não os molestar. O registro e a tradição atuam como meio de publicidade da titularidade dos direitos reais.
Se há um titular, há não titulares; se há um direito real respectivo aos titulares, há dever real aos respectivos não titulares, por isso a necessidade de se fazer a publicidade para que todos os não titulares se abstenham de molestar a propriedade do titular.
A publicidade é atingida com o registro ou com a tradição.
Os pessoais, ou obrigacionais, seguem o princípio do consensualismo: aperfeiçoam-se com o acordo de vontades. A relatividade que os caracteriza, faz com que dispensem a publicidade.
Consensualismo é a regra; as normas em direitos pessoais são dispositivas; já nos direitos reais, são de ordem pública, por isso maior restrição.
Por que a relatividade? Os direitos pessoais dispensam a publicidade porque se as duas partes contratantes estão cientes, dispensa-se a publicidade.
Aula 06 -23/03/2018
Princípios fundamentais dos direitos reais
	Princípio é começo; fundamental é base.
	Posse é o exercício de alguns direitos da propriedade.
	No principio do absolutismo, vemos que trata da questão de ser direito absoluto ou relativo.
	
Princípio da publicidade ou da visibilidade
Bens imóveis
Bens móveis
Para alcançar publicidade dos bens imóveis, precisa-se do titulo (que se estabelece uma relação jurídica); exemplo, contrato de compra e venda. Para esse negócio jurídico de imóveis, necessário seguir requisitos.
Para transformar esse negócio jurídico em um direito, é preciso fazer a averbação daquele título no CRI.
Só dispõe o bem quem é proprietário. No exato momento que registra o título, quebra-se o vínculo com o proprietário originário, também extingue a obrigação pessoal, constituindo um novo proprietário.
Nos bens móveis, basta a tradição, ou seja, entrega da coisa, sendo uma solenidade um pouco menor; supõe-se que com a tradição toda a coletividade fica conhecendo o novo proprietário.
Tanto bens moveis e imóveis, supõe então que sejam bens corpóreos; o incorpores não se pode falar que haja domínio.
Princípio da taxatividade ou ‘numerus clausus’
Os direitos reais são criados pelo direito positivo por meio da técnica denominada ‘numerus clausus’
Numeros clausus = número fechado; já os direitos pessoais, número ilimitado, já que os direitos e obrigações são apenas entre as partes; no caso dos reais não dá, pois o dever estende-se a um número indeterminado de pessoas, ou seja, todos os não titulares.
Por isso que as regras de direitos reais são normas públicas, cogentes.
A lei os enumera de forma taxativa, não ensejando, assim, aplicação analógica da lei.
Não existe direito real por analogia.
O número dos direitos reais é, pois, limitado, taxativo, sendo assim considerados somente os elencados na lei ‘numerus clausus’
Há uma corrente minoritária que traz a possibilidade de outros direitos reais, que estão dentro do Código Civil, por exemplo, o pacto de retrovenda seria um deles; 
Já o código civil não traz essa possibilidade;
Outra corrente minoritária, traz que lei especial pode trazer direito real; por exemplo, alienação fiduciária dada em garantia (a propriedade é de quem alienou, sendo possuidor aquele que está com o bem)
Direitos pessoais, o rol é exemplificativo: contrato de venda, locação, etc., mas há infinita possibilidade de inominados, observados o art. 104 e alíneas.
Conforme Gonçalves: O art. 1.225 do Código Civil limita o número dos direitos reais, indicando, além da propriedade, a superfície, as servidões, o usufruto, o uso, a habitação, o direito do promitente comprador do imóvel, o penhor, a hipoteca e a anticrese.
Gonçalves está falando da redação original do código de 2002. O direito real por excelência é a propriedade; é o único direito real maior;os demais são direitos reais menores. Dentro os menores, de gozo ou fruição (II até o VII); os últimos três, garantia.
* A lei nº 11.481/2007, acrescentou os incisos XI e XII ao art. 1.225, CC.
Até 2007, 10 direitos reais, após, 12.
* A Medida Provisória nº 700/2015, o inciso XIII (vigência encerrada)
	2007 a 2015, após, essa medida provisória acrescentou o XIII que era a imissão na posse.
	O congresso não votou essa medida, perdendo a vigência.
* A MP nº 759/2016 (L. 13.465/2017), o novo inciso “XIII – a laje”.
	Em 2016, nova medida, trazendo a laje como novo direito real, que votada, traz o tipo legal para o direito de laje.
Nos direitos pessoais, não há esse sistema de delimitação legal das figuras e de tipificação. Existe certo número de contratos nominados, previstos no texto legal, podendo as partes criar os chamados inominados. Basta que sejam capazes e lício o objeto. Assim, contrapõem-se a técnica do números clausus a do numerus apertus, para a consecução prática do princípio da autonomia da vontade.
Santiago Dantas!
