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22/05/2018 1 BOVINOCULTURA DE LEITE 2018 RAÇAS 2 3 O que é RAÇA???? Agrupamento de animais de mesma espécie e origem, com caracteres morfológicos, fisiológicos e econômicos comuns e transmissíveis hereditariamente sob condições ambientais e de exploração ideais. Segundo DECHAMBRE, raça é definida como certo número de animais da mesma espécie, vivendo em condições semelhantes, com a mesma aparência exterior, as mesmas qualidades produtivas, cujos caracteres reaparecem em seus descendentes tal como existiam em seus antepassados. Considerada a raça que mais produz leite no mundo. Brasil - período das capitanias hereditárias (1530 - 1550). 1.7milhões registrados (800 mil vivos). 80% animais de aptidão leiteira de origem europeia existente no Brasil. 4 Raça HolandesaRaça HolandesaRaça Holandesa Média nacional: 7500 kg. Alta produtividade , mas exige melhor manejo e nutrição. Pontos fracos: aprumos e resistência. 5 Raça HolandesaRaça HolandesaRaça Holandesa Linhagem americana– Holstein Linhagem europeia – Friesian AA e Aaaa 6 Desenvolvida em meados do ano 1100, na região da Normandia, na ilha Jersey, no Canal da Mancha. Descendem das raças Bretona e Normanda. Raça Jersey Seleção favorecida pelas características da ilha. (pouco espaço e baixa oferta de forragem) Cosmopolita, segunda mais criada. 22/05/2018 2 7 Raça Jersey 8 Raça Jersey Precocidade (26 meses) Longevidade (10-12) Adaptada à condições climáticas “variadas” Proteína: + 20% Cálcio : + 15% Parto (23-27 kg) 9 Raça Jersey Fonte: Pesq. Agropec. Bras., Brasília, v.41, n.1, p.153-159, jan. 2006 Raça %Prot. %Gord. Prod. Queijo Jersey 3,74 4,65 12,16 Guernsey 3,53 4,49 11,47 Pardo-Suíço 3,54 4,04 11,07 Holandês 3,20 3,65 9,99 10 Raça Jersey Fonte: Pesq. Agropec. Bras., Brasília, v.41, n.1, p.153-159, jan. 2006 11 Primeiros registros - 4000 AC, fósseis encontrados na região nordeste da Suíça. No Brasil - início do século (1911). Conhecido como Schwyz. Denominação de gado Pardo- Suíço (1880). Nos países de língua inglesa é conhecido como Brown Swiss. Suíça e países de língua alemã como Braunvieh. Itália como raça Bruna. Raça Pardo - Suíço 12 Pernas fortes e cascos resistentes (melhor aprumo). Rusticidade. Adaptabilidade ao calor (nordeste e centro-oeste). Fertilidade. Longevidade, bons ligamentos de úbere. Média nacional: 6432 kg. Raça Pardo - Suíço 22/05/2018 3 13 Raça originária da Índia. Primeira importação no Brasil em 1909 com foco na PRODUÇÃO DE CARNE Considerada em sua própria região de origem como de dupla aptidão (trabalho e leite). Seleção para aptidão leiteira na década de 50 Produções médias de 3.198 kg(305 dias, 2X), sendo comuns lactações acima de 4.000 kg ou até 5.000 kg. Raça Gir Facilidade de parto. Habilidade materna. 14 Originária da Índia. Primeira raça zebuína a chegar ao Brasil (1870). Única raça que sobreviveu, produtivamente, durante os cinco anos consecutivos de seca (1978-1983). Dupla aptidão. Habilidade Materna. Indicada para o cruzamento com raças europeias na geração de F-1. Raça Guzerá 15 Gado Nacional do Paquistão, descendente do gado vermelho do Afeganistão. Chegou ao Brasil em 1952. O plano era, região Amazônica e depois o Nordeste. Rústica e de dupla aptidão. Idades ao 1º parto (média anual): 29 a 32 meses. Produção de leite: 2.545 kg. Duração de lactação: 295 dias. Teor de gordura: 4.28%. Raça Sindi 16 Complementaridade (2 em 1). Heterose. Grande diversidade de sistemas de produção. Taurino X Zebuino. A estratégia de cruzamento depende dos objetivos e da disponibilidade de recursos genéticos. 17 Objetivos e Características Permitir a formação de raças “sintéticas ou compostas” que apresentam versatilidade genética para utilização em sistemas e ambientes de produção mais adversos. Permitir que as fêmeas de reposição sejam produzidas no próprio sistema - independência ao sistema - assegura qualidade genética. Possibilitar o uso de fêmeas mestiças - maior habilidade materna. Explorar efetivamente a heterose. Machos e fêmeas sejam adaptados ao ambiente onde eles e sua progênie serão criados. Utilizar as grandes diferenças entre as raças para a grande maioria das características econômicas. 18 Sistema de Cruzamento Ideal 22/05/2018 4 19 Estratégias de Cruzamentos Utilização contínua de vacas F1 Heterose sempre em nível máximo (100%) Europeu Zebu X Desvantagem Qual raça acasalar com a F1? E o que fazer com a cria? 20 Estratégias de Cruzamentos Novilhas F1Vacas F1 Zebu x Vacas Zebu Holandês x Vacas Zebu Fazendas criadorasFazendas leiteiras Novilhas Zebu Machos Zebu Machos F1 Venda Fêmeas e machos 21 Cruzamento Absorvente ou Contínuo Utilização contínua de touros de raça taurina Resulta na absorção da raça zebuína (ou taurina) > fração de taurino > manejo e nutrição 22 Cruzamento Absorvente ou Contínuo 3/4 EZ Europeu X F1 F1 X 3/4 EZ X 7/8 EZ 7/8 EZ 15/16 EZ 15/16 EZ X 31/32 EZ (PC) Europeu Europeu Europeu Europeu Zebu Muito utilizado na prática (bom para baixo nível de manejo). 23 Cruzamento Alternado Simples Mantém o grau de sangue entre 60% e 70% de cada raça. (a cada geração) Troca-se a raça do touro a cada geração. 24 Cruzamento Alternado Simples Europeu Europeu Zebu X F1 X 1/2 J : 1/4 H : 1/4 G 22/05/2018 5 Tem como objetivos: Manter o rebanho com graus de sangue intermediário entre taurino e zebuíno. Manter os graus de sangue adequados as condições climáticas, de manejo, de nutrição e de sanidade. Facilitar o manejo, reduzindo os custos 25 Raças Sintéticas ou Compostas São formadas a partir de proporções adequadas de graus de sangue de raças existentes 26 Girolando Surgimento nos anos 40 com o objetivo de complementar rusticidade e produtividade. Raça homologada pelo ministério da agricultura, em 1996. Boa produtividade em sistemas semi-extensivos e extensivos. Grau de sangue base: 5/8 HG bimestiço. Graus de sangue registrados: 1/8 HG até 31/32 HG. 27 Girolando 3/4 GH 3/4 GHH 5/8 HG5/8 HG 5/8 HG Bimestiço X X X X H G ½ HG ½ HGG 28 Girolando Desempenho Produtivo e Reprodutivo no Sistema Mestiço da Embrapa Gado de Leite1, no Período de 1989 a 1993. 1 Sistema caracterizado pelo uso de pastagens de braquiária nas áreas montanhosas e capim-elefante e setária nas áreas de baixada. 2 Teodoro, R.L., 1997. 29 O uso de cruzamentos não resolve problemas de manejo!!! BOVINOCULTURA DE LEITE 2018
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