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15/05/2018 1 Processamento de Compota e Doce de Fruta em Calda Profa. Brígida Monteiro Vilas Boas Definições e Conceitos DEFINIÇÃO Compota ou fruta em calda é o produto obtido de frutas inteiras ou em pedaços, com ou sem sementes ou caroços, com ou sem casca, e submetida a cozimento incipiente, envasadas em lata ou vidro, praticamente cruas, cobertas com calda de açúcar. Depois de fechado em recipientes, o produto é submetido a um tratamento térmico adequado. Doce de fruta em calda é o produto obtido de frutas inteiras ou em pedaços, com ou sem sementes ou caroços, com ou sem casca, cozidas em água e açúcar, envasados em lata ou vidro e submetido a um tratamento térmico adequado. Definições e Conceitos DESIGNAÇÃO O produto é designado "compota" seguido do nome da fruta ou das frutas; ou o nome da fruta ou das frutas seguido da expressão "em calda" : Ex.: "Compota de figo" ou "Figo em calda", "Compota de Laranja e pêssego" ou "Laranja e pêssego em calda". O produto preparado com três ou mais espécies, recebe a designação genérica de "Salada de frutas" ou de Miscelânea de frutas", seguida da expressão "em calda". O produto é designado "doce" seguido do nome da fruta e da expressão "em calda“. Ex: "Doce de goiaba em calda". Definições e Conceitos CLASSIFICAÇÃO As compotas são classificadas de acordo com sua composição: a) compota simples - produto preparado com apenas uma espécie de frutas; b) compota mista ou fruta mista em calda - produto preparado com duas espécies de frutas; c) salada de frutas ou miscelânea de frutas - produto preparado com três ou mais espécies de frutas, em pedaços de tamanho razoavelmente uniforme, até o máximo de cinco, não sendo permitido menos de 1/5 da quantidade de qualquer espécie em relação ao peso total das frutas escorridas. Se o produto contiver cerejas, estas podem perfazer a quantidade entre 3 a 8% sobre o peso total das frutas escorridas, e se forem uvas, de 6 a 12% sobre o mesmo total. Definições e Conceitos CARACTERÍSTICAS GERAIS • Compota ou fruta em calda o 14 a 40o Brix • Doce de fruta em calda o 30 a 65o Brix Matéria - Prima Seleção Limpeza Classificação Descascamento Corte Branqueamento Envase Adição da Calda Tratamento térmico Armazenamento Cozimento Tratamento térmico Armazenamento Figura 1 – Processamento de compota e doce de fruta em calda. 15/05/2018 2 FRUTAS CRISTALIZADAS E GLACEADAS Definições e Conceitos É o produto preparado com frutas, atendendo as definições destes padrões, nas quais se substitui parte da água de constituição por açúcar, por meio de tecnologia adequada, recobrindo-as ou não com uma camada de açúcares. Frutas saturadas com açúcar Cristalizadas ou glaceadas Composição frutas, sacarose, açúcares redutores e especiarias (opcionais). Pode conter aditivos e coadjuvantes como ácido ascórbico, sais de cálcio, ácidos orgânicos, pectina e espessantes. O teor de umidade final deve ser menor que 25%. Matéria - Prima Seleção Limpeza Classificação Descascamento Corte Branqueamento Saturação Secagem Acabamento Envase Figura 2 – Processamento de frutas cristalizadas. Métodos de Processamento Lento • Fruta permanece no xarope até atingir o equilíbrio osmótico (↑10%) Rápido • aumento da velocidade de troca osmótica através do aumento da temperatura e contínua concentração do xarope; • trocas provocadas, não por osmose, mas por diferença de pressão de vapor entre o suco da fruta e o xarope, durante a ebulição no processo a vácuo Velocidade de Saturação Diretamente proporcional: • superfície de contato; • temperatura; • concentração de xarope dentro e fora da fruta. Inversamente proporcional: • diâmetro da fruta; • viscosidade do xarope. 15/05/2018 3 Falhas no Processamento Endurecimento: devido à cristalização da sacarose pelo seu excesso; Fermentação: no início do processo pode ocorrer fermentação pelas altas temperaturas ambientais, falta de higiene e baixa concentração do xarope; Enrugamento: utilização de xarope muito concentrado. Flacidez: frutas muito tenras (maduras); Pegajosidade: excesso de açúcares redutores; Escurecimento: caramelização, contaminação com metais, etc. DOCE EM PASTA Produto resultante do processamento adequado das partes comestíveis desintegradas de vegetais com açúcares, com ou sem adição de água, pectina, ajustador do pH e outros ingredientes e aditivos permitidos por estes padrões até uma consistência apropriada, sendo finalmente, acondicionado de forma a assegurar sua perfeita conservação. Classificação Quanto ao vegetal empregado: a) Simples b) Misto Quanto à consistência: a) Cremoso quando a pasta for homogênea e de consistência mole, não devendo oferecer resistência nem possibilidade de corte. b) Em massa quando a pasta for homogênea e de consistência que possibilite o corte. Sólidos solúveis • Cremoso - mínimo de 55oBrix • Doces em massa - mínimo de 65oBrix Designação Nome da fruta acrescido do sufixo "ada", quando se tratar de "doce em massa" elaborado com uma única espécie de fruta. Pela expressão "doce em massa" seguida do nome da fruta ou frutas empregadas na sua elaboração, facultando-se a denominação de "misto" quando for empregada mais de uma espécie de fruta. • Pela palavra "doce, seguida do nome de espécie ou espécies de vegetais empregadas e da palavra "cremoso", quando se tratar de doce em pasta de consistência cremosa. • Doces em massa com pedaços de frutas devem ter a designação acrescida das palavras "com pedaços" ou "cascão".
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