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Alimentação de Vacas Leiteiras
	Qualquer produto, seja ele de origem artificial ou natural, ingerido por animais ou humanos como fonte de nutrientes para a manutenção da vida pode ser definido como alimento. Esses nutrientes podem ser categorizados em: proteínas, lipídios, carboidratos, vitaminas, minerais e água.
	As proteínas são constituídas por oxigênio, hidrogênio e nitrogênio, e são formadas por cadeias polipeptídicas de aminoácidos (aa).
	Os lipídios são substancias que não se dissolvem em água, mas que podem ser extraídas através de solventes orgânicos. São compostos por carbono, hidrogênio e oxigênio. 
	Os carboidratos são compostos por carbono (C), oxigênio (O) e hidrogênio (H), e compõem de 50 a 80% da matéria seca das plantas, alem de serem uma importante fonte primaria de energia para animais ruminantes. 
	As vitaminas são compostos orgânicos que constituem, em quantidades mínimas, os alimentos. O metabolismo dos animais é incapaz de sintetizar vitaminas em quantidades suficientes que seu corpo necessita, por isso estas devem ser adquiridas através da dieta do animal. 
	Os minerais são formados através de processos inorgânicos, e nada mais são do que compostos químicos de ocorrência natural no animal. 
	A água é um nutriente importantíssimo para a manutenção da vida dos seres vivos, nos bovinos esta tem a função de nutrir o tecido celular e compensar as perdas que ocorrem através do leite, da urina, das fezes, da saliva e da evaporação. Alem disso também é responsável por manter a homeotermia, isto é, regula a temperatura do corpo e dos órgãos internos. 
Os alimentos constituem-se de água e matéria seca. Segundo Ohi et al. (2010, p. 31):
Após a desidratação dos alimentos é obtida a matéria seca (MS), que incinerada resulta em cinzas (matéria inorgânica, composta por minerais) e matéria orgânica, composta por fibra bruta ou FB (carboidratos estruturais), proteína bruta ou PB (compostos nitrogenados protéicos e não protéicos), extrato etéreo ou EE (lipídios) e extrativo não nitrogenado ou ENN (carboidratos não estruturais) (OHI et al., 2010, p. 31).
	Os carboidratos que se degradam lentamente são representados pela fibra bruta (FB) e ocupam espaço no rumem, são exemplos: a celulose, lignina e a hemicelulose. Já os carboidratos de alta degradabilidade no rumem, como sacarose, amido, pectina e frutose, são representados pelos extrativos não nitrogenados (ENN). 
Enfim, os alimentos possuem características químicas e físicas variadas e por esta razão são utilizados diversos critérios para classificá-los. Segundo Ohi et al. (2010, p. 31):
De acordo com a quantidade de fibra existente são divididos em dois grandes grupos, os volumosos e os concentrados, os alimentos que possuem quantidade de fibra maior que 18% são classificados como volumosos e aqueles com menos de 18% são classificados como concentrados (OHI et al., 2010, p. 31).
Volumosos
	“Os volumosos são subdivididos em aquosos e secos.” (OHI et al., 2010, p. 32) Volumosos aquosos ou forragens aquosas podem ser pastagens, silagens ou ate mesmo, tubérculos e raízes, como mandioca e batata. Já os volumosos secos são os fenos e as palhas (OHI et al., 2010).
	Os pastos são compostos por plantas forrageiras que possuem elevada quantidade de fibra bruta. Essas plantas forrageiras por sua vez, podem ser divididas em família das gramíneas e família das leguminosas. 
	As gramíneas são plantas monocotiledôneas que pertencem à ordem das glumifloras e possuem cerca de 6 mil espécies. Plantas deste tipo quando comparadas as dicotiledôneas, possuem uma capacidade maior para competir por luz, são menos exigentes com relação a temperatura e possuem hidratos de carbono em abundancia. A família das gramíneas é composta pelos cereais (centeio, milho, trigo, arroz, sorgo, aveia), diferentes espécies de gramados cultivados e naturais, o bambu e a cana-de-açúcar.
	As gramíneas forrageiras mais utilizadas na bovinocultura são: Capim Andropogon (Andropogon gayanus), Brachiaria humidicola, Brachiaria decumbens, Capim de Rhodes (Chloris gayana), Capim Colonião (Panicum maximum), Estrela africana (Cynodon nlemfuensis).
