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ESTÔMAGO ESTÔMAGO • Saco muscular que liga ao duodeno • Esfíncteres – Cárdia e piloro • Funções – Local da mistura – Reservatório de retenção MUCOSA • Uma camada de muco produzida pelas glândulas que protege a mucosa da ação proteolítica do ácido gástrico e pepsina. *Contém bicarbonato neutralizadores de ácidos Distúrbios • Dispepsia funcional • Gastrite aguda • Gastrite crônica • Úlcera péptica • Cirurgia gástrica Dispepsia funcional • Dispepsia= má digestão – Conjunto de sintomas sugestivos a afecções do trato digestivo superior: dor e desconforto epigástrico, sensação de peso, plenitude e empachamento pós-prandiais, saciedade precoce, náuseas, eructação. – Prevalência: 20 a 40% da população Dispepsia funcional • Tratamento – Individualizado – Orientação nutricional – Tratamento medicamentoso: • Antiácido, inibidores da secreção ácida (bloqueadores de H2, inibidores de prótons, ansiolíticos, antidepressivos, moduladores sensoriais e antibióticos Dispepsia funcional • Conduta nutricional: – Refeições em ambiente tranquilo – Restrição de alimentos gordurosos e frituras – Fracionamento normal – Evitar refeições volumosas Dispepsia funcional • Conduta nutricional: – Dieta hipocondimentada – Evitar excesso de bebida alcoólica – Evitar alimentos intolerantes – Evitar líquidos gaseificados às refeições HIPOCLORIDRIA • Prevalência: 4% aos 20 anos e 75% após os 60 anos • Causas: – Manifestações por doença auto-imune – Infecção por H. pylori – Má nutrição por deficiência de Zn e B6 • Mastigação insuficiente e ingestão exarcerbada • Excesso de gordura e açúcares HIPOCLORIDRIA INDUZIDA • Uso de anti-ácidos: sais de alumínio, cálcio e magnésio • Bloqueadores de prótons H2: omeprazol e pantoprazol • Antiácidos anti-histamínicos: cimetidina e ranitidina HIPOCLORIDRIA • Sintomas intestinais: – Distensão abdominal, eructação, queimação – Flatulência imediatamente após a refeição – Sensação de empachamento após comer – Indigestão, diarréia ou obstipação – Restos de alimentos mal digeridos nas fezes – Mau hálito – Saburra lingual HIPOCLORIDRIA Sintomas extra- intestinais: • Artrite • Cãibras musculares • Alergia alimentar • Osteoporose • Coceira anal • Anemia ferropriva • Acne • Candidíase crônica • Unhas fracas e quebradiças • Náuseas após ingerir suplementos HIPOCLORIDRIA • Consequências: – Digestão e absorção prejudicada • Redução da absorção de vit. B6, ácido fólico, Ca, Fe e predisposição a infecções intestinais – Crescimento bacteriano no ID. *Reduzidas quantidades podem ser causadas pela deficiência de Zn. HIPO x HIPERCLORIDRIA HIPOCLORIDRIA • Eructação • Pirose • Dor e desconforto após as refeições • Digestão lenta de proteínas HIPERCLORIDRIA • Pode haver eructação • Pirose • Dor e desconforto quando em jejum e aliviado após as refeições • Digestão normal ou rápida proteínas HIPOCLORIDRIA • Conduta nutricional – Temperos e condimentos • Gengibre, pimenta, alecrim, hortelã – Zinco – Solução de ácido clorídrico a 5% – Aloe Vera GASTRITE • Lesão resultante da erosão da camada da mucosa gástrica, expondo células as bactérias e secreções estomacais. GASTRITE AGUDA • Inflamação da mucosa gástrica, repentina e violenta • Causas: – Fumo – Álcool – Helicobacter pylori – Substâncias corrosivas – Antiinflamatórios não hormonais - aspirina GASTRITE AGUDA • Sintomas – Náuseas – Hemorragias – Anorexia – Vômito – Dor – Cefaléia • Tratamento – Eliminar substância agressora Gastrite aguda hemorrágica (antiinflamatório) DIETOTERAPIA • Objetivos: – Promover repouso e cicatrização da mucosa gástrica • Conduta: – Dieta zero – 24 a 48 horas – Dieta líquida restrita, conforme tolerado – Volume diminuído – Fracionamento aumentado – Hipocondimentada GASTRITE CRÔNICA • Causas – Desconhecida – H. pylori • Prognóstico: – Precede úlcera e câncer • Sintomas: – Sensação de plenitude – Epigastralgia – Regurgitação – Náuseas e vômitos GASTRITE ATRÓFICA • Atrofia com perdas das células parietais do estômago cursando com perda de produção/secreção de HCl (ácido clorídrico) • Causa auto-imune ou secundária a inflamação crônica pela H.Pylori DIETOTERAPIA • Dieta individualizada • Restrição de alimentos que causam desconforto • Fracionamento aumentado • Mastigação adequada • Dieta hipocondimentada • Líquidos durante as refeições → distensão gástrica → desconforto Úlceras pépticas • Apresenta erosão através da camada muscular da mucosa para dentro da submucosa e muscular própria. • “Ferida bem definida oval ou redonda causada pela erosão do ácido gástrico e enzimas no revestimento gástrico. • FATORES AGRESSORES X PROTETORES Úlcera gástrica • Redução da defesa da mucosa – PROTETORES • Muco • Bicarbonato • Prostaglandinas Úlcera gástrica • AGRESSORES: – Refluxo duodenal – Drogas antiinflamatórias – redução das prostaglandinas – H. pylori – Álcool – lesa a mucosa – Nicotina – reduz secreção do bicarbonato Úlcera duodenal • Causas – Aumento da secreção gástrica (estresse emocional) – Aumento da velocidade do esvaziamento gástrica – Redução da habilidade do duodeno com o ácido – Redução da secreção pancreática do bicarbonato Úlcera duodenal • Manifestações: – Dor abdominal (pós-prandial ou prandial) – Hemorragia digestiva alta – Vômito (sem redução da alimentação) – Náuseas, pirose, empachamento, distensão, meteorismo e eructação. COMPLICAÇÕES • Hemorragia • Perfuração – pode levar a MELENA (fezes com sangue escuro) • Anemia DIETOTERAPIA • Alimentos estimulantes: – Cerveja, leite, café (com ou sem cafeína) • Alimentos neutralizantes – PTN: neutraliza a secreção gástrica, porem a proteína hidrolisada pois estimula a produção do ácido clorídrico. – LIP e pimenta malagueta: aumenta a quantidade da muco DIETOTERAPIA • Fibras: efeito tampão, reduzindo concentração de ácidos no estômago e diminuindo tempo de trânsito intestinal • Frutas ácidas: respeitar as tolerâncias FATORES QUE INTERFEREM NA DIGESTÃO • Fase cefálica: – Pensamento, aroma, mastigação e deglutição • Fase gástrica: – Reação ou efeito dos alimentos no estômago – Distensão do antro – Substâncias, como: café, álcool, aa. CIRURGIA GÁSTRICA • Indicação para os casos: úlcera péptica com hemorragia, perfuração, obstrução ou de difícil tratamento. GASTRECTOMIA DIETOTERAPIA • Objetivo: restaurar o estado nutricional • Tratamento: – Dieta zero: 3 – 5 dias – TNE ou TNP se houver necessidade – Dieta líquida restrita a completo, conforme tolerado – 5º ou 7º dia: tolerância – Dieta fracionada CONSEQUÊNCIAS • Ingestão inadequada – Síndrome de dumping • Má absorção de gordura DIETOTERAPIA • Dietas: – Hipercalóricas – Hiperprotéica – Normolipídica – Normoglicídica – restrita em CHO SIMPLES – Volume diminuído – Fracionamento normal SÍNDROME DE DUMPING • Rápida entrada denutrientes no jejuno – conteúdo do intestino hipertônico → retirada rápida de líquidodo plasma → quea de volume sanguíneo estimulante → sudorese, taquicardia e fraqueza. SÍNDROME DE DUMPING • Estágio I: 10 – 20 min após ingestão alimentar – Plenitude abdominal, náuseas, cólicas abdominais, diarréia/febril, tontura, fraqueza, pulsação acelerada, sudorese fria SÍNDROME DE DUMPING • Estágio II: 20 min até 1 hora – Aumento da absorção de CHO com elevada fermentação, distensão abdominal, aumento de flatulência e diarréia. SÍNDROME DE DUMPING • Estágio III: 1 – 3 horas após a refeição – Hipoglicemia alimentar: – Rápida ingestão do CHO → rápida entrada de glicose na circulação sanguínea → elevação pós – prandial da glicemia → hiperinsulinemia → hipoglicemia – Sintomas: sudorese, fraqueza, náuseas, fome, tremores DIETOTERAPIA • Repouso imediatamente após as refeições: alimentos + tempo na “bolsa gástrica” • PTN e LIP são melhor tolerados que CHO: hidrólise + lenta • Consumo de CHO complexos: hidrólise + lenta que CHO simples • Líquidos entre as refeições ˂ tolerância a sólidos • Fibra solúvel: torna mais lenta a absorção de CHO