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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM – MEIOS DE CONTRASTE EXAME RADIOGRÁFICO Estudos contrastados - Indicações: Quando a Identificação anatômica não é visível em radiografias simples e estruturas ocas (função e integridade). Exemplo: esôfago, se tiver lesão em parede esofágica não conseguimos ver na radiografia simples. Além do esôfago, qualquer estrutura oca, como por exemplo todo trato gastrointestinal. Cavidade peritoneal: contraste extravasa da estrutura inicial e marca a cavidade peritoneal. Torácica: exemplo: cão comeu osso que está no esôfago torácico. Aplica contraste e observa se está na cavidade torácica ou não. TGI – esvaziamento gástrico, trânsito GI. No gato: do estomago ao intestino grosso, contraste precisa chegar em 1 hora. Se não chegar tem alguma obstrução, ruptura. Vasos: casco do cavalo em casos de laminite. Articulações: artrografia. Suspeita de alterações entre os espaços dos ossos que compõe essa articulação, ou fissuras que não apareceram na radiografia simples. Porem exame padrão ouro: ressonância magnética. Trajetos fistulosos: ex: animal que tem trauma perfurante, faz contraste na abertura inicial e observa se chegou à cavidade abdominal, para ver se contaminou ou não. Animais machos que foram castrados podem ter reação ao fio. Ferida cirúrgica mesmo se fechando perfeitamente, passados alguns dias, processo se abre de dentro para fora, tendo camada de pus em torno do fio que cresce e acaba abrindo a pele (processo supurativo). Se não tem certeza da causa desse processo, injeta contraste e visualiza até onde chegou. Rins, ureteres, bexiga, uretra. Para verificar a função ou processos obstrutivos. Tipos de contraste Negativos: quando utiliza algum gás. (ar, CO2). O melhor seria utilizar CO2 no órgão porque ele será reabsorvido e excretado. Quando está em torpedo (cilindro) os gases são estéreis para não contaminar o animal. Não usar em rupturas e processo inflamatório agudo, porque a grande quantidade de gás que foi injetada, se houver aumento de permeabilidade, ele pode adentrar o vaso acontecendo embolias (prognóstico ruim). Indicações: cavidade gástrica. Aumentar volume do estômago, para perceber se existe lesão na parede. Nesse caso, pode-se utilizar ar ambiente já que o ar do estômago não é estéril – pneumogastrografia. Quando utiliza contraste negativo, sempre terá pneumo na frente. A cor do contraste ficará radiolucente (preto). IG – pneumocolonografia bexiga - pneumocistografia Avalia: posição do órgão espessamento de parede: com contraste negativo é melhor. A parede da maioria dos órgãos precisa ser lisa, senão é indicativo de processo inflamatório. Ou então a ausência de partes da parede (ulcera). objetos/estruturas intraluminais – CE, massas, cálculos ex: bexiga com contraste negativo, aumenta o tamanho e delimita a parede, se encontra uma falha de preenchimento, pode ser uma massa que indica processo neoplásico, cistite crônica. Positivos: Onde tiver contraste ficará completamente branco. Utiliza-se sulfato de bário e iodados. Bário : número atômico 56. Íon altamente radiopaco (absorve muito raio x) • Inerte • Relativamente palatável para o cão, de fácil administração. • Suspensão, não osmótico (se fosse osmótico chamaria muito liquido da estrutura que está avaliando.) • Bom revestimento da mucosa Bário em suspensão é mais usado aqui no Brasil. • Contraste de escolha para TGI (somente TGI). • Pode ser misturado com alimentos • Esvaziamento faringeano, esofágico, gástrico, e trânsito GI • Somente via oral ou retal (não pode injetar). • Contraindicado – sistema urinário, nervoso, vascular. • Apresentações – pó, pasta, suspensão, esferas • Pode ser associado com contraste negativo para avaliação das superfícies mucosas = Duplo contraste. (bexiga, por exemplo). Complicações: • Inerte – se extravasamento para cavidade torácica ou peritoneal – reação granulomatosa • Se houver suspeita de rupturas – usar contrastes iodados de baixa osmolaridade • Se houver distúrbios de deglutição – aspiração – pneumonia • Pode solidificar no TGI – obstrução. Esofagografia – contraste do esôfago Antes de aplicar o contraste, é necessário realizar uma radiografia simples. TGI – trânsito 6 a 12ml/kg Ba - Cães Enema Baritado: estuda a forma e a função do intestino grosso e reto. Iodados: Podem ser injetados intravenoso e suspeita de rupturas. • Monômeros ou dímeros • Osmolaridade – alta, baixa • Solúveis em água - via IV, introduzidos na bexiga ou TGI • Iodados: baixa osmolaridade. (maior segurança) • Menor reações adversas cardiovasculares, alérgicas, toxicidade Nomes comerciais: Hexabrix, Xenetrix, Omnipaque, Iomeron, Gastromiro, Niopan. Iodados: Alta osmolaridade – custo menor • Sistema urinário e vascular • Contraindicados: atraem água • diluição na passagem GI • neonatos e desidratados – preferir baixa osmolaridade • mais irritantes para as mucosas – particularmente em gatos cistite – agravamento do quadro • se aspirados – edema pulmonar – não usar em suspeitas de ruptura esofágica – preferir baixa osmolaridade Nomes comerciais: Conray, Urografin, Gastrografin. Complicações iodados: • Informar proprietários que animal pode ter náusea, hipotensão, dispnéia Eritema, urticária e distúrbios na frequência e ritmo cardíacos. Precauções: • Animais com redução da função renal moderada a grave • Avaliar previamente – laboratório • Corrigir distúrbios hidroeletrolíticos • Se doença renal e desidratação – IR induzida pelo contraste – vasoconstrição renal e/ou toxicidade celular. Considerações • Preparo: • Urinário – IG limpo de fezes – enema até 3h antes do exame • Fezes – Se tiver a presença de fezes, irá atrapalhar avaliação de ureteres e deformação da bexiga, então é aconselhável realizar enema. • Urinálise e função renal prévias • Jejum alimentar 24 horas Urografia excretora - VD e LL Injetar iodo no vaso do animal. Antes, fazer a radiografia simples, (tempo 0). Depois de aplicar o contraste, faz mais um rx para ver parênquima renal. Em cada um desses momentos: • 3 -5 min • 10 -15 min • 25 -30min Observa-se estruturas diferentes no exame radiográfico, o contraste vai passando por todo sistema urinário. • Difícil visualização do sistema urinário FASES: • Nefrograma: Parênquima começa a filtrar • Pielograma: Parênquima, pelve e ureter • Parênquima, pelve, ureter e bexiga • Cistografia: Vesícula urinária repleta com contraste Uretrocistografia • suspeita de obstrução da uretra • cistite • cálculo radioluscente • neoplasia • ruptura • hematúria Pneumocistografia Ar ou óxido nitroso na dose de 6 a 12ml.kg –1 é injetado para o interior da bexiga via cateter adaptado a uma seringa, até que o órgão esteja moderadamente distendido. Mielografia Procura-se estreitamento no canal. Considerações • Os exames contrastados devem ser planejados, não se utiliza em emergências. • Preparo adequado (jejum, enema) • Todo procedimento realizado sempre fazer RX simples imediatamente antes do contrastado - diagnóstico da lesão, possibilidades de diagnóstico - contraste pode mascarar lesões - técnica radiográfica ajustada