	As leguminosas são da família dicotiledôneas, pertencem a ordem das Rosales e possuem cerca de 13 mil espécies diferentes. Podem apresentar-se em formas de árvores, ervas, trepadeiras e arbustos, e costumam ser de regiões tropicais e subtropicais. As leguminosas são exigentes com relação à temperatura, luz e cálcio, e são ricas em proteína. 
	Para Ohi et al. (2010, p. 33):
As leguminosas que no momento tem maior potencial de uso são: Arachis pintoi, S. guianensis cv. Mineirão, Campo Grande (S. capitata e S. macrocephala), Desmodium ovalifolium cv. Itabela, Pueraria phaseoloides, Calopogonio muconoides, e leguminosas arbóreas/arbustivas como a Lecaena leucacephala, Cajanus cajans, Gliricidia serpium, entre outras (OHI et al., 2010, p. 33). 
	Existem diferentes formas de estocar alimentos volumosos para os animais consumirem em época de carência de alimentos, seja ele como alimento (feno ou silagem) ou como cultura in natura (como a produção de cana-de-açúcar, diferenciamento das pastagens, palma forrageira, aveia, entre outros) (OHI et al., 2010). 
	Para Ohi et al. (2010, p. 33):
A ensilagem é um método de conservação de forragens submetidas ao processo enzimático de fermentação láctica em ambientes isentos de oxigênio, onde os açucares da planta utilizada são transformados em ácido láctico para proteção do alimento (OHI et al., 2010, p. 33). 
.
	A silagem possui grande importância devido ao fato de disponibilizar alimentação de qualidade para as vacas durante todo o ano. Alem disso é possível aproveitar as sobras de forragens produzidas em épocas favoráveis para a utilização em períodos de carência de alimentos. 
	Uma das forrageiras mais utilizadas pra se fazer silagem é o milho, pois silagens feitas a partir deste vegetal são as que melhor atendem as carências nutricionais das vacas leiteiras, devido a sua elevada disponibilidade de nutrientes.
	Entretanto é de extrema importância que o processo de ensilagem seja feito corretamente, para que assim se evite a ações de microrganismos que podem causar a putrefação da forragem ensilada. Por isso procedimentos como o corte ideal, forma de ensilagem, compactação e vedação dos silos devem ser realizadas dentro de padrões que mantenham a qualidade da silagem.
	Já o feno, produzido a partir de gramíneas, pode ser feito no campo mesmo, utilizando-se apenas o vento e a energia do sol para a desidratação. O feno é feito a partir de forragens verdes desidratadas, que apresenta umidade abaixo de 15%, permitindo o armazenamento sem que haja a deterioração dos nutrientes.
	A qualidade do feno esta ligada a qualidade das plantas utilizadas para fazê-lo, as condições climáticas durante o processo de secagem e ao sistema que foi utilizado para armazená-lo. Além disso, ele deve provir de forragens cortadas em momento adequado, o processo de secagem deve ser bem feito, rápido e sem que haja ocorrência de chuvas, possuir coloração verde e característica ao feno, maciez e bom aroma. 
	Para Ohi et al. (2010, p. 36):
As plantas do gênero Cynodon (gramas bermudas- Tifton, Coastcross- e gramas-estrelas) são boas para a produção de feno. O corte deve ser realizado quando a planta alcançar alto teor de proteínas, associada à elevada produtividade por hectare e baixo teor de fibra bruta. A colheita de forragem é feita com cortes realizados mecanicamente á altura de aproximadamente 5-7 cm do solo, com o intervalo de cortes por volta de 4 a 5 semanas (OHI et al., 2010, p. 36). 
	O processo de secagem requer condições naturais especificas, sem ocorrência de chuva e dura de 2 a 3 dias. 
Concentrados
Suplementos Minerais, Vitamínicos e Aditivos
OHI, Masahiko et al. Princípios Básicos para a Produção de Leite Bovino . 1. ed. Curitiba: [s.n.], 2010. 144 p.
Citações
Com autor no texto: ... Ohi et al. (2010)
Com autor entre parênteses: ... (OHI et al.,2010)

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