* ‘Numerus Clausus’ => Rol Taxativo => Direitos Reais
* ‘Numerus apertus’ => Rol exemplificativo => Direitos pessoais
Aula 07 – 02/04/2018
Princípio da taxatividade
Art. 1.225, CC
Obs.:
Santiago Dantas: No ordenamento jurídico brasileiro, portanto, toda limitação ao direito de propriedade que não esteja prevista na lei como direito, tem natureza obrigacional, uma vez que as partes não podem criar direitos reais. RIBEIRO, Adriano
Por uma razão muito simples, ...
Um dos direitos reais menores é o direito de usufruto, esse consiste no proprietário desmembrar os seus direitos (UGDR), cedendo temporariamente o U.G., passando de propriedade plena para propriedade limitada, pois não tem todos os direitos. A questão é, houve limitação do direito de propriedade; o usufruto está no inciso IV do art. 1.225; estando na lista, tendo todos os elementos ou requisitos, ou seja, além do rol taxativo, a tipicidade, ou seja, se possui os elementos ou requisitos, presentes, 3ª questão, teve publicidade? Se sim, então direito real (oponível erga omnes).
Contrato de locação: há limitação do direito de propriedade, pois o locatário tem o uso, ficando o locatário impossibilitado de usar o seu bem. Tem natureza real? Primeiro, não está na lista.
Então o que Dantas está dizendo é simples, não estando na lista, não é direito real. (corrente majoritária – referencia é o art. 1.225).
Princípio da Tipicidade
Os direitos reais existem de acordo com os tipos legais. São definidos e enumerados determinados tipos pela norma, e só a estes correspondem os direitos reais, sendo, pois, seus modelos.
A tipicidade vai além da taxatividade; a taxatividade se preocupa em dizer quais são os direitos reais, já a tipicidade, o que são os direitos reais.
Se estamos falando do direito de propriedade, está tipificado no art. 1.228. O art. 1.228 não traz o conceito de propriedade, mas contem todos os elementos do conceito, faltando apenas a expressão “poder jurídico”.
Cada um dos direitos reais enumerados no art. 1.225. Outro exemplo, o direito de superfície, apesar de previsto no art. 1.225, deve atender a requisitos, como se vê no art. 1.369, como o lapso de tempo (requisito), que se não presente, não será registrado, não tendo assim publicidade, e consequentemente, não sendo direito real.
Somente os direitos “constituídos e configurados à luz dos tipos rígidos (modelos) consagrados no texto positivo é que poderão ser tidos como reais. Estes tipos são previstos pela lei de forma taxativa.
A lei vai dizer quais são os requisitos; por exemplo, o direito de superfície: proprietário e outro; construir ou plantar; registro. Sem esses requisitos, não haverá direito real.
Já nos direitos obrigacionais,
Ao contrário, admitem-se, ao lado dos contratos típicos, os atípicos em número ilimitado. A.W.R.
Obs.:
Enquanto o numerus clausus se limita a estabelecer que só se admite um número normativamente determinado de direitos reais, a tipicidade conduz a investigação para campos muito mais vastos. A.W.R.
Ex.:
Princípio da perpetuidade
A propriedade é um direito perpétuo, pois não se perde pelo não uso, mas somente pelos meios e formas legais
Cuidado, porque esse princípio aplica-se à propriedade, já o usufruto, por exemplo, é temporário. Os direitos reais menores são temporários.
UGDR é prerrogativa, podendo ou não ser exercido.
Todavia, a usucapião é uma das formas de aquisição (originária) do direito de propriedade.
Exemplo de outras possibilidades de perder a propriedade:
Reais: De, usucapião, renúncia, o abandono
Já os direitos obrigacionais, pela sua natureza, são eminentemente transitórios: cumprida a obrigação, extinguem-se. Não exigindo seu cumprimento dentro de certo lapso de tempo, prescreve. A.W.R
Quando se fala em direito reais menores, professor prefere a expressão temporário. Por exemplo, o cheque, 6 meses a contar da apresentação (30 ou 60); havendo prescrição, não dá para ingressar com ação de execução, mas ação monitória, até 05 anos.
Não cumprindo a obrigação, pode ser exigida desde que dentro do lapso temporal, sob pena de prescrição, se menos assim não exigida, aí decai do direito.
Princípio da exclusividade
Não pode haver dois direitos reais, de igual conteúdo, sobre a mesma coisa. Duas pessoas não ocupam o mesmo espaço jurídico, deferido com exclusividade a alguém, que é o sujeito do direito real.
No usufruto há o proprietário e o usufrutuário, mas estes não ocupam o mesmo espaço.
Condomínio
Mesmo bem, vinculo entre duas pessoas; exemplo, bem comprado na constância do casamento de comunhão parcial de bens.
Se o bem tem o vínculo com 2 pessoas, é 50% de cada um, fração ideal porque não há uma área definida para cada um.
Os direitos pessoais
Isso não acontece pois pode a obrigação ser solidária, respondendo por 100% da obrigação.
Princípio do desmembramento
	Ler: é aquele que permite o fracionamento. Se feito nos moldes legais pode ser considerado direito real, senão direito pessoal.
Matéria de prova: até a página 38, 11ª Edição (até os princípios).

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