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Distúrbios Respiratórios na Infancia

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SÍNDROMES INFECCIOSAS DAS VIAS AEREAS 
Principal fator de mortalidade - dificuldade no acesso a atendimento profissional 
VAS: ate traqueia 
VAI: de brônquios a parenquima pulmonar 
 
Anatomia VAS: 
● nariz representa resistencia 50% da passagem do ar (batimento da asa do nariz diminui 
essa resistencia - sinal de dificuldade respiratoria). Função de transporte, filtração, 
aquecimento e umidificação. 
● Inflamacao e hipertrofia das amígdalas sao frequentes na infância: 
○ Hipertrofia amígdalas adenoidianas: cresce ate 3-6 anos, regredindo depois. 
Pode obstruir as tubas auditivas e coanas, causando otite media de repetição e 
prejuízo na respiracao nasal (apneia do sono e roncos). 
○ Hipertrofia amígdalas palatinas: crescimento maximo a partir dos 4-10 anos, 
ficando em um estado de hiperatividade antigênico. 
● Tuba Auditiva: mais horizontalida, com abertura proxima a tecido linfoide - fonte de 
infeccao 
● Seios nasais - estéreis 
● Laringe - ricamente interceda para o reflexo da tosse, regiao da cricoide eh a de menor 
calibre das VAS (edema desta região - estridor) 
IVAS - ​frequentes (4-8ep/ano em <5anos), geralmente benignas 
FR: idade (6-24meses), M, atopia, def imunológica, anomalias craniofaciais e de palato, 
creches, irmãos mais velhos, fumo passivo, ​uso de chupeta e aleitamento artificial 
a. Viral: causa mais comum - rinovírus (imunidade longo prazo - muitos sorotipos “/ 
). Febre precoce com sintomas constitucionais cedem em 48h, sendo o inicio 
dos sintomas respiratórios com duracao de 5-7 dias e melhora evidente durante 
evolucao. 
b. Bacteriana: estreptococo, haemophilus, moraxella e estafilo aureos. Faringite e 
epiglotite lembrar dos estreptococos grupo A (pyogenes), cavidade oral nao tem 
moraxella. 
02. Rinofaringite viral/ Resfriado comum: ​desordem mais comum da infancia. Benigna e 
autolimitada. Etiologia, que acomete a mucosa nasal, faringe e seios paranasais. Maior 
susceptibilidade para infeccao bacteriana secundaria (otite media e sinusite —- NAO 
faringite bacteriana). Incidencia diminui apos os 3anos. ​Perguntar ​se teve contato com 
pessoas doentes, incubação de 2-5 dias, transmissão aerossol ou compartilhamento de 
objetos contaminados. Principal complicação: otite media aguda bacteriana e piora da 
asma. 
a. Pato: Secrecao pode ser purulenta, ja que atrai PMN para o local. Tosse e Rio 
rareia resultam de estimulacao colinergica. Lesao nos cílios dificuldade a 
limpeza das secreções. Dor de garganta causada por destruição direta do 
epitelio pelo virus. 
b. Quadro clinico: garganta arranhando (1-3d) seguida de espirros, rinorreia e 
obstrução nasal. Secrecao hialina inicialmente, podendo se tornar purulenta em 
fases mais avançadas. Piora a noite (posicional - gotejamento pos-nasal - tosse). 
Febre (pode ser alta) e mialgia quando causada por outros virus alem do 
rinovírus (VSR e adenovírus por exemplo). Duracao de 1 semana em media. 
Prodromo lactente: hiporexia, inquietude, amolecimento de fezes e vômitos. 
c. Hemograma, VHS, cultura - ​CLINICO 
i. Ddx: rinite alergica: ​espirros e prurido nasal predomínam, recorrentes, 
com deflagradores. ​Corpo estranho no nariz: ​secrecao unilateral e 
fétida. ​Sinusite: ​febre + cefaleia + edema periorbitario + rinorreia ou 
tosse persistente >14dias. ​Coqueluche: ​guincho, tosse persistente. 
Sífilis congênita: ​rinorreia serossanguinolento entre 1-3meses de vida. 
d. TTO com sintomáticos: 
i. Febre >38C: paracetamol 1gota/kg/dose de 6/6h ou dipirona 
0,5gota/kg/dose de 6/6h 
ii. Umidificar secreções: inalação, lavagem nasal 
iii. Reavaliação em 48h - sinais de alarme 
03. Faringoamigdalites: ​75% viral (adenovírus, coxsackievirus A, HSV e EBV). Bacteriana 
entre 4 e 15 anos (strepto grupo A - escarlatina e febre reumática + complicacoes 
supurativas - grupo c, gonocócica - abuso sexual/sexualmente ativo - micoplasma e 
difteria - placas acizentadas acometendo mais amplamente a cavidade oro-faringea). 
a. Eritematosas - ​hiperemia e congestão tonsilar, geralmente viral. No sarampo, 
associado temos as manchas de Koplik (pontilhado branco em mucosa jugal) 
b. Eritematopultaceas - ​hiperemia e edema associados a exsudato amarelado 
nao aderente nas criptas da superfície tonsilar. Estreptococo e EBV (sd 
associada comaumento importante das tonsilas, linfadenomegalia cervical, rash 
e esplenomegalia). 
c. Pseudomembranas - ​placas esbranquiçadas aderidas a amígdala, podendo 
invadir toda a cavidade. Tentativa de retirada provoca sangramento importante. 
Difteria. 
d. Ulcerosas - ​superficiais e vesiculares (herpética e herpangina) e profundas 
(angina Plaut-Vincent - unilateral, fétida, ID/TB/Sífilis) 
e. Sd de Lemierre - ​complicação pela faringite ​Fusobacterium necrophorum - 
tromboflebite da veia jugular interna + embolo pulmonar séptico = hipoxia e 
padrao infiltrativo 
04. Faringoamigdalites virais: ​associada ao resfriado comum, raramente associada com 
dor intensa ou odinofagia. Garganta “arranhando e cocando”. Padrao eritematoso, 
podendo apresentar placas esbranquiçadas indistinguíveis da estreptococica. 
Poliadenopatia. Duracao de 24h-5dias. 
a. Adenovírus​. mais intensa, com sintomas proeminentes de mialgia, cefaleia, 
calafrios e febre >38,3C, 5-6d. A dor de garganta é importante e exsudatos 
amigdalianos e eritema de toda orofaringe são notados ao exame físico. 
Conjuntivite, do tipo folicular, encontrada em até metade dos casos - f​ebre 
faringoconjuntival. 
b. Coxsackie A:​ herpangina. Vesículas (1 a 2 mm), localizadas em palato mole 
úvula e pilares amigdalianos anteriores. As lesões geralmente se rompem e 
originam úlceras esbranquiçadas. As manifestações incluem febre 
alta, dor de garganta e disfagia. Em alguns pacientes, um quadro de dor 
abdominal e anorexia pode ser indistinguível de apendicite aguda. A infecção 
pode evoluir com miocardite e a síndrome mão-pé-boca (lesões 
papulovesiculosas em mãos e pés). 
c. Epstein-Barr​. mononucleose infecciosa - 50% exsudativa. Febre,​ linfadenopatia 
cervical e esplenomegalia​. Quando o diagnóstico não é realizado corretamente, 
a prescrição de ampicilina para uma suposta amigdalite bacteriana dá origem a 
um exantema típico em até 90% dos casos. A pesquisa do anticorpo heterófilo 
(Paul-Bunnel ou Monotest) confirma os casos duvidosos nas crianças em idade 
escolar. Os sinais e sintomas agudos podem permanecer por até quinze dias; 
alguns pacientes referem fadiga no período convalescente, que pode durar por 
meses. 
05. Faringoamigdalite Estreptococica: ​inicio com quadro inespecífico (cefaleia, dor 
abdominal, nausea, vomito, febre alta) seguido apos algumas horas com dor de 
garganta de intensidade variável. Placas acometem apenas amígdalas (ddx com 
mononucleose-branca e difteria-cinza). Linfadenomegalia dolorosa, submandibular 
unico (nao bilateral). Caracterizada por: ​ eritema das amígdalas e pilares, acompanhada 
ou nao de exsudato com petequias em palato mole. ​Valor preditivo alto: linfadenite 
cervical unilateral.​ Escolar (maior contato) - transmitido principalmente daqueles com a 
forma sintomática atraves de gotículas, ate algumas semanas apos a cura. Tratamento 
em ate 24-48h para eliminar o microorganismo do corpo. Resolução espontanea em 4-5 
dias na maior parte dos casos, porem nao diminui a chance de complicação nem de 
transmissibilidade. Associado com escarlatina - sd do choque tóxico estreptococico. 
a. (Sem profilaxia) GNDA,​ (tem profilaxia) FR e afecções supurativas​, 
insuficiência valvar (mitral) - sopro, escarlatina 
b. Cultura padrao ouro + swab para estreptococo + teste rapido (se disponível) 
c. Ddx: faringoamigdalite conjuntival, mononucleose e herpangina. 
d. Tto a partir da clinica 
i. penicilina benzatina IM 600.000 - 900.000 UI p<27kg e p >27kg eh 
1.200.000 UI 
1. 500mg/kg - aproximar dos valores descritos acimaii. Amoxicilina 50mg/kg/dia por 10d (max 1g/dose) 
iii. Penicilina V oral - 250mg 8/8 ou 12/12h ($$$) 
iv. Eritromicina 30-40mg/kg/dia por 10d - alergia a penicilina 
v. Macrolideos: bacteriostático, nao eliminam bacterias do organismo - 
maior chance de complicacoes. 
06. Otite Média Aguda: ​pico entre 6-20 meses. Principal agente eh bacteria (pneumococo, 
haemophilus e moraxella), viral apenas 20% dos casos. Sintomas de irritabilidade, 
hiporexia, choro intenso, vômitos, febre e otalgia. Alteracoes em otoscópia como 
opacidade timpânica, abaulamento (principal indicativo de bacteriana), otorreia, edema 
de canal auditivo. Hiperemia mais intensa do que a de febre/choro. 
a. Historia de sintomas e sinais agudo 
b. Presenca de efusão na orelha media - abaulamento MT, perda de mobilidade, 
nivel liquido e otorreia. 
i. Otorreia pode durar algumas semanas apos o fim do tratamento, mas 
nao eh indicativo de reintroduzir atb 
c. Sintomas e sinais de inflamacao de orelha media 
Complicacoes: mastoidite, abcesso superiosteais e epidural, baixa acuidade auditiva. 
TTO 
d. <6 meses, sinais de gravidade (otalgia intensa ou >48h, febre >39C) ID, 
implantes cocleares - ATB primeira opção 
i. Amoxicilina 45-90mg/kg/dia 2X por dia (dose alta para pneumococo 
resistente) - melhor de 8/8h 
e. <3 anos sem sinais de gravidade - analgésico e resolução espontânea, 
reavaliação em 48-72h ou se piora dos sintomas 
f. >3 anos, nao precisa tratar ngm, reavaliar 48-72h 
g. 10d-14d: dificuldade penetração na cavidade 
h. Pode utilizar lidocaína sem vasoconstritor topico para alivio dos sintomas caso 
da MT integra 
i. Tto topico ATB serve para otite externa apenas 
j. Resistencia: 
i. Amoxa (80-90 ou 50) + clavulanato (6,4) - cobre produtores de 
beta-lactamase, moraxella e haemophilus - uso de ATB nos ultimos 30d 
tbm indica, assim como <3 anos (quadro vacinal nao completo) e crianca 
insticionalizada 
ii. Ceftriaxone - 50mg/kg/dia IM por 3d ou azitro - alergia leve 
iii. Eritromicina 50mg/kg/dia 8/8h por 10d - alergia grave 
iv. Claritromicina 30-40mg/kg/dia 8/8h por 10d - alergia grave 
07. Sinusites Bacterianas: ​todo processo inflamatório da mucosa do seio paranasal. 
Causa infecciosa, alergica ou mistura de ambas. Oclusão dos ostios, geralmente por 
processos infecciosos, impedem a drenagem dos seios, causando inflamacao, acumulo 
de secrecao e consequente colonização bacteriana (​pneumococo, ​moraxella e 
haemophilus​) (ID- aspergila) - 90-95% precedido por IVAS viral - prevalencia 
outono/inverno. Entre 4-7anos, criancas que convivem com tabagistas, possuem rinite 
alergica ou frequentam creches. 
a. Seio maxilar e etmoidal: desde o nascimento 
b. Esfenoidal: areado a partir dos 5anos 
c. Frontal: surge 7-8anos e termina desenvolvimento na adolescência 
Classificacao: 
● Aguda: <4semanas 
● Subagudo: 4-12semanas 
● Cronica: >12semanas 
● Recorrente: >4 episódios agudos/ano 
Criterios Diagnósticos: cefaleia incomum em criancas 
● Sintomas persistentes: 
○ Descarga nasal anterior ou posterior associada a tosse diária com piora noturna 
por 10-14dias, piora do quadro de IVAS 
● Sintomas graves: 
○ >39C e descarga nasal purulenta por 3-4 semanas + comprometimento do 
estado geral 
● TC de seios da fase - padrao ouro - pedir em casos crônicos sem diagnostico bem 
definido ou em suspeita de complicacoes 
Complicacoes: 
● Celulite periorbitaria - sem melhora ambulatorial - internação 
Tratamento: diminuicao da duracao, previne complicacoes supurativas e minimiza 
exacerbações de asma 
● Amoxicilina 50mg/kg/dia em 3 doses - nao vai a creche e nao fez uso recente ATB 
○ Amoxicilina 80-90mg/kg/dia + clavulanato 6,4mg/kg/dia 2X 
○ Em torno de 10d 
● Cefuroxima: 30mg/kg/dia em 2 doses - alergia penicilina nao tipo 1 
○ 30mg/kg/dia em 2 doses 
○ Cefalosporina 2 geracao - bom indutor de producao de beta-lactamase - ​evitar 
● Claritromicina: 15mg/kg/dia em 2 doses - alergia tipo I 
● Azitro: 10mg/kg/dia 1 dia 5mg/kg/dia nos 4 dias subsequentes 1X dia - alergia tipo I 
● Sem opção de nao tratar com ATB 
08. Crupe Viral: ​conjunto de afeccoes que se manifestam com: 
a. Rouquidão 
b. Tosse ladrante 
c. Estridor predominantemente inspiratório - edema subglotico que causa 
diminuicao do calibre da regiao que ja possui menor calibre da VAS da crianca 
d. Desconforto respiratoria 
Evolucao natural da doenca viral: rinorreia hialina, faringite, tosse leve e febre baixa, 
12-48h iniciam sintomas de obstrução de VAS e aumento da febre, podendo evoluir 
para insuficiência respiratoria. Resolução espontanea em 3-7dias. #hipoxia 
manifestação tardia, boa oximetria nao indica bom prognostico# 
Escore para guiar tratamento:​ de 0-3, sendo levado em consideração estridor, 
retração, entrada de ar, cor e nivel de consciencia. <6 leve, 7-8 moderada e >8 grave. 
Caso moderado - manter 3-4horas em observação 
Criterios Alta: ​ausencia de estridor em repouso, entrada de ar normal, cor normal, 
Glasgow 15 e uso prévio de dexametasona. 
Criterios Internação: ​esforço respiratorio, toxemias desidratação, incapacidade de 
ingerir líquidos, estridor significativo, retrações em repouso, ausencia de resposta ou 
piora clinica apos adm epinefrina. 
Forma viral: parainfluenza, influenza 
Forma bacteriana: difteria e coqueluche. Micoplasma para >5anos. 
Predominantemente laringotraqueobronquite (sibilos e expiração prolongada) como causa de 
obstrução das vias aereas em criancas, M e com pico aos 18 meses. 
Diag - ​CLINICO 
● RaioX cervical: nao tem valor para investigação alem de ddx diferencial 
Tratamento - ​manter vias aereas perveas 
● NBZ SF sem evidencia de melhora, suspender se aumentar agitacao da crianca 
● Corticosteroide: otimo 
○ Dexametasona VO DU 0,15-0,6mg/kg (max 10mg) - 1/2vida de 48h - forma leve 
e moderada, alta apos NBZ. IM 0,6mg se grave. 
○ Budesonide inalatorio: 2mg/dose 12/12h por 5 dias. Forma moderada 
● Epinefrina: efeito passa em 2h, manter em observação, porem melhora bastante 
importante e rapida. Sem indicativos de aumento de FC e PA, mas ainda assim ser 
cauteloso na administração. Dose de 5mg, repetir de acordo com necessidade. Usar em 
casos moderados-grave. 
● UTI - grave 
09. Supraglotite: ​grave, resulta em obstrução da via aerea superior de letalidade elevada. 
Hib 25%, S.​pyogenes e S.aureus, ​Cândida e virus. Criancas >7 anos. Surge devido a 
um processo de invasão tecidual seguido de formacao de celulite e se curva para 
posterior/inferior, causando obstrução. Inicio precoce com duracao <24h com toxemia 
precoce. Odinofagia e disfagia intensa, desconforto respiratorio progressivo, sensacao 
de engasgo, salivação profusa, irritabilidade, agitacao e ansiedade. Sinais de fadiga 
respiratoria, estridor inspiratorio e voz atabafada (raro rouquidão e tosse ladrante), febre 
de ate 40o.C acompanhado de sepse, posição tripoide para alivio respiratorio 
(inclinação do corpo para frente, pescoço hiperextendido com a lingua para fora). Diag 
confirmado com a visualização da epiglote em cereja, sendo necessária intubação 
precoce. Tto com cefalosporinas de segunda e terceira geracao ou cloranfenicol. Se 
isolamento de S.pyogenes - penicilina - S.aureus - oxacilina ou cefalotina. Sem 
recomendação de uso de corticosteroide ou epinefrina inalatoria. 
10. Traqueíte Bacteriana: ​obstrução grave da VAS se categorizando como Sd.de Crupe 
(crupe pseudomembranosa). <6anos, M. Principal causa de internação por obstrução de 
VAS em UTI (2-crupe viral 3-supraglotite), estafilo aureus, estreptococos, moraxella, 
haemophilus; com co-infeccao viral do influenza, enterovirus, parainfluenza, VRS e 
sarampo (predispõe a infeccao bacteriana). Invasão da mucosa traqueal, causando 
processo inflamatório com producao de exsudato mucopurulento e formacao de 
membranas semi-aderentes dentro da traqueia, responsavelpela obstrução. 
Sintomatologia de crupe grave (tosse ladrante, rouquidão, estridor inspiratório e 
insuficiência respiratoria) + febre alta e toxemia. Sem resposta a NBZ com epinefrina ou 
corticosteroide, quadro mais arrastado que o da epiglotite (ddx). Diag atraves da 
visualização da traqueia por laringoscopia (pus de facil remoção sem sangue), material 
colhido para cultura. Hemocultura geralmente negativa. Mortalidade entre 18-40%. 
a. UTI 
b. ATB EV: oxa + cloranfenicol; cefalosporina de 2 ou 3 em monoterapia 
 
 
Bronquiolite viral aguda e crise asmática 
01-Bronquiolite Viral Aguda: ​VSR e rinovírus, lactentes entre 2-6meses - menor calibre das vias 
aereas, maior numero de glandulas, menor capacidade retrátil e maior complacência pulmonar. 
Quadro inicia como sd.gripal evoluindo com piora da tosse, esforço respiratorio e chiado 
audível pelos familiares. Ausc Pulmonar com crepitações, roncos, aumento do tempo 
expiratório e sibilância de graus variados. 
FR: <3meses, prematuridade, cardiopatia congênita, Sd de Down… 
Avaliação da Gravidade: 
 
Desconforto 
respiratorio 
boa atividade, deita choro curto e 
interrompido, 
dificuldade em se 
alimentar, prefere 
sentar 
recusa alimentar 
Extensão do pescoço 
Gemedeira 
Hipoatividade 
Consciencia pode estar agitado usualmente agitado agitado, sonolento ou 
prostrado 
Ausculta pulmonar expiração prolongada 
Sibilos expiratório 
final 
sibilo expiratorio e 
inspiratório 
diminuicao 
acentuada 
cor nl palidez cianose 
Uso de musculatura 
acessória 
leve retração 
intercostal/subcostal 
retrações subcostal 
moderadas, fúrcula e 
subdiafragmatica 
moderada 
intensificada + 
batimento asa nariz 
SatO​2 ​ar ambiente >95% 91-95% <90% 
tratamento: 
● oferta de oxigênio - moderado/grave 
● medidas de fluidificacao de vias aereas (hidratacao-NBZ), 
● beta-2 adrenergicos (broncodilatadores) - moderados/graves - reavaliar a cada 20min 
por 1h. 
● Considerar epinefrina inalatoria e metilpredinisolona IM/IV 
● Observação por 2-4h em moderados, internação em graves 
Pode ser pedido: Rx Tórax para ver se ha acometimento pulmonar bacteriano 
Quem internar? ​Grave, moderado nao responsivo a tratamento inicial, apneia, sinais 
sugestivos de complicacao bacteriana, complicacoes mecânicas pulmonares, desidratação, 
<3meses, toxemia, <93% SatO​2 
Orientações: ​aumentar oferta de liquido, retornar se reaparecimento ou persistência do quadro 
febril por >72h, sinais de toxemia, desidratação ou piora do padrao respiratorio. Retorno em 
72h (pediatra), orientar persistência de sibilância por ate 4 semanas (sem desconforto). 
 
02-Crise Asmática: ​hiper-responsividade das vias aereas inferiores e limitação do fluxo aéreo 
reversível. Consiste em episódios recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no peito, tosse, 
com piora a noite e pela manha (ciclo do cortisol). Doenca cronica mais comum da infancia. 
Diag: 
● >1 crise de chiado 
● Tosse noturna 
● Tosse ou chiado apos exercicio ou exposicao a alergenos 
● Resfriado com aumento de secrecao pulmonar ou com duracao >10d 
<1ano 
● >2 episódios de crise de sibilância com resposta a broncodilatador e com antecedentes 
familiares/pessoais de atopia 
Dividido em grave/moderada/leve as crises, mto similar ao anterior, sendo assim também com 
os criterios de admissão hospitalar e alta. 
Mal prognostico: frequencia de crises >2X/semana; hipoxia grave, alteracao em nivel de 
consciencia, necessidade de ventilação pulmonar previamente, início súbito da forma grave, 
inicio tardio do tto, baixa aderência. 
Tto da crise: 
● oxigenio, 
● broncodilatadores: agonistas beta-adrenergicos de curta duracao (salbutamol, fenoterol 
e terbutalina) - broncodilatador, aumento da depuração mucociliar, diminuicao da 
hipermeabilidade microvascular bronquica e vaso dilatacao pulmonar. 
● corticoides sistemicos: anti-inflamatório, potencializador dos broncodilatadores, agindo 
apenas 3-12h apos administração. Predinisolona 1-2mg/kg/dose VO ou 
metilpredinisolona 2mg/kg/dose EV - dose ataque 
● LEVE: inalação com beta agonista, reavaliar a cada 20min por 1h + salbutamol 2 puffs 
de 5/5min, no maximo 10 doses. Se resposta inadequada a 2 inalação ou internação 
previa no ultimo mes - predinisona (max 60mg) e manter inalação por mais 1 hora. Alta 
com uso de B2 por mais 2-5dias. 
● MODERADA: inalação com B2 + anticolinergico (brometo de ipratropio 10gt <5anos; 
20gts >5anos) + spray salbutamol 2 puffs + predinisona VO. 
○ Boa resposta, alta com B2 inalatorio de 4/4 ou 6/6h + corticoide VO por 5dias 
com reavaliação. 
○ Melhora incompleta: NBZ continua + corticoide EV + internação 
■ Boa resposta: internação com B2 intermitente + corticoide EV 
■ Meh: admissão UTI 
● GRAVE: moderada + terbutalina subcutânea. Resto do protocolo igual ao moderado. 
Tto hospitalar: 
● NBZ com beta-adrenergico a cada 2-3h, corticoterapia parenteral 6/6h (0,5-1mg/kg) 
Ventilação obrigatória: parada respiratoria, hipoxia grave e diminuicao do nivel de consciencia - 
evitar nos outros casos devido a risco de broncotrauma. 
 
PNEUMONIA AGUDA 
Principal forma de morte em doença respiratória (90%) e 10% das mortes infantis. Causa mais 
comum: viral. 13% das doenças infecciosas nos 2 primeiros anos de vida. 
● PAC: pneumococo, mycoplasma e clamidia. Virus VRS (surto em outubro-março) 
● HOSPITALAR: estafilo aureus, enterobactérias e legionella. 
● LACTENTE: CMV (congenita), clamidia (vertical) e pneumocistis - causa mais comum 
bacteriana, transmitida geralmente por complicações do parto (ex: ROPREMA e 
corioamnionite). FR: ventilacao e prematuridade. Estrepto agalatae, bacilos gram 
negativos (E.coli, pseudomonas, klebesiella) 
Quadro clinico de IVAS​, atenção a sinais de esforço respiratório. Ausculta com estertores, 
podendo vir acompanhado de outras alterações. Nao bom marcador para diferenciar quadros. 
 
RaioX: ​opacidade alveolar podendo resultar em consolidação lobar. Sem correlação com 
etiologia. 
Rastreio Etiológico​: hemocultura, epidemiologia (maioria das vezes), swab nasal (virus) 
Tratamento: ​interna? Qual atb? 
1. <2 meses; toxemia ou quadro séptico; adm de oxigênio suplementar; Insuficiência 
respiratória aguda; incapacidade de tolerar medicação via oral; fatores sociais que 
impossibilitem a reavaliação, pacientes com alguma doença de base que possa alterar a 
evolução clínica da pneumonia (anemia falciforme, síndrome nefrótica, 
imunodeficiências congênitas ou adquiridas); presença de complicações (derrame 
pleural, abscesso pulmonar, pneumatoceles, cavitações, pneumotórax) 
2. Período neonatal​ enterobactérias gram-negativas ou o ​Streptococcus agalactiae​. 
Contudo,​ Haemophilus influenzae, pneumococos, Listeria ​sp e anaeróbios podem estar 
envolvidos. Ampicilina associada a uma cefalosporina de terceira geração 
(preferencialmente​ cefotaxima​) ou aminoglicosídeo (gentamicina ou amicacina), se não 
houver evidências de meningite.10d, infecções por gram-negativos podem ser 
requeridos de 14 a 21 dias. 
3. Lactentes jovens​ ​pneumococo​, seguido pelo S​taphylococcus aureus, Moraxella 
catarrhalis e Haemophilus influenzae​. VRS, influenza, parainfluenzae, adenovírus, 
metapneumovírus e citomegalovírus. A infecção por Chlamydia trachomatis, 
Ureaplasma urelyticum e citomegalovírus pode produzir um quadro de pneumonia 
afebril ou subfebril, clinicamente indistinguíveis. Amoxicilina por 7 a 10 dias. Sem 
melhora clínica em 48 a 72 horas, deve-se suspeitar de infecção por agentes atipicos ou 
mais resistentes, empregando-se então amoxicilina-clavulanato, cefuroxima ou 
ceftriaxona por via intravenosa.Se houver suspeita clínica ou confirmação sorológica de 
infecção por Chlamydia trachomatis, recomenda-se a introdução de azitromicina ou 
claritromicina. 
4. (Pre)escolar:​pneumococo tem umaprevalência ainda maior, cai a importancia da 
moraxella e haemophilus, aumenta a da clamidia e micoplasma (tratada com 
claritromicina e azitromicina, principalmente em >3 anos) 
 
a. Criterio de internacao + pneumonia lobar = ampi ou pen EV 
5. . 
http://www.spsp.org.br/site/asp/boletins/AT5.pdf